sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

DESTAQUES DE 2011

POSITIVOS: 1 – A atuação do Promotor de Justiça substituto, em exercício nesta comarca, FRANCISCO JOSÉ BORGES MOTTA; 2 – A implantação do Piso Salarial ao Magistério Municipal; 3 – A abertura da Rua João Manoel, na frente do 6º. BE, para o trânsito em geral, uma anomalia que perdurava há mais de trinta (30) anos; 4 – A atuação do Delegado de Polícia, JADER RIBEIRO DUARTE, no combate à criminalidade; 5 - O trabalho anônimo, pouco divulgado pela imprensa, de diversas pessoas que sem mandato remunerado contribuem para amenizar o sofrimento de seus semelhantes (Roupeiro dos Pequeninos, Liga de Combate ao Câncer, Apae e outras do gênero) sem nenhum interesse político travestido; 6 – As placas indicativas instaladas na cidade que orientam principalmente o turista.



NEGATIVOS: 1 – O corporativismo da Câmara Municipal cujo direcionamento é o interesse de seus componentes e não o da comunidade; 2 – O desnecessário aumento do número de vereadores diante da indiferença da imprensa, das forças vivas e da população em geral; 3 – O caos instalado no trânsito municipal, mas principalmente na frente do Hospital da Santa Casa de Caridade; 4 – A publicidade desbragada de certas instituições com o fim único de projetar politicamente seus gestores; 5 – O absurdo som da propaganda móvel das lojas comerciais e de certos carros particulares; 6 – O não melhoramento da Avenida Tito Prates, acesso ao Parque Assis Brasil; 7 – O precário estado das estradas do interior; 8 – A redução do horário de atendimento ao público na Prefeitura de São Gabriel; e, 9 – O nível da negociação entre a CORSAN e o MUNICÍPIO sobre a concessão da exploração do serviço de fornecimento de água e esgoto.

Os leitores que me desculpem, mas não gosto do Natal moderno, pois há muita comercialização, publicidade da solidariedade, muita hipocrisia e pouca afetividade. Entendo que quem distribui presentes aos necessitados e às crianças doentes não deve humilhá-los com divulgações em rádios e repetidoras de televisão. Tal divulgação, no meu pensamento, visa promover a pessoa do doador e isso diminui a grandeza do gesto.

Agradeço o bom convívio de 2011, desculpem alguma grosseria e convido a todos para fazermos o Ano Novo de 2012 muito melhor. Depende de todos e de cada um, basta querer. Ajudem-se e serão felizes.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

A CARGA TRIBUTÁRIA

Todos reclamam, no Brasil, da carga tributária, até o contrabandista que faz fortuna sem pagar impostos e forma os filhos nas universidades federais que são mantidas pelo povo brasileiro. Todo o cidadão paga imposto, pois muitos deles vêm incluídos no preço final do produto. O indigente que compra uma garrafa de pinga está contribuindo com o afortunado que estuda em uma universidade federal e que depois de formado o despreza. Todos pagam para uma minoria ter o orgulho da formação acadêmica. O chamado “governo” não cria recursos financeiros “dinheiro”, mas administra o arrecadado dos cidadãos.

PIB – Produto Interno Bruto, ou seja, a soma de todas as riquezas produzidas no país. A tabela abaixo é em % do PIB.



País Alíquota máxima do IR Carga tributária total

Suécia 58,2 53,2

Alemanha 51,2 36,4

Espanha 48,0 35,2

EUA 46,1 29,6

Japão 45,5 27,1

Chile 45,0 17,3

Canadá 43,2 35,2

Coréia do Sul 41,8 26,1

México 40,0 18,3

Argentina 35,0 17,4

BRASIL 27,5 36,4



Tirem suas conclusões, mas não esqueçam de levar em conta o bolo de contribuintes. No Canadá dos mais ou menos 34 milhões de habitantes nada menos do que aproximadamente 28 milhões entregam declaração anual de renda. No Brasil dos mais ou menos 180 milhões de habitantes apenas 25 milhões entregam declaração anual de renda. Cada país tem suas particularidades e comparações desse tipo nem sempre podem fundamentar uma crítica.

Em outra oportunidade tentarei demonstrar a relação entre o número de habitantes e o número de contribuintes do Imposto de Renda dos países acima para chegar a uma conclusão esclarecedora aos leitores.

No mês de abril de cada ano os cinco (5) milhões de brasileiros que efetivamente pagam imposto têm uma coisa em comum: ao fazerem seus cálculos chegarão à conclusão de que estão pagando demais para o governo. Também, não é à toa: eles representam apenas 7% da população economicamente ativa do país. E aparece a resposta para uma ALTA CARGA TRIBUTÁRIA que os especialistas/analistas teimam em omitir/desconsiderar: quanto menos pessoas existem para pagar a conta, MAIS CARA ELA FICA... Entenderam?

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

IMAGINE-SE PRESIDENTE ou...

A maioria dos brasileiros é crítica e gosta de chamar de incompetentes e de desonestas as pessoas que elege para administrar a riqueza coletiva. Mas nunca se imaginou presidente da república, governador ou prefeito para em uma simulação administrar a si mesma. O presidente, os governadores e os prefeitos dependem totalmente da comunidade para fazer uma boa ou má administração.

Com o perfil indisciplinado da maioria que pensa ser o contexto e que se coloca acima da lei, qualquer administrador terá imensa dificuldades para ter sucesso administrativo. Não é só com boas intenções dos administradores que o país, os estados e os municípios atingirão o pleno desenvolvimento.

Sou uma voz solitária na afirmação de que sem a participação efetiva do povo jamais os administradores farão com que se chegue ao pleno desenvolvimento.

O leitor que se imagine presidente, governador ou prefeito e verá o quanto é difícil administrar o sonegador em potencial que é; controlar o bêbado contumaz ao volante; o ciclista que anda preferencialmente na contramão; o comerciante que vende sem nota fiscal; o contribuinte inadimplente; o relaxado nas suas responsabilidades com a limpeza pública; o profissional liberal que recebe pelo trabalho prestado, mas não emite o respectivo recibo; o juiz que vende a sentença; os encarregados da merenda escolar que se apropriam da mesma; o funcionário público que recebe propina; o lavoureiro que faz um projeto e executa outro; o desvio de recursos representados pelas diárias dos parlamentares; o contrabando; o tráfico de armas; o tráfico de drogas; controlar a imensidão de nossas fronteiras; nossa costa marítima; atender os anseios dos exportadores e ao mesmo tempo dos importadores; contentar os grandes e os pequenos; conviver com as cretinas emendas parlamentares; equalizar os interesses do norte, do sul, do oeste, do leste e do centro-oeste do país; enfim, administrar o senhor que está lendo este artigo e acredita piamente nos jornais da televisão; que não faz nada pela coletividade; que critica tudo e a todos e ao mesmo tempo pratica todos os tipos de irregularidades; que dirige veículo automotor com a carteira de habilitação ou os documentos do carro vencidos; que estaciona em qualquer lugar e até nas calçadas; que anda ao volante com uma criança no colo, tomando chimarrão e falando ao celular; que não respeita horário para nada; que não educa os filhos e exige que a escola eduque; que contrabandeia muito produto do Uruguai e reclama da carga tributária etc.

Imagine-se presidente, governador ou prefeito e verá o quanto é difícil administrar a si próprio com todos os seus defeitos e a mania de ser o centro do universo. Quando cada brasileiro olhar para si e constatar o quanto é inútil para o país, saberemos por que o Brasil anda tão devagar.

Quando todos só querem receber e ninguém contribuir de onde sairão os recursos? Qual o país do mundo que não tem impostos? O leitor já administrou qualquer associação onde a figura do inadimplente é a grande maioria?

Pois é, pensem e verão quanta razão me assiste. O maior problema do Brasil é o BRA-SI-LEI-RO, inadministrável sob todos os aspectos. Salvo as exceções, óbvio.

Mais um ano que se vai e a Avenida Tito Prates continua a espera dos melhoramentos que tardam, tardam e nunca chegam. Chegarão em 2012?

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

NÃO TE ESQUEÇAS

Não te esqueças de mim é em ti

que minha alma tristonha se agarra.

É sonhando contigo em meus braços

que a tristeza na minha vida esbarra.



Se meu sonho é real ou é falso

só percebo, depois, quando acordo

e o dia radiante exalço

quando então tua imagem recordo.



Eu persigo na vida um amor

grandioso e também verdadeiro

para viver na alegria e na dor.



Serás minha e eu teu por inteiro

com ternura, paixão e ardor,

Um do outro o eterno parceiro.



### Exemplos negativos: Primeiro foi o Presidente do Brasil, Fernando Henrique Cardoso; segundo foi o Presidente do Brasil, Luiz Inácio da Silva; depois a Presidente do Poder Legislativo de Porto Alegre e recentemente o prefeito, Rossano Dotto Gonçalves. Todos permitiram o uso de chapéu, gorro ou outra cobertura nos seus respectivos gabinetes. Os Presidentes da República receberam os componentes do MST usando chapéu; A Presidente do Poder Legislativo de Porto Alegre recebeu um moleque usando gorro e o Prefeito Rossano um gauchinho usando um chapéu do tamanho de um guarda-chuva aberto e um delegado de polícia usando gorro. Com esses absurdos fica difícil educar a meninada.



### Segundo um profundo conhecedor a árvore que foi podada na Rua Maurício Cardoso é parecida e chamada de seringueira, mas não é. É uma exótica e, portanto passível de poda ou até de sacrifício total.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

TODOS SÃO IGUAIS

Ou pelo menos deveriam ser principalmente perante a Lei, o que nem sempre é verdadeiro. O julgamento de um réu da classe “C” é diferente do julgamento de um réu da classe “A” embora tenham cometido o mesmo erro ou crime. Vivi essa experiência quando me deparei na frente de um Juiz do Tribunal na condição de autor de uma ação popular cuja finalidade era responsabilizar um homem público que havia negligenciado na administração dos bens que estavam sob sua guarda.

Do lado do autor? Ninguém. Do lado do réu? Diversos segmentos representativos da sociedade são-gabrielense. É isso mesmo. Ampla proteção da sociedade ao faltoso e nenhuma solidariedade ao autor cujo interesse nada mais era do que a defesa do bem público. Penso que se dependesse daquela gente o juiz teria condenado o autor por teimosia ou por agir sob as regras da ética e da moral.

O Brasil é o país dos absurdos que vão das homenagens aos privilégios.

Homenagens distribuídas a granel que banalizam as que se justificam e privilégios nas aposentadorias, nos salários, nos julgamentos e nos mais variados segmentos da vida nacional que desmoralizam o preceito constitucional da igualdade.



Está certa a administração municipal quando abre a Rua João Manoel, na frente do 6º BE, para o trânsito de veículos e de pessoas, pois tal decisão beneficia e protege grande parcela da população que estava extremamente prejudicada e exposta a riscos desnecessários com aquela anomalia.

Aposto no diálogo franco, aberto e quando homens civilizados sentam à mesa para discutir assuntos de interesse da coletividade saem decisões que engrandecem todos os envolvidos.

A abertura daquele segmento da Rua João Manoel para o trânsito só pode ser criticada pelos míopes ou por alguém que despreza o direito da população em benefício de privilégios absurdos de uma minoria.

APLAUSOS à medida, pois todos saíram ganhando e parabéns aos usuários que por ali transitam.



E a Avenida Tito Prates? Senhor Prefeito, está na hora de concentrar as baterias nos melhoramentos da referida. O tempo corre célere e as decisões tardam.



Voltarei ao trânsito na frente da Santa Casa depois de instaladas uma ou mais sinaleiras nas proximidades.



Tentei obter informações sobre a poda de uma seringueira na Rua Maurício Cardoso, mas não consegui. Tratarei do assunto em outra oportunidade, pois estou muito ocupado profissionalmente.



### Cuidado: Existem pessoas que choram sem derramar lágrimas, mas existem as que derramam lágrimas sem chorar.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

AMOR TARDIO

Quando tudo parecia perdido

tu surgiste

dando luz a um caminho

tão escuro.

tarde, quem sabe?

Impossível o amor? Talvez.

