quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

ETAPA VENCIDA


 

 

         As águas que descem nos rios não voltam jamais, assim os anos vividos ficam para trás sem a mínima chance de retorno. Com o ano de 2014 não será diferente. Muitos passaram, mas poucos viveram.

            Este contato com meus queridos leitores deve ser o último do que qualifico como um bom ano, pelo menos para os que torcem pelo bem do Brasil. Os que apostavam na anarquia sofreram uma derrota, pois o Brasil sempre surpreende os pessimistas e as aves de mau agouro.

            O ano de 2015 para ser melhor que o de 2014 dependerá do comportamento de cada brasileiro e de todos indistintamente.

            Cantem mais, riem mais, deixem de lado o livro das caras, os e-mails e convivam mais com o seu semelhante. O mundo precisa muito do convívio humano, pois só este pode diminuir a violência que cresce em níveis insuportáveis graças à modernidade fria e calculista que impera nos dias de hoje.

            O ano de 2014, como tantos outros, foi de ganhos e de perdas. É preciso dividir os ganhos e das perdas extrair os ensinamentos para a conquista de novas vitórias.

            Sei que não agradei a todos, mas tenho a firme convicção de que fui correto com todos e isso é o que me importa. Mas o mais importante e nisso se baseia a afirmação de que o ano de 2014 foi muito bom é que mantive o respeito e a lealdade para comigo mesmo. Incompreensões as tive, mas mais uma vez venci as tentativas do transtorno bipolar, da depressão, do desânimo e da descrença, pois sou um homem determinado e a determinação que herdei dos meus pais sempre fecha minha porta para essas doenças da modernidade que dominam e escravizam os fracos e os seus seguidores.

            Para que tenham um 2015 melhor é preciso acreditar mais, colaborar mais, participar mais das coisas importantes e deixar um pouco de lado o negativismo dos noticiários produzidos por uma mídia que procura colocar na família brasileira a realidade que lhe interessa e não a realidade que interessa à coletividade.

            Através deste espaço tentei ajudar e se ajudei um leitor é o suficiente para justificá-lo e o suficiente para me gratificar.

            Não escrevo para receber aplausos, escrevo para abrandar a alma, espantar a solidão e esclarecer as pessoas de que a grandeza de um país depende sempre da grandeza do seu povo.

            Não é plantando o desânimo e a desconfiança que melhoraremos o Brasil e desenvolveremos na condição de humanos. É necessário acreditar em nós e que é possível melhorar.

AMEM O BRASIL;

AMEM O RIO GRANDE DO SUL e

AMEM SÃO GABRIEL.

2015?

Será bom ou ruim dependendo do quanto acreditar.

Espero que cada um produza um ano novo de paz, saúde e muitas realizações.

Não esqueçam, ACREDITEM.

E muita festa a todos, pois a festa é necessária à vida.

Obrigado a todos.

        

           

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

VARIADAS


 

 

            Sobre a reclamação da falta de luz provocada pela ira da natureza: Tem pessoas que vivem em uma escuridão tão grande, mas tão grande que só a percebem quando falta luz elétrica.

 

            Sobre a corrupção de dirigentes da Petrobrás: Tem muito brasileiro que torce contra o Brasil querendo denegrir a Petrobrás, porém esquecem, por ignorância ou má fé, que a Companhia é vítima da corrupção dos dirigentes e em nenhum momento é a beneficiada. É preciso combater os agentes da corrupção porque as instituições, em si, nunca são as beneficiadas dessa prática que corrói o patrimônio nacional. São sempre as maiores prejudicadas.

 

            Prestem atenção: Sempre que se conduz a atenção da maioria para um só ladrão é porque alguém tem interesse em proteger os demais ladrões. LADRÃO é LADRÃO seja do meu lado ou do teu e se és contra o roubo vamos nos unir nessa luta, pois se tu combateres os teus e eu os meus creio que daremos os primeiros passos no efetivo combate contra a corrupção. Mas enquanto tu acusares os meus e protegeres os teus e eu proteger os meus e acusar os teus estaremos sendo piores do que eles. Não esqueçam disso.

 

            Sobre os erros do nosso Prefeito: Errou quando cedeu um pedaço da Rua João Manoel para estacionamento dos veículos particulares de alguns militares do 6º. BE. O silêncio foi total; Errou quando cedeu um terreno para a Associação dos Aposentados. Alguns reclamaram; Errou quando anuiu sobre a venda de um terreno municipal, e a casa caiu. Parece que nas três situações o erro é o mesmo, ou seja, o Prefeito extrapolou suas atribuições, pois não pode dispor dos bens do Município sem a devida autorização da Câmara de Vereadores. Estou enganado ou não? E porque as críticas não são as mesmas nas três situações? E o Ministério Público o que diz disso? E ele está ciente do primeiro erro porque eu o convoquei e estou aguardando sua definitiva manifestação.

 

Não cultivo o Natal, mas deixo aqui um pedido:

AMEM MAIS O BRASIL,

o RIO GRANDE DO SUL

e NOSSA SÃO GABRIEL.

Obrigado.

        

 

 

 

           

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

POBRE CRIANÇA


 

 

 

Criança que chora e que pede uma esmola.

Criança faminta sem pai e sem mãe

Não tens culpa criança do teu nascimento.

Que mundo maluco, hostil, infernal

Não tem pena de ti, não tem pena de nada.

Em meio à riqueza tu choras criança

Tu pedes criança um pedaço de pão.

Os homens governam, os homens destroem,

Os homens não amam.

Também choro criança por não te ajudar,

Sabendo ser fraco e também egoísta.

