sexta-feira, 9 de setembro de 2011

PAIS E GOVERNANTES

O professor Paleo, JC, 05 de setembro de 2011, diz que: “Nos últimos anos temos presenciado na política brasileira um mar de lama encobrindo denúncias de corrupções e desvios de recursos tornando essas notícias uma rotina nos meios de comunicação. Quando questionamos o quanto essas distorções de comportamento de nossos representantes podem influenciar em nossas atitudes como cidadãos, evoco analogamente a figura paterna e sua influência quando crianças na formação de nosso caráter, nossa ética e nossa moral. Assim como um filho espelha-se em seu pai quanto ao comportamento e fatores que irão forjar sua personalidade e conduta social, quando assume o papel de cidadão se espelha em seus representantes para exercer sua cidadania”.
Discordo frontalmente do professor Paleo, principalmente em dois (2) aspectos: O mar de lama sempre existiu na política brasileira e não há o que comparar entre um pai e um representante político. O primeiro não é o filho que escolhe, mas o segundo é o cidadão que o elege ou nomeia.
O preparo do professor não está condicionado à qualidade dos alunos, pois não são estes que o escolhem e por isso o aluno se espelha naquele. Costumo dizer que o ser humano é muito insignificante justamente porque é produto de duas vontades que nenhuma a sua, não sabe a hora do nascimento, não escolhe, enquanto criança, seu nome e não sabe a hora que vai morrer. O professor, com o meu direito de discordar, diz que o representante corrupto produz cidadão corrupto. Para mim é o inverso: o cidadão corrupto produz o governante corrupto porque o primeiro quer o segundo à sua imagem e semelhança. É o que penso.
O ideal seria todo e qualquer cidadão ter acesso à imprensa para externar sua opinião, mas isso não é interesse de quem explora as comunicações e a maior perigo que ronda a liberdade de imprensa é, justamente, os concessionários dos serviços de comunicação. Prestem atenção no que diz o senhor Alexandre Mossate Gabbi, zootecnista e produtor rural, no Jornal do Comércio, edição de 08.09.2011. LEGALIDADE. Nos festejos dos 50 anos da Legalidade, movimento em defesa da Constituição e da posse do vice-presidente da República, esqueceram de dizer que os líderes daquele movimento como Leonel Brizola, Jango e o PTB eram herdeiros políticos de Getúlio Vargas que pisoteou duas vezes a Constituição Federal, em 1930 e em 1937, foi ditador por oito anos e consentiu com as piores atrocidades, como a entrega de Olga Benário, grávida, à polícia política nazista. O que é bom para uma ocasião não é para outra? Aconselho o livro “O TENENTE VERMELHO,” de José Wilson da Silva. É interessante.
Qual a semelhança entre Fidel Castro e os Vereadores de São Gabriel? Fidel Castro derrubou a ditadura do Batista e implantou a sua; os vereadores prometem defender os interesses públicos na campanha e depois de eleitos defendem os seus.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.

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