sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

O) DCM ... (Final)



Por Renan Antunes de Oliveira
Postado em 11 jul 2016  por: Diário do Centro do Mundo
            COMO FOI.
            Mídia em via dinheiro ao exterior e boicota escândalo.
            Políticos e empresários  usaram doleiros e laranjas para remeter dinheiro para paraísos fiscais entre 1996 e 2003, burlando o sistema legal de remessa pelas contas internacionais  conhecidas como CC5 (por isso também conhecido como Escândalo das CC5. O MPF em Foz do Iguaçu descobriu a fraude porque  a agência local do Banestado enviou para a agência de Nova York cerca de 30 bilhões de dólares – o total com outros bancos chegou aos 124 bilhões.
            A movimentação era demais naquele final dos anos 90 e levou o até então desconhecido procurador Celso Três começar a investigação. Como o MPF não tinha técnicos e supercomputadores, quem deu início ao rastreamento de contas pela internet foi um motorista do órgão. Apaixonado por computadores, ele usou um PC apreendido de contrabandistas  para descobrir a fraude.
            O procurador formou dupla com o delegado federal José Castilho Neto para levar a investigação aos Estados Unidos, seguindo a trilha do dinheiro enviado para o exterior. A investigação identificou dezenas de doleiros, entre eles o mesmo Alberto Youssef delator da Operação Lava Jato, e cerca de 3 mil laranjas (pessoas comuns, usadas por políticos e empresários para enviar dinheiro em seus nomes).
            Foram flagrados com remessas ilegais os políticos Jorge Bornhausen, José Serra, Sérgio Motta (já falecido), Ricardo Oliveira (operador nas campanhas de FHC e José Serra) e até o jovem Carlos Alberto Richa (Beto Richa), hoje governador do Paraná, que remeteu 1 milhão de dólares. Quase todos eram da cúpula do governo FHC. O doleiro Youssef foi preso e tornou-se delator pela primeira vez. O trabalho do procurador e do delegado deu ase para a abertura de uma CPI, em 2003.
            A mídia promoveu boicote depois que foram apresentados documentos de remessa ilegal de dinheiro pela Rede Globo, Editora Abril, RBS e Correio Braziliense. No front político, a investigação do Banestado morreu na CPI. No front jurídico, o MPF e a PF foram esvaziados, perdendo poderes. Ainda em 2003, quase no final, um novo juiz assumiu o caso: Sérgio Moro. Mas as investigações não avançaram.
            O procurador e o delegado foram afastados. A investigação foi desmembrada, numa decisão que depois se mostrou equivocada ou, quem sabe, muito bem calculada para chegar aonde chegou: a nada. Cada laranja deveria enfrentar processo em seu domicílio fiscal, em dezenas de comarcas pelo Brasil. Houve 91 prisões de “peixes miúdos”, dos quais só 26 foram efetivamente fisgados. Muitas das ações ainda estão dormindo nos tribunais. Parece que a Justiça se desinteressou depois que o Mensalão (2004) pintou na mídia. É um pesadelo logístico saber quantas ações do caso Banestado já caducaram.
            JULGUEM, pois a bagatela de R$ 500 bilhões de reais sumiu, se escafedeu e a divulgação desta matéria não é alardeada porque os beneficiados com o sumiço dessa extraordinária soma são, se supõe, vigaristas de altas plumagens pertencentes à dita elite brasileira.



sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

O DCM ... (IV)



Por Renan Antunes de Oliveira
Postado em 11 jul 2016 por: Diário do Centro do Mundo
            Três vê na Lava jato “uma excrescência jurídica e com claros atropelos à Constituição”. Ele trabalhou com alguns dos integrantes do MPF que hoje estão na força-tarefa da lava Jato e acredita que “existe uma natural exacerbação que parece de boa fé, mas inaceitável. É ridículo um procurador invocar Deus” (referindo-se, sem citar, ao chefe da equipe de procuradores, Deltan Dallagnol).
            O procurador disse ainda que “mais atropelos vêm aí, como aquele pacote de 10 mwedidas anticorrupção enviado ao Congresso. Não é tarefa do MPF, e além do mais tem mais erros grosseiros no item das nulidades, só vai piorar coisas se aprovado”. Três diz também que a”a Justiça tem efeito indevido na política, mas o Brasil é movido por tsunamis”.
            Três comandou o inquérito das contas CCS do Caso Banestado. O modelo de investigação quebrou o sigilo de milhares de pessoas e empresas, flagrando as irregularidades.
            Ele ainda hoje mantém cópia dos volumes do inquérito em seu gabinete. Gosta de exibi-los aos interessados. “Nunca se pôde fazer justiça porque o governo FHC tinha altos membros envolvidos. Parte do dinheiro serviu para compra de votos para a reeleição dele, outro escândalo da época”, lembra, manuseando os documentos.
            “Nós do MPF tivemos que desmembrar cada ação por domicílio fiscal dos suspeitos, o que se tornou um pesadelo. O Banco Central e a PF nunca colaboraram efetivamente, até atrapalhavam as investigações, visivelmente por ordem do Executivo. Por causa disso os principais mandantes nunca foram presos”.
            Celso diz que “os efeitos do caso Banestado até hoje são sentidos. O atual governador do Paraná, Beto Richa, tinha despachado para o exterior 1 milhão de dólares, sem comprovar a origem do dinheiro”.
            Ele exibe documentos e mostra que o Banco Araucária (do ex-senador e governador biônico catarinense Jorge Bornhausen) enviou para o exterior 2, 4 bilhões de dólares.
            “Nossa experiência de combate à corrupção serviu como modelo para a Lava Jato. Não pudemos avançar porque a CPI deu em pizza. E um dos entraves foi quando flagramos a Rede Globo e a RBS mandando dinheiro para fora”.
            A carreira de Três declinou depois que ele fez as denúncias da mídia para a mídia – nunca foi indicado para nenhum prêmio. Pior: só recebeu ameaças de morte. Foi movido para outras comarcas.
            Lotado em Santa Catarina no ano 2000, iniciou um processo que o botou na geladeira de vez: tentou quebrar o monopólio da RBS (repetidora da Globo) no estado. Ele sustenta que a empresa “monopolizou a imprensa em SC, controla rádio, jornais e TVs, ferindo a Constituição”.
            O caso ainda está PE pendente de decisão do TRF4, em Porto Alegre. Celso Três é procurador em Novo Hamburgo, no interior do Rio Grande do Sul.
            ENTENDA O ESCÂNDALO DO BANESTADO
            O que é:                      maior caso de evasão de divisas do Brasil.
            Quanto:                       128 bilhões de dólares. Quase 420 bilhões de reais ao câmbio atual.
            Quando:                      1996 a 2003.
            Onde:              epicentro em Foz do Iguaçu (PR), com raio de ação em todo o Brasil, N. Iorque e Bahamas.            Origem do nome:o caso foi descoberto na agência do Banestado, em Foz do Iguaçu.
            Investigados:   3 mil pessoas, empreiteiras, mídia, bancos e casas de câmbio.
            Condenados:   26 laranjas, nenhum político ou empresário poderoso.
            Legado:                       o modelo de investigação internacional reinventou o papel do Ministério Público Federal, criou as bases da moderna Polícia Federal para investigar crimes financeiros, obrigou o judiciário a criar varas especializadas como aquela que Sérgio Moro comanda, forçou o Executivo a reequipar a PF e o MPF, e serviu de modelo para a Lava Jato.
            Personagens:   Procurador do MPF Celso Três e delegado da PF José Castilho Neto (segue na PR. Edição)
                                           


sexta-feira, 25 de novembro de 2016

O DCM joga novas luzes sobre o Escândalo do BANESTADO (III)