Eu olho pra ti e sofro calado,

Pois também sou culpado

Desse grande pecado.

 

Não chores criança,

Mas olhes pra o céu

E rezes uma prece

Pra Maria em seu véu.

 

Qual é teu futuro,

Ninguém te procura,

Tu vives sozinha,

Tão triste e tão pura.

 

Nem bem tu nasceste,

Já estás a morrer,

Porque sempre sofreste

Sem ter o que comer.

 

A morte é um descanso,

A vida é um horror,

Se vives sofrendo

Que morras sem dor.

 

Que Deus poderoso

Te dê sua benção

E no campo celeste,

Alcance teu pão.

 

São Gabriel (RS), outubro/1985.

Autor. Bereci da Rocha Macedo.

 

                Até enquanto a censura não me cortar, novamente.

 

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

PROFECIAS


 

 

         “Sem a força do querer, sem a faculdade de acção, quase sem energia collectiva, sem a disposição de ânimo para sacrificar tudo nas aras da justiça, no culto da verdade intransigente, no respeito e na obediência aos princípios cardeaes de nossa estructura política, o Brasil, esta nossa terra querida, tão merecedora de piedade, tão pobre de amor, está e estará ainda por muito tempo exposto ao charlatanismo dos politiqueiros audazes, à precipitação de ideólogos e radicaes, à exploração dos estrangeiros, e à ganância vil, ignóbil e pútrida dos que se dedicam à vida pública, pensando unicamente na fortuna.” (Alcides Maia – 1898).

 

“De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.” (Rui Barbosa – 1914).

 

A primeira feita há mais de cem anos e a segunda completando cem anos e nada, mas absolutamente nada mudou simplesmente porque o povo é o mesmo. E quem precisa mudar é o povo para que o País evolua.

 

“Meu Partido é o Rio Grande”. (José Ivo Sartori – 2014). Outra grande mentira. Todos nós sabemos que os primeiros atos dos eleitos aos executivos é acomodar as forças políticas que o apoiaram, o que é normal. E com o Sartori não está sendo diferente. Basta olhar o secretariado anunciado e veremos que Deputados Federais e Estaduais eleitos foram chamados para compor o Secretariado tão somente para dar lugar àqueles que não conseguiram êxito na sua pretensão aos Legislativos.

 

Aos meus leitores, já que o assunto do momento é a corrupção, indico as seguintes obras para uma boa leitura: “República Fratricida – José do Patrocínio Motta” – “O Tenente Vermelho – José Wilson da Silva” – “A Formação do Rio Grande do Sul – Jorge S. Goulart” – “Cooperativa Rural Gabrielense 50 Anos na História – Osório Santana Figueiredo” – “Chateau O Rei do Brasil – Fernando Morais” – “A Ética da Malandragem – Lúcio Vaz” – “O Poder das Idéias – Carlos Lacerda” – Glória e Agonia de um Grande Jornal – Depoimento de Breno Caldas a José Antonio Pinheiro Machado” – “Voluntários do Martírio – Ângelo Dourado”. Não tenho uma obra específica, mas procurem ler sobre a construção de Brasília”.

 

Mas antes de todas as citadas acima é obrigatória a leitura das Constituições Federal e Estadual e da Lei Orgânica do Município de São Gabriel. Acredito que aproveitarão muito mais do que perder tempo no seu Livro de Caras.

           

 

 

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

E A PARTICIPAÇÃO POPULAR?


 
 

            As exigências ou cobranças das administrações federal, estaduais e municipais são extraordinárias e permanentes, principalmente quanto à segurança, saúde e educação. Todos aqueles que têm acesso a qualquer meio de comunicação dão ênfase às deficiências nesses serviços essenciais que são direitos de todos e obrigação dos governos. A grande mídia é impiedosa, principalmente quando os administradores não lhe são simpáticos ou não a contempla com polpudas verbas publicitárias.

         Mas da falta da participação popular ninguém fala ou poucos reclamam.

         Quantos aposentados por invalidez permanente para certas atividades estão trabalhando em outra? Esses são lesa pátria, pois a aposentadoria só é válida quando a invalidez os impede de buscar sua subsistência, seu sustento. A sordidez da pessoa humana não tem limites, pois já tive manifestações de alegria de aposentado que adquiriu câncer só pelo fato de ficar isento do imposto de renda. Isso mesmo, prefere um câncer a pagar meia dúzia de reais de IR.

         Cada um tem o direito de escolher seus próprios caminhos.

         Está certo exigir que as administrações públicas invistam em saúde, mas também é necessário conscientizar os relaxados que depositam lixo nas ruas, restos de comida, de sorvetes, de picolés nas soleiras das portas e janelas das casas dos outros que tal atitude é extremamente prejudicial à saúde pública e que todos, indistintamente têm o dever de respeitar todos aqueles que com ela contribuem.

         Educação e saúde andam de mãos dadas, pois a primeira sendo de alto nível é responsável pelos melhoramentos da segunda, tanto uma quanto a outra são essenciais para uma boa qualidade de vida. Onde está a participação popular?

         Segurança? A maior segurança, do meu ponto de vista, é viver sem os sentimentos de discriminação de qualquer tipo, respeitando os deserdados da sorte porque eles também têm a sua história, da qual não temos o conhecimento necessário para julgá-los. É preciso grandeza para entendê-los e ajudá-los, mas nunca indiferença que os mergulhe cada vez mais no abismo em que sobrevivem.

         Não entendo uma sociedade que se diz contra a corrupção, mas condena a autoridade constituída quando fecha uma banca do jogo do bicho, um jogo clandestino de bingo, um cassino clandestino ou acaba com as máquinas caça-níqueis.