Beijos furtivos, sabor de mel,

doçura de um abraço,

encanto de um carinho.

Porque tão tarde te encontrei?

Porque tão tarde te amei?

Esquecer, esquecer é meu destino,

pois até a solidão não me suporta.

Não importa, a ninguém choro meus ais

porque, para mim, o teu amor

somente aconteceu tarde demais.

### Os que verdadeiramente merecem uma homenagem são tão escassos na sociedade de consumo que os homenageadores de plantão resolveram banalizar as honrarias distribuindo-as a granel.

Quem tem de homenagear os militares brasileiros são os haitianos que recebem alguns serviços. Para os brasileiros é só mais uma conta a pagar.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

ELES SABEM QUEM NOMEIAM

A finalidade maior deste espaço é esclarecer seus leitores de que nada acontece ao acaso. Após minha aposentadoria uso meu tempo para estudar e me comunicar com as autoridades de todas as instâncias administrativas do país. Trabalho muito mais porque se inteirar das canalhices exige tempo. Converso com um grande número de pessoas que nada fazem para melhorar as coisas e se escondem atrás do não adianta. Adianta desde que haja uma iniciativa. De que maneira uma pessoa vai ter respostas se não faz perguntas a quem de direito?

A nomeação de políticos de vida pública pregressa duvidosa para desempenharem cargos importantes na administração pública fez com que me dirigisse aos ministérios através dos meios de que disponho. Recebi a devida resposta com bastante agilidade e não a publico porque é muito longa, mas procurarei transmitir aos leitores.

Os partidos políticos ou seus dirigentes indicam os correligionários que lhes servem e não os melhores, embora a vida pública pregressa dos mesmos não os recomende nem para porteiro de cabaré. O responsável pela nomeação solicita um parecer do respectivo departamento jurídico para avaliar se o indicado pode ou não ser nomeado. Na pesquisa feita pelo jurídico aparecem 10, 20 ou 30 ações judiciais movidas em desfavor do indicado, mas sem o devido trânsito em julgado. O relatório do jurídico finaliza invocando o artigo 5º. LVII, o princípio da presunção da inocência, o que recomenda a nomeação.

É assim que os péssimos políticos são contemplados com cargos públicos que lhes rendem polpuda remuneração e outras benesses do poder.

A pergunta que faço é: Por que indicar os piores? Por que nomear os piores? Por que não indicar e aproveitar os melhores? Os que não estão processados? Todos sabem a resposta.

Os grandes responsáveis por esse descalabro são os partidos políticos que mentem nos programas apresentados na televisão, usam jovens incautos para pregar moralidade e transparência, mas nos bastidores podres agem qual abutre quando devora a carniça. Uns acusam os outros, mas todos têm a mesma prática fedorenta de se aproveitar do poder para realização de seus nem sempre lícitos propósitos através de seus líderes acostumados a viver a custa pública.

Parem de falar em faxina moral, pois sob o manto do princípio da presunção da inocência as administrações públicas vão enchendo seus porões de políticos comprovadamente incapazes e sem resquícios de dignidade que os recomende para o exercício de qualquer função, pois quando a exerceram em instância inferior praticaram um vendaval de irregularidades. Os tribunais assim dizem, mas são ignorados.

Tudo é calculado, tudo é premeditado, tudo é combinado, pois quem indica sabe que o protegido é safado e quem nomeia sabe que vai ter problemas, mas tudo é feito em nome da governabilidade e da presunção da inocência. E depois? Vocês já viram laranja podre voltar a ser sadia? Jamais. Assim também o político que é podre no município será podre por onde andar.

Mas a maioria da sociedade aplaude desde que seja seu conterrâneo ou da sua simpatia e a imprensa silencia quando é do seu interesse silenciar. É por isso que eles são sempre os mesmos na administração da direita, do centro ou da esquerda. Eles não têm pátria e quem não tem pátria não tem escrúpulos. Para eles tanto faz Deus ou o Diabo.

É assim que funciona a maracutaia, começa no Município, cresce no Estado e se solidifica na União para a infelicidade geral dos que sustentam a máquina pública pagando impostos.

Salvo honrosas exceções, é óbvio.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

MEU PRIMEIRO VÍCIO

A porta se abre...

A surpresa do reencontro

tomou conta dos dois.

Não me convidou para entrar,

Indiferente, me olhava.

Apesar do não convite, entrei.

Gostei de vê-la, fiquei alegre.

Começa a chover.

A chuva me traz recordações

do passado distante.

Algo mudou.

Qual dos dois?

O café, meu segundo vício,

estava ótimo.

Substituiu o uísque,

meu terceiro vício.

Qual o primeiro? Pergunta ela...

Foi preciso a separação

para saber que meu primeiro vício

és tu mulher.

Gosto-te muito.

É-me difícil te esquecer, mas ela não acreditou.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

ASNEIRAS CONSAGRADAS

E repetidas por quem não tem opinião própria, não pensa e muito menos conhece o significado do termo inverossímil que quer dizer sem compromisso com a verdade e em que não se deve acreditar.

O advento da televisão, principalmente, trouxe alguma coisa boa, mas propiciou aos que nela trabalham a criação de asneiras já consagradas e adotadas como verdadeiras por grande parcela dos telespectadores.

Ninguém está obrigado a concordar comigo, mas desde jovem tenho bom senso suficiente para avaliar se certas coisas são verossímeis ou não e não será qualquer apresentador de programa na mídia quem modificará minhas convicções sem fundamentos que me convençam do contrário.

Espero que pensem, analisem e estudem se tenho ou não razão.

Selecionei as asneiras que considero brutais e corriqueiras. Lá vão: “O melhor de todos os tempos”. Ninguém vive todo o tempo para avaliar e, além disso, não se pode comparar quem viveu em épocas diferentes. “O melhor jogador de futebol do mundo”. Impossível, não há prática individual dessa atividade. Ela é essencialmente coletiva. “Chute de três dedos”. Ninguém chuta com os dedos, haja vista que quem tem uma lesão no joelho, esquerdo ou direito, não chuta coisa nenhuma. “Chutar com os dois pés ou com as duas pernas”. Risível. “No mundo globalizado de hoje”. Esta é ridícula, pois o mundo sempre foi globalizado. Dispensa comentários. “Jogo de cintura e vivo” para substituir ladrão, safado, ordinário, vigarista, etc. E tantas outras que não vou citar porque já entenderam o espírito da coisa.

Meu aprendizado é produto das ruas, da sabedoria popular e das minhas observações. Os antigos não tinham televisão, não tinham computador, mas eram muito mais sábios e educados do que nós produtos da modernidade por excelência deseducadora. Eles eram criadores, formadores de caráter e não imitadores.

Há poucos dias conversando com senhoras e mães modernas, gosto de dialogar com mulheres, observei que as mesmas falavam em determinada psicóloga que não mora no município, mas aqui tem sua clientela. Anfitriãs e sem filhos, duas das senhoras comentavam do cansaço da referida profissional, pois naquele dia teria atendido muitas mães com seus respectivos filhos. Aparentemente distraído, entre uma dose e outra de uísque, ouvia atentamente o conceito equivocado de educação que externavam. Não me contive, perguntei: O que fazem essas senhoras que não educam seus filhos? Surpresa geral. Uma comentou: pensei que o Bereci estava longe com o seu uísque. Falei às anfitriãs bonitas e educadas: perguntem aos pais de vocês quantos psicólogos eles consultaram para criá-las e educá-las. Emudeceram, porque a resposta só podia ser uma: NENHUM, ao que complementei, porque eles tinham e tem tempo para vocês. Não sou dono da razão, mas sou um idoso que aos sessenta anos de idade viveu e vive certas transformações que deterioraram o universo. A pior delas: A falta de tempo dos pais para com os filhos. Estamos vivendo a era dos avós, das creches e das babás. Isso tudo em nome do enriquecimento material, da desagregação familiar e da imitação do mundo irreal da televisão e dos computadores.

Mais uma vez sou antipático, mas espero que pensem sobre o assunto.

Não imitem, analisem, tenham opinião própria e verão quanta asneira dita por apresentador idiota de qualquer programinha televisivo está esvaziando ou anulando a sua capacidade de pensar.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

COMPARTILHAR A MESA

Almoço quase todos os dias no Restaurante Panorama porque sou só e refém do mesmo pelo fato de no momento do almoço não ter de agüentar a chatice de uma televisão ligada. Abomino televisão porque ela afasta as pessoas e impõe monólogos dos quais não posso divergir, ou melhor, participar.

A maioria das mesas é para quatro pessoas muitas vezes ocupada por uma só o que produz o inconveniente de outras duas ou três esperarem acomodação ou mesmo desistirem do almoço por não compartilhar a mesa com um estranho ou conhecido que não seja do seu estreito círculo de relacionamento.

Sou uma pessoa de fisionomia fechada, mas sou educado e entendo que é uma cortesia, quando o restaurante está cheio, oferecer os lugares desocupados da minha mesa, que dentro do possível é sempre a mesma, para estranhos ou não que queiram compartilhá-la naquele momento.

Uns aceitam, outros não. Os mais arejados ou de cultura um pouco mais elevada não se constrangem de pedir permissão para ocupar um lugar quando percebem uma só pessoa à mesa fazendo sua refeição. Resolve-se o problema do cliente e do proprietário.

Esta matéria está sendo escrita por sugestão do Saccol, um viajante de Restinga Seca, que prazerosamente compartilhou a mesa comigo em uma quinta-feira qualquer naquele restaurante. De gorjeta ainda me apresentou seu colega de profissão, o Airton. Pois naquele intervalo do almoço, por incrível que possa parecer, conversamos o suficiente para saber que ele tem uma filha muito bem educada. Enfim, falamos sobre a família de um modo geral e outros assuntos. Em alguns concordamos, em outros divergimos, mas para dois homens que simplesmente compartilharam de uma mesa acredito que todos os dois deram uma demonstração de civilidade, respeito e que é possível expandir nossos conhecimentos convivendo breves, mas valiosos momentos. Quando a educação, não confundir com escolaridade, predomina fica mais fácil o entendimento entre os humanos.

Não sei se o Saccol tomará conhecimento deste texto, nem sei se nos veremos em outra oportunidade, mas do que tenho convicção é que conheci um homem que valoriza a família e que sua vida está sendo construída sobre os pilares do trabalho, do respeito ao semelhante e dos postulados cristãos.

O que me entristece nos restaurantes é assistir homens velhos e moços fazendo a refeição com um gorro ou chapéu na cabeça. O pior não são eles, bem pior do que eles são os que aceitam tamanha falta de educação ou de respeito.

Compartilhar a mesa além de ser um gesto de cavalheirismo pode ser o início de uma grande amizade ou o aprendizado de grandes lições.

Faço isso com prazer, mas nem sempre há uma boa receptividade.



### Tenho a informação de pessoas que merecem crédito de que os atos de lançamento da expansão da UNIPAMPA, acontecido dia 24.11.2011, foram ignorados pelas rádios locais. É um projeto federal que prevê um aporte de R$ 5,5 milhões no município. Estranho, muito estranho. Torcida contra? Será essa uma das causas do marasmo? Ou estão tirando proveito do atraso? Quem não dá cobertura para um fato dessa dimensão é porque quer desviar a atenção do grande público para eventos de pouca ou nenhuma expressão.

Até enquanto a censura não me cortar, novamente.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

FORO ÍNTIMO

Apesar de a expressão ser bastante corriqueira é de se pensar que muitos não sabem seu significado e então há a necessidade de defini-la: Foro íntimo: Juízo da própria consciência. Julgamento íntimo.

Pelo que observo ao longo da vida me atrevo a afirmar que poucos pouquíssimos se atrevem a fazer o juízo da própria consciência ou seu julgamento íntimo.

Seria uma evolução bem recebida se cada cidadão ao fim de cada dia ou de outro período escolhido a seu critério, recolhido à sua intimidade efetuasse com grandeza e extrema sinceridade o seu próprio julgamento.

O cérebro humano é indevassável e é necessário que assim o seja, pois do contrário o desastre seria bem maior.

