Rua estreita e curta, geralmente fechada
num extremo. É redundância, portanto falar beco sem saída. Toda vez que
estivermos numa situação insuperável basta dizer que estamos num beco.
Neste
ano de eleições, pelos candidatos que se apresentam, podemos dizer que estamos
num beco. A reeleição da Dilma seria tempo demasiado na Presidência da
República, pois significaria dezesseis (16) anos do mesmo grupo no poder, ou
seja continuidade; Eduardo Campos, o neto do Miguel Arraes, com o PSB nada
representa de novo, pois até ontem fazia parte da base de apoio do atual
governo e Aécio Neves, o neto do Tancredo, representa a volta do
neoliberalismo, o que a grande maioria abomina.
Votar
em quem? Respondo por mim: Está deveras difícil de fazer uma escolha. Não gosto
de votar em mulher, mas também não gosto de votar em quem não tem trajetória
própria e só existe politicamente porque é filho, neto ou sobrinho do fulano ou
do sicrano. Também não voto em branco. Avaliem bem a encruzilhada em que estamos.
Particularmente
acredito que mudanças acontecerão quando a sociedade se conscientizar de que só
ela poderá produzi-las, mas o que se assiste no momento é uma omissão e total
indiferença para com os destinos do país.
Quando
a sociedade de um modo geral insiste de que cabe ao Presidente da República,
seja homem ou mulher, provocar mudanças no comportamento de cada individuo é
porque este foge de suas responsabilidades, senão vejamos: 1 – quem não sabe
que é proibido dirigir veículo automotor tomando chimarrão? Todos, mas muitos
dirigem. Quem não sabe que é proibido, quando se ingeriu bebida alcoólica,
dirigir veículo automotor? Todos, mas muitos dirigem. Quem não sabe que quem
recebe qualquer valor de alguém está obrigado a dar o devido comprovante do pagamento?
Todos, mas muitos se negam a dar. São exemplos simples, mas os uso para mostrar
a todos que não basta o Presidente, o Governador, ou o Prefeito quererem, pois
quem tem que querer é a grande maioria do povo e esta, definitivamente, não
quer.
Quando
cada cidadão e uma relativa parcela da sociedade se outorgam o direito de estar
acima das leis reina o caos e por isso estamos já dentro dele.
Nossos
veículos de comunicação são muito limitados ou mal intencionados, pois
raramente eles esclarecem seus ouvintes e telespectadores com o que lhes
interessa, mas sim os levam a acreditar no que é do interesse dos exploradores
do serviço de comunicação.
Tanto
faz Dilma, Aécio ou Eduardo, pois nenhum conseguirá mudar este País se seu povo
não se decidir pelas mudanças. E um povo que gosta de anarquia onde cada um faz
o que bem entende e não recebe o repúdio da maioria, custará muito a se
convencer de que o desenvolvimento pleno depende das forças vivas e nunca de
quem o administra.
Será o Presidente,
o Governador ou o Prefeito que estimulam a colocação de lixo nas praças, como é
o caso da Praça Independência do Bairro Menino Jesus? Ou é uma parcela
de relaxados que desrespeitam seus vizinhos e todos aqueles moradores
caprichosos que ali residem? Será que eles não se dão conta de que o visitante
ao se deparar com tanto relaxamento emitirá a opinião de que todos os moradores
são relaxados?
Não
basta trocar o Presidente, o Governador ou o Prefeito, mas é preciso que o povo
troque o seu comportamento anárquico pela consciência de que depende dele um
país organizado.
Fora
disso não há solução.
Nenhum comentário:
Postar um comentário