         O povo é o balizador de uma nação e ela será sã ou podre dependendo dele.

         O povo, pela sua maioria, é o maior responsável pelo que acontece no País.

         Nenhum país atingirá a maturidade sem a efetiva participação popular.

        

        

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

AUDITORIAS INDEPENDENTES


 


            São um negócio como todos os outros, pois sua finalidade também é lucrativa. Normalmente são empresas constituídas por profissionais da contabilidade, contadores, formados em Ciências Contábeis, exceto técnicos em contabilidade, porquanto a estes não é permitido fazer auditoria e peritagem.

            As grandes empresas sempre possuem uma auditoria independente para com isso reforçar a credibilidade dos seus balanços. Mas nem sempre a coisa funciona assim.

            Por quê? Por que as auditorias são contratadas pelas diretorias e trabalham ou auditam os atos e fatos registrados na contabilidade que resumidamente constituem os balanços das empresas.

            Ou ainda por serem contratadas pelas diretorias, elaboram relatórios que satisfazem os interesses das contratantes. E isso é muito comum, pois se assim não fosse empresa nenhuma iria à falência ou entraria na recuperação judicial.

            Os exemplos que me vem à memória são o da Centralsul e o do Banco Comind, todas as duas empresas com auditorias independentes, mas que não obstante isso acabaram, por má gestão, encerrando suas atividades.

            A corrupção não está nas empresas ou nas instituições, mas sim nas pessoas e por esta simples razão as próprias Auditorias Independentes, nacionais ou estrangeiras, se supõe, podem, sim, elaborar relatórios que lhes garantam maior permanência nos clientes contratantes.

            Um fator que isenta as Auditorias sérias de maiores responsabilidades é o fato das falcatruas serem urdidas no caixa 2 ou PF (por fora), o que dificulta a fiscalização das diretorias e a percepção das auditorias.

            O que lhes afirmo é que mesmo uma empresa auditada pode encerrar fraudes no seu seio, até porque as fraudes, e o nome está dizendo, não são registradas na contabilidade e podem ser feitas sem o consentimento das diretorias, quando não pelas próprias, o que é muito mais grave.

            Quanto à divulgação pela grande imprensa tenha sempre em mente que esta divulga a notícia ditada pelo seu interesse, que nunca é o mesmo interesse do grande público. Silencia quando os corruptos lhe são simpáticos ou benfeitores e torna realidade uma simples suspeita quando lhe são antipáticos. É porque também gosta das polpudas verbas de publicidade oficial e não as tendo declara guerra.

            As pessoas de um modo geral precisam olhar mais para seus comportamentos e responsabilidades individuais para se convencerem de que a administração de pessoas é por demais complicado e difícil.

            Converso com inúmeras pessoas que demonstram uma raiva e um despreparo que me preocupam. Há poucos dias disse a um arrogante cidadão que sabe de tudo o que acontece no Brasil e agora com o advento do computador, no mundo: Tenho uma filha e não sei o que ela faz, no dia a dia, longe de mim. Por acreditar nela penso que faz tudo certo. Feliz de ti que tem uma mulher e dois filhos e que na tua ausência sabe de todos os seus passos. Parabéns, e segui meu caminho.

 

           

           

           

             

             

           

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

PALMIRA VIEIRA DA SILVA


 

 

            Todas as pessoas que conhecem São Gabriel e sua história não podem desconhecer Palmira Vieira da Silva, pois ela registrou sua passagem pela terra com um desprendimento difícil de ser igualado por outro mortal quando se trata de dispor de bens particulares e direcioná-los no sentido de diminuir a dor dos menos favorecidos.

         Salvo alguma falha das informações nas quais sustento esta matéria, a referida senhora beneficiou as entidades abaixo relacionadas com relativo quinhão de seus bens particulares:

         1 -     Instituto São Gabriel (Asilo das Crianças); 174,00 hectares de campos ou terras localizadas neste município;

         2 -     Instituto Palmira Vieira da Silva (Creche); 106,00 hectares de campos ou terras localizadas neste município;

         3 -     Fundação Agrária e Profissional São Gabriel (Patronato); 305,00 hectares de campos ou terras localizadas neste município e mais 12,00 hectares situadas na zona urbana do município, onde está localizada a sede da Fundação.

         Não sei se minhas fontes estão corretas quanto à exatidão das áreas, mas se alguém tiver conhecimento de que não estão corretas, por favor, avisem e as retificarei.

         Sempre questionei a honestidade do povo brasileiro em geral, porém sempre ressalvei que as exceções existem, e a Dona Palmira é uma das exceções que caracterizam a regra.

         O Brasil, desde seu descobrimento, foi e é periodicamente sacudido por escândalos que até hoje não se sabe ao certo onde começam: se na administração pública ou na atividade privada. Creio que nas duas, pois para eles proliferarem é necessário, no mínimo, duas (2) pontas.

         O objetivo da doadora era amparar os desamparados. Será que sua vontade está preservada? Os imóveis acima citados ainda pertencem àquelas Instituições? Ou o desprendimento da Dona Palmira foi em vão?

         Vejam que inversão brutal: certos filantropos se privam de bens particulares com a intenção melhorar a vida de parcelas da comunidade; certos administradores de hoje privam a comunidade de bens com a intenção de melhorar a vida dos seus ou a sua. É triste, mas é o que se vê na atualidade.

         A maior e duradoura homenagem que a Senhora Palmira merece é o uso de todos os imóveis doados na finalidade especificada na escritura de doação. E estão?


        

          

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

BRASIL, COLÔNIA AMERICANA?