O grande desafio do ser humano não é desafiar ou enfrentar seu semelhante, mas sim enfrentar a si mesmo, ou seja, julgar a si mesmo. É complicado, porém quem consegue esse enfrentamento e o vence é quase indestrutível pela ação dos homens, pois dessa maneira fica sem pontos vulneráveis.

Por contingências da vida muito cedo ou muito jovem me deparei com muitas encruzilhadas e para escolher o caminho certo tomei decisões maiores do que eu. Acertei o caminho, porém amadureci mais rápido do que devia e por isso pago um preço muito alto, me transformei em um homem duro, sem meias verdades e incompreendido.

Assimilei todas as lições que me deram e hoje na idade avançada a que cheguei posso afirmar que foram as melhores que podia receber, dos pais e dos mestres. Não me arrependo do que fiz e nem do que deixei de fazer porque sempre tomei decisões à luz da razão e da justiça que se justificavam por si só. Magoei pessoas? Sim, porque muitas vezes a mágoa é necessária para a recuperação moral. Prejudiquei pessoas? Nunca, sempre as ajudei e as ajudo, ou procuro ajudá-las, dizendo o que precisam ouvir e não o que gostam de ouvir. Prefiro ser antipático porque todos os vigaristas que conheci e conheço são, por excelência, simpáticos.

E ao leitor que está indeciso, acabrunhado, transferindo a responsabilidade dos seus males a quem nada tem a ver com eles sugiro que enfrente o seu eu com coragem e determinação e verá que todas as soluções estão muito mais em nós do que nos outros.

Se cada um fizesse o seu próprio julgamento garanto que a sociedade não seria esta M que estamos deixando para nossos filhos.

Enfrente-se, que o Manoel seja Manoel, que o Pedro seja Pedro, que o João seja João, que o Fdp seja Fdp, olhe para si e fazendo isso será forte o suficiente para enfrentar e vencer todos os embates da vida. Não são os outros que são fortes, tu que és fraco devido as tuas próprias atitudes.

Foro íntimo, cada um tem o seu. Portanto...





Alugo um apartamento no centro da cidade. Ótima localização. Tratar pessoalmente à Rua T. Pinto, 371 - Nesta – c/Bereci.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

SOBRE O TRÂNSITO

Recebo o Ofício GAPRE nº. 308/2011, datado de 16 de novembro de 2011, nos seguintes termos: Prezado Bereci: Ao cumprimentá-lo, acuso recebimento de vossa correspondência datada de 03 do corrente, onde solicita cópia do diploma legal que permita ou autorize o uso privativo de metade da pista de rolamento da Rua João Manoel, entre as ruas Abel Corrêa e Ney Faria corrêa.
Em resposta, temos a informar que não consta qualquer autorização legal neste sentido nos arquivos do Município e que a ocupação daquela via pela Unidade Militar ali existente se deve a um uso permitido durante o regime de exceção, o que seguramente não tem mais razão de ser em pleno Estado Democrático de Direito.
Informamos que já existe inclusive uma decisão do Conselho Municipal de Trânsito determinando a retomada do acesso público na referida rua, o que está sendo diligenciado pelo Departamento Municipal de Trânsito, vinculado à Secretaria de Serviços Urbanos.
Esperando satisfazer, com a presente resposta, à missiva enviada, subscrevemo-nos.
Atenciosamente
Rossano dotto Gonçalves
Prefeito Municipal.

De boas intenções o mundo está repleto, espero que a retomada daquele trecho da Rua João Manoel aconteça o mais breve possível, pois é inadmissível que grande parcela da coletividade seja prejudicada e colocada em risco por tão abusado, discriminatório e inexplicável estacionamento privativo a uma minoria inexpressiva que justifique tal privilégio.

Todos devem ficar atentos e cobrar seus direitos, pois os abusos praticados pelas minorias existem pela omissão e indiferença da grande maioria de prejudicados.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

INJUSTIÇAS PARTIDÁRIAS

Um partido político não deve ser representado unicamente pelos afiliados que detém mandatos, mas por todos os que contribuem com o seu engrandecimento. Isso deveria ser regra geral, porém atualmente se transformou em exceção.

Para não citar o partido dos outros cito o meu – Partido Progressista – PP – que no seu espaço de TV, no presente momento, valoriza tão somente a senadora Ana Amélia Lemos em detrimento dos que realmente o construíram e muito trabalham pela sua afirmação. A Ana Amélia entrou no PP como poderia entrar em qualquer outro partido e a sua votação de 3,4 milhões de votos foi obtida mais por ser repórter de uma TV do que pela militância partidária, pois assinou ficha no partido um ano antes da eleição ou pouco antes desse prazo.

A migração de um partido para outro quase sempre acontece pela negação do espaço a determinados afiliados que também querem fazer carreira dentro do segmento político em que atuam e que lhes é negado, pois na ótica das cúpulas dirigentes o partido lhes pertence e ao reduzido grupo de BO (baba ovo).

No momento, se estou certo, a exceção que deveria ser regra é o PSC – Partido Social Cristão cujo programa é apresentado por representantes das diversas instâncias da organização, deputados, vereadores, dirigentes e afiliados comuns e o único que desfralda a bandeira da família. Pelo menos o programa televisivo é o de melhor conteúdo e mais justo. Oxalá na prática tenha a mesma disposição.

Os demais nada mais são do que a promoção pessoal dos seus vitalícios dirigentes quando não exclusivos de algum detentor de mandato popular da panelinha dos mesmos. Esta é a prática comum.

É por esse desvirtuamento de finalidade que o Brasil nunca teve e num futuro próximo não terá partidos políticos consolidados perante o eleitor, pois os espaços legais que lhes são destinados para divulgar seu programa e seu estatuto são usados para promoções pessoais de pessoas comprometidas com grupos previamente estabelecidos.

Misturar igreja com partido político é muito perigoso para o eleitor/crente, pois ele pode ser enganado duas vezes pelas mesmas pessoas, na fé e no voto.



###Condenação do Prefeito por improbidade administrativa, que já é coisa velha, aconteceu na instância de 1º grau e como tal passível de reforma.

Os recursos são muitos e em vista de não ter trânsito em julgado não devo me antecipar aos fatos para expedir opinião definitiva.

Quando da decisão definitiva e irreversível voltarei ao assunto.





Alugo um apartamento no centro, ótima localização. Tratar pessoalmente com Bereci, à Rua T. Pinto, 371.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

A VULGARIZAÇÃO DOS TERMOS HERÓI E GÊNIO

Herói. 1 – Homem extraordinário por seus feitos guerreiros, sua bravura ou sua magnanimidade. 2 – Pessoa que por qualquer motivo é centro de atenções. 3 – Protagonista de uma obra literária. 4 – Semideus.

Gênio. 1 – Espírito benéfico ou maléfico que, segundo os antigos, presidia ao destino de uma pessoa, ou de uma comunidade e que era responsável pelo desencadear de determinados fatos. 2 – Espírito inspirador ou tutelar. 3 – Altíssimo grau ou o mais alto, de capacidade mental criadora, em qualquer sentido. 4 – Indivíduo de extraordinária potência intelectual.

Pelas definições acima se constata que não é a qualquer momento, como quer a grande mídia, que se encontra um herói e ou um gênio. Vive-se um momento atropelado pelas imposições dos veículos de comunicação que nos tratam como uns idiotas que nada sabem discernir. Pouco assisto TV, muito menos o tal de big brother, mas um leitor desta coluna me afirmou e eu acredito que um locutor da TV globo, em um momento de histerismo, disse que os participantes de tal programa são uns verdadeiros heróis. Ora, se um indivíduo que anda atrás de notoriedade e dinheiro para a sobrevivência, a qualquer preço, é herói, os verdadeiros, se vivos, devolveriam tal título devido à sua vulgarização.

Corriqueiros, também, são os heróis de qualquer conquista no futebol ou em outro esporte coletivo, pois os narradores, normalmente, esquecem os méritos dos outros atletas que compõem o grupo e atribuem o título de herói ao que fez o gol da vitória, se no futebol ou ao último ponto, se no vôlei ou basquete.

Gênio é outro termo muito mal empregado. Basta aparecer, comumente no esporte, um “inho” qualquer e logo o estão taxando de gênio ou coisa que o valha. Basta um drible, uma jogada de efeito, na maioria das vezes acontecida ao acaso para a consagração de medíocres que rendem bons dividendos aos empresários que os produzem.

Herói e ou gênio, pode ser quem busca criatividade para morar, comer, vestir e formar família com um salário mínimo por mês. É por essas e outras que não sou muito ligado à televisão, pois ela tem a capacidade de nos levar para uma irrealidade que só serve aos interesses dos seus donos. Isso é tão palpável que para dizer besteiras qualquer um tem espaço na grande mídia, porém quando se é acompanhado da verdade nem sempre há espaço.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

A REVISTA VEJA e a PRESIDENTE

A Presidente, é suposição minha, deve ter um acordo secreto com a Revista VEJA, pois esta denuncia e aquela exonera o Ministro que ela mesma nomeou há menos de um ano. Na qualidade de Ministra da administração anterior conhecia, quando os nomeou, o perfil de todos os seus colegas de ministério não sendo a válida a justificativa de que as nomeações eram do presidente que deixava o poder.

Não, o Ministério foi composto pela Presidente Dilma e a ela cabe toda a responsabilidade pelas respectivas nomeações. Tenho um princípio que sempre uso, ou que usava, quando administrava qualquer organização e a transmiti verbalmente para alguns prefeitos de São Gabriel: nunca se nomeia pessoa para qualquer cargo cuja exoneração vai gerar uma crise política, administrativa, familiar ou conjugal. Sempre tive sucesso, porém nem todos aceitam tal orientação porque apesar de extremamente moralizadora é na mesma proporção antipática.

É ridícula a insistência de certos veículos de comunicação, se leia VEJA e FOLHA DE SP, em exigir que o administrador de plantão divida o poder com os larápios dos outros. Mas se todos têm os seus porque dar chance aos dos outros? Muitas vezes uns trocam de larápios, mas poucos ou quase ninguém troca um larápio por um exemplar cidadão no exercício de suas funções. Este não tem votos embora tenha competência e por ser competente não é submisso.

Como ter homens públicos decentes se os financiadores privados e os eleitores patrocinam e elegem os maus?



Tenho autoridade moral, ética e profissional para fazer essa afirmação, pois por onde andei na qualidade de administrador criei instrumentos e sistemas para evitar a corrupção e ter uma boa gestão, mas na maioria das vezes fui mandado embora porque incomodava os próprios dirigentes da organização. E não foi só uma vez. Provas? Tenho-as o suficiente.

Paguei e pago um preço muito alto por ser correto, mas jamais curvei a espinha dorsal para os cretinos que tentaram me fazer igual a eles. Sei que ando na contramão da história, meus bolsos estão sempre vazios porque neles não entra dinheiro mal havido, os sacrifiquei porque preferi preservar meus princípios, minha dignidade e minha alma. Nunca me faltou a solidariedade e o apoio de poucos, pois reconheço que sem eles não chegaria onde cheguei.

Tenho nojo desses veículos de comunicação que, salvo honrosas exceções, também vivem a custa de verbas públicas através das campanhas publicitárias oficiais e se pensam acima de qualquer suspeita.

A maior censura que existe não é a oficial, mas a censura dos concessionários da exploração dos serviços de comunicação.

Orgulho-me de dizer que entre aderir à corrupção e prejudicar o conforto da minha filha não vacilei: prejudiquei o conforto material de minha filha. Mas sei que fiz a coisa certa, pois em vez de uma garota mimada, tola e pretensiosa preferi transmitir-lhe auto-estima e todos os princípios que dignificam e credenciam a pessoa humana. E não me arrependo porque a avaliação que as pessoas fazem da Rafaela gratifica sobremaneira seus pais.

Parem, pois com essa baboseira porque a sociedade de consumo é sustentada no aniquilamento moral da pessoa humana e na valorização excessiva do lucro a qualquer preço.

A base está apodrecida, viciada e corrompida e é na base que começam as mudanças. Cada um sabe quando está certo ou errado, mas muitas vezes sufoca a própria consciência e na distorção histérica da realidade transfere a responsabilidade de seus erros para qualquer cachorro de rua.