Por Renan Antunes de Oliveira
Postado em 11 jul 2016 por: Diário do Centro do Mundo.
            Castilho disse que a PF foi modernizada na Era Lula e cresceu muito. “Ganhamos verbas, carros, tudo, mas o foco eram prefeitinhos e pequenos casos regionais”, lamentou.
            Ele acredita que “por muito tempo a maior operação da PF foi a cortina de fumaça, qualquer coisa que não chegasse ao núcleo do poder”.
            Castilho acha que “no governo FHC não havia interesse em ir fundo, porque era um governo corrupto. Depois, a PF modernizada foi atrás dos prefeitinhos. Só agora é que o foco está em derrubar o núcleo do poder, seja de que partido for”.
            Ele admite que “mês mo assim o que se vê é uma mira certeira em partidos de esquerda e outros que deram sustentação a um governo de centro-esquerda”.
Castilho se sente orgulhoso de ter contribuído no combate contra a corrupção. Ensina às novas gerações de delegados que “dinheiro não some, alguém fica com ele” e que o caminho é “sempre seguir a trilha”.
            O delegado disse que fez sua parte “deixando uma longa lista de criminosos de colarinho branco que continua em ação, mas que já foram identificados. Está tudo num arquivo digital na Divisão de Ações contra Ilícitos Financeiros, que deixei lá”. Segundo ele “ali está o mapa da corrupção, estranhamente abandonado”.
            Com sua experiência, sabe que seria mais útil se pudesse voltar ao núcleo de elite da PF.
            Aceita, no entanto, o destino: “Minha rotina é perigosa, mas é a mesma de muitos policiais. Acordo cedo, boto uma pistola na cintura e saio com minha equipe para caçar traficantes.Alguém tem que fazer esse trabalho”.
            Procurador Celso Três: “Conspiração da Justiça derrubou Dilma”.
            O procurador federal Celso Antonio Três (55), membro do grupo anticorrupção do MPF, é um crítico da Lava Jato: “Janot (Rodrigo, procurador geral) e Sérgio Moro fizeram uma conspiração da Justiça contra a política para dar o golpe que derrubou a Presidente Dilma”.
            Ele fala com a autoridade de ter sido o primeiro procurador federal a seguir a trilha de volumosa quantia de dinheiro desviado do Brasil para o exterior – o Escândalo do Banestado em 2003. Um trabalho de investigação monumental, sem os recursos que o MPF tem hoje.
            Em entrevista ao DCM o procurador afirmou que “é inconcebível essa intromissão da Justiça na política. É evidente que o que vai ficar na história não é essa coisa ridícula da pedalada fiscal, mas sim a existência de uma conspiração. A divulgação da gravação da conversa Dilma-Lula foi uma ilegalidade, e isto é inaceitável vindo de um juiz.
            Celso critica, também, a prisão do senador Delcídio Amaral. “A Constituição é clara quando diz que um senador só pode ser preso em flagrante delito e por crime inafiançável”.
            Para o procurador “se houve alguma transgressão foi da própria Justiça, que cometeu um crime de hermenêutica” (interpretação da lei) – esta é a palavra usada de forma irônica dos juristas para criticar o sistema: “Eles foram torcendo a lei até achar um jeito de enquadrá-lo e forçar a delação”.
            Assinalou que “outra coisa grave é querer condenar políticos por receber doações legais. Se está na lei, não é vantagem indevida. Esta história de que um parlamentar pode ser condenado se o dinheiro veio de um desvio (no caso da Petrobrás) é bobagem, porque se precisa provar que ele tenha participado da origem do desvio”.
            Celso Três fala com a experiência de ter sido entre 1996 e 2003 o nome mais importante do MPF, por sua atuação firme e corajosa no Caso Banestado.
            Com base na atuação dele o MPF passou a criar grupos especializados em crimes financeiros. O Judiciário também criou varas idênticas, sendo a primeira delas a do juiz Sérgio Moro. Banestado, Mensalão e Petrolão se ligam muito porque muitos dos procuradores e o juiz Sérgio Moro trabalharam em todos eles. (continua na próxima edição)
            

