O
aconselhável seria as pessoas visitarem o Pronto Atendimento para avaliar o
serviço dos médicos plantonistas, normalmente dois (2), bem como a dedicação
dos profissionais da enfermagem. Teriam uma oportunidade extraordinária de
constatar de como os recursos financeiros são mal aplicados no Brasil. Ou
melhor, a inversão na sua aplicabilidade em função das prioridades.
A
saúde de um modo geral vai mal, principalmente a pública.
O
Pronto Atendimento, que funciona junto ao Hospital da Santa Casa de Caridade,
atende centenas de pessoas/dia normalmente com dois (2) médicos plantonistas,
mas a população remunera regiamente, e muito bem, quinze (15) vereadores para
não fazer nada ou quase nada para ninguém.
As reclamações são sempre contra aqueles
abnegados profissionais que tanto trabalham e surpreendentemente nenhuma contra
os que nada fazem.
O que é mais
importante: a saúde da população ou o bem estar de quinze (15) vereadores?
O
ideal seria o atendimento de no mínimo seis (6) médicos plantonistas e um
máximo de nove (9) vereadores cuja utilidade é perfeitamente discutível, para
não dizer dispensável, e extremamente onerosa para a população.
Além
dos quinze (15) vereadores que compõem a colenda câmara de São Gabriel, temos
em torno de sessenta (60) ou mais funcionários para auxiliá-los.
Mas nenhum vereador se manifesta contra o
estacionamento clandestino para os veículos automotores de alguns militares, na
Rua João Manoel, na frente do 6º BE; nenhum vereador se manifesta contra a
licença fornecida pela Prefeitura Municipal, para funcionamento de um depósito
de material de construção (brita, balastro, tijolo, areia), a céu aberto,
localizado na Rua Antonio Mercado esquina da 1º de Janeiro – no Bairro Menino
Jesus, infernizando a saúde, o lazer e o meio ambiente dos moradores das
adjacências.
Os comerciantes estabelecidos na periferia vendem pão
com areia, carne com pó de balastro, mortadela com pó de brita, além de
respirarem, juntamente com a população, um ar poluído prejudicial aos pulmões daqueles
que ainda os têm.
É um legítimo vale tudo, digno do nome
de um velho filme de bang- bang, Sem Lei e Sem Alma. Nem o Ministério Público tem voz.
O
senhor Prefeito faz ouvido de mercador.
Mas
afinal, para quem joga cachorro morto na rua, lixo na praça do bairro, deposita
entulho na frente da casa dos outros e transforma sua cidade em um recanto de
sujeira e local desprezível, tudo é suportado, tolerável e ignorado, para
sofrimento e tortura daqueles que primam por um local aprazível para habitar.
Tudo pode acontecer em uma cidade onde não impera a
Lei.
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