O
presidente da Federação das Associações dos Municípios do Rio Grande do Sul
(Famurs), Valdir Andrés (PP), afirma que sem ampliar recursos, municípios vão à
falência. Outro que toda hora diz a mesma coisa é o Paulo Ziukolski, presidente
da Confederação Nacional dos Municípios. Argumentam que a responsável é a União
que repassa obrigações aos municípios sem o devido repasse de verbas. Pode ser
uma das razões, mas não a única.
Os municípios gastam mal, porém esse
detalhe eles omitem. Esses cargos que eles desempenham são remunerados ou não?
As despesas das Federações e Confederações são arcadas pelos municípios?
O curioso nessa ladainha toda é que em
nenhum momento nem um e nem o outro fala nos gastos irresponsáveis dos
municípios e muito menos na sua extinção ou na sua redução; nem um e nem o
outro fala na redução do número de vereadores e nem na redução de suas
exorbitantes remunerações; nem um e nem o outro fala na farra das diárias
desnecessárias; nem um e nem o outro fala na redução de secretarias e de cargos
de confiança e nem um e nem o outro fala nos generosos gastos em publicidade.
É um montante extraordinário de
recursos que nossos administradores, em todos os níveis, gastam em
quinquilharias e perfumarias que visam enaltecê-los e que prejudicam os
interesses dos contribuintes.
O
segredo da economia nunca esteve em ganhar bem, mas sim em gastar bem, ou
melhor, em saber gastar.
A marca registrada dos administradores que a maioria
dos eleitores escolhe é gastar sem quaisquer critérios os recursos dos
contribuintes. Alguns dos eleitos pela maioria não tem qualquer noção do que é
a gerência da sua própria casa quanto mais do que é a gerência da coisa
pública.
O bom administrador é aquele que faz
através da redução de gastos sobrar recursos para investimentos. Não faltam recursos, faltam bons
administradores e os maiores culpados são os partidos políticos e a maioria dos
eleitores que, atendendo seus interesses escusos, escolhem equivocadamente.
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Aqueles que pensam que praga só dá na lavoura estão redondamente enganados, ela
dá também na política. Na lavoura ninguém sabe quem a cria, mas na política
todos sabem que quem a cria é o mau eleitor. Portanto não reclamem das pragas
políticas. Reclamem de quem as cria.
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