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

O DCM Joga ... II


O DCM joga novas luzes sobre o escândalo do BANESTADO.
Por Renan Antunes de Oliveira
Postado em 11 jul 2016.
II
Delegado Castilho: “Lava jato vai pegar Renan, Jucá, Cunha e Temer”.
“Tenho convicção que a Lava Jato pegará Renan (Calheiros, presidente do Senado), Jucá (Romero, senador), Cunha (presidente afastado da Câmara) e a até o Temer (Michel, presidente da República)”, disse o delegado federal José Castilho Neto, 56, em entrevista ao DCM.
Castilho é referência dentro da PF. Tem fama de competente e incorruptível.
Está na geladeira desde que conduziu o inquérito do Escândalo do Banestado, no governo tucano de FHC – rombo de 124 bilhões de dólares que bota mensalão e Petrolão no chinelo.
Castilho diz que “a Lava Jato não está atrás de petistas, como parece. Ela busca atingir a corrupção no núcleo do poder da República, agora é a vez de ir atrás dos outros”.
Acredita nisso “porque é a PF e o MPF que estão comandando a luta contra a corrupção, o juiz Sérgio Moro só se manifesta com base nas ações e pedidos das duas instituições”.
Castilho está na geladeira da PF desde 2003, quando esteve no auge, na transição de FHC para Lula. O posto dele em Joinville é considerado menor. “É o meu exílio profissional”.
Ele acredita que foi posto lá porque “denunciei na TV o envolvimento de gente da cúpula do governo FHC no caso Banestado”. Castilho afirma que “a linha divisória entre a impunidade da classe dominante e período de vigência da lei foi o caso Banestado”.
Ele é considerado precursor no uso no uso das técnicas de investigação adotadas pelas equipes da PF. Castilho já tinha trabalhado com o juiz Sérgio Moro no Banestado, onde rastreou contas internacionais de empresários e políticos. Foi o primeiro a prender o doleiro Alberto Youssef, o delator zero do Petrolão.
Castilho revela mágoas por ter sido afastado na transição do governo FHC para Lula “pela panelinha que comanda a PF”, mas acha que a vida é assim, “é a dinâmica do poder”.
Ele atribui sua queda e exílio em Joinville (depois de outros postos menores ainda) porque “fiz a denúncia pública dos nomes de gente poderosa  cujas contas no exterior foram reveladas, entre eles Jorge Bornhausen, José Serra, Sérgio Motta e do operador de FHC, Ricardo Oliveira”.
Castilho lembra que estava em Nova York trabalhando no rastreamento quando foi chamado de volta e afastado da operação. Foi quando  ele procurou a mídia para fazer as denúncias.
Encontrou um paredão, porque entre as empresas que usaram o recurso ilegal de enviar dólares para o exterior estavam Rede Globo, Editora Abril, RBS e Correio Braziliense.
Seu momento de glória foi fazer a denúncia na Record, num programa nas altas horas, audiência quase zero – digite o nome do delegado e veja no You Tube. Em 2003, o caso Banestado rendeu uma CPI que deu em pizza.
Castilho foi a estrela dela, levando um livrão verde com a lista dos nomes de 3 mil pessoas com contas em dólar no esquema, entre mandantes e laranjas. Ele brandiu o livro no ar no plenário da Câmara, sem sucesso: “Havia gente poderosa envolvida, tinha gente lá de dentro, é claro que iriam abafar e foi o que fizeram”.
Ele diz que no início do governo Lula foi trazido de volta ao lado bom da carreira por iniciativa de José Dirceu. “Mal eu comecei a mexer, fui outra vez afastado, definitivamente”. Castilho sorri quando explica sua versão: “Acharam que eu era petista, mas não sou nada. Sou contra a corrupção. Acho que o pessoal do PT aprendeu como se fazia no Banestado e preferiu não mexer no esquema”.
O Banestado sumiu da mídia quando começou o Mensalão. E o Petrolão substituiu o Mensalão.
Castilho diz acreditar que “o pessoal (da PF) que hoje atua na lava Jato é movido não por sua preferência política, como muitos acreditam, porque cada um tem a sua, mas sim por uma imensa vaidade. É a mídia, é querer aparecer, estar na vanguarda, tudo pura vaidade”.
Para Castilho o episódio em que Moro jogou no ar a gravação do tchau querida “foi um erro”. Aí, pensou um pouco e elaborou uma frase mais light: “muito antes de eventuais desvios (do juiz) há um mar de descumprimentos legais”. (Segue na próxima edição).

           


sexta-feira, 11 de novembro de 2016

O DCM joga novas luzes sobre o escândalo do BANESTADO.


Por Renan Antunes de Oliveira.
Postado em 11 jul 2016 por: Diário do Centro do Mundo
            Esta é uma matéria transcrita e assim como não sei da veracidade das matérias publicadas na grande mídia (Rede Globo, RBS e outras), também sua veracidade se deve ao seu autor.
            “Se alguém suspeita de parcialidade da Polícia Federal, Ministério Público e Judiciário na caça aos corruptos deve comparar a lava Jato com o quase esquecido Escândalo Banestado para tirar sua conclusão.
            Foi o escândalo da hora na Era FHC, entre 1996 e 2003, também nas mãos do Juiz Sérgio Moro, mas sem pirotecnia do Petrolão.
            Um retrato da época mostra que nem todo delegado federal é um caçador de petistas.
            Que nem todo procurador do MPF investiga  corruptos em nome de Deus.
            E que o juiz premiado não teve o mesmo apetite justiceiro diante dos poderosos do tucanato.
            O Escândalo do Banestado serviu de modelo para as grandes operações midiáticas Mensalão e Petrolão da Era Lula-Dilma e é o melhor exemplo do pior das três instituições, cinco se incluídos Legislativo e Imprensa
            Nele, apurou-se que 124 bilhões de dólares foram levados e lavados no exterior.
            Nele, estavam envolvidos grandes empresas (Globo) e políticos expressivos.
            Mas estranhamente a CPI do caso deu em nada.
            E o Judiciário, no primeiro grande caso nas mãos de Moro, jogou pesado com laranjas, prendendo apenas chinelões.
            O procurador Celso Três e o delegado José Castilho levantaram a tampa do esgoto e se deram mal – suas carreiras acabaram quando denunciaram tucanos e seus aliados.
            Castilho e Três viraram críticos das instituições em que trabalham. A experiência pioneira deles foi desprezada pela cúpula.
            Hoje seus nomes ainda são respeitados entre a maioria dos colegas. Mas seus exemplos de seriedade, honestidade e competência não empolgaram as novas gerações. Muitos viram que agir com o eles é ruim para a carreira.
            Ninguém duvida: suas carreiras estagnaram por apontar culpados com longa folha de serviços prestados à elite que domina o país há séculos, o verdadeiro centro do poder.

            Esta é a história deles”.         
           
            É uma matéria longa para o meu espaço, por isso a publicarei em fatias. Obrigo-me a fazer isso para que meus leitores tenham as melhores condições de fazer suas próprias avaliações sobre o que acontece no país e que não foi, e não é publicado pelos maiores veículos de comunicação que manipulam relativa parcela da coletividade.
           
             


sexta-feira, 4 de novembro de 2016

DOIS MÉDICOS PARA CENTENAS; QUINZE VEREADORES PARA NADA




            O aconselhável seria as pessoas visitarem o Pronto Atendimento para avaliar o serviço dos médicos plantonistas, normalmente dois (2), bem como a dedicação dos profissionais da enfermagem. Teriam uma oportunidade extraordinária de constatar de como os recursos financeiros são mal aplicados no Brasil. Ou melhor, a inversão na sua aplicabilidade em função das prioridades.
            A saúde de um modo geral vai mal, principalmente a pública.
            O Pronto Atendimento, que funciona junto ao Hospital da Santa Casa de Caridade, atende centenas de pessoas/dia normalmente com dois (2) médicos plantonistas, mas a população remunera regiamente, e muito bem, quinze (15) vereadores para não fazer nada ou quase nada para ninguém.
            As reclamações são sempre contra aqueles abnegados profissionais que tanto trabalham e surpreendentemente nenhuma contra os que nada fazem.
            O que é mais importante: a saúde da população ou o bem estar de quinze (15) vereadores?
            O ideal seria o atendimento de no mínimo seis (6) médicos plantonistas e um máximo de nove (9) vereadores cuja utilidade é perfeitamente discutível, para não dizer dispensável, e extremamente onerosa para a população.
            Além dos quinze (15) vereadores que compõem a colenda câmara de São Gabriel, temos em torno de sessenta (60) ou mais funcionários para auxiliá-los.