E reclama da corrupção, dos outros.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

MAIORIDADE PENAL AOS 16 ANOS

Apesar de leigo em matéria de direito entendo que a discussão sobre a violência está equivocada quando acontece em torno da idade do criminoso. Pode-se fixar a maioridade penal aos dez (10) anos de idade, mas em nada ajudará se não acontecer uma reforma profunda no processo penal. A certeza da impunidade é que estimula o crime e não a idade. Se a lei e a sociedade impusessem pesadas penas aos criminosos a violência seria reprimida, mas ocorre exatamente o contrário, pois os recursos legais e a aprovação velada da maioria favorecem os infratores.

A indiferença entre os humanos e a conquista do lucro também geram a violência. A sociedade de consumo, fria, cruel e calculista, impõe suas regras, faz com que o humano não respeite seus limites, prostitui, corrompe, destrói a auto-estima e impõe o pensamento de que é muito mais importante ter do que ser.

O isolamento e a convivência com máquinas (tevê e computadores, etc.) transformam o humano em uma besta sem afetos e sem qualquer ética.

Urge recuperar a família porque fora dela predomina o descontrole social e, consequentemente, o caos.



Os demagogos, os políticos que andam catando voto para ajeitar o seu lado, pregam aos quatro ventos a escola em turno integral, mas esquecem, propositalmente, de defender a família em turno integral. Insisto na proposta de reconstituição da família porque só ela, unicamente ela, pode diminuir a violência que grassa nas ruas, nas escolas, nos parlamentos, no judiciário, nos executivos e em todas as classes sociais do país. A violência moral é tão ou mais cruel do que a violência física, pois a primeira é a causa da segunda.



As instituições não são violentas, os homens que as administram é que as contaminam com sua podridão.



### Entendo que o Município não deve intervir no Hospital da Irmandade da Santa Casa de Caridade, mas sim na qualidade de mantenedor através das verbas públicas indicar um ou dois representantes na administração do mesmo.

E por falar em hospital, qual será sua real situação? Contas de água, luz, INSS, FGTS, fornecedores, tudo em dia? Acredito que toda a organização que recebe verbas públicas para o seu funcionamento está obrigada fazer prestação de contas à população. E se não está obrigada legalmente não escapa da obrigação moral.

Intervenção? Não é o aconselhável senhor Prefeito, mas acione o departamento jurídico para saber da possibilidade do município, na qualidade de mantenedor, ter um membro permanente no conselho de administração do hospital no setor relacionado à saúde pública. E como todos falam em transparência nada existe que uma boa conversa não resolva. Desde que as partes envolvidas tenham grandeza e sejam bem intencionadas no trato da coisa pública.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

TRÂNSITO ESTÚPIDO

No mês de abril de 1992 sugeri ao Prefeito da época a interrupção definitiva do trânsito no trecho da Rua General Marques entre a Celestino Cavalheiro e a Barão do Cambai, ou seja, na frente da Irmandade da Santa Casa de Caridade com a finalidade de proporcionar menos barulho aos pacientes hospitalizados e também aos acompanhantes que além da vigília à noite têm de trabalhar no dia.

Os acessos ao hospital aconteceriam pela Rua República do Líbano inclusive os táxis daquele ponto cujos usuários em nada seriam prejudicados. Os moradores nos imóveis residenciais, que são poucos, também seriam beneficiados com o sossego que proporcionaria a interrupção.

Daria para fazer um ajardinamento com a colocação de bancos para o conforto de quem espera a hora da visita aos seus doentes. Os investimentos seriam pequenos.

Esse pensamento não é só meu, pois nas conversas que mantenho com pessoas preocupadas com o bem estar da coletividade diversas delas têm o mesmo ponto de vista. Sou avesso às viagens, mas tenho conhecimento de que em muitas cidades do Rio Grande do Sul não há trânsito na frente de seus hospitais.

Sou companheiro de chimarrão dos taxistas do ponto na frente do hospital e tenho presenciado o desrespeito de certos motoristas quando por ali transitam.

De mais a mais o 6º. BE já foi contemplado com um trecho da Rua João Manoel para estacionamento privativo dos veículos particulares de alguns de seus militares. Foi contemplado pela Prefeitura Municipal ou simplesmente invadiu a área? Requeri, em 11.02.2010, ao Prefeito que acabasse com tão abusivo privilégio ou adequasse o trânsito para o bem estar da maioria, mas até o presente momento só o que consegui foi a desconsideração da sua não resposta.

Mas se o 6º. BE, para o conforto de meia dúzia de militares, tem tal privilégio porque o hospital não pode ter para centenas de doentes e seus familiares?

A sugestão é gratuita e acredito merecedora de estudos por parte de todas as autoridades constituídas.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

PELÍCULAS INCONVENIENTES

Não tenho automóvel, mas se tivesse jamais usaria a tal película protetora. Há tempo atrás, à noite, um conhecido me deixou em casa e constatei o quanto ela é inconveniente, pois atrapalha e muito a visibilidade causando dificuldade a quem dirige; não a usaria porque não preciso andar escondido; sou contra seu uso porque dificulta sobremaneira a identificação de quem está dentro do veículo; a minha namorada pode estar me traindo na frente da casa sem que a reconheça; os automóveis se transformaram em motéis ambulantes, pois facilita o sexo nas praças, nas ruas e em qualquer lugar à luz do dia e pode acobertar o transporte de qualquer muamba.

Quando qualquer veículo estacionar nas proximidades de sua casa e não conseguir identificar o condutor ou seus passageiros é aconselhável ligar para a polícia, pois sua segurança pode estar em risco.

Outro inconveniente para os que estão fora do veículo e não enxergam os que estão dentro é o buzinasso do condutor, pois ele identifica aqueles e dotado de uma inteligência ímpar não percebe que o outro não tem condições de identificá-lo.

Uns alegam que usam a tal película por medida de segurança. Do que têm medo? São muito importantes ou têm culpa no cartório que não podem andar se mostrando livremente à luz do dia ou à iluminação da noite?

Respeito quem pensa assim, mas afirmo sem medo de errar de que se a película dá segurança e proteção a quem está dentro do veículo expõe a grande maioria aos perigos que pode representar a não identificação dos mesmos.

Já imaginaram receber a traição na frente da própria da casa e ainda ser cumprimentado (a) por uma buzinada? É, a película inconveniente pode pregar essa peça e ninguém está livre disso.

Os pedófilos, as pedófilas e toda sorte de malfeitores devem vibrar com a lei que liberou o uso dessas porcarias, pois com seu uso fica mais fácil de praticar seus ilícitos.



### Um leitor desta coluna, A. M., que mora na Vila Camita, nas proximidades do Parque que está sendo construído, reclama que uns duzentos (200) metros da Rua Boaventura Ferreira da Silva precisa da atenção da Secretaria Municipal de Obras ou Serviços Urbanos. As três refeições do dia, diz, são acompanhadas da indispensável poeira. Caro leitor A. M., a Avenida Tito Prates aos 152 anos ainda não foi calçada, imagina quando será a Boaventura Ferreira da Silva que de ora em diante poderá ser apelidada de Boaventura Ferreira da Poeira. Fica o registro.




PS. Alugo um apartamento no centro, Ed. Wallauer. Tratar pessoalmente à Rua Tristão Pinto, 371 c/Bereci.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

GAUDÉRIO

É muito comum o uso indevido desse vocábulo por pessoas de certa escolaridade e normalmente por não procurar sua definição correta. A definição do termo segundo o dicionário da língua portuguesa é: 1. Folgança, pândega, patuscada, gáudio. 2. Vadio, malandro. No Rio Grande do Sul chamam de gaudério aquele que acompanha qualquer pessoa, abandonando-a para seguir outra ou ainda aquele que anda errante, ao léu. Nesta região é chamado de gaudério aquele que anda de estância em estância, come, dorme e não trabalha sequer para pagar cama e mesa.

Diante da definição do termo é bom ter cuidado quando empregá-lo, pois, por desconhecer seu significado se pode ofender alguém.

Nos desfiles da semana farroupilha, em importantes veículos de comunicação, usaram a palavra gaudério indevidamente o que prova o total despreparo de certos apresentadores no que diz respeito ao vernáculo.

Mas será que só nas estâncias existe o gaudério?

Acredito que não, pois pelas movimentações de determinados políticos se pode afirmar que na atualidade a figura do gaudério está mais presente nos partidos políticos do que mesmo nas estâncias. A diferença entre um e outro? Não existe. O gaudério dos pampas come e dorme na estância e no outro dia vai embora até encontrar outra que o acolha e o do partido político tira vantagem enquanto ele está no poder (come e dorme) e se muda de mala e cuia para outro que o substituiu em busca de novas acomodações. Não tem proposta própria, se infiltra e tira proveito das propostas dos outros e quando estas se esgotam se apresenta como a solução alternativa.

Despreza a inteligência dos outros quando pensa que com recursos literários poderá conduzi-los ao seu bel prazer.

A mariposa é atraída pelo brilho da luz que lhe tira a vida e o mercenário político é atraído pelo poder, mas não se dá conta que perde a credibilidade.



São Gabriel está no seu 152º ano de emancipação política e a Avenida Tito Prates a espera do calçamento e ou asfaltamento. Será que também vou morrer sem assistir tão necessária obra ser concretizada?



Não queiram iludir o povo com propostas alternativas sustentadas em nomes velhos e surrados. As forças vivas do município precisam criar, verdadeiramente, novas lideranças que tenham um projeto desenvolvimentista para a comunidade. E que sejam melhores do que as existentes na atualidade. É possível, mas para isso acontecer se faz imperioso viver mais o município e sua gente, pois a maioria das pessoas vive no mundo irreal produzido pela televisão e pela rede de computadores.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

21ª. COMENDA

A comissão organizadora desse evento, que reúne ex-alunas e amigas da Escola Perpétuo Socorro, formada pelas senhoras Maria Luiza Munhoz Bisogno – rainha da comenda 2011; Helga Alves e Silva – rainha do milênio 2011 e Gladis Berbigier da Silva – rainha da comenda 2010 comunicam a sua realização dia 05 de novembro do corrente ano nas dependências do Clube Caixeiral.

A festa promete momentos de descontração, alegria e de emoções indescritíveis pelo reencontro de pessoas que buscam no convívio humano a manutenção dos vínculos de amizade pura que a passagem dos anos não haverá de destruir jamais.

Risos, abraços e recordações são alguns dos ingredientes que não faltarão nessa noite de raro brilho.

O tema será Viva o México e em vista disso não faltará a apresentação das Mexicanas, cercada desde já da natural curiosidade de todas.

A animação, mais uma vez, estará a cargo do Tony Carlos e seus românticos boleros proporcionando aos presentes a volta de cada um ao passado distante que construiu essa identificação revivida no presente.

Esse evento devido à sua grandeza e ao seu significado já está inserido no calendário social de São Gabriel e seu sucesso, mais uma vez, garantido pela qualidade e pelo entusiasmo das organizadoras.



### EVOLUÇÃO é o que se nota no comportamento dos motoristas quanto ao respeito à preferência dos pedestres ao atravessar pela faixa de segurança. Mas não só o motorista precisa ser educado, pois o pedestre também está obrigado a respeitar as regras do trânsito. Quando todos os dois se respeitarem reciprocamente chegaremos ao ideal.



### AFRONTA aos corretos é a nomeação para cargos importantes de políticos decadentes e de vida pública pregressa nada recomendável. A hipocrisia é tanta que quando o faltoso é nosso todos, com raríssima exceção, aplaudem, mas juram que a administração pública precisa de moralidade. Muito pior do que o nomeado é quem indica e pior do que estes dois é o safado que nomeia. Onde estão os que gritam pela moralidade na administração pública? Por entender que a moralidade deve estar presente em todas as instâncias da administração e que o indicado, embora represente parcela da comunidade são-gabrielense, não tem os requisitos que o credenciem para o cargo registro o meu protesto. O culpado não é o nomeado, mas o mentiroso que apresenta programas partidários na TV jurando que o seu partido defende a aplicação da transparência e da ética na administração pública e recomenda tais nomeações.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

CAVALOS CRIOULOS

Há muito tempo não me fazia presente no Parque de Exposições Assis Brasil e pretendia lá retornar quando a Avenida Tito Prates estivesse devidamente calçada ou asfaltada. Não deu. Um gentil convite do Hugo/Renato – Cabanha Posto Queimado; do Luiz Alberto/Carlos Emílio – Fazenda Balança que juntamente com o Bruno Menezes – Cabanha Três Passos e o Daniel Teixeira – Cabanha La Buenacha proporcionaram um dia de campo, 15.10.2011, naquele parque, para apresentar ao público que lá compareceu os produtos de suas respectivas propriedades exigiu o meu comparecimento.

