Só
quem não acompanha o comportamento das cúpulas partidárias acreditou no
sentimento de mudança na política brasileira. Mudança com o PMDB? Mas não é
justamente o PMDB o Partido Político que vai fechar quarenta (40) anos de poder
no Brasil? E pior agora com o PSDB e o DEM de companheiros.
Em
São Gabriel temos uma situação curiosa confirmada após a realização das
convenções partidárias: Os Partidos
Políticos que disputam o Palácio Plácido de Castro eram da base sustentadora da
administração da Presidente Dilma Roussef. Não existem mais Partidos
regionais, mas somente nacionais.
Mas
deixemos de lado a situação nacional e vamos nos fixar na situação do município.
E as manifestações verdes e amarelas que exigiam mudanças? E a bateção de
panelas? Nada disso convenceu as cúpulas partidárias e eis que as mesmas nos
apresentam o que lhes serve e não o que serve aos eleitores.
Acredito
que a grande maioria do eleitorado pensava em mudança, mas eis que as cúpulas partidárias
tornam aquela maioria refém de suas pretensões e de suas escolhas equivocadas
na composição das respectivas coligações.
Diante
dos conflitos dos concorrentes é de se supor que o PT, pela sua coerência na
formação da sua coligação, volte à disputa
das rédeas do município pelos próximos quatro (4) anos.
O Partido
Progressista, com o seu candidato que poderia apostar em um discurso forte e de
mudança, penso que prejudicou sua grande
possibilidade ao trazer para sua companhia um aliado que nada tem de novo e
que conflita com sua proposta de renovação e de revolução na administração
pública.
A
cúpula do PP que apresentava a melhor opção de voto ao eleitorado acabou com
essa possibilidade ao incluir na proposta ao Executivo um nome vencido e de
práticas administrativas diversas vezes contestadas pelos Tribunais.
Era
o único dos concorrentes que efetivamente poderia falar em mudança, mas não se
sabe as razões de jogar fora essa vantagem. Preferiu se aliar à mesmice.
Escrevi
na edição passada que os termos das coligações são desconhecidos dos maiores
interessados os eleitores e por essa razão elas são suspeitas sob todas as
formas.
O
PDT, talvez por estratégia, fez composição com o PSDB e outros, mas teve lá os
seus conflitos com alguns aliados de ocasião quando dividiram o poder em um
passado recente. Também não representa qualquer sinal de mudança.
Isto
é apenas uma análise e não indica qualquer comprometimento.
O
eleitorado é ou não refém das cúpulas partidárias?
A
cada eleição a mesma choradeira: Quando
certos partidos apresentaram alternativas, a maioria do eleitorado preferiu os
velhos; quando os partidos não apresentam, reclama. E assim as mudanças são
adiadas indefinidamente.
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