            Mas nenhum vereador se manifesta contra o estacionamento clandestino para os veículos automotores de alguns militares, na Rua João Manoel, na frente do 6º BE; nenhum vereador se manifesta contra a licença fornecida pela Prefeitura Municipal, para funcionamento de um depósito de material de construção (brita, balastro, tijolo, areia), a céu aberto, localizado na Rua Antonio Mercado esquina da 1º de Janeiro – no Bairro Menino Jesus, infernizando a saúde, o lazer e o meio ambiente dos moradores das adjacências.
            Os comerciantes estabelecidos na periferia vendem pão com areia, carne com pó de balastro, mortadela com pó de brita, além de respirarem, juntamente com a população, um ar poluído prejudicial aos pulmões daqueles que ainda os têm.
         É um legítimo vale tudo, digno do nome de um velho filme de bang- bang, Sem Lei e Sem Alma. Nem o Ministério Público tem voz.
         O senhor Prefeito faz ouvido de mercador.
         Mas afinal, para quem joga cachorro morto na rua, lixo na praça do bairro, deposita entulho na frente da casa dos outros e transforma sua cidade em um recanto de sujeira e local desprezível, tudo é suportado, tolerável e ignorado, para sofrimento e tortura daqueles que primam por um local aprazível para habitar.
         Tudo pode acontecer em uma cidade onde não impera a Lei.

         

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

POUCOS PENSAM POR SI



            E por essa razão costumam confundir quem tem uma maneira própria de pensar.
            Nos últimos tempos amigos bem chegados, que tem a cabeça feita por quem não me interessa, têm me atribuído posições que nunca foram e não são compatíveis com minha maneira de pensar e agir.
            Para uns sou comunista. Para esse contingente de “queridos amigos” defino, de maneira ampla, o termo: “Comunismo é uma doutrina social, segundo a qual se pode e deve “restabelecer” o que se chama “estado natural”, em que todos teriam o mesmo direito a tudo, mediante a abolição da propriedade privada”. Lá pelos idos dos séculos XIX e XX, o termo foi usado para qualificar um movimento político.
            Sou proprietário, não renuncio a qualquer direito de propriedade, portanto não sou comunista.
            Rotulam-me de comunista porque desde novo tenho idéias próprias e jamais abro mão das minhas convicções diante do que dizem os maiores, e porque não dizer também mentirosos, veículos de comunicação que transformam os brasileiros em massa de manobra servil aos seus interesses nem sempre lícitos.
Rotulam-me de comunista porque preservei os patrimônios daqueles que os entregaram à minha guarda; rotulam-me de comunista porque nunca roubei a boa fé dos que confiaram em mim; rotulam-me de comunista porque tenho o direito igual ao de todo e qualquer cidadão brasileiro de escolher seus caminhos; rotulam-me de comunista porque procuro ser exemplo de cidadão; rotulam-me de comunista porque não sou produzido e muito menos puxa saco de quem pensa menos do que eu; rotulam-me de comunista porque cumpro com minhas obrigações, e talvez me rotulem de comunista por defender a ordem, a paz e o trabalho que dignifica todo o ser humano.
            Rotulam-me de comunista, talvez, porque tenho a coragem de reconhecer os erros cometidos pelos meus governantes na implantação de políticas sociais igualitárias a todas as classes sociais e de gritar por justiça aos injustiçados que têm medo do seu próprio silêncio.
            Comunistas são os covardes que querem tudo para si e para os seus e silenciam quando as injustiças são praticadas para beneficiá-los; comunistas são aqueles que silenciaram quando as benesses fartas da corrupção dos governos de outrora lhes sorriam com privilégios constrangedores.
            Não, quem fez uma vida de trabalho, de dificuldades e de lealdade, quando disse não aos amigos, não pode ser chamado de comunista, sob o risco de estar sendo vítima de estúpida, violenta e despropositada injustiça.
            Mas sei por que me pensam assim: Na qualidade de jornalista tenho feito ultimamente a seguinte pergunta: Porque neste Brasil de tantas falcatruas, de tantas fortunas mal explicadas, de tantos homens impolutos que fizeram fortunas à sombra dos governos, somente o LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA sofre essa investigação ou perseguição sem fim sob o pretexto de que somente ele representa a corrupção? Quem é LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA? Um retirante nordestino? Um paulista por opção? Um quase analfabeto? Um homem com extrema dificuldade na expressão do português? Um homem que enganou o temido Golbery? O ex-presidente do Brasil mais condecorado pelo mundo? O homem tomador de cachaça? O homem de dezenove dedos? O homem capaz de balançar as estruturas da República? O único ex-presidente vivo que se mantém na memória do povo? Será que esse homem tão insignificante, de saber e de imagem, desafia um juiz de 1ª instância e a mais Alta Corte do País? Será esse homem tão poderoso?
            Afinal, quem é LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA? É de se pensar.
            Não defendo, não acuso, não pré-julgo, somente analiso os fatos à luz da razão e à distância.
      
           

            

