Por Renan Antunes de Oliveira.
Postado em 11 jul 2016 por: Diário do
Centro do Mundo
Esta é uma matéria
transcrita e assim como não sei da veracidade das matérias publicadas na grande
mídia (Rede Globo, RBS e outras), também sua veracidade se deve ao seu autor.
“Se
alguém suspeita de parcialidade da Polícia Federal, Ministério Público e
Judiciário na caça aos corruptos deve comparar a lava Jato com o quase
esquecido Escândalo Banestado para tirar sua conclusão.
Foi
o escândalo da hora na Era FHC, entre 1996 e 2003, também nas mãos do Juiz
Sérgio Moro, mas sem pirotecnia do Petrolão.
Um
retrato da época mostra que nem todo delegado federal é um caçador de petistas.
Que
nem todo procurador do MPF investiga
corruptos em nome de Deus.
E
que o juiz premiado não teve o mesmo apetite justiceiro diante dos poderosos do
tucanato.
O
Escândalo do Banestado serviu de modelo para as grandes operações midiáticas
Mensalão e Petrolão da Era Lula-Dilma e é o melhor exemplo do pior das três
instituições, cinco se incluídos Legislativo e Imprensa
Nele,
apurou-se que 124 bilhões de dólares foram levados e lavados no exterior.
Nele, estavam envolvidos grandes
empresas (Globo) e políticos expressivos.
Mas
estranhamente a CPI do caso deu em nada.
E
o Judiciário, no primeiro grande caso nas mãos de Moro, jogou pesado com
laranjas, prendendo apenas chinelões.
O
procurador Celso Três e o delegado José Castilho levantaram a tampa do esgoto
e se deram mal – suas carreiras acabaram quando denunciaram tucanos e seus
aliados.
Castilho
e Três viraram críticos das instituições em que trabalham. A experiência
pioneira deles foi desprezada pela cúpula.
Hoje
seus nomes ainda são respeitados entre a maioria dos colegas. Mas seus exemplos
de seriedade, honestidade e competência não empolgaram as novas gerações.
Muitos viram que agir com o eles é ruim para a carreira.
Ninguém
duvida: suas carreiras estagnaram por apontar culpados com longa folha de serviços
prestados à elite que domina o país há séculos, o verdadeiro centro do poder.
Esta
é a história deles”.
É
uma matéria longa para o meu espaço, por isso a publicarei em fatias. Obrigo-me
a fazer isso para que meus leitores tenham as melhores condições de fazer suas
próprias avaliações sobre o que acontece no país e que não foi, e não é
publicado pelos maiores veículos de comunicação que manipulam relativa parcela
da coletividade.
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