Quatro jovens que, respaldados por seus pais, entram na fascinante atividade da criação de cavalos crioulos na busca de um caminho que lhes conduza ao sucesso e à plena realização de seus objetivos. O trabalho enobrece, dá maturidade e aumenta a criatividade de todos aqueles que através dele buscam o seu próprio desenvolvimento.

Os apreciadores do cavalo crioulo têm essas quatro opções locais, com muita qualidade, para adquirirem um exemplar da raça. Maiores esclarecimentos com os proprietários.

É muito bom constatar a iniciativa desses rapazes em buscar no trabalho o preenchimento do seu tempo e consequentemente despertarem desde cedo para as responsabilidades do presente que por certo lhes garantirão um futuro tranqüilo e próspero. Estão ocupando o espaço que a sociedade lhe reserva e respondendo positivamente a expectativa de todos os que acreditam neles.

A persistência, a confiança em si e a certeza de que podem e de que querem são os elementos que lhes darão a energia para vencer todos os obstáculos que se colocarem à sua frente. As dificuldades existem, mas só os fortes as ultrapassam.

Moços, não olhem primeiro para o que está longe, mas sim para o que está perto porque não se chega ao longe quando não se vence as barreiras que estão perto. Tudo tem seu tempo e aos determinados está reservado um lugar ao sol.

Transmito o ensinamento que recebi quando tinha a idade de vocês: O dia é divido em três períodos de oito (8) horas: O primeiro para trabalhar; o segundo para se divertir e o terceiro para descansar. Um homem organizado tem tempo para tudo. Não esqueçam, pois é uma grande verdade.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

REGISTRO NECESSÁRIO

Para a atuação do delegado de polícia, Jader Ribeiro Duarte, no exercício de suas atividades profissionais que recém se iniciam no município. Não o conheço pessoalmente, mas pelo seu trabalho na manutenção da ordem pela aplicação justa da lei posso afirmar que se trata de um profissional da mais alta qualificação que dignifica o cargo que ocupa, sem qualquer sombra de dúvidas.

Todos sabem que meu forte não é fazer elogios e espero que não interpretem este como um, mas sim como um reconhecimento a quem deveras batalha pela imposição do respeito à lei.

A razão principal deste artigo é fazer um chamamento, ou melhor, um convite para que a comunidade não deixe o delegado só na empreitada difícil e antipática de colocar ordem e disciplina nas coisas. Todos nós precisamos de segurança, nossas famílias precisam de segurança, nossos empresários precisam de segurança, nossos jovens precisam de segurança, mas essa segurança só existe quando a coletividade respeita a lei e pune exemplarmente os faltosos. E quando falo em faltosos não diferencio classe social, cor, credo religioso ou político.

Penso que a segurança não depende só das autoridades, mas depende, e muito, da maioria das famílias que em nome de uma proteção exagerada e equivocada apóia incondicionalmente os seus mesmo quando reconhecidamente errados.

A impunidade é o maior incentivo à prática do ilícito e a maior e mais cruel punição àquele que se comporta com a civilidade e a decência que a vida coletiva exige.

Está mais do que na hora da gente desta terra tomar atitude e formar fileira na luta pela imposição do respeito e da moral. E ninguém está desobrigado de emprestar a sua contribuição ou seu apoio moral, pois este representa, em determinadas circunstâncias, o ingrediente que estimula a defesa do bem comum.

Toda esta segurança não pode depender somente do esforço do delegado e de seu diminuto contingente de comandados, mas de todas as famílias que devem educar os seus jovens para que tenhamos bons adultos.

Todos precisam sair de suas jaulas e tomar conta das ruas, pois os marginais estão ocupando os lugares que deixamos vagos devido ao nosso egoísmo. É preciso ter consciência de que somos parte do contexto e este será bom ou ruim de acordo com nossas atitudes.

Onde estão as entidades desta terra? Onde estão as forças vivas desta terra? Onde estão os homens de representatividade desta terra? Ter representatividade para dar e receber homenagens ou receber polpudos salários definitivamente não me serve.

A tarefa de reorganizar a sociedade é obrigação de todos e não será um delegado e sua equipe por mais competentes que sejam que atingirão a meta desejada.

E quem não se engajar nessa luta que pague o preço da sua omissão e da sua covardia.

Senhor delegado, sou um cidadão comum, mas além de desejar uma boa estada entre nós lhe hipoteco total e irrestrita solidariedade enquanto com justiça e denodo trabalhar pela segurança da minha gente. Oxalá essa força invisível que comanda o universo lhe dê saúde e energia para atingir todos os seus desideratos.



### O Fernando Baldissera dos Santos apresenta uma sugestão para resolver o problema dos cachorros de rua: Exportá-los em pé para a China, para o Vietnã e para a Coréia, alguns dos países que consomem sua carne. Não exportam boi em pé para o Iraque?

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

MISTURA INDEVIDA

Há uma generalizada inconformidade do povo em geral com a qualidade da classe política atual. Sou da opinião de que ela é paradoxal ou contraditória, pois quem transforma o cidadão em político ou homem público é a maioria da sociedade, ou seja, o eleitor através do seu voto.

É espantosa a preferência de uma expressiva parcela do eleitorado por pessoas que nada têm a ver com a política, mas que usam a sua fé e a própria política para obter extraordinário enriquecimento material. O bom pastor obrigatoriamente não será um bom político e este jamais será um bom pastor. Misturar religião com política é perigoso porque os mesmos homens vão dominar sua mente e o seu bolso.

O negócio mais rentável nos dias modernos é a comercialização dos nomes Deus e Jesus, haja vista as rádios, os jornais, os mais variados tipos de negócios lucrativos mantidos não pelas igrejas, mas pelos seus pastores, chefes ou donos como os queiram apelidar. Não está longe o dia em que haverá mais pastores do que ovelhas ou mais templos do que fé. Não fiquem raivosos com o que estou escrevendo, mas esta é uma constatação de quem acompanha a vida nacional. E quem duvidar do que afirmo olhem o programa político na TV. Fica difícil distinguir se é político ou se é religioso tal a mistura de pastores, vereadores, deputados, etc.

Temos ainda a preferência dos eleitores pelos candidatos que trabalham nos meios de comunicação em vista do contato diário que têm através, principalmente, do rádio e da TV pela abrangência que possuem. Tanto é verdade essa constatação que certos programas radiofônicos estão transformados em beijos e abraços. Estão parecidos com aquele orador que interrompe o próprio discurso e pede uma salva de palmas. Assim estão certos programas de rádio que são feitos para o apresentador distribuir abraços e beijos durante dez (10) minutos ou mais e uma música para os ouvintes. Qual a importância das amizades do comunicador para os ouvintes? Pensem. Cada um terá sua resposta. Já pensaram na chatice desta página se seu conteúdo fosse beijos e abraços para minhas amigas e amigos citados nominalmente? Ela pode ser chata de qualquer maneira, mas procuro transmitir uma conscientização de que se os políticos e homens públicos são maus a maior responsabilidade é de quem elege equivocadamente.

O objetivo deste artigo nada mais do que esclarecer o eleitor de que é perigoso pensar que um bom pastor, um bom comunicador, um bom artista ou qualquer boa pessoa será um bom político ou um bom homem público e em nenhum momento atacar qualquer individualidade. Maior tragédia do que a concentração da riqueza mundial nas mãos de poucos e concentrar o poder de decisão nas mãos dos mesmos. Este é o maior perigo que ronda o universo.

Estamos na véspera de uma nova eleição e corremos o risco muito grande de termos na câmara municipal a bancada das igrejas, a bancada das rádios e a bancada de qualquer coisa menos a bancada dos partidos políticos, pois efetivamente estes são meros instrumentos dos oportunistas que querem, entre beijos e abraços, uma vida melhor para si e para os seus com enorme prejuízo à coletividade. O eleitorado ainda não elegeu um homem com a coragem suficiente para trabalhar pela redução de honorários e do número de vereadores em São Gabriel. Quando isso acontecer será a confirmação de que os eleitores escolheram um político verdadeiramente comprometido com o bem comum que é a razão maior da existência do mandato popular.

A culpa, repito, não é dos escolhidos, mas de quem escolhe as pessoas erradas.

### O Cherini está perdido quando diz que é do PDT do Getúlio Vargas e do João Goulart. Todos os dois morreram antes da existência daquele partido. O Getúlio foi morto em 1954, o João Goulart morreu em 1976 e o PDT foi fundado em 1980. Portanto...

terça-feira, 11 de outubro de 2011

DANRLEI, uma confirmação.

Estou usando o exemplo do deputado Danrlei, mas poderia ser outro qualquer. Quando comentei o resultado das eleições/2010 escrevi: “O fracasso dos partidos políticos é evidente há muito tempo e se escancarou nesta eleição quando em dificuldade para apresentarem candidatos bons de votos dentre os seus afiliados saíram em busca de individualidades que estão em permanente contato com o eleitorado através da grande mídia. Prestem atenção, não estou afirmando que tais individualidades não prestam ou que serão maus parlamentares, mas sim que elas esvaziam a finalidade dos partidos e os desmoralizam porque não têm vida partidária”. Citei ainda a repórter e o palhaço que obtiveram, nos seus respectivos estados, votações extraordinárias. O eleitor não dá a mínima para os partidos, atualmente vota na pessoa.

Pois bem, com menos de um ano de mandato o Danrlei que fez cento e setenta e três mil (173.000) votos abandona o PTB e lidera, no RS, o PSD. O mandato é do Danrlei ou do PTB? Penso que do Danrlei, pois o PTB foi buscá-lo pela sua visibilidade perante o eleitorado como jogador profissional do Grêmio Futebol Porto-alegrense, e, além disso, ninguém pode afirmar que o montante de votos que elegeu o deputado era de filiados do PTB. O mandato é popular, não há como amarrar o eleito a determinado partido se os votos que o elegeram não pertencem a filiados daquele partido. O exemplo do Danrlei é mais do que suficiente para mostrar o perigo que ronda os partidos políticos quando saem em busca de pessoas com grande penetração popular, porém sem qualquer responsabilidade com a vida partidária.

Deixo claro que não quero atingir ninguém, mas simplesmente mostrar que em São Gabriel têm pessoas que fazem análises verdadeiras, frias e sem paixão. O mesmo raciocínio vale para o PSB local: ele não cresce é o Baltazar que o incha. Corrijo, nem é o Baltazar, mas sim sua vinculação com o secretário dos transportes e deste com o poder estadual que por sua vez é identificado com a administração federal. Querem localizar a carniça? Observem a sobrevoada dos corvos. Para muitos, política é sinônimo de cargos com boa remuneração. Não importa se com o partido A ou B. Lamento dizer isto, mas é uma verdade cristalina.

E o PSDB? Posso estar equivocado, mas penso que a atitude tomada não foi a mais recomendada para quem até ontem ocupava um cargo de confiança do partido. A desfiliação em massa, conforme noticiado na imprensa, se verdadeira, mais uma vez me dá razão quando afirmo que não existem verdadeiros partidos políticos e sim cúpulas dominantes.

E sobrou também para o PP. Este já há bastante tempo olhava para todos os lados e para todos os partidos, exceto para si mesmo. Não há nenhuma surpresa na transferência de alguns filiados para o recém criado PSD, pois é do conhecimento de todos que a convivência das alas existentes dentro do mesmo era irreconciliável. Neste caso, estritamente local, acredito que a decisão foi acertada e beneficiou a todos, tanto aos que saem como aos que permanecem.