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

ACOMODAÇÕES PÓS VITÓRIA


            É a primeira dor de cabeça do candidato que ganha uma eleição para o Poder Executivo, pois é regra geral acomodar primeiro os companheiros, na nova gestão, que de uma maneira ou de outra não atingiram seus objetivos de campanha.
            O contingente de companheiros e de coligados envolvidos na campanha eleitoral é expressivo e depois do resultado das urnas se transforma em ferrenho cobrador dos esforços despendidos.
            Cuidar dos correligionários que foram candidatos e não eleitos é o primeiro e delicado problema, pois poucos deles são efetivamente partidários, mas sim postulantes a um cargo bem remunerado, de preferência sem fazer nada, junto ao Poder.
            A coligação quanto maior mais complicada, pois cada componente exige um lugar de destaque compatível com sua participação na campanha. O eleito pode negar, mas nenhum foge disso, esta é a regra geral no tipo de administração pública, política e corrupta, que impera nos níveis municipal, estadual e federal.
            Cumprir com os compromissos assumidos durante a campanha é outro problema que atormenta o eleito, uma vez que a maioria deles é feita para ganhar o tão ambicionado cargo. Cumpri-los é outra conversa. Não depende só de quem se compromete.
            Reconduzir por diversas vezes o mesmo gestor é também repetir os mesmos defeitos e os mesmos colaboradores ou na melhor das hipóteses a maioria deles.
            Existe o velho chavão: “O povo tem o governo que merece”, mas aprendi com o amigo Nero Meneghello: o povo tem o governo que a maioria escolhe. Eu acrescento: A maioria escolhe, mas todos pagam a conta.
            Não tenho preferência por este ou aquele administrador, pois exceto pequenos detalhes todos são iguais. Tenho profundas restrições ao modelo de administração pública praticado no Brasil e que dificilmente mudará em função da indiferença e da sua submissão popular aos governantes.
            Não existe evolução em qualquer sistema quando os mandatos, salvo raríssimas exceções, são comprados com dinheiro, com tráfico de influência, troca de favores e os bons candidatos, bom gestores, são substituídos por personagens circenses, manequins de vitrine e almofadinhas que aproveitam e usam tudo e todos tão somente para sua evolução individual ou aumento da fortuna material.
            E assim se sucedem as eleições com a maioria do eleitorado cometendo os mesmos erros, transferindo as próprias responsabilidades e fazendo as mesmas críticas aos velhos profissionais da política e, logo adiante, aos principiantes que se espelharam naqueles para conquistar um mandato empilhado em outro e gozar as benesses dos vitoriosos.
            Embevecidos, principalmente os do Legislativo, não lembram dos companheiros que lhes ajudaram com dez (10), quinze (15), cinquenta (50) ou cem (100) votos para a conquista da tão almejada cadeira porque todos, agora sim sem exceção, foram eleitos pela legenda. E o pior: Muitos dos que ajudaram nem companheiros são. Mas é assim que funciona. Cumpra-se a Lei.
       

           
           
           
           
           
           
           
           

           


sexta-feira, 14 de outubro de 2016

MAIS UM MANDATO, MAIS UM ANO, E A TITO PRATES?



            Sempre no abandono. E a 82ª. EXPOFEIRA, no barro ou na poeira? Por incrível que pareça, São Gabriel, nos seus cento e cinquenta e sete (157) anos de emancipação política, mercê da incompetência da sua coletividade e da administração do Município ainda não dispõe de uma infra-estrutura digna para recepcionar os visitantes que se deslocam até o Parque Assis Brasil para prestigiar os tradicionais eventos que ali se realizam. Relaxamento ou deboche?
            Ao longo dos anos é de se supor que esta cidade nunca teve Prefeitos, nunca teve Vereadores, nunca teve jornalistas e nunca teve uma comunidade que se preocupassem com sua beleza e com seu desenvolvimento.
            Qual a impressão que os investidores de outras localidades terão de nós?
            Animar-se-ão a investir numa cidade tão descuidada com sua infra-estrutura?
            Durante todos esses anos onde estiveram seus vereadores?
            Talvez ninguém olhe pela Avenida Tito Prates porque ali não é um local de densidade eleitoral que desperte a atenção dos profissionais da política.
            Mas este articulista, neste espaço, ao longo dos anos, tem sido uma voz solitária na cobrança da efetivação de melhoramentos naquela Avenida que outrora já foi entrada/saída da cidade.
            E não podem acusá-lo de aproveitador ou parcial porque a cobrança tem sido permanente, educada, ampla e perfeitamente justificável.
            O articulista enxerga muito ou o resto enxerga pouco; o articulista supervaloriza aquela pequena obra ou o resto a define como insignificante?

            E não é só a obra da Tito Prates. E o estacionamento particular de alguns militares do 6º BE que cortou o trânsito da Rua João Manoel? Quando os Vereadores se manifestaram sobre privilégio tão estúpido a uma minoria que prejudica a grande maioria da população?
            Procuro ser justo. Não esqueço. Pela insistência solitária deste articulista e naturalmente por não existir guarida legal para a existência daquele mostrengo, o Prefeito Rossano, no seu terceiro (3º) mandato, se não me falha a memória, reabriu a Rua João Manoel para o trânsito. Lamentavelmente, sem a manifestação da Câmara Municipal, o atual Prefeito autorizou o fechamento e a volta da anarquia no trânsito.
            Ninguém enxerga os absurdos existentes na aldeia, mas enxerga aqueles que estão tão distantes. Porque será?
            Não existe jornalismo em São Gabriel? Onde estão as Rádios? Onde estão os Jornais? Ou existem para criticar os fracos e oprimidos? Ou estão a serviço dos que podem mais?
            E o depósito de material de construção, a céu aberto, localizado na Rua Antonio Mercado esquina com a Rua 1º de Janeiro, no Bairro Menino Jesus? Quem autorizou o seu funcionamento à revelia das leis ambientais?
         Os moradores da adjacência tomam café com areia, almoçam com pó de brita, jantam com pó de balastro, entopem o pronto Atendimento com problemas respiratórios, mas o malsinado depósito continua funcionando indiferente aos males que provoca. Mas ninguém se importa.
            Adeus churrasco assado no fogo de chão sob a sombra do Salso.
            E sempre alguém se ofende quando afirmo que nossa justiça está vesga, caolha e abandonando sua finalidade principal que é a defesa dos direitos da sociedade.
            É duro conviver com tanta covardia coletiva e indiferença na busca de soluções para os problemas da cidade que dependem também da maioria dos munícipes.
          
             
           
        

            

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

ELEIÇÕES 2016




Meus cumprimentos a todos que abrilhantaram

o pleito de 02 de outubro.

A participação de cada um e de todos

engrandece Vencedores e Vencidos,

pois uns não existiriam sem os outros.

O resultado foi a expressão do livre pensamento

da maioria do eleitorado, mas

não deixa de evidenciar a ditadura das cúpulas partidárias

na apresentação dos candidatos repetidos, salvo escassas exceções.

A cada eleição se comprova que não há oxigenação

na política brasileira pela irresponsabilidade

dos arremedos de Partidos Políticos existentes.

Não elegemos os melhores, homologamos alguns

daqueles que

a minoria nos apresenta. Esse é o processo.

Mas é o resultado do comportamento de uma sociedade

pouco participativa.





sexta-feira, 30 de setembro de 2016

PRIVILÉGIOS, mas não para o PT.


