sexta-feira, 4 de novembro de 2016

DOIS MÉDICOS PARA CENTENAS; QUINZE VEREADORES PARA NADA




            O aconselhável seria as pessoas visitarem o Pronto Atendimento para avaliar o serviço dos médicos plantonistas, normalmente dois (2), bem como a dedicação dos profissionais da enfermagem. Teriam uma oportunidade extraordinária de constatar de como os recursos financeiros são mal aplicados no Brasil. Ou melhor, a inversão na sua aplicabilidade em função das prioridades.
            A saúde de um modo geral vai mal, principalmente a pública.
            O Pronto Atendimento, que funciona junto ao Hospital da Santa Casa de Caridade, atende centenas de pessoas/dia normalmente com dois (2) médicos plantonistas, mas a população remunera regiamente, e muito bem, quinze (15) vereadores para não fazer nada ou quase nada para ninguém.
            As reclamações são sempre contra aqueles abnegados profissionais que tanto trabalham e surpreendentemente nenhuma contra os que nada fazem.
            O que é mais importante: a saúde da população ou o bem estar de quinze (15) vereadores?
            O ideal seria o atendimento de no mínimo seis (6) médicos plantonistas e um máximo de nove (9) vereadores cuja utilidade é perfeitamente discutível, para não dizer dispensável, e extremamente onerosa para a população.
            Além dos quinze (15) vereadores que compõem a colenda câmara de São Gabriel, temos em torno de sessenta (60) ou mais funcionários para auxiliá-los.

            Mas nenhum vereador se manifesta contra o estacionamento clandestino para os veículos automotores de alguns militares, na Rua João Manoel, na frente do 6º BE; nenhum vereador se manifesta contra a licença fornecida pela Prefeitura Municipal, para funcionamento de um depósito de material de construção (brita, balastro, tijolo, areia), a céu aberto, localizado na Rua Antonio Mercado esquina da 1º de Janeiro – no Bairro Menino Jesus, infernizando a saúde, o lazer e o meio ambiente dos moradores das adjacências.
            Os comerciantes estabelecidos na periferia vendem pão com areia, carne com pó de balastro, mortadela com pó de brita, além de respirarem, juntamente com a população, um ar poluído prejudicial aos pulmões daqueles que ainda os têm.
         É um legítimo vale tudo, digno do nome de um velho filme de bang- bang, Sem Lei e Sem Alma. Nem o Ministério Público tem voz.
         O senhor Prefeito faz ouvido de mercador.
         Mas afinal, para quem joga cachorro morto na rua, lixo na praça do bairro, deposita entulho na frente da casa dos outros e transforma sua cidade em um recanto de sujeira e local desprezível, tudo é suportado, tolerável e ignorado, para sofrimento e tortura daqueles que primam por um local aprazível para habitar.
         Tudo pode acontecer em uma cidade onde não impera a Lei.

         

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