E neste manancial de contradições e atitudes suspeitas os homens não percebem que podem acumular empregos com ótima remuneração, mas se tornam vis e desprezíveis.

Isso nunca foi política. Defino como gangsterismo na política.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

MORTES NO TRÂNSITO

A maioria das pessoas está limitada a repetir assuntos noticiados pelos grandes veículos das comunicações como se um simples apresentador de TV represente um pensamento universal. Para variar, discordo. O trânsito não mata ninguém, quem provoca acidentes, que por sua vez ceifam vidas, é o homem na sua irresponsabilidade bestial que dificulta qualquer análise.

Comentam o óbvio, quanto maior o número de veículos trafegando desordenadamente no mesmo espaço físico maiores são as possibilidades de acidentes. Morre pouca gente diante da indisciplina e da indiferença com que os cidadãos dirigem seus veículos. Desrespeitam a lei e ainda mostram sua soberba e prepotência quando advertidos pela autoridade competente.

Os usuários cometem as maiores atrocidades e culpam o presidente, os governadores e os prefeitos ou as autoridades específicas responsáveis pela disciplina no trânsito.

Todos reivindicam pistas de rolamento de primeira qualidade, auto-estradas, mas ao mesmo tempo querem redutores de velocidade ou outras medidas que ponham fim aos abusos dos motoristas.

Os acidentes que acontecem no trânsito são noventa (90%) por cento devido à imprudência humana. Quem anda pela cidade e observa a loucura das ruas há de concordar comigo de que se fala ao celular quando no volante; toma-se chimarrão, dirige-se com criança no colo; sem a devida habilitação; sem a documentação do veículo, etc.

Não faltam ainda aqueles papais e aquelas mamães que permitem filhos menores na direção de veículos automotores, como não faltam os ciclistas que pensam estarem dispensados de respeitarem as leis dos trânsitos.

E é devido a essa selvageria toda, praticada por uma expressiva parcela de condutores, que não vacilo em afirmar que morre pouca gente nas estradas e nas cidades brasileiras.

### Mais uma exposição-feira se aproxima e nada do calçamento da Avenida Tito Prates. Espero viver para ver essa obra realizada.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

30 ANOS SEM ALDO LIMA

Há trinta (30) anos escrevi esta página que ora transcrevo: Domingo, dia 04 de outubro, perdeu o esporte amador de São Gabriel, bem como toda a sociedade gabrielense, uma de suas figuras mais ilustres.

Ilustre não pela posição de destaque que ocupava à testa de qualquer entidade, mas sim pela retidão de caráter, pela simplicidade no agir, pela sinceridade no falar e pela pureza de sentimentos para com todos.

Pelas qualidades acima, hoje inexistentes até nos homens que comandam os destinos do mundo, o ALDO do Palmeiras, tornou-se um IMORTAL GABRIELENSE.

IMORTAL para o esporte através do Palmeiras do qual foi fundador, dirigente e jogador; IMORTAL para os amigos através da paz contagiante do seu sorriso, da ingenuidade das suas atitudes e da humildade do seu íntimo.

Lamentavelmente, no mundo deteriorado no qual vivemos, os puros, os justos, aqueles que lutam com denodo pela Paz, pela Justiça e pela Verdade só são reconhecidos quando nos faltam.

Triste inversão: enquanto nós não aproveitamos os bons, Deus os chama e cá ficamos a mercê de inescrupulosos, maus e falsos que a tudo destroem na ânsia de conseguir seus propósitos pessoais e nem sempre lícitos.

ALDO ROBERTO LIMA, gratificante foi tua passagem entre nós e podes ter a certeza de que teu exemplo frutificará porque ainda existem os que acreditam na Moral, na Justiça, na Paz e na Verdade princípios que sempre defendeste e que foram os sustentáculos da tua curta existência.

Nas “peladas celestiais”, nas “corridas dos anjos” e na “marcação” dos que chegam para a invernada de Deus haverás de velar por nós até o dia em que unidos pela morte, mais uma vez, possamos fundar no éden o “PALMEIRAS DA ETERNIDADE”.



Ao recordar Aldo Roberto Lima, um vibrante incentivador do esporte amador, principalmente do futebol, lembro de tantos outros que com sua abnegação, determinação, prazer e parcos recursos financeiros próprios foram por longos anos, enfrentando todo o tipo de dificuldade, os responsáveis pela educação de muitos jovens que se transformaram em bons adultos através da prática do esporte.

Eles foram muitos, mas em reconhecimento à contribuição de todos ao município e à educação cito Adalberto Mendonça (Botafogo); Adroaldo de Mello (Guarani); Plácido Goulart (Olaria) e Zeferino Alvarez (Independente).

Eram homens modestos que sempre beneficiaram o esporte sem nunca terem se beneficiado com o esporte.

Aos domingos, com o saco de fardamento às costas, em uma carroça ou em um caminhão, eram os meios de locomoção da época, eles reuniam, nos seus respectivos clubes, a meninada para a integração entre bairros e localidades feita através do esporte. Na conversa que mantive com o senhor Algenor Bastos de Mello ele disse: “naquela época não tínhamos os recursos, mas tínhamos futebol”. E hoje? Caro Algenor, nós pagávamos para jogar e jogávamos muito (os amadores), hoje se ganha muito e se joga pouco (os profissionais).

Os citados acima são de uma época, da minha época, outros os antecederam com os mesmos propósitos e merecem a mesma consideração, não os cito para não cometer injustiças, pois existiram antes de mim. Não há que se falar em futebol nesta cidade sem falar nestes imortais.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

OS HUGOS CHAVEZ BRASILEIROS

.

O que representa o governante venezuelano para ser tão detestado no Brasil? Talvez porque abomina os americanos, pois por ser ditador decididamente não o é.

Determinadas pessoas, por sua capacidade caolha, má fé ou para desviar a atenção de suas atitudes, costumam criticar outras que se movem ou agem de maneira igual. Combatem os administradores de esferas superiores quando se perpetuam no poder, mas também se adonam das instituições menores quando são escolhidos para administrá-las por determinado período.

Qual a diferença entre uma Constituição Federal e o Estatuto Social de uma entidade? Nenhuma, a Constituição Federal é a carta magna do país e o Estatuto Social é a carta magna da entidade. Modificar uma e outro com a finalidade de se perpetuar no poder são atos atentatórios à democracia e extremamente nocivos à existência de todos.

O que se precisa esclarecer é que existem muitos brasileiros que falam ou escrevem contra o Hugo Chavez e a ditadura que encarna, mas que aplicam seus métodos quanto à sua permanência à frente das instituições que presidem ou das quais participam. Aqueles que permanecem indefinidamente nos mesmos postos e para que isso aconteça não hesitam em alterar normas legais ou estatutos sociais são, supostamente, seguidores fiéis da cartilha do venezuelano.

Pode-se afirmar que temos ditadores nas confederações, nas federações, nos sindicatos, nos conselhos de classe, nos hospitais, nos partidos políticos, nas prefeituras e em outras associações nas quais, muitas vezes, a alternância só ocorre forçada pela morte do incansável que sem remuneração nenhuma permanece “ad eternum” como benfeitor da humanidade.

De que vale trocar presidente da república, governadores e prefeitos se a estrutura geral está contaminada pela permanência das mesmas pessoas nas instituições, digamos, auxiliares? E, além disso, quase todas movidas com recursos públicos apesar de se denominarem não governamentais.

As instituições vão mal, mas eles vão muito bem. E falam do Hugo... Chavez é claro. Mas o seguem à risca.

### Existem marginais que, sabidamente, não recebem salários, mas, supostamente, temos marginais muito bem remunerados. A diferença é que os primeiros são combatidos enquanto os segundos, normalmente, aplaudidos e defendidos.

### Ah se ministro sonhasse...

### A Prefeitura de São Gabriel, ou sua contratada, não respeita as regras na reforma do prédio sito à Rua Duque de Caxias esquina Francisco Leivas, pois não satisfeita em obstruir toda a calçada ainda deposita os entulhos na pista de rolamento até sua remoção definitiva. Além disso, se comenta que os cascalhos são jogados de cima para baixo sem os devidos cuidados provocando uma cerração de poeira prejudicial aos estabelecimentos vizinhos. E o respeito aos cidadãos? Será também seguidora do Hugo Chavez?

Até enquanto a censura não me cortar, novamente.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

TUA IMAGEM

V er-te assim como és , foi para mim

A lguma coisa de grandioso e belo

L uz és para mim e para minha vida,

É s o porto alvissareiro da jornada,

R eunes em tua qualidade, em teu todo,

I ncalculáveis tesouros de ternura que,

A brandam minh´alma revoltada.



R ecordando tua imagem tão querida,

A lmejo sinceramente estar a teu lado

D edicando-te um mundo de ternura

D e paz, de amor e de ventura...

A manhã ... quem sabe, muito em breve

T erte-ei perto de mim, com alegria, senão

Z ombares de mim ao leres isto.



Não sei ... talvez ... quem sabe ...

A noite vem caindo lentamente, envolvendo

Com seu manto a natureza.

Tudo é silêncio ... tudo é paz ... tudo é harmonia.

Ao longe ... um sino toca ...

Mais perto uma criança canta ...

No céu milhares de pontos luminosos,

Espiam curiosos para a terra ...

A lua pálida ... romântica ...

Surge timidamente sobre as árvores ...

É a noite que chega ... é a natureza que repousa.

Tudo é paz ... tudo é silêncio ...

E eu deixo minh´alma inquieta

Vagar preguiçosamente por lugares

Desconhecidos ...

Lugares encantados onde tudo é luz,

Onde tudo é límpido como a gota

Pura do orvalho de outono ...

E neste lugar, nesta paz, nesta harmonia,

Minh´alma encontra a tua e,

Juntas, unidas numa só,

Seguem tranquilamente de mãos dadas,

Vivendo um encantado sonho de venturas ...

A noite chega ... tudo é paz ... tudo é silêncio.

E eu? Estou só ... tão só ... desesperado,

Somente acompanhado de meus loucos sonhos.



Felizmente sou produto da era romântica e pura.

Até enquanto a censura não me cortar, novamente.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

NÃO É A DILMA É O BRASIL

Está muito badalada a presença do Brasil, neste ano, na Assembléia Geral das Nações Unidas porque ele está representado por uma mulher. Na realidade o fato nada tem a ver com a mulher e muito menos com a estadista, mas sim com o Brasil. É uma tradição que se iniciou lá pelos anos de 1947 quando Osvaldo Aranha, na condição de diplomata brasileiro, foi o primeiro orador da primeira sessão especial da Assembléia Geral das Nações Unidas e que perdura até hoje.

Todo o ano, em setembro, quando é aberta a Assembléia Geral da ONU, cabe ao chefe de Estado brasileiro, ou a seu representante legal, o Ministro das Relações Exteriores, proferir o primeiro discurso, o da abertura dos trabalhos.

O certo seria anunciar que é a primeira vez que o Brasil será representado por uma mulher na condição de presidente brasileira na abertura dos trabalhos da Assembléia Geral da ONU porque esta não é uma deferência à pessoa, mas sim ao país. Como todos sabem antes da senhora Dilma já existiram outras mulheres na chefia de nações e nem por isso abriram os trabalhos na referida ocasião.

Em determinados momentos parece que há uma disposição da imprensa em confundir as coisas, pois se assim não fosse as interpretações seriam mais corretas.

A limitação do conhecimento ou a vaidade humana quando é exacerbada é que faz o indivíduo confundir o bar, lugar onde se bebe, com a Câmara, lugar onde se legisla. O legislador não legisla no bar e nem o bêbado bebe na Câmara. Normalmente o bar é frequentado pelos indivíduos em busca de lazer ou de descanso embora muitos, supõe-se, sejam mais assíduos no bar do que na Câmara.

Assim também na Assembléia Geral da ONU a presença da senhora Dilma Roussef não acontece pelo fato de ser mulher, terrorista, do PT ou coisa que o valha. Ela representa o Brasil assim como todos os presidentes ou seus representantes legais desde 1947 o fazem.

