“Um estudo inédito revela o que os brasileiros pensam do nosso País: um
lugar desonesto, violento e ruim para se viver. E se o Brasil fosse uma pessoa,
ela não seria nem alegre, nem confiável, nem distinta, pois a principal
característica – aquela que se vê logo de cara – seria a desonestidade.
O levantamento
realizado pela consultoria BrandAnalytics, empresa ligada à Millward Brown Optimor – um dos maiores
grupos de pesquisa do mundo -, revela o que os brasileiros pensam do País. Os
resultados são espantosos. Os entrevistados receberam uma lista com 24 palavras
e tiveram que apontar quatro delas que definissem com exatidão a nação onde
vivem. Metade das pessoas declarou que a palavra “desonesto” descreve a personalidade
nacional. E mais: apenas 18% das pessoas afirmaram que o Brasil é o lugar ideal
para viver, praticamente o mesmo percentual (17%) que apontou o Japão como o
país preferido. Trata-se do índice mais baixo entre as nações pesquisadas.
Segundo o estudo, 52%
dos americanos, 30% dos ingleses (pessimistas por natureza, lembre-se) e 26%
dos chineses escolheram seu próprio país como o lugar perfeito para viver. Não
é preciso muito esforço para entender o que a pesquisa evidencia. Os brasileiro
estão, afinal, desencantados. “O levantamento mostra um índice de insatisfação
surpreendente”, diz Isa Telles, associada da BrandAnalytics e coordenadora do
estudo. A mesma descrença é confirmada pela pesquisa Sensus revelada no fim de
semana pela revista isto é: 50,2% dos brasileiros não consideram que o País
esteja no rumo certo”. (Jornal do Comércio, edição de 06 de maio de 2014).
Não
sei se a entrevista aconteceu e se aconteceu os entrevistados devem ser
marginais, sonegadores que julgam todos os habitantes do Brasil iguais a si.
Não há no mundo País melhor para se viver do que o Brasil e não é preciso
viajar para se saber disso.
O
que faz um país honesto e ideal para se viver: A sua localização geográfica
privilegiada, a sua dimensão ou seu povo? Todas as três. As duas primeiras o
Brasil tem, mas pelas respostas dadas na suposta entrevista lhe falta a
terceira, povo.
Os
cretinos que responderam tal entrevista, se é que aconteceu, ignoram que a
terra nunca é desonesta. Ela poderá ser incluída nessa condição se a maioria
dos seus habitantes for desonesta.
De
uma hora para outra qualquer agência de décima categoria, suspeita na
intencionalidade, denigre a imagem do Brasil, respaldada pela imprensa nacional
assanhada e histérica, com a finalidade, se supõe, de novamente colocá-lo sob o
domínio da exploração internacional.
É
triste, mas é uma realidade inconteste: muitos
são-gabrielenses não gostam de São Gabriel (uns até dizem SANGAbriel); muitos
gaúchos não gostam do Rio Grande do Sul e muitos brasileiros não gostam do
Brasil.
Quem afirma que o
Brasil é um país ruim para se viver, se supõe, está a serviço do capital
internacional ou remunerado por grupos nacionais que pintam um quadro tétrico
para atingir seus travestidos objetivos.
Tem
problemas? Tem, mas qual o País que não os tem?
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