            O ideal seria que o combate à corrupção fosse generalizado, penalizando todo aquele que cometesse desvios de recursos públicos ou não, independente de sua grei partidária, posição social e grau de escolaridade.
            Mas não é o que acontece no Brasil, aqui o combate é seletivo no que diz respeito às pessoas e aos partidos políticos a que pertençam.
            Quando o Poder Judiciário ou parte dele, através dos seus Ministros, seleciona somente réus pertencentes a um determinado segmento político, deixa de fazer justiça para patrocinar uma cruel e injustificada perseguição.
            Não se faz justiça, mas se pratica execução.
            Quando os Partidos Políticos de oposição ao PT se convenceram de que são incompetentes para criar uma liderança nacional capaz de vencê-lo, segundo as regras democráticas, passaram imediatamente a conspirar da maneira mais sórdida e inconstitucional para além de tomar-lhe o Poder, criminalizá-lo.
            Ora, em um País como o Brasil cuja história, desde o seu descobrimento, é repleta de escândalos e plena de distribuição de privilégios, é natural que os grupos dominantes não se conformariam com a perda da influência que sempre lhes coube.
            Foram quinhentos e dois (502) de rotundos fracassos, corrupção e de exploração sem trégua de um povo alienado e desmoralizado que nunca, em momento algum, procurou se organizar como sociedade e comandar seu próprio destino.
            Durante esse longo período o povo preferiu viver, submisso e omisso, das migalhas que sobravam dos banquetes dos barões, condes e viscondes que abocanhavam como bem entendiam a riqueza nacional.
            Esse comportamento popular criou uma casta nacional dominante que sobreviveu à ditadura civil, ditadura militar e por essa razão se acomodou, sem nunca imaginar que seria desbancada pelo insignificante PT, em cujo poder de aglutinação nunca acreditou. E caiu do pedestal.
            Bastou treze (13) anos para a antiga casta extravasar toda sua incompetência e sucumbir ante a liderança e a inteligência de um nordestino pobre, bêbado e analfabeto que, segundo ela, nesse curto lapso de tempo, treze (13) anos, roubou mais que todos os outros no longo período de quinhentos e dois (502) anos.
            A perseguição implacável imposta ao Luiz Inácio da Silva e seus companheiros pelo MPF, STF, PF, PSDB, PMDB, DEM, PPS, PSB, PP e outros que ontem eram de sua base de apoio somente atesta que ele, sem sombra de dúvida, é a maior liderança nacional.
            Nem a sua morte, natural ou não, será suficiente para tirá-lo do cenário nacional após a consagração dos seus implacáveis perseguidores.
            Quem está por traz do Luiz Inácio? Não será o Clube de Bilderberg? Penso que um analfabeto com dezenove dedos, nordestino, tomador de cachaça, segundo dizem, pois não o conheço, não é capaz de se transformar em líder de uma quadrilha mundialmente organizada. Não dá para desconfiar? Não será uma manobra para justificar o assalto ao poder? Sei não.
            As prisões dos afiliados ao PT seguirão a conta gotas para manter o circo midiático, enquanto os demais, tão ou mais corruptos, seguem merecendo a proteção descarada dos encarregados da execução da justiça ou a sua hipócrita indiferença.
              
           

             

             

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

MORO ou LULA, qual o pior?

BERECI da R MACEDO
MORO ou LULA, qual o pior?
            Pelas notícias divulgadas, que nem se sabe mais se são verídicas ou plantadas, se chega à conclusão que a disputa entre o Moro e o Luiz Inácio para saber qual dos dois é o mais corrupto ou mafioso, a dificuldade é muito grande, pois o primeiro protege, se supõe, uma quadrilha tão grande ou maior do que a chefiada, segundo se comenta, pelo segundo.
            Não pensem os fanáticos pelo MORO (SO) na investigação das falcatruas dos políticos da sua grei e das outras de sua simpatia, (PSDB e outras), que ele é muito diferente do Luiz Inácio, pois quando usa o cargo que ocupa no Judiciário para perseguir uns criminosos e descaradamente proteger outros, ele não é em nada diferente do maior líder do PT. Neste momento ele se torna muito pior, pois segundo seus adoradores ele tem vinte (20) dedos, formação acadêmica e a todo o momento é contemplado com condecorações da TV Globo e outras que seguem sua mesma linha.
            Delação deve ser espontânea por parte do réu e em nenhum momento obtida através dos instrumentos da prisão e da tortura (física ou psicológica).
            A autoridade judicial não deve relacionar quais pessoas devem ser apontadas pelo delator ou delatores, pois essa decisão tornaria nula a delação.
            As únicas diferenças entre o Moro e o Luiz Inácio são a quantidade de dedos, a formação acadêmica e a bebida alcoólica (O Moro toma Martini e o Luiz Inácio Cachaça), pois cada um dentro das respectivas atividades são perfeitamente iguais.
            É o comportamento das autoridades que produz o respeito com que os cidadãos as devem tratar, mas para isso devem ter serenidade e justiça nas suas decisões. E será que as tem no momento? Que cada um tenha decência suficiente para analisar.
            Qualquer medida contra o Luiz Inácio, a Dilma e o PT, justas ou não, legais ou não, são aplaudidas por pessoas que se dizem cultas e contra a corrupção. Mas essas mesmas pessoas aplaudem freneticamente atos de insubordinação partidária quando políticos aplaudem ou votam pela corrupção do seu lado.
            SERÁ QUE ESSAS PESSOAS SÃO MELHORES DO QUE AQUELAS A QUEM ACUSAM? Respondam os leitores.

            Está difícil de votar nesta eleição do dia 02 de outubro em São Gabriel, pois todos os Partidos que concorrem ao Executivo faziam parte da base de apoio do PT. E convenhamos, todos têm em seu bojo um pouquinho de semelhança com aquele.

            “SEJA humilde. A vaidade é o pior dos defeitos porque engana a nós mesmos. Por mais que seja sábio, há sempre alguém mais sábio do que você. Por mais forte que seja, haverá alguém mais forte. Portanto, seja humilde. Envaidecer-se de quê? A vaidade nos faz perder o sentido das proporções e acabamos caindo no ridículo, porque nos enganamos a nós mesmos”. (anônimo).


           

           
           
           

         

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

UMA NUVEM NEGRA PAIRA SOBRE O BRASIL



            Os brasileiros, principalmente suas elites, se preocupam com a vinda do perigo justamente de onde ele jamais virá.
            A Venezuela não representa e nunca representará perigo para a independência e o desenvolvimento do Brasil; A Bolívia não representa e nunca representará perigo para a independência e o desenvolvimento do Brasil; A Colômbia não representa e nunca representará perigo para a independência e o desenvolvimento do Brasil e Cuba não representa e nunca representará perigo para a independência e o desenvolvimento do Brasil, assim também como nenhum destes países representa ou representará ameaça de qualquer tipo de invasão ao Brasil.
            Mas os brasileiros, também por suas elites, não querem admitir a nuvem negra que paira sobre o Brasil representada por uma possível interferência dos EUA na sua economia, na apropriação do seu subsolo e até mesmo numa possível invasão territorial.
            E isso tudo com a colaboração das autoridades atuais que tomaram de assalto o governo brasileiro.
            O fascínio que relativa parcela do povo brasileiro nutre pelos EUA é doentio, maléfico e perigoso para o futuro do Brasil.
            Até hoje não foi suficientemente esclarecida a sabotagem à base de Alcântara.
            Em todos os golpes acontecidos no Brasil é notória a participação ou a interferência dos americanos, com a subserviência dos golpistas nativos.
            Os brasileiros precisam aprender a gostar do Brasil, a respeitar este País maravilhoso e a defender intransigentemente seus interesses.
            Todos precisam ter consciência de que os problemas enfrentados pelo Brasil, de difíceis ou fáceis soluções, são criados pelos brasileiros e por nós devem ser solucionados sem a interferência de nenhum outro país por especial que seja.
            A ameaça dos EUA deve ser uma permanente preocupação, mas a maior nuvem negra que paira sobre o Brasil é o desamor e a teimosia dos seus filhos em ridicularizá-lo perante as outras nações.
            O dia em que os brasileiros admitirem que quem produz o engrandecimento, o desenvolvimento, a disciplina, o civismo e a força de um país é o seu povo, este BRASIL estará surgindo para brilhar no concerto das nações.
            POR FAVOR, aprendam isso o mais rápido possível. Ou será tão difícil assim?
            Ah, esquecia-me: O povo também não pode ser corrupto. 
            
