Quem acompanha a grande mídia acredita que há racismo
somente nos campos de futebol, mas entendo que ele está em todos os lugares.
Ele é mais visível contra os que
praticam o futebol pela exposição dos jogadores à frente de grandes públicos e
mesmo pela maneira que muitos se apresentam.
Quando os jogadores não zelam pela sua
imagem física, o que esperar de torcedores, muitos fanáticos, que os querem
constranger?
Muitos vendem a impressão de sujos e as
coreografias que fazem após o gol feito são dignas de ser consideradas ofensas
aos torcedores adversários. Eles podem tudo, porém o torcedor não? Eis a
questão.
Não comento futebol neste espaço, pois
entendo que existem assuntos muito mais importantes para se discutir e que têm
muito mais influência na vida das pessoas.
O racismo é uma realidade. Ele se
apresenta com maior ou menor intensidade de acordo com a posição social do
discriminado e por essa razão é cruel e desumano.
Certos segmentos nacionais querem o
Joaquim Barbosa candidato a Presidente da República, independente de sua cor,
mas esses mesmos segmentos não admitem conviver com cidadãos humildes da sua
cor.
E esse sentimento não se restringe à
cor, mas sim à prostituição, ao gay, à lésbica e outros. Prostituta rica e
intelectualizada; gay rico, intelectualizado ou que desempenhe importante
função na sociedade, lésbicas nas mesmas condições são aceitas com naturalidade
em qualquer meio.
Os intelectuais, e os poderosos, e a
imprensa colabora com isso, atribuem a violência e o crime no Brasil aos
miseráveis. Pergunto: Qual o miserável que vai chefiar uma quadrilha?
Creio firmemente que ninguém vai
hostilizar uma pessoa com manifestações de discriminação ou racismo se a mesma
se apresentar em quaisquer circunstâncias respeitando as normas do bom convívio.
Quem
se respeita e respeita aos outros tem sempre o respeito dos outros. Fim de
papo.
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