 

 

            É o que parece ou pelo menos é o que deseja certa parcela de brasileiros. Dentro em breve estaremos estudando o inglês, pois ao que se vê nos dias de hoje ele está se transformando na língua oficial brasileira.

         Estou, nos momentos atuais, tendo enorme dificuldade para ler jornais e outras revistas que circulam no Brasil, tal o aumento do uso de palavras de línguas estrangeiras, mas predominantemente o inglês. Acredito que a paixão pelos Estados Unidos da América supera o amor que todos deveriam ter pelo Brasil.

         Não me envergonho de dizer que para ler os jornais editados no Brasil sempre tenho à mão um dicionário da língua portuguesa, mas que no momento sou obrigado a substituí-lo por outro, só que do inglês-português.

         O que tentam mostrar as pessoas que usam termos que a maioria dos leitores não entende sem a devida tradução? Cultura? Renomado saber? Ser poliglota? Vaidade? Será que esses termos não têm tradução para o português? No meu ponto de vista tal atitude nada mais é do que arrogância ou desprezo pelo que é nosso.

         É de se sugerir a essas pessoas que usam termos estrangeiros nos seus escritos que logo após a sua menção, entre parênteses, escrevam seu significado em português, pois se assim não fizerem muitas pessoas não entenderão suas mensagens.

         Nossos símbolos, bandeira, hino, língua estão se esvaindo em significado tal a indiferença com que são tratados pela maioria dos brasileiros que prefere cultivar os símbolos de outros países que eles pensam maravilhosos justamente porque não moram lá, porque se assim fosse aqueles países seriam iguais ou piores do que o Brasil.

         É preciso ter consciência de que qualquer país é bom ou ruim dependendo do povo que o habita. De que vale habitar um país e ter o olhar fixado em um outro que se pensa bom justamente porque não se o conhece.

         Vamos gostar mais das nossas coisas, trabalhar por elas, vivê-las, torná-las fortes e saudáveis, pois só dessa maneira poderemos nos orgulhar da nossa Pátria, da sua gente e dizer ao resto do mundo que o Brasil é sim o melhor país do mundo para se viver.

         Mas para isso precisamos cultivar e amar a terra em que nascemos, honrar seus símbolos e falar e escrever a sua língua.

         Escrevo curto e grosso para que todos os brasileiros entendam o que quero transmitir e porque respeito sobremaneira meus leitores.

        
 

 

        

        

          

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

CORRUPÇÃO SE COMBATE COM ATITUDE


 

 

            E não somente com leis. Estas existem em demasia e neste mal amado Brasil são feitas para serem desrespeitadas.

            O efetivo combate à corrupção está no convencimento de cada pessoa de não praticar atos corruptos que tragam benefícios ilícitos para si ou para outrem. A lei, quando invocada, pune tão somente os denunciados por corrupção. Mas enquanto a publicidade dirige suas atenções para uma minoria de denunciados, a grande maioria que se diz contra a corrupção a cultiva em todo e qualquer ramo de atividade.

            Não falo desta ou daquela corrupção, pois o ato de corromper e de ser corrompido está presente tanto na iniciativa pública quanto na iniciativa privada e todos devem receber o mesmo repúdio. Além disso, não existe o corruptor sem que haja o corruptível, assim como não havendo o receptador o roubo seria bem menor.

            A mola propulsora da corrupção é a ambição humana e não importa o grau de sua dimensão: o insatisfeito com seus limites, o rico ou o pobre, abraça os atos ilícitos como o parâmetro de igualdade social, pois supostamente eles conduzirão fatalmente à realização material.

            Muito se reclama da corrupção no Brasil, mas ao mesmo tempo não assisto os meios de comunicação combater os exploradores do jogo do bicho, embora nos bastidores todos sabem quem é quem no submundo.

            Falar da corrupção dos outros para desviar a atenção da sua, forçosamente, não é o meio mais eficaz de combatê-la.

            Não há mundo perfeito, mas se queres um mundo quase perfeito se comporte de maneira tal que sua contribuição seja olhada como exemplo de conduta ilibada e não como modelo de enriquecimento ilícito tão comum nos dias de hoje.

            Não tenho grande patrimônio material, mas todo o que tenho é lícito e construído dentro das exigências legais e do respeito que devo aos meus concidadãos. O cidadão que faz essa afirmação é o que realmente constrói uma nação de fortes alicerces e é o mesmo que com seu suor paga as anistias e as moratórias dos malandros que vivem nababescamente.

            Não adianta Lei, somente com um comportamento coletivo de atitudes fortes de cada brasileiro, sustentado no respeito e no amor à pátria, combateremos essa corrupção que abona e remunera uma pequena parcela que explora a grande maioria, mas que é, incompreensivelmente, aplaudida pela própria maioria, tão somente devido à exteriorização de riqueza material.

            A corrupção, se supõe, está instalada nas igrejas, nos colégios, nos hospitais, nas indústrias, nos sindicatos, nas câmaras municipais, nas assembléias legislativas, na câmara federal, no senado, nos executivos federal, estaduais e municipais, pois ela está enraizada na pessoa humana e é de difícil controle porque é extremamente difícil controlar a pessoa humana. E é nela que mora o perigo. Acreditem, é só olhar para bem perto de cada um. Façam isso e me darão razão.

           

           

           

           

           

           

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

DECADÊNCIA MORAL


 

 

         A decadência moral que assusta muita gente na nossa cruel atualidade a mim não surpreende, pois ela está maturando há vários anos. Tenho 68 anos de feliz existência e durante esse período adquiri convicções e cheguei a constatações que aos alienados passaram despercebidas.