           
           
           

            

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

UMA ELEIÇÃO SEM ATRATIVOS



            É como vejo a disputa pelo comando do palácio Plácido de Castro, nesta eleição de 2016. Sem atrativos, porque os concorrentes têm projetos próprios, mas não projetos para o Município. Nenhuns dos candidatos têm criatividade para tirar a cidade do marasmo e da mesmice.
         Entre os três candidatos ao cargo maior, dois (2), Roque e Rossano, já o exerceram por um e três mandatos respectivamente. Não há qualquer perspectiva de mudança nem com um e nem com o outro.
         O Inocêncio da C. Fernandez Gonçalves que poderia representar um pensamento novo decidiu, pela maioria do diretório do seu Partido o PP, se deixar contaminar pela velhice do Baltazar, que também já ganhou três (3) vezes o Paço Municipal e assim venceu seu prazo de validade.
         Desconheço os termos das composições das respectivas coligações, por isso não posso opinar com maior profundidade até onde vai a interferência de uma ou outra em caso de conquistar as rédeas do Município.
         O Baltazar, o Rossano e o Roque não souberam, durante suas administrações, dar uma infra-estrutura à Avenida Tito Prates endereço onde está localizado o Parque de Exposições Assis Brasil, local de realização das maiores festas do Município. Nem eles e nenhum outro, o que demonstra falta de interesse de quem administrou São Gabriel, bem como de toda a coletividade.
         Pelo fato de exercer uma profissão técnica, na área de contabilidade, adquiri também grandes conhecimentos na área de relações humanas, de administração técnica e científica.
         Pela minha capacidade de assimilação e traquejo de comportamento, fiz alguns cursos técnicos com a equipe da Volkswagen do Brasil, o que aumentou extraordinariamente meu campo de visão e me são de grande valia hoje.
         Tenho uma relação singular com a gente da minha terra: Já tentei ser vereador; já tentei ser candidato a prefeito e me preparei muito bem para exercer um cargo ou o outro, mas como gosto demais da minha gente, a recíproca não é verdadeira e por essa razão não logrei êxito em nenhuma das tentativas.
Não será porque me preparei bem demais para o desempenho dos cargos?
Tenho uma idéia extraordinária de como tirar São Gabriel da mesmice e da estagnação, mas como não tive e não terei mais tais oportunidades, o melhor é ficar com a bocada calada para não dizer palavras desnecessárias.
Que as soluções sejam encontradas por aqueles preferidos pela maioria de seus abençoados e diletos filhos, ainda que não sejam, nem de longe, os tão capacitados preferidos para tanto.

        

         

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

POUCOS ME CONHECEM


            Por isso têm uma falsa impressão de mim. Mas estão enganados.
            Um leitor da minha coluna me aborda e diz que tenho restrição à formação acadêmica pelo fato de não tê-la. Outro engano.
            Não a tenho porque não quis: Cursei economia na FESG – Fundação Educacional de São Gabriel, na época funcionava como um anexo da Universidade Federal de Santa Maria.
            Quando fui fazer minha matrícula, alertei a tesouraria que só poderia pagar a mensalidade após o dia cinco (5) de cada mês, eis que era empregado e o meu salário poderia ser pago até aquele dia. Fora dessa condição não a efetivaria. Assim foi acordado. Comecei a estudar com muito entusiasmo como tantos outros.
            Um belo dia quando fui fazer uma verificação, me deparei com um aviso na porta da sala de aula, antes do dia cinco (5), com os seguintes dizeres: Alunos impossibilitados de fazer a verificação: Bereci da Rocha Macedo – Motivo – inadimplência. Li e nunca mais entrei naquela Instituição de ensino para estudar, pois ela havia, sem qualquer aviso prévio, rompido o combinado. Isso foi lá pelos idos de 1973. Ainda era moço.
            Retornei àquela casa em 1975/76 como profissional, por insistência do Baltazar, para organizar sua tesouraria para que o MEC a reconhecesse como Entidade Mantenedora do Ensino Superior.
            Justiça seja feita ao Baltazar, ele muito lutou para atingir aquele objetivo, pois não é pelo fato de hoje, politicamente, não convergirmos que deixarei de reconhecer alguns benefícios trazidos para nossa terra.
            Depois disso, quando estava perto de sua aposentadoria, o João Alfredo R. Bento Pereira, no meu escritório disse: “Bereci tu tens de ser advogado, esquece a faculdade, eu pago e depois de formado vamos trabalhar juntos, pois após a aposentadoria penso em seguir na atividade.
            Pensei dois (2) dias e decidi pelo não. João, muito obrigado, não pretendo estudar mais para trabalhar com o povo brasileiro, pois me formei em contabilidade e com a minha competência e seriedade só levei pé no traseiro. O mercado de trabalho não quer profissional correto, quer picareta.
            Então caros leitores, fica esclarecido porque não tenho formação acadêmica. Foi por decisão própria, não lamento e nem me arrependo, pois estudo muito mais do que muitos que a tem. Dinheiro? Ganhei o suficiente com o meu digno trabalho. Gastei-o porquê na minha vida tudo é motivo para festa.
            Sou um homem de personalidade forte, por isso sempre fiz as coisas para manter minha independência e resguardar minha identidade de qualquer sorte de agressão.
            Discordar é um direito, mas duvidar é um atentado. Tem muitas pessoas de maior escolaridade do que eu, mas nenhuma com maior decência e correção no agir.
      
