Enquanto os julgadores diferenciarem réus praticantes
dos mesmos crimes estarão contribuindo com a violência e a desmoralização da
justiça que eles representam. O maior descalabro do Brasil de hoje é que o
Poder Judiciário, pela mediocridade da maioria dos seus membros, se politizou
tanto quanto os Poderes Executivo e Legislativo, e, desta maneira, ele que
deveria dirimir os conflitos entre aqueles, também se prostituiu perdendo a
independência e a isenção ao julgar. E o que se assiste? Um País à deriva, sem
nenhum dos Poderes que deveriam sustentar sua existência e seu ordenamento
jurídico.
O Poder Judiciário, que deveria ser o
guardião da Constituição Federal, se soma à determinada parcela de políticos
inescrupulosos de sua simpatia, ofendendo o Estado de direito através de decisões
de forma seletiva.
Sem o respeito à Constituição Federal e
sem o funcionamento harmônico dos Poderes, a vida nacional se transformou no
caos que estarrece o mundo e ofende qualquer cidadão, de mediana inteligência,
que não compactua com falcatruas de quem quer que seja. As estruturas
estremecem, os maus prevalecem ante a omissão e a covardia dos que se pensam
melhores e poucos são os que ainda se aventuram à defesa da verdade
intransigente.
A corja se organizou muito bem para
tomar de assalto o poder, semeou a desconfiança, implantou o ódio, corrompeu de
tal maneira as instituições que a recuperação será lenta, traumática e sofrida.
De nada adiantará a prisão ou até mesmo
o assassinato de Luiz Inácio da Silva, pois o objetivo dos golpistas não é
acabar com a corrupção, mas sim cultivá-la, acobertados pelos tribunais, pelo
silêncio da grande mídia, mancomunada com os batedores de panelas e com os
velhos grupos que escravizam o Brasil desde o seu descobrimento.
Varrer corruptos é uma boa solução,
substituí-los por corruptos mais sofisticados nunca foi o ideal, pois os
estragos são muito maiores.
Enquanto não mudar o comportamento da
maioria do povo, não há o que se falar em combate à corrupção.
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