         Sou um homem comum, modesto, autêntico, corajoso e que sempre me faço acompanhado da verdade, por isso sou contestado e rejeitado na minha comunidade, porém respeitado e por poucos admirado. Nunca querido, porque a verdade fere e a maioria prefere os aplausos falsos e subservientes dos aduladores que massageiam seu ego.

         A sociedade de um modo geral é a grande responsável pelo caos que estamos vivendo e a anarquia social é, sim, em parte patrocinada, salvo honrosas exceções, pela desagregação da família que se acentuou consideravelmente com a conquista do direito de igualdade da mulher (a verdadeira educadora) ao homem, o que ninguém quer admitir. A falta do lar, da família organizada, da assistência de pessoa responsável que dê orientação da ordem das coisas e da razão da existência conduz essa meninada para a droga e para os desvios de conduta. E não importa o nível social, pois temos marginais para todos os gostos, desde os que obrigam a população a ouvir sons altíssimos instalados nos seus automóveis de luxo, até os drogados com todo tipo de substância química ou pelo consumo exagerado do álcool.

         Quando os corretos são chamados de intransigentes, radicais e quando uma agente da Lei Seca no exercício profissional, cumprindo o preceito constitucional de que todos são iguais perante a Lei, é condenada por interceptar em uma batida policial um juiz de direito infrator das leis de trânsito, faço as seguintes perguntas: As ditas autoridades estão desobrigadas de respeitar a Lei? O Juiz de Direito que não respeita a Lei não será o pior dos marginais?

         Justamente por ser um julgador não deveria ter a humildade de reconhecer, ou como é muito citado no Direito, se autoconvencer de que estava errado?

         Não será esta maluca sociedade de consumo a produtora de toda essa violência a que estamos expostos? Pensem.

    

 

        

        

             

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

TRÊS FATOS QUE PODEM MUDAR O BRASIL


 

 

            Primeiro – A Ascendência do Partido dos Trabalhadores (PT) à Presidência da República; Segundo – A grande mídia, salvo honrosa exceção, ser, terminantemente, contra o PT e terceiro – O aparelhamento e independência da Polícia Federal na investigação de supostos escândalos.

            É por demais sabido que a corrupção está na pessoa humana e como as instituições são compostas de pessoas boas e pessoas ruins os riscos de desvirtuamento no seu funcionamento estão sempre presentes.

            A sociedade que se deslumbra com a evolução material da pessoa humana e automaticamente sem qualquer questionamento quanto à legalidade de sua aquisição a aplaude, está aprovando inadvertidamente ou não a corrupção.

            Embora a grande maioria se manifeste contra a corrupção pública, conduzida pelo patrulhamento midiático, não há como dissociá-la da corrupção privada, pois uma sem a outra dificilmente progride.

            Há tempo chamo a atenção dos meus leitores para a rejeição imposta pela grande maioria àqueles que procuram respeitar as normas legais e a cada investigação da polícia federal constato que sempre tive razão, pois a maioria dos políticos eleitos é produto da promiscuidade corrupta instalada desde muitos anos entre a maioria do eleitorado e os candidatos, salvo rara exceção.

            Durante minha vida profissional tratei com vendedores profissionais e sempre recusei propina para fazer pedido que extrapolasse as necessidades da firma que representava, mas isso me alertou para a podridão do país, pois os vendedores, ante minha negativa, afirmavam que oferecer propina era uma técnica de vendas no Brasil.

            Recusei propostas políticas porque eram indecentes e visavam me tornar refém de políticos inescrupulosos. Entre ter votos e cargos ou me preservar preferi a segunda alternativa.

            Aplausos à mídia; aplausos à Polícia Federal; aplausos às CPIs; aplausos a todo e qualquer tipo de investigação, porém não posso deixar de fazer uma pergunta: Porque tão tarde?

            Todos os governos deveriam ter a divulgação de suas falcatruas, mas isso não é possível porque a mídia tem o seu interesse que não é o mesmo da coletividade e também tem o seu lado.

            A Polícia Federal, se supõe, deve ter em seus quadros elementos que violem a disciplina e a ética da corporação. Ou ela não é composta de humanos?

            E a mídia? Quem fiscaliza a mídia? Serão os veículos de comunicação perfeitos na sua composição? Não creio. Os exemplos são fartos.

            O roubo é uma ilegalidade, mas as provas para condenar o ladrão precisam ser legais. Dependendo, é óbvio, de quem seja o ladrão. Pode isso?

            O Brasil é contraditório: a grande maioria do seu povo, nos seus discursos, é contra a corrupção, mas é um dos países mais corruptos do mundo. Deve ser pelo Cristo Redentor.

            A corrupção garantiu a reeleição e continua sendo o combustível que a alimenta. Ah, não só na Presidência da República, pois ela é nociva em todas as instituições que a admitem.

 

            ### Carlos Emílio, obrigado pelo convite para o III Remate de Cavalos Crioulos. Não comparecerei porque assumi um compromisso, comigo, de não frequentar o Parque Assis Brasil enquanto não urbanizarem a Avenida Tito Prates. Pelo que vislumbro, morrerei sem visitar novamente aquele Parque onde outrora vivi alegres e inesquecíveis momentos. Sucesso.

