sexta-feira, 5 de agosto de 2016

ELEITORES REFÉNS DAS CÚPULAS



            Só quem não acompanha o comportamento das cúpulas partidárias acreditou no sentimento de mudança na política brasileira. Mudança com o PMDB? Mas não é justamente o PMDB o Partido Político que vai fechar quarenta (40) anos de poder no Brasil? E pior agora com o PSDB e o DEM de companheiros.
            Em São Gabriel temos uma situação curiosa confirmada após a realização das convenções partidárias: Os Partidos Políticos que disputam o Palácio Plácido de Castro eram da base sustentadora da administração da Presidente Dilma Roussef. Não existem mais Partidos regionais, mas somente nacionais.
            Mas deixemos de lado a situação nacional e vamos nos fixar na situação do município. E as manifestações verdes e amarelas que exigiam mudanças? E a bateção de panelas? Nada disso convenceu as cúpulas partidárias e eis que as mesmas nos apresentam o que lhes serve e não o que serve aos eleitores.
            Acredito que a grande maioria do eleitorado pensava em mudança, mas eis que as cúpulas partidárias tornam aquela maioria refém de suas pretensões e de suas escolhas equivocadas na composição das respectivas coligações.
            Diante dos conflitos dos concorrentes é de se supor que o PT, pela sua coerência na formação da sua coligação, volte à disputa das rédeas do município pelos próximos quatro (4) anos.
            O Partido Progressista, com o seu candidato que poderia apostar em um discurso forte e de mudança, penso que prejudicou sua grande possibilidade ao trazer para sua companhia um aliado que nada tem de novo e que conflita com sua proposta de renovação e de revolução na administração pública.
            A cúpula do PP que apresentava a melhor opção de voto ao eleitorado acabou com essa possibilidade ao incluir na proposta ao Executivo um nome vencido e de práticas administrativas diversas vezes contestadas pelos Tribunais.
            Era o único dos concorrentes que efetivamente poderia falar em mudança, mas não se sabe as razões de jogar fora essa vantagem. Preferiu se aliar à mesmice.
            Escrevi na edição passada que os termos das coligações são desconhecidos dos maiores interessados os eleitores e por essa razão elas são suspeitas sob todas as formas.
            O PDT, talvez por estratégia, fez composição com o PSDB e outros, mas teve lá os seus conflitos com alguns aliados de ocasião quando dividiram o poder em um passado recente. Também não representa qualquer sinal de mudança.
            Isto é apenas uma análise e não indica qualquer comprometimento.
            O eleitorado é ou não refém das cúpulas partidárias?
            A cada eleição a mesma choradeira: Quando certos partidos apresentaram alternativas, a maioria do eleitorado preferiu os velhos; quando os partidos não apresentam, reclama. E assim as mudanças são adiadas indefinidamente.
        
           
           
           
           
           
             

            

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