Diante
das mais inusitadas críticas que vem sofrendo o atual Prefeito quando algumas
muito deselegantes partem do seu principal apoiador e responsável inconteste
pela sua eleição, há de se considerar o que segue: 1 – quem avaliza um
candidato e orienta seus seguidores a sufragar seu nome é muito mais
responsável pelos seus atos no exercício do mandato do que mesmo o próprio escolhido;
2 – a alegação de não conhecer o candidato e manifestar arrependimento pelo
apoio, uma vez demonstrada sua incapacidade administrativa, demonstra
irresponsabilidade ou pior, que o apoio foi dado em nome de outros interesses
que não os da coletividade; 3 – desconhecer um nome que por quase duas (2)
décadas esteve à frente do único hospital do município é a confissão inconteste
de que não dá a mínima importância para a cidade ou que vive distante dela; e,
4 – no momento de dificuldades é que o indicado escolhido precisa de orientação
de quem se diz experiente, eis que já viveu situação semelhante num passado não
tão distante. Após a eleição os que escolheram o atual prefeito são co-responsáveis
pela sua gestão.
Todos
os cidadãos que lutam pelo desenvolvimento do município têm a obrigação de
colaborar com a administração pública tenha ou não votado nos seus titulares. A
cidade é de todos e suas forças vivas também são responsáveis pelo seu
progresso. Não acredito em bom prefeito, acredito numa comunidade atuante, solidária,
exigente e fiscalizadora.
A
existência de bons prefeitos ao longo de cento e cinquenta anos já teria
brindado a comunidade com obras importantes, cuja falta compromete a imagem do
município perante todos os visitantes que aqui aportam. O descaso com a urbanização do acesso ao Parque de Exposições Assis
Brasil; a indiferença na procura de soluções para o grave problema representado
pelas sangas que atravessam a cidade são provas incontestes do que afirmo.
Não acredito em
desenvolvimento sem a integração honesta e forte da comunidade com as
autoridades constituídas. Isso é possível, mas depende da grandeza das partes
envolvidas. Cito um exemplo: Embora aposentado ainda mantenho meu registro no
CRC-RS, acompanho meus colegas da classe e continuo atualizado, dentro do
possível, na parafernália de leis que o exercício da profissão exige. A classe
dos contabilistas, na defesa dos interesses seus e dos clientes, teve problemas
com um novo programa de informática implantado pela Prefeitura Municipal.
Consistia em um descompasso entre as legislações municipal e federal. Solução?
Rápida, eficiente e contemplativa às partes interessadas. Uma audiência com o
senhor Prefeito e sua equipe técnica na qual a Associação expôs suas razões foi
o suficiente para, em comum, ao cabo de quarenta e cinco (45) minutos encontrarmos
a solução definitiva para o problema. Solução técnica, sem politicagem por isso
rápida. O entrave maior para o desenvolvimento das comunidades é a praga do
modelo administrativo que é político quando deveria ser essencialmente técnico.
Reconheço
que sou um crítico por excelência, mas dentro das minhas limitações colaboro
com todos os prefeitos, pois mesmo não votando neste ou naquele, pela
preferência da maioria, o eleito sempre será o meu prefeito.
Enquanto
prevalecer a estúpida vaidade pessoal, a prostituição dos que se vendem por
cargos e o domínio dos partidos políticos por cúpulas inescrupulosas, o bem
estar da comunidade será relegado a um segundo plano. Os projetos pessoais são
inúmeros, mas não existe nenhum para a cidade porque a mediocridade existente
assusta e mantém o atraso.
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