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quarta-feira, 19 de novembro de 2014

É HORA DE MUDAR


 

 

Francisco Ferrer – Advogado (In Memorian)

            Impõe-se que os verdadeiros intelectuais deste País reajam, veementemente, erguendo suas vozes conclamando para que o direito e a justiça modifiquem esta horrenda, caótica e drástica situação que se encontra o nosso País. A minoria que manobra o controle do preço de forma voraz, a maior causadora da inflação, tem desrespeitado os limites para bem sobreviver a democracia, embora já deteriorada, porque desvirtuada, sem qualquer  sentido da verdadeira liberdade reguladora da cidadania do povo brasileiro. É o caos! É a lamentável inversão de valores! A minoria não se dá conta por ser a causadora da miséria, do analfabetismo, da violência de toda a ordem e a falência social. Por sua vez o governo já combalido, confuso, pródigo porque gastador exagerado em suas mordomias, quando de suas tratativas outra coisa não faz senão contemplar os interesses dos escolhidos pelos mais diversos partidos, pois esta é a maneira de se manter. Quando trata dos interesses do povo, a sistemática é sempre a mesma, a criação de novos impostos e o aumento das tarifas das mais diversas espécies. A classe média, braço forte do desenvolvimento do país com  seu honrado trabalho, está exaurida sem condições de suportar o prosseguimento da indiferença e da maneira selvagem e egoísta como vem se conduzindo as medidas do governo e dos manobradores da nossa economia, os capitalistas brasileiros. (Jornal Tribuna do Povo, 25 de junho de 1993).

 

         ### O escrito acima evidencia que a atual situação do Brasil vem em gestação há bastante tempo sem que a sociedade (povo) acorde para a necessidade de mudanças. Os escolhidos pela maioria são sempre os mesmos ou no mínimo do mesmo clã familiar, o que assegura o continuísmo.

            Quando da eleição do José Ivo Sartori para administrar o RS alguns desavisados pensaram em mudanças. Ledo engano, o Beto Albuquerque que até ontem fazia parte do projeto do PT só não será secretário na próxima administração se não quiser. Palavras do mesmo José. Pelas palavras do nosso próximo governador parece que tudo continuará igual: primeiro os meus, depois os teus e por último o do povo. Ainda é cedo para qualquer crítica, mas o sinal foi dado pelo nosso novo comandante.

           

 

        

 

               

           

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

CEZAR SALDANHA SOUZA JUNIOR


 

 

         São Gabriel (RS), 15 de março de 1991. Caro Saldanha. Saúde. Há poucos dias tentei conversar contigo ao telefone. Estavas dormindo. Deixei recado para a senhora tua mãe. Não recebi retorno.

         Saldanha, se aproxima 1993 e o que estamos fazendo pelo parlamentarismo? Nada. Não podemos desanimar. Não fosse o governo Collor que financeiramente me trouxe dificuldades (estou trabalhando muito mal) e, por certo, estaria percorrendo esta região para conscientizar nossa gente. Gostaria de ter tua intelectualidade e o teu preparo para que aliados à minha resistência e voluntariedade mudar o pensamento do Rio Grande. Não podemos abandonar o objetivo de ver nosso ideal realizado, pois o dia em que isso acontecer começaremos a morrer. Estudas a possibilidade de uma conferência em São Gabriel, me informa uma data disponível e então conseguirei um espaço com os senhores vereadores.  Estou tremendamente preocupado com os rumos do nosso país. Somente a reorganização da família e o resgate de nossos princípios morais nos afastarão da catástrofe que se avizinha. Estão os poderes constituídos por incompetência ou má fé minimizando a crise que assola o país. Não podemos ficar a mercê de um Presidente narcisista e de uma déspota na economia.  Chega de engodos, palavras bonitas e mentiras. Tenho a certeza de que se os políticos e aqueles que formam opinião neste Brasil, sem segundas intenções, afirmarem todos os dias de que as grandes nações existem porque têm grandes povos acordaremos para o desenvolvimento. A inversão de valores é uma realidade e somente com muita abnegação, coragem, renúncias, nós educadores, homens sem votos, mas devotos conseguiremos recolocar as coisas nos seus devidos lugares. E isso é possível. Precisamos justificar nossa passagem por esta vida porque fatalmente a história nos julgará ou na pior das hipóteses, os que virão.

         Sei que sou pequeno, mas se dependesse apenas dos meus sentimentos, pode crer, a sociedade seria melhor.

         Desculpa-me o atrevimento, mas o Brasil ainda precisa de nós. E não podemos faltar-lhe. Com um forte abraço. Bereci da Rocha Macedo.

        

         ### Não é de hoje minha preocupação com a coletividade e por isso talvez não me surpreenda com a decadência moral que assola o Brasil nos dias de hoje. Tenho essa percepção desde muitos anos idos, mas isso é próprio das pessoas despidas de vaidade e de ambições materiais. Os resultados são modestos porque a grande maioria se faz de surda e luta somente pela sua riqueza material. Não nasci para ser entendido e por essa razão não me preocupo com tamanha indiferença. Nasci só e nunca me assustou a possibilidade de viver só. Só não, pois vivo acompanhado das minhas convicções.

        

        

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

DIÁLOGO RASTEIRO


 

 

            A história de São Gabriel exige melhor qualidade no debate entre seus líderes; a população de São Gabriel exige maior respeito das ex-autoridades e das atuais autoridades nas discussões das respectivas propostas; e, finalmente São Gabriel exige que se debata um projeto para o seu desenvolvimento e não um bate boca estéril que depõe contra a grandeza daqueles que o produzem.

            São Gabriel precisa crescer e para tanto necessita da união de todos para que num ambiente de paz e de entendimento consiga seus objetivos.

            Todos afirmam que trabalham pelo bem da coletividade, mas é muito difícil de acreditar, pois se assim fossem caminhariam na mesma direção. Porque acontece exatamente o contrário? Não será porque cada um tem um projeto pessoal para si e para os seus e não para a coletividade?

