É muito comum o uso indevido desse vocábulo por pessoas de certa escolaridade e normalmente por não procurar sua definição correta. A definição do termo segundo o dicionário da língua portuguesa é: 1. Folgança, pândega, patuscada, gáudio. 2. Vadio, malandro. No Rio Grande do Sul chamam de gaudério aquele que acompanha qualquer pessoa, abandonando-a para seguir outra ou ainda aquele que anda errante, ao léu. Nesta região é chamado de gaudério aquele que anda de estância em estância, come, dorme e não trabalha sequer para pagar cama e mesa.
Diante da definição do termo é bom ter cuidado quando empregá-lo, pois, por desconhecer seu significado se pode ofender alguém.
Nos desfiles da semana farroupilha, em importantes veículos de comunicação, usaram a palavra gaudério indevidamente o que prova o total despreparo de certos apresentadores no que diz respeito ao vernáculo.
Mas será que só nas estâncias existe o gaudério?
Acredito que não, pois pelas movimentações de determinados políticos se pode afirmar que na atualidade a figura do gaudério está mais presente nos partidos políticos do que mesmo nas estâncias. A diferença entre um e outro? Não existe. O gaudério dos pampas come e dorme na estância e no outro dia vai embora até encontrar outra que o acolha e o do partido político tira vantagem enquanto ele está no poder (come e dorme) e se muda de mala e cuia para outro que o substituiu em busca de novas acomodações. Não tem proposta própria, se infiltra e tira proveito das propostas dos outros e quando estas se esgotam se apresenta como a solução alternativa.
Despreza a inteligência dos outros quando pensa que com recursos literários poderá conduzi-los ao seu bel prazer.
A mariposa é atraída pelo brilho da luz que lhe tira a vida e o mercenário político é atraído pelo poder, mas não se dá conta que perde a credibilidade.
São Gabriel está no seu 152º ano de emancipação política e a Avenida Tito Prates a espera do calçamento e ou asfaltamento. Será que também vou morrer sem assistir tão necessária obra ser concretizada?
Não queiram iludir o povo com propostas alternativas sustentadas em nomes velhos e surrados. As forças vivas do município precisam criar, verdadeiramente, novas lideranças que tenham um projeto desenvolvimentista para a comunidade. E que sejam melhores do que as existentes na atualidade. É possível, mas para isso acontecer se faz imperioso viver mais o município e sua gente, pois a maioria das pessoas vive no mundo irreal produzido pela televisão e pela rede de computadores.
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
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