A
decadência moral que assusta muita gente na nossa cruel atualidade a mim não
surpreende, pois ela está maturando há vários anos. Tenho 68 anos de feliz
existência e durante esse período adquiri convicções e cheguei a constatações
que aos alienados passaram despercebidas.
Sou um homem comum, modesto, autêntico,
corajoso e que sempre me faço acompanhado da verdade, por isso sou contestado e
rejeitado na minha comunidade, porém respeitado e por poucos admirado. Nunca
querido, porque a verdade fere e a maioria prefere os aplausos falsos e
subservientes dos aduladores que massageiam seu ego.
A sociedade de um modo geral é a grande
responsável pelo caos que estamos vivendo e a anarquia social é, sim, em parte
patrocinada, salvo honrosas exceções, pela desagregação da família que se
acentuou consideravelmente com a conquista do direito de igualdade da mulher (a
verdadeira educadora) ao homem, o que ninguém quer admitir. A falta do lar, da
família organizada, da assistência de pessoa responsável que dê orientação da
ordem das coisas e da razão da existência conduz essa meninada para a droga e
para os desvios de conduta. E não importa o nível social, pois temos marginais
para todos os gostos, desde os que obrigam a população a ouvir sons altíssimos
instalados nos seus automóveis de luxo, até os drogados com todo tipo de
substância química ou pelo consumo exagerado do álcool.
Quando os corretos são chamados de
intransigentes, radicais e quando uma agente da Lei Seca no exercício
profissional, cumprindo o preceito constitucional de que todos são iguais
perante a Lei, é condenada por interceptar em uma batida policial um juiz de
direito infrator das leis de trânsito, faço as seguintes perguntas: As ditas
autoridades estão desobrigadas de respeitar a Lei? O Juiz de Direito que não
respeita a Lei não será o pior dos marginais?
Justamente por ser um julgador não
deveria ter a humildade de reconhecer, ou como é muito citado no Direito, se
autoconvencer de que estava errado?
Não será esta maluca sociedade de
consumo a produtora de toda essa violência a que estamos expostos? Pensem.
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