            A cidade está há muito tempo abandonada e a cada dia fica mais feia e menos acolhedora. Mas as autoridades são legítimas, embora umas sejam omissas quanto às suas responsabilidades e outras extrapolem suas prerrogativas.

            O Poder Executivo e o Comando 6º BE, ambos desrespeitando as normas legais e extrapolando seus poderes, anarquizam com o trânsito na Rua João Manoel ante a omissão do Poder Legislativo que não ousa se manifestar contra a arbitrariedade do Senhor Prefeito porque os beneficiados são alguns militares.

            Mas o Poder Legislativo, representado por parte expressiva de seus quadros, se manifesta com energia, raiva e ódio quando outras ilegalidades do Senhor Prefeito beneficiam a Associação dos Aposentados e outra sociedade civil. Qual a diferença, quanto à legalidade e a imoralidade, entre a cessão de parte da Rua João Manoel e a cessão de um terreno para a Associação dos Aposentados se todas as duas não tramitaram na Câmara de Vereadores e nenhuma foi por ela aprovada?

            Ou foi porque o Prefeito anterior atendendo o interesse da maioria expressiva da coletividade liberou toda a Rua João Manoel para o trânsito de veículos? Ou foi porque o atual Prefeito se considera militar e atendeu ao pedido esdrúxulo do Comandante do 6º BE, o que representa uma agressão à comunidade são-gabrielense?

            Qual a razão da minoria de prepotentes se beneficiar de privilégios que agridem e prejudicam a maioria? A maioria talvez seja composta de covardes e de submissos que não têm consciência da sua força coletiva.

            Está na hora da coletividade exigir de seus líderes lucidez, desprendimento e grandeza para entenderem que são líderes para se sacrificar pela maioria e não sacrificar a maioria pelos seus caprichos rançosos e ilegais.

            Está na hora de todos aqueles que dizem trabalhar pelo bem desta terra sentar à mesa e cavalheirescamente tratarem das divergências que emperram o desenvolvimento do município. Os grandes homens sabem conviver com as divergências; os pequenos morrem afogados no fel produzido pelo próprio ódio e pelo seu sentimento de inveja e rancor.

            Será que não existe nenhum líder suficientemente lúcido que se proponha a mediar um encontro para por fim a esse diálogo rasteiro que envergonha os protagonistas e toda a coletividade desta maravilhosa terra de São Gabriel?

            Será que não se envergonham do seu próprio comportamento? Haja estômago.

           

           

           

           

           

           

           

           

           

           

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

MINISTROS DO STF


 

 

            A todo o momento se contesta ou se critica a nomeação dos Ministros do Supremo Tribunal Federal pelo PT, mas nunca esse assunto foi suficientemente esclarecido quando outros Partidos Políticos estiveram no poder. Até a assunção do Partido dos Trabalhadores à Presidência da República a Constituição Federal não era contestada e a matéria não era motivo de discussão como uma interferência do Executivo no Judiciário.

            A Constituição Federal do Brasil, de 1988, diz: Seção II – Das Atribuições do Presidente da República. Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: XIV – nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal,...

            A Constituição Federal do Brasil foi aprovada pela maioria do Congresso Nacional que era na época composto por diversos partidos políticos e não somente pela bancada do PT.

            A Constituição Federal já é uma colcha de retalhos, haja vista as emendas que já sofreu o que reflete as lacunas deixadas quando de sua elaboração. E por que esse artigo não foi contestado de 05 de outubro de 1988 a dezembro de 2002? Ou não imaginavam mudanças radicais em tão pouco tempo?

            Penso que as regras devem ser duradouras e não modificadas de acordo com o grupo que assume o poder.

            Acompanho a grande mídia dar espaços enormes para discutir jogador de futebol e outras baboseiras, mas o espaço para pessoas preocupadas com a vida nacional é reduzido ou quase nulo.

            A escolha dos Ministros do STF passa pelo crivo do Senado Federal e se este é negligente ao fazer a avaliação dos candidatos também é responsável por uma má escolha. O que me preocupa não é a competência de quem escolhe, pois isso é um preceito constitucional, mas sim a suspeita descarada de que os Ministros nomeados pelos últimos presidentes, e só por esse fato, estariam favorecendo o Executivo em suas decisões. E por que essa dúvida não recaía sobre os Ministros anteriores também nomeados de acordo com o mesmo preceito constitucional?

            Os atuais Ministros são suspeitos, em suas decisões, aos adversários do PT, assim como os anteriores eram suspeitos ao PT porque eram nomeados pelos adversários. Pensando dessa forma não tem Ministro que sirva, pois todos são nomeados em qualquer tempo pelo presidente da República, que estiver de plantão, sempre sob a suspeição dos adversários.

            A verdade é que o nosso povo está desprezando o cidadão de conduta ilibada e grande saber e apostando em qualquer populista sem eira e nem beira.

            Será que isso ocorre só na Presidência da República? Claro que não.

            Conheço pessoas que não leem o que assinam ou então assinam o que não leem, pois do contrário não teriam comportamento tão conflitante, pois na prática seus atos são iguais ou muito parecidos com os de seus criticados. Têm solução para tudo, porém não solucionam nada. Não sabem administrar seus bolichos, mas pensam que podem administrar o universo.

 

            ### Contra-senso: Metade do Brasil odeia o PT, mas no vácuo desse ódio todos nós somos reféns do PMDB, o maior partido político do Brasil e que tem nos seus quadros os políticos mais versáteis: Está sempre no poder, mas nunca arca com o ônus do poder. Não será por essa razão que evita ter candidato próprio à Presidência da República? Pensem.