A todo o momento se nota essa confusão entre o cargo e a pessoa que o desempenha. No município então nem se fala: “o município dá e o dirigente fatura a gratidão”. Daí a briga pelo poder. A Santa Casa paga a conta, mas quem tem prestígio político é o provedor; O dinheiro é do contribuinte, mas quem leva o voto é o deputado da emenda parlamentar; A Universidade federal é gratuita para os que estudam, mas todo o contribuinte ajuda a sustentá-la; E tantas outras... E por aí vai...

Até enquanto a censura não me cortar, novamente.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

ESTÍMULO À LUTA

General Cãmara, 31 de julho de 1991.


Sr. Bereci


Meu nome é Lúbia Costa Martins, sou irmã do Lasier e acabo de ouvir a sua entrevista com ele no "Gaúcha Repórter".

Como ao final do programa ele disse que quem quisesse poderia escrever-lhe, eis me a fazê-lo.

Escrevo-lhe para cumprimentá-lo pela sua conduta, pelo seu caráter e pela boa ação que o senhor presta aos seus conterrâneos. Aproveito para também cumprimentar a sua filhinha de 8 anos e parabenizá-la pelo pai íntegro que ela tem.

Eu também tenho um filho de 8 anos e o ano que vem pretendo concorrer ao cargo de vereadora aqui em General Câmara para também fazer alguma coisa da qual meu filho se orgulhe de mim. Concordo com o senhor, de que nós povo, precisamos estar atentos aos nosso dirigentes e sermos o mais correto, o mais limpo, o mais íntegro cidadão. Assim como o senhor o é. Parabéns!

Sr. Bereci, tenho 35 anos e sou casada há 16 anos com Emir Gosch Guahiba.

Desculpe não constar seu sobrenome no envelope, pois não o ouvi.

Saudações.

Lúbia Costa Martins.

São manifestações deste porte que me dão energia para continuar um intransigente defensor da verdade, da ética e da moral.



sexta-feira, 16 de setembro de 2011

UNIÃO IMPOSSÍVEL

Um olhar...
Um sorriso...
Apenas um gesto...
Lábios trêmulos com vontade de amar...
Lábios impedidos de falar...
Sinto que amamos.
Estamos tão perto,
Ao mesmo tempo distantes.
Quase sempre estamos juntos,
Quando, na verdade, separados.
O passado desconhecido,
O presente nos une,
O futuro, por certo nos separará.
Será isso vida?
Não sei...
Nossos caminhos são paralelos,
Não se encontrarão jamais.
Nossos pensamentos se encontram...
Nossas vontades se misturam,
Mas temos de viver separados.
Mais tarde, sonhos desfeitos.
Existência sem amor,
Às vezes procurando braços ardentes;
Às vezes fingindo com quem não nos ama.
São nossas vidas...
Independente de nossas vontades.
Talvez no outro mundo... Se existir
Possamos amar com toda intensidade,
Juntos, livres, felizes por toda a eternidade.
Autor: Bereci da Rocha Macedo
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

CORRUPÇÃO

Primeiro a definição do termo: Corrupção é o ato de seduzir por dinheiro. O protesto grande ou pequeno sempre é bom, pois ele sinaliza que a população de um modo geral está adquirindo o poder de indignação. O estranho nos protestos atuais de iniciativa de diversas associações de classe é que eles só fazem referência à corrupção pública dando a entender, pela omissão, de que são a favor da corrupção da iniciativa privada. Ora, do meu ponto de vista toda a corrupção é prejudicial ao desenvolvimento do país e ela está há muitos anos fazendo parte do comportamento da maioria dos brasileiros tanto no âmbito público quanto no privado. Sempre que existe um corrupto no poder público existe o corruptor, o qual normalmente atua no empresariado, ou seja, na atividade privada. Ou não?
São comentadas as obras públicas supostamente superfaturadas, mas nem sempre essas mesmas obras são realizadas por empresas públicas. O que é a terceirização? É a execução de serviços e ou obras públicos por empresas da iniciativa privada e surgiu como a grande solução no combate à corrupção pública. Porque não surtiu os efeitos desejados? Porque as coisas mal feitas precisam de dois agentes para acontecer. Quando um não quer, dois não fazem.
Vou mais longe... É a corrupção privada que produz a corrupção pública quando apóia, financia e ajuda a eleger os candidatos corruptos. A prova do que afirmo é a dificuldade que tem um político íntegro, coerente e capaz de obter apoio junto à coletividade em que atua. Neste caso a proporção sempre é inversa: quanto maior a seriedade menor a aceitação. Por quê? Porque esses candidatos não corrompem e não se deixam corromper. São autênticos e bem intencionados.
Os leitores que analisem as alianças espúrias que feitas no presente entre os desafetos de ontem. Será que essas alianças são feitas para atender o bem da coletividade ou para atender os interesses dos que se agrediam ontem? Cuidado, muito cuidado.
### Tem mais buraco no asfalto da Antonio Mercado do que estrelas no céu.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

PAIS E GOVERNANTES

O professor Paleo, JC, 05 de setembro de 2011, diz que: “Nos últimos anos temos presenciado na política brasileira um mar de lama encobrindo denúncias de corrupções e desvios de recursos tornando essas notícias uma rotina nos meios de comunicação. Quando questionamos o quanto essas distorções de comportamento de nossos representantes podem influenciar em nossas atitudes como cidadãos, evoco analogamente a figura paterna e sua influência quando crianças na formação de nosso caráter, nossa ética e nossa moral. Assim como um filho espelha-se em seu pai quanto ao comportamento e fatores que irão forjar sua personalidade e conduta social, quando assume o papel de cidadão se espelha em seus representantes para exercer sua cidadania”.
Discordo frontalmente do professor Paleo, principalmente em dois (2) aspectos: O mar de lama sempre existiu na política brasileira e não há o que comparar entre um pai e um representante político. O primeiro não é o filho que escolhe, mas o segundo é o cidadão que o elege ou nomeia.
O preparo do professor não está condicionado à qualidade dos alunos, pois não são estes que o escolhem e por isso o aluno se espelha naquele. Costumo dizer que o ser humano é muito insignificante justamente porque é produto de duas vontades que nenhuma a sua, não sabe a hora do nascimento, não escolhe, enquanto criança, seu nome e não sabe a hora que vai morrer. O professor, com o meu direito de discordar, diz que o representante corrupto produz cidadão corrupto. Para mim é o inverso: o cidadão corrupto produz o governante corrupto porque o primeiro quer o segundo à sua imagem e semelhança. É o que penso.
O ideal seria todo e qualquer cidadão ter acesso à imprensa para externar sua opinião, mas isso não é interesse de quem explora as comunicações e a maior perigo que ronda a liberdade de imprensa é, justamente, os concessionários dos serviços de comunicação. Prestem atenção no que diz o senhor Alexandre Mossate Gabbi, zootecnista e produtor rural, no Jornal do Comércio, edição de 08.09.2011. LEGALIDADE. Nos festejos dos 50 anos da Legalidade, movimento em defesa da Constituição e da posse do vice-presidente da República, esqueceram de dizer que os líderes daquele movimento como Leonel Brizola, Jango e o PTB eram herdeiros políticos de Getúlio Vargas que pisoteou duas vezes a Constituição Federal, em 1930 e em 1937, foi ditador por oito anos e consentiu com as piores atrocidades, como a entrega de Olga Benário, grávida, à polícia política nazista. O que é bom para uma ocasião não é para outra? Aconselho o livro “O TENENTE VERMELHO,” de José Wilson da Silva. É interessante.
Qual a semelhança entre Fidel Castro e os Vereadores de São Gabriel? Fidel Castro derrubou a ditadura do Batista e implantou a sua; os vereadores prometem defender os interesses públicos na campanha e depois de eleitos defendem os seus.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

PARA PENSAR

Quem apóia a luta contra a corrupção age, no dia a dia, respeitando as regras da moral e da ética.

O roubo e o furto seriam menores se não houvesse o receptador. No entanto se combate os primeiros e se minimiza o segundo quando este é tão ou mais nocivo à sociedade do que aqueles.

O mesmo acontece no mundo político. Os maus políticos são eleitos pela escolha dos maus eleitores. No entanto se condena os primeiros sem a devida responsabilização dos últimos.

O efetivo combate à corrupção deve ser uma ação permanente de toda a coletividade e não apenas das administrações federal, estaduais e municipais, pois a corrupção pública não existiria se a iniciativa privada não a aceitasse e incentivasse.

O dispositivo das emendas parlamentares é um alimentador da corrupção no Brasil, pois fortifica a nefasta e imunda política clientelista.

O inusitado no programa político do Democratas que está sendo apresentado na TV é quando acusa a corrupção dos outros, mas descaradamente omite a sua. Todos os partidos são transparentes e probos quando não estão instalados no poder. Ou o Arruda não era filiado ao Democratas? Respeito, mais respeito.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

CONTRAPONTO


ENDEUSAMENTO DE BRIZOLA (Gabriel Pena de Moraes), Jornal do Comércio, edição de 01 de setembro de 2011. Quem viveu na época da Legalidade sabia muito bem que o “povo” que a apoiava ia ao Palácio Piratini em troca de promessas. O que foi evitado, na verdade, seria uma ação terrorista incendiária disposta a disseminar a baderna e criar o caos para abrir espaço para um líder popular, o qual, obviamente, seria ele, Leonel de Mora Brizola. Este tipo de ação havia sido ensaiado quando do suicídio de Getúlio Vargas, quando o “povo” botou fogo na Rádio Farroupilha e na Importadora Americana, a qual pagou o pato por causa do nome, pois não havia nenhum tostão americano investido nela. O que foi evitado com a ditadura foi a tomada do poder por esta horda de visionários improdutivos que transformariam o Brasil numa praça de guerra permanente, imperando ações terroristas em todo o território de modo a fragilizar as instituições e permitir a entrada das forças do “bem” (URSS) contra as forças do “mal” (EUA). Feito isto, Brizola seria nomeado presidente, tal como Fidel, do maior país do Hemisfério Sul, e teríamos ministros como Che Guevara e outros especialistas em conturbação da ordem pública. Tanto isto é verdade que Brizola quando assumiu o estado do Rio de Janeiro (à época Guanabara) retirou os policiais dos morros e celebrou um acordo com os bicheiros cujos resultados se fazem sentir até agora, bastando acompanhar o noticioso. Acho que suas mais importantes e produtivas obras foram a Estrada da Produção e o Cinturão Verde de Porto Alegre, em época na qual sua ambição de poder ainda não tinha lhe subido à cabeça. Enquanto isto a “malfadada” ditadura que combatia os baderneiros que não queriam que se produzisse neste Brasil transformou o desenho econômico deste país conferindo-lhe estradas, sistemas de telecomunicação, energia elétrica e organização de um sistema financeiro nacional que até hoje vigora, levando o Brasil de 45º lugar no ranking mundial do PIB para o 8º lugar em apenas 20 anos. E a imprensa continua a “satanizar” a ditadura e a “endeusar” o Brizola, maquiando a história.
### Todo o ser humano é possuidor de defeitos e virtudes. Não há quem seja 100% bom e nem quem seja 100% ruim. Satanizar ou endeusar depende de quem avalia a pessoa ou o objeto em questão. Os companheiros, simpatizantes, familiares e os aduladores só enxergam bondade e procuram omitir os defeitos. Os adversários, normalmente, mostram o contraponto. O ideal seria o mesmo apreciador mostrar os dois lados, mas isso não é para qualquer um.
### A ditadura é uma violência ao estado de direito e em sendo assim se é contra ou a favor da ditadura. Apoiar a ditadura civil e condenar a militar ou vice versa no meu ponto de vista é hipocrisia, pois nenhuma das duas se justifica em si. Pensem...
### Em cada votação nos parlamentos brasileiros, secreta ou não, a maioria dos votantes opta pela defesa da bandalheira. A Jacqueline Roriz que o diga.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

