Pelas composições que fazem tentando ganhar uma
eleição, as cúpulas partidárias acabam dificultando o voto do eleitor. Na
verdade o que existe são coligações de pessoas e não de idéias e projetos.
As coligações na verdade representam um
inventário do poder em caso de sucesso, pois não raras vezes se assiste a sua
ruptura já na montagem da equipe administrativa.
Outro indicativo que desacredita as
coligações é o fato dos seus arranjos não serem levados ao conhecimento do eleitorado
para aprová-los ou não, antes das eleições. Tais arranjos são conhecidos quando
não cumpridos, pois a parte que perde o poder acaba divulgando-os. O que leva
grupos de idéias divergentes se unirem com o propósito de ganhar uma eleição? O
bem comum, se supõe, não é.
É necessário diferenciar divergências
sobre conceitos e modelos de administração pública das divergências
individuais, pois estas dizem respeito a dois ou mais indivíduos, enquanto
aquelas atingem toda uma coletividade ou grande parte da mesma. A divergência
ocorrida na mesa de um bar, após a ingestão de generosas doses de bebida
alcoólica, é completamente diferente da divergência de quem fez ou faz desvios
dos recursos públicos, com aquele que pretende zelar pelos recursos públicos.
As divergências ocorridas sobre
interesses individuais são diferentes das divergências nas quais está em jogo o
interesse coletivo.
A divergência ocorrida na mesa de um
bar quase sempre acaba com um pedido de desculpas, mas a divergência sobre políticas
públicas é de difícil conciliação.
Não
é sadia uma coligação entre o bom e o ruim ou uma coligação/convivência pública
que já não deu certo ontem. No momento em que uma ou outra se repete está
evidenciada a coligação de pessoas, pois a coligação de idéias está prejudicada
definitivamente.
Pelo que vem sendo levado ao conhecimento popular e
sem que surja coisa nova no cenário são-gabrielense, está muito difícil
escolher em quem votar nas eleições de 2016, haja vista, a contradição existente
em certas coligações, ou a comprovada desconfiança com outras.
As convenções confirmarão ou não essa
dificuldade.
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