quarta-feira, 3 de agosto de 2011

A LUTA CONTINUA

Posso afirmar que não será um acidente de percurso que me fará desanimar. Sou, por índole, persistente. No meu dicionário não existe a palavra "desistir". Na luta que proclamo não há lugar para lacaios, bajuladores, covardes e omissos. Esses não vivem, passam. Acostumados às farsas e à sombra dos palácios não se ousam manifestar ao sol. São, por natureza, traidores. Ao menor indício de maiores vantagens, quase sempre materiais, não vacilam, trocam de "rei". Na luta que proclamo e defendo preciso de homens altruistas, dignos, e que tenham a nobreza de se doar à coletividade e não viver às suas custas. Preciso também, e como preciso, da mulher fonte de amor, da mulher amiga, enfim, da mulher origem da vida e razão da existência. Preciso do homem e da mulher, verdadeiros, na busca incessante das razões da vida.
As adversidades me estimulam, o desconhecido me fascina e a certeza da morte me faz despretencioso. Pobre do homem que não assimila a inexorável verdade: quanto mais vivemos mais nos aproximamos do fim. Na ânsia de saciar sua ambição a maioria dos homens esquece que é mortal. Minha luta é por um ideal. Defendo idéias, eternas idéias. Sei que não tenho a maioria, mas a minoria que me respalda é mais forte porque é mais humilde e, finalmente, é mais forte porque é mais sadia. Podemos não ter o poder, mas temos o respeito mútuo e a solidariedade nobre que dignifica todo o ser humano que é tomado desse sentimento.
Diz o provérbio que as semelhanças se atraem. Seguidamente assistimos a confirmação do mesmo. A luta pela recuperação moral deste país nos exige sacrifícios, renúncias e incompreensões. Coragem e grandeza precisamos ter. Os bons são maioria, mas uma maioria calada e omissa. A minoria ganha porque é atuante e sem escrúpulos. A culpa não é minha se estão elegendo aventureiros desocupados e aproveitadores para dirigir nossos destinos.
Nem tudo está perdido. Precisamos acordar e então, de mãos dadas, corações unidos e com o pensamento para o alto recuperarmos nosso Hino Nacional, resgatarmos a imagem da nossa Bandeira Nacional e o ímpar sentimento de brasilidade para, com força e trabalho, construirmos o BRASIL que todos os bem intencionados almejam. É possível. Basta querer.
(Publicado no Jornal Tribuna do Povo - 30.04.1993)Parece que tudo piorou.

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