           
           
           
           

            

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

A RALÉ NO STF



            Gilmar Mendes pelas decisões que toma e pelas expressões que usa, se supõe, deve ter uma formação de bordel e jamais uma abalizada formação acadêmica.
         De longe, a impressão que se tem que o bêbado é ele.
         Com a parcialidade descarada na proteção dos corruptos que o bancam e sustentam, investe contra a Lei e se coloca, com um cinismo próprio dos hipócritas, acima da Constituição Federal.
         São esses tipos asquerosos, vesgos e safados que patrocinam a violência que impera no País ao praticarem verdadeiros escândalos no exercício da magistratura.
         Sem o recato que o cargo exige, ele é cabo eleitoral do advogado Henrique Ávila, candidato a uma cadeira no CNJ, sócio no escritório de advocacia de Sérgio Bermudes, (Rio de Janeiro, Brasília e S. Paulo) local de trabalho de sua mulher, Guiomar Feitosa Lima Mendes.
         Pergunto: É formação acadêmica atestado de idoneidade?
         Não é de hoje que o advogado Alberto de Oliveira Piovesan tenta o impedimento do Ministro Gilmar Mendes em vista de ele não se declarar impedido para julgar processos do escritório onde trabalha sua mulher.
         O povo brasileiro não acompanha a vida nacional, não tem opinião própria e por isso reclama contra a violência, mas não percebe a violência produzida por essa calamidade de Ministro.
         Um País que não tem a obediência à sua Carta Magna pelos Poderes Constituídos, para administrá-lo e defendê-lo, não é um País, mas sim um aglomerado de corpos sem cabeças que pode se transformar em um refúgio de celerados de toda e qualquer ideologia.
         Quando o STF, a suprema corte do Judiciário brasileiro, através de alguns de seus ministros, se proclama o defensor intransigente de interesses internacionais é o fim da nação, da sua bandeira e do seu hino. É o fim de um povo que não se sabe se existiu algum remoto dia.
         Quando o STF subverte a ordem e alguns de seus Ministros se manifestam com expressões dignas de bordel de quinta categoria, as instituições estão por terra, sacrificadas em detrimento do interesse espúrio de quem deveria ser lavador de pisos de qualquer presídio.
         Essas nulidades que chamamos de Ministros do STF nunca sofreram as dificuldades que um verdadeiro homem enfrentou para ter o respeito de suas autoridades, de sua família e de sua coletividade.
         E diante das agressões que o Brasil sofre pelo comportamento desrespeitoso desses senhores, não mais respeito Ministros que se comportam como CANALHAS togados e de renomado saber jurídico
Tenho autoridade moral para assim me expressar, pelo esforço desgraçado que faço para ser correto, o que é minha obrigação.

        

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

FORMAÇÃO ACADÊMICA

BERECI da R MACEDO
FORMAÇÃO ACADÊMICA
            A cobiçada formação acadêmica para uns pode ser muita coisa, para outros pode ser pouca coisa, mas em nenhum momento é atestado de caráter e de inteligência.
         O professor Eduardo Portela foi Ministro da Educação no período compreendido entre 15 de março de 1979 e 26 de novembro de 1980 quando tive a oportunidade de assisti-lo em uma entrevista cujo assunto abordava um derrame de diplomas universitários falsos na cidade de São Paulo.
         Indagado quais seriam as causas das pessoas apelarem para aquele expediente, assim se manifestou: “O Brasil não é um oceano de cultura, poderá sê-lo, mas atualmente é apenas uma ilha de cultura e a sociedade aproveita o indivíduo pela sua titulação e não pela sua qualificação”.
         A grande maioria da população acadêmica anda atrás de um diploma porque ele representa renda, boas condições de vida e garantia de emprego, pois no presente têm inúmeros jovens que cursam faculdades tão somente para fazer concurso.
         O fato de o cidadão ter formação acadêmica forçosamente não o inclui entre talentos e os homens de bem, pois basta ser atualizado para saber da existência de verdadeiras quadrilhas com diversos participantes com curso superior.
         Não é a formação acadêmica que diferencia os homens, mas o caráter.
         Quantos dos meus queridos leitores são filhos de quem não têm curso superior? Por acaso eles não são merecedores de respeito e de não terem o reconhecimento do esforço que fazem para educar os filhos?
         Toda a sociedade que despreza os valores éticos e morais como a brasileira, para valorizar de uma maneira doentia a riqueza material, jamais conduzirá seu país ao desenvolvimento pleno e harmônico.
         Não há que se confundir definitivamente formação acadêmica com caráter, com ilibada conduta, com ética e com civilidade.
         O diploma é uma necessidade para cobrar honorários, pois a maioria dos que o conquistam esquecem o juramento para o exercício profissional tão logo o habilitem para tanto. Há muito tempo a formação acadêmica deixou de ser fonte de saber e de estatura moral para se transformar em máquina de fazer dinheiro. Ressalvada a exceção.
        
        
        

         

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

DERROCADA MORAL


            Enquanto os julgadores diferenciarem réus praticantes dos mesmos crimes estarão contribuindo com a violência e a desmoralização da justiça que eles representam. O maior descalabro do Brasil de hoje é que o Poder Judiciário, pela mediocridade da maioria dos seus membros, se politizou tanto quanto os Poderes Executivo e Legislativo, e, desta maneira, ele que deveria dirimir os conflitos entre aqueles, também se prostituiu perdendo a independência e a isenção ao julgar. E o que se assiste? Um País à deriva, sem nenhum dos Poderes que deveriam sustentar sua existência e seu ordenamento jurídico.
         O Poder Judiciário, que deveria ser o guardião da Constituição Federal, se soma à determinada parcela de políticos inescrupulosos de sua simpatia, ofendendo o Estado de direito através de decisões de forma seletiva.
         Sem o respeito à Constituição Federal e sem o funcionamento harmônico dos Poderes, a vida nacional se transformou no caos que estarrece o mundo e ofende qualquer cidadão, de mediana inteligência, que não compactua com falcatruas de quem quer que seja. As estruturas estremecem, os maus prevalecem ante a omissão e a covardia dos que se pensam melhores e poucos são os que ainda se aventuram à defesa da verdade intransigente.
         A corja se organizou muito bem para tomar de assalto o poder, semeou a desconfiança, implantou o ódio, corrompeu de tal maneira as instituições que a recuperação será lenta, traumática e sofrida.
         De nada adiantará a prisão ou até mesmo o assassinato de Luiz Inácio da Silva, pois o objetivo dos golpistas não é acabar com a corrupção, mas sim cultivá-la, acobertados pelos tribunais, pelo silêncio da grande mídia, mancomunada com os batedores de panelas e com os velhos grupos que escravizam o Brasil desde o seu descobrimento.
         Varrer corruptos é uma boa solução, substituí-los por corruptos mais sofisticados nunca foi o ideal, pois os estragos são muito maiores.
         Enquanto não mudar o comportamento da maioria do povo, não há o que se falar em combate à corrupção.