A Presidente, é suposição minha, deve ter um acordo secreto com a Revista VEJA, pois esta denuncia e aquela exonera o Ministro que ela mesma nomeou há menos de um ano. Na qualidade de Ministra da administração anterior conhecia, quando os nomeou, o perfil de todos os seus colegas de ministério não sendo a válida a justificativa de que as nomeações eram do presidente que deixava o poder.
Não, o Ministério foi composto pela Presidente Dilma e a ela cabe toda a responsabilidade pelas respectivas nomeações. Tenho um princípio que sempre uso, ou que usava, quando administrava qualquer organização e a transmiti verbalmente para alguns prefeitos de São Gabriel: nunca se nomeia pessoa para qualquer cargo cuja exoneração vai gerar uma crise política, administrativa, familiar ou conjugal. Sempre tive sucesso, porém nem todos aceitam tal orientação porque apesar de extremamente moralizadora é na mesma proporção antipática.
É ridícula a insistência de certos veículos de comunicação, se leia VEJA e FOLHA DE SP, em exigir que o administrador de plantão divida o poder com os larápios dos outros. Mas se todos têm os seus porque dar chance aos dos outros? Muitas vezes uns trocam de larápios, mas poucos ou quase ninguém troca um larápio por um exemplar cidadão no exercício de suas funções. Este não tem votos embora tenha competência e por ser competente não é submisso.
Como ter homens públicos decentes se os financiadores privados e os eleitores patrocinam e elegem os maus?
Tenho autoridade moral, ética e profissional para fazer essa afirmação, pois por onde andei na qualidade de administrador criei instrumentos e sistemas para evitar a corrupção e ter uma boa gestão, mas na maioria das vezes fui mandado embora porque incomodava os próprios dirigentes da organização. E não foi só uma vez. Provas? Tenho-as o suficiente.
Paguei e pago um preço muito alto por ser correto, mas jamais curvei a espinha dorsal para os cretinos que tentaram me fazer igual a eles. Sei que ando na contramão da história, meus bolsos estão sempre vazios porque neles não entra dinheiro mal havido, os sacrifiquei porque preferi preservar meus princípios, minha dignidade e minha alma. Nunca me faltou a solidariedade e o apoio de poucos, pois reconheço que sem eles não chegaria onde cheguei.
Tenho nojo desses veículos de comunicação que, salvo honrosas exceções, também vivem a custa de verbas públicas através das campanhas publicitárias oficiais e se pensam acima de qualquer suspeita.
A maior censura que existe não é a oficial, mas a censura dos concessionários da exploração dos serviços de comunicação.
Orgulho-me de dizer que entre aderir à corrupção e prejudicar o conforto da minha filha não vacilei: prejudiquei o conforto material de minha filha. Mas sei que fiz a coisa certa, pois em vez de uma garota mimada, tola e pretensiosa preferi transmitir-lhe auto-estima e todos os princípios que dignificam e credenciam a pessoa humana. E não me arrependo porque a avaliação que as pessoas fazem da Rafaela gratifica sobremaneira seus pais.
Parem, pois com essa baboseira porque a sociedade de consumo é sustentada no aniquilamento moral da pessoa humana e na valorização excessiva do lucro a qualquer preço.
A base está apodrecida, viciada e corrompida e é na base que começam as mudanças. Cada um sabe quando está certo ou errado, mas muitas vezes sufoca a própria consciência e na distorção histérica da realidade transfere a responsabilidade de seus erros para qualquer cachorro de rua.
E reclama da corrupção, dos outros.
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
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