           


 
           

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

APLAUSOS


 


            A maiúscula vitória do José Ivo Sartori para ser o nosso novo governador a partir de 01 de janeiro de 2015 lhe tem garantido os mais variados elogios e um sem número de aplausos pela maneira descompromissada com que enfrentou a campanha eleitoral. Uns dizem que a estratégia adotada foi fruto de sua inteligência, outros dizem que foi da inteligência de quem o assessorou.

            A maioria afirma que José Ivo Sartori nada prometeu e muito menos disse a que veio durante os debates dos quais participou. Afirma inclusive que ninguém poderá lhe cobrar coisa alguma em vista de não ter dito que ia ou não fazer e de que maneira.

            A maioria mais uma vez está completamente equivocada ou então não sabe analisar as manifestações dos candidatos, pois o nosso governador que assume a administração estadual a partir de primeiro de janeiro de 2015 está tão ou mais comprometido do que aparentemente parece.

            O novo governador se comprometeu a pagar o piso nacional para o magistério estadual, pois ao cobrar o não pagamento ao atual, tacitamente, assumiu a responsabilidade de fazê-lo; o candidato eleito com expressiva maioria, ao acusar o atual governador de relaxamento quanto à segurança dos gaúchos estava se comprometendo com um melhor aparelhamento da brigada militar, da polícia civil e com o aumento considerável de seus quadros, além de melhorar os níveis salariais; o candidato eleito ao criticar os investimentos na saúde feitos pelo governador atual está assumindo o compromisso de melhorá-la e assim sucessivamente no tocante a estradas, pedágios, universidade estadual e toda a parafernália que implica na infra-estrutura necessária ao desenvolvimento do RS.

            Tomara que o senhor José Ivo Sartori não siga o exemplo nefasto de tantos outros executivos eleitos que ficam aumentando cargos e secretarias para garantir empregos aos políticos que perderam mandatos ou que não conquistaram um.

            Tomara que o senhor José Ivo Sartori não siga o exemplo do senhor José Fortunatti que arrumou uma secretaria em P. Alegre ao Pompeo de Mattos, funcionário concursado do Banco do Brasil S. A, quando perdeu a eleição que disputou na condição de vice-governador.

            Administrar um Estado como o RS que vem com as finanças combalidas há mais de trinta (30) anos é uma tarefa árdua e desgastante porque têm no seu orçamento despesas que não se pode cortar como é o caso dos salários do pessoal ativo e inativo e que só aumentam.

            O bom administrador é aquele que reduz custos, mas na administração pública isso nem sempre é possível pela existência de vícios legislativos inexistentes na administração privada.

            As informações que tenho do nosso governador eleito são das melhores, mas não criem falsas expectativas, pois os abutres de sempre já sobrevoam sua cabeça de olho em uma boca ou na pior das hipóteses de uma orelha para continuarem exibindo sua imbecilidade nos corredores dos Palácios, à custa do erário público.

            A avaliação de sua administração vai depender dos critérios de distribuição das verbas publicitárias e dos veículos contemplados. Desculpem, mas esta é uma verdade cristalina.

 

            Sessão de autógrafos: JOÃO ALFREDO REVERBEL BENTO PEREIRA participa aos amigos e amantes do livro que estará autografando sua mais recente obra, AMENIDADES 6, às 15,00 horas, do dia 09 de novembro de 2014, na Feira do Livro, em Porto Alegre.

            Na mesma ocasião estará colocando à disposição do grande público o conjunto das demais cinco (5) edições anteriores.

   

             

           

           

 

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

A VITORIA DA OPOSIÇÃO NO RS.


 

 

         Era prevista, pois desde a implantação do instrumento da reeleição os eleitores do RS não costumam reeleger para o Executivo. Creio que Ana Amélia x José Sartori em um suposto segundo (2º) turno seria um confronto mais disputado. Com Ana ou com Sartori era sabido que o Tarso perderia, uma vez que teria contra si a união de todos os demais. Foi o que aconteceu. Aplausos ao vencedor.

         Na minha ótica não foi o amor ao Sartori que lhe deu mais de sessenta (60%) por cento da preferência dos eleitores gaúchos, mas sim o ódio ao Tarso e à sua coligação.

         Afirmo isso porque acredito que o sonegador continuará sonegando; que o abigeatário não deixará de suas atividades; que muitos motoristas continuarão a dirigir embriagados; que os caloteiros continuarão a não honrar seus compromissos; que alguns empresários continuarão com caixa dois; que os relaxados continuarão entupindo o Riacho Dilúvio de lixo, etc.

         O que poderá ser diferente, como já foi outrora, é o comportamento dos veículos de comunicação na cobertura dos feitos governamentais porque o governador eleito tem a sua simpatia. Isso já não é novidade.

         Seria muito bom se toda a sociedade gaúcha eleitora ou não do Sartori mudasse seu comportamento e colaborasse efetivamente na construção de um novo pensamento que contribuísse com a evolução do Rio Grande do Sul.

         As mudanças jamais se efetivarão sem a contribuição maciça do povo.

         O novo governador é de todos os gaúchos e não só dos que votaram nele.

         Sou cético quanto a essa participação, haja vista a abstenção considerável neste pleito. São os omissos, são aqueles que nada fazem, mas que exigem que os outros resolvam seus problemas.

 

         ### Preconceito puro e estúpido foi traduzido em muitas manifestações contra o povo nordestino pela razão de ter votado pela reeleição da Presidente. Preconceito contra os nordestinos, porque não extravasaram raiva e ódio contra os mineiros e contra os cariocas que também contribuíram com a reeleição da Presidente. A maior surpresa da eleição ficou por conta de Minas Gerais, a grande responsável pela derrota do Aécio. Qual a razão? Um dia se saberá.