SARGENTOS DA ESPERANÇA


Jornal do Comércio, 29 de agosto de 2011. Autoria – Jairo Jorge, Prefeito de Canoas/RS. “Diante dos desafios da história, há homens que superam os limites e deixam legados de esperança e sonho. O Brasil democrático é uma importante conquista do nosso tempo, mas ele nasceu graças a milhares de brasileiros e brasileiras que enfrentaram o autoritarismo e ousaram acreditar que era possível derrotar a ditadura e reconstruir a democracia. O País de hoje é fruto dos nossos erros e virtudes. Para construirmos de forma autônoma o presente e o futuro, é preciso mirar o passado, revisitá-lo de forma crítica, resgatando fatos e recusando o esquecimento. Há 50 anos nosso País viveu uma profunda crise, seus desdobramentos nos levariam a tempos de escuridão. Diante da inusitada renúncia do presidente Jânio Quadros, o Rio Grande do Sul lidera um movimento em defesa da legalidade, a posse legítima do vice-presidente João Goulart. Na defesa da Constituição, com coragem e ousadia, o governador Leonel Brizola monta no Palácio Piratini uma rede rádios. Sua voz ecoa pelo Estado e milhares de gaúchos saem às ruas e lotam a Praça da Matriz. A legalidade contagia os brasileiros e a resistência se fortalece.
No entanto, no dia 28 de agosto de 1961, uma ordem poderia ter mudado o rumo da história. Por mais paradoxal que possa parecer hoje, na Base Aérea de Canoas foi dado o comando para bombardear o Palácio Piratini. As bombas tinham o poder de tragar a vida de milhares de pessoas, civis desarmados, destruírem o quarteirão e a um só tempo solapar todos os poderes do Estado, a Cúria e o Theatro São Pedro. Diante da insanidade, sargentos recusaram a barbárie e evitaram a tragédia. Foi um ato difícil para homens acostumados a cumprirem ordens. No entanto, essa coragem impediu o pior. Jamais sairiam de nossa memória e de nossa alma as imagens as imagens de um palácio bombardeado e a dor pela perda de tantas vidas. Eles evitaram que o Piratini se transformasse no Palácio La Moneda e preservaram a imagem de nossa gloriosa Força Aérea Brasileira, uma instituição que todos os dias garante nossa soberania.
Esses homens pagaram um alto preço por essa decisão e todos nós, brasileiros, temos uma dívida com eles. “Os sargentos impediram que a esperança deixasse de habitar em nossos corações e mentes”.
### Menos mal que ainda existem pessoas que reconhecem a bravura e a coragem daqueles que também construíram a história do Rio Grande do Sul e que não sei por qual a razão seus méritos não são contados em prosa e verso. Será porque eram sargentos? Sei lá. Os leitores que analisem e cheguem às suas próprias conclusões.
### Sou crítico, exigente e neste espaço mostro as omissões do poder público que trazem prejuízo ao patrimônio dos cidadãos. Por justiça devo informar aos leitores que a administração municipal está tomando as devidas providências judiciais para solucionar as irregularidades na construção de duas (2) casas e o desmembramento do terreno onde está construída a Escola Municipal Homero Menna Barreto Prates da Silva.
### O silêncio da maioria significa o maior apoio à prática de falcatruas.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.




sexta-feira, 26 de agosto de 2011

O DIREITO DE SER

Não deve ser negado a ninguém. O argumento de que a Lei Orgânica do Município determina no parágrafo único do seu artigo 11 – redação dada pela emenda 3/2008 – que a câmara municipal será composta de quinze (15) vereadores não impede a manutenção do número atual de dez (10) ou a elevação para onze (11).
O artigo 24 da mesma Lei Orgânica diz: Compete exclusivamente à Câmara Municipal: ... XX – Fixar o número de vereadores. (redação dada pela emenda 1/2003). Não sei se a legislação está atualizada, pois retirei estes elementos da página da Prefeitura Municipal na rede de computadores. Espero que esteja.
A emenda constitucional nº. 58, de 23 de setembro de 2009, diz que nos municípios de mais de 50.000 e de até 80.000 habitantes será observado o limite máximo de quinze (15) vereadores.
O cálculo para a fixação do número de vereadores no município de São Gabriel, se existisse grandeza nos responsáveis, seria: o máximo de habitantes (80.000) dividido pelo máximo de vereadores (15) = 5.333 habitantes representados por um (1) vereador. Deste modo São Gabriel com seus 62.000 habitantes teria no máximo onze (11) cadeiras e a cada aumento da população de 5.333 habitantes mais uma (1).
O argumento mais forte, relevante e justo para que se mantenha o atual número de cadeiras ou se aumente uma é o fato de que ninguém, mas ninguém mesmo sentiu a falta dos nove (9) vereadores que foram reduzidos, exceto os próprios que perderam a grande mamata (trabalhar pouco e ganhar muito).
Pelo exposto é fácil perceber que é possível e legal fixar o número de 10 ou 11 cadeiras na Câmara Municipal bastando para isso que a maioria dos atuais vereadores, até 30 de setembro próximo, em um rasgo de decência e de bom senso, decida pelo bem da coletividade. É possível, basta ter espírito público para tanto.
Senhores Vereadores, por favor, resgatem a câmara municipal.
O que existe nos últimos anos, me perdoem, é uma casa sacudida por graves irregularidades, enxovalhada, vazia de conteúdo, eis que suas finalidades de legislar e fiscalizar foram substituídas pela postergação de decisões em benefício de individualidades e ou de grupos.
Respeito o direito de qualquer um de optar pela mediocridade, mas protesto solitário e altaneiro, frente a frente, na qualidade de cidadão e de contribuinte. Basta, pelo menos para mim.
E é neste momento de profunda indignação com a corrupção generalizada que grassa no país, ameaçando suas instituições basilares, que lembro dos vereadores Inocêncio Cóccio, Amarílio da Cunha Teixeira, Hélio de O. Machado, Clésio Teixeira, Alfredo Vicente Ribeiro Astarita, Carlos da Silva Leite, Pedro Baía, Carlos Dácio de Assis Brasil e tantos outros homens de fé e de brio que, uns sem remuneração, compuseram, engrandeceram e dignificaram essa mesma casa que hoje é composta por quem só olha para seus próprios interesses traindo a confiança dos que lhe confiaram um mandato.
A Câmara Municipal não é mais a mesma, pois outrora foi composta por homens dotados de alta sensibilidade política, extremada vocação de servir ao povo e de reconhecida integridade moral.
Preciso admitir, por justiça, que a indiferença e o silêncio comprometedor das forças vivas e da grande maioria da população são os verdadeiros responsáveis pela situação caótica que enfrentamos e que já perdura há bastante tempo. Temos o que a maioria escolhe. O que fazer?
### E as casas construídas no terreno da Escola Municipal Homero Menna Barreto Prates da Silva também têm 50 anos?
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

CALÇADAS, PRIVADAS OU PÚBLICAS?



Com esta matéria pretendo levantar uma polêmica que há muito já deveria ser discutida, pois se trata de assunto relevante e que atinge grande parcela de contribuintes e proprietários brasileiros de terrenos e edificações.
Quem é o proprietário das áreas onde são construídas as calçadas? Uma certeza, não são os proprietários dos terrenos e das edificações construídas nos mesmos. Logo, se não são registradas nos Cartórios de Registro de Imóveis como propriedade dos contribuintes a estes não pode ser atribuída responsabilidade de construir em área que não lhes pertence.
De outro lado não há preceito constitucional determinando que a construção e a manutenção das calçadas sejam por conta do proprietário confrontante o que torna inconstitucional toda a lei municipal que porventura obrigue os proprietários dos lotes confrontantes a construí-las.
Os contribuintes não têm a propriedade, não têm a posse e muito menos o direito de determinar quem pode ou não utilizar esse espaço que até prova em contrário é público. Os passeios devem ser livres para que as pessoas exerçam em segurança o direito de ir e vir sejam elas crianças, idosos, deficientes físicos, etc.
Existe legislação determinando a construção de rampas necessárias aos deficientes físicos acessarem as calçadas; os municípios fazem uso das calçadas como bem entendem sem obrigação de indenização; as companhias telefônicas, idem; as companhias de energia elétrica, idem. Empresas instalam nas calçadas suas máquinas fabricadoras de sorvete, picolé, churros, etc. Quem autoriza esse uso? Há casos nos quais os municípios pedem indenização às companhias que usam esse espaço.
Nos contratos de locação está incluído o espaço referente às calçadas?
A construção das calçadas e a sua manutenção, acredito, é uma obrigação dos municípios visto serem de uso público sem qualquer ingerência do contribuinte confrontante.
A Prefeitura, e não estou negando o conforto aos usuários do transporte coletivo, instalou abrigos nas paradas de ônibus para proteção contra as intempéries. Onde? Nas calçadas. Tudo bem. Mas em certas calçadas expôs o transeunte ao risco de acidente, pois para desviar de quem usa o abrigo ele se obriga a usar a pista de rolamento devido a pouca largura daquelas.
Estudo esta complexa e controversa matéria há mais de três (3) anos e somente agora decidi publicá-la por estar convencido de que a responsabilidade da construção e conservação das calçadas cabe aos municípios, pois as mesmas definitivamente são áreas públicas.
O Poder Judiciário uma vez acionado, suponho, dará guarida a qualquer cidadão que seja pressionado a fazer aquilo que compete ao poder público.
A padronização da construção das calçadas embelezaria a cidade e proporcionaria conforto à coletividade, mas para isso acontecer os municípios não devem transferir ao contribuinte cidadão encargos de sua competência.
AFINAL, quem são os donos das calçadas?
É imperioso que se defina legalmente a questão, pois resta a certeza de que dos contribuintes não são.
A faxina precisa ser feita em todos os cantos deste imenso Brasil e não só na administração da senhora Dilma. A base apodrecida, como está não serve para sustentação de nada bom, mas só cria ratos e baratas cuja habitação é os corredores úmidos dos esgotos.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

CONSPIRAÇÃO


É o que se desenha no Congresso Nacional contra a presidente Dilma Roussef em vista de sua inclinação de punir os responsáveis por supostas fraudes na administração federal, limitar nomeações e reduzir a liberação das mal cheirosas emendas parlamentares. É o momento de apoiar o fim da impunidade e dar respaldo à primeira mandatária da nação, caso contrário prevalecerá a política dos abutres que se alimentam com a carniça da corrupção que impera no país.
E o povo? Será que a maioria é mesmo contra a corrupção? Não sei, tenho dúvidas, muitas dúvidas. Tenho sobradas razões para desconfiar, pois quando me atrevi a defender o patrimônio público através de uma ação popular a maioria dos segmentos sociais me deixou só e foi hipotecar solidariedade ao faltoso. Sim, ao faltoso. Do meu lado? Ninguém. Do lado da moralidade? Ninguém. Isso que a maioria vive reclamando da qualidade dos nossos políticos eleitos. Balelas.
Mesmo só, sem qualquer indignado ao meu lado na fria sala de audiência do fórum local fui maior do que todos os outros porque estava defendendo os interesses de uma coletividade omissa e indiferente ao seu destino e a verdade intransigente que até hoje defendo. É bom que todos saibam que a solidão dá força.
É por essa razão que temo pela Presidente da República. A maioria das forças sempre se volta contra quem quer corrigir erros, depurar setores da administração e punir exemplarmente os culpados.
Não gosto de mulheres no poder porque a sua natureza não é adequada para ele. A mulher, no meu ponto de vista, foi criada para exercer função social e não a administrativa que é por si só extremamente atritiva. Mas a Dilma é presidente do Brasil pela vontade de uma maioria e com ou sem o meu voto é a minha presidente e devo apóiá-la nas suas atitudes corretas e criticá-la nas suas falhas. Espero que não dê refresco à camarilha de todos os partidos que corroem os pilares de sustentação do País.

ENCENAÇÃO OU FARSA: Foi ridículo o comportamento da Câmara Municipal na sessão de 15.08.2011. A falta de energia impediu a realização de um fiasco histórico. O que está em votação é o Parecer de desaprovação do TCE/RS às contas da gestão do executivo municipal referente ao ano de 2006. Não há a reabertura do processo. A ampla defesa foi concedida pelo TCE/RS, ao executivo, antes da elaboração do parecer final enviado à Câmara Municipal recomendando a desaprovação. À Câmara compete votar o Parecer. Ponto final. Não há razão para defesa oral, pois neste caso haveria a necessidade do contraditório. Ou é artimanha para mascarar a votação?
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.