sexta-feira, 23 de maio de 2014

INDICAÇÃO, APOIO, RESPONSABILIDADE


 

 

            Diante das mais inusitadas críticas que vem sofrendo o atual Prefeito quando algumas muito deselegantes partem do seu principal apoiador e responsável inconteste pela sua eleição, há de se considerar o que segue: 1 – quem avaliza um candidato e orienta seus seguidores a sufragar seu nome é muito mais responsável pelos seus atos no exercício do mandato do que mesmo o próprio escolhido; 2 – a alegação de não conhecer o candidato e manifestar arrependimento pelo apoio, uma vez demonstrada sua incapacidade administrativa, demonstra irresponsabilidade ou pior, que o apoio foi dado em nome de outros interesses que não os da coletividade; 3 – desconhecer um nome que por quase duas (2) décadas esteve à frente do único hospital do município é a confissão inconteste de que não dá a mínima importância para a cidade ou que vive distante dela; e, 4 – no momento de dificuldades é que o indicado escolhido precisa de orientação de quem se diz experiente, eis que já viveu situação semelhante num passado não tão distante. Após a eleição os que escolheram o atual prefeito são co-responsáveis pela sua gestão.

            Todos os cidadãos que lutam pelo desenvolvimento do município têm a obrigação de colaborar com a administração pública tenha ou não votado nos seus titulares. A cidade é de todos e suas forças vivas também são responsáveis pelo seu progresso. Não acredito em bom prefeito, acredito numa comunidade atuante, solidária, exigente e fiscalizadora.

            A existência de bons prefeitos ao longo de cento e cinquenta anos já teria brindado a comunidade com obras importantes, cuja falta compromete a imagem do município perante todos os visitantes que aqui aportam. O descaso com a urbanização do acesso ao Parque de Exposições Assis Brasil; a indiferença na procura de soluções para o grave problema representado pelas sangas que atravessam a cidade são provas incontestes do que afirmo.

            Não acredito em desenvolvimento sem a integração honesta e forte da comunidade com as autoridades constituídas. Isso é possível, mas depende da grandeza das partes envolvidas. Cito um exemplo: Embora aposentado ainda mantenho meu registro no CRC-RS, acompanho meus colegas da classe e continuo atualizado, dentro do possível, na parafernália de leis que o exercício da profissão exige. A classe dos contabilistas, na defesa dos interesses seus e dos clientes, teve problemas com um novo programa de informática implantado pela Prefeitura Municipal. Consistia em um descompasso entre as legislações municipal e federal. Solução? Rápida, eficiente e contemplativa às partes interessadas. Uma audiência com o senhor Prefeito e sua equipe técnica na qual a Associação expôs suas razões foi o suficiente para, em comum, ao cabo de quarenta e cinco (45) minutos encontrarmos a solução definitiva para o problema. Solução técnica, sem politicagem por isso rápida. O entrave maior para o desenvolvimento das comunidades é a praga do modelo administrativo que é político quando deveria ser essencialmente técnico.

            Reconheço que sou um crítico por excelência, mas dentro das minhas limitações colaboro com todos os prefeitos, pois mesmo não votando neste ou naquele, pela preferência da maioria, o eleito sempre será o meu prefeito.

            Enquanto prevalecer a estúpida vaidade pessoal, a prostituição dos que se vendem por cargos e o domínio dos partidos políticos por cúpulas inescrupulosas, o bem estar da comunidade será relegado a um segundo plano. Os projetos pessoais são inúmeros, mas não existe nenhum para a cidade porque a mediocridade existente assusta e mantém o atraso.

           

           

           

           

           

           

           

           

 

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