terça-feira, 30 de agosto de 2011

SARGENTOS DA ESPERANÇA


Jornal do Comércio, 29 de agosto de 2011. Autoria – Jairo Jorge, Prefeito de Canoas/RS. “Diante dos desafios da história, há homens que superam os limites e deixam legados de esperança e sonho. O Brasil democrático é uma importante conquista do nosso tempo, mas ele nasceu graças a milhares de brasileiros e brasileiras que enfrentaram o autoritarismo e ousaram acreditar que era possível derrotar a ditadura e reconstruir a democracia. O País de hoje é fruto dos nossos erros e virtudes. Para construirmos de forma autônoma o presente e o futuro, é preciso mirar o passado, revisitá-lo de forma crítica, resgatando fatos e recusando o esquecimento. Há 50 anos nosso País viveu uma profunda crise, seus desdobramentos nos levariam a tempos de escuridão. Diante da inusitada renúncia do presidente Jânio Quadros, o Rio Grande do Sul lidera um movimento em defesa da legalidade, a posse legítima do vice-presidente João Goulart. Na defesa da Constituição, com coragem e ousadia, o governador Leonel Brizola monta no Palácio Piratini uma rede rádios. Sua voz ecoa pelo Estado e milhares de gaúchos saem às ruas e lotam a Praça da Matriz. A legalidade contagia os brasileiros e a resistência se fortalece.
No entanto, no dia 28 de agosto de 1961, uma ordem poderia ter mudado o rumo da história. Por mais paradoxal que possa parecer hoje, na Base Aérea de Canoas foi dado o comando para bombardear o Palácio Piratini. As bombas tinham o poder de tragar a vida de milhares de pessoas, civis desarmados, destruírem o quarteirão e a um só tempo solapar todos os poderes do Estado, a Cúria e o Theatro São Pedro. Diante da insanidade, sargentos recusaram a barbárie e evitaram a tragédia. Foi um ato difícil para homens acostumados a cumprirem ordens. No entanto, essa coragem impediu o pior. Jamais sairiam de nossa memória e de nossa alma as imagens as imagens de um palácio bombardeado e a dor pela perda de tantas vidas. Eles evitaram que o Piratini se transformasse no Palácio La Moneda e preservaram a imagem de nossa gloriosa Força Aérea Brasileira, uma instituição que todos os dias garante nossa soberania.
Esses homens pagaram um alto preço por essa decisão e todos nós, brasileiros, temos uma dívida com eles. “Os sargentos impediram que a esperança deixasse de habitar em nossos corações e mentes”.
### Menos mal que ainda existem pessoas que reconhecem a bravura e a coragem daqueles que também construíram a história do Rio Grande do Sul e que não sei por qual a razão seus méritos não são contados em prosa e verso. Será porque eram sargentos? Sei lá. Os leitores que analisem e cheguem às suas próprias conclusões.
### Sou crítico, exigente e neste espaço mostro as omissões do poder público que trazem prejuízo ao patrimônio dos cidadãos. Por justiça devo informar aos leitores que a administração municipal está tomando as devidas providências judiciais para solucionar as irregularidades na construção de duas (2) casas e o desmembramento do terreno onde está construída a Escola Municipal Homero Menna Barreto Prates da Silva.
### O silêncio da maioria significa o maior apoio à prática de falcatruas.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.




sexta-feira, 26 de agosto de 2011

O DIREITO DE SER

Não deve ser negado a ninguém. O argumento de que a Lei Orgânica do Município determina no parágrafo único do seu artigo 11 – redação dada pela emenda 3/2008 – que a câmara municipal será composta de quinze (15) vereadores não impede a manutenção do número atual de dez (10) ou a elevação para onze (11).
O artigo 24 da mesma Lei Orgânica diz: Compete exclusivamente à Câmara Municipal: ... XX – Fixar o número de vereadores. (redação dada pela emenda 1/2003). Não sei se a legislação está atualizada, pois retirei estes elementos da página da Prefeitura Municipal na rede de computadores. Espero que esteja.
A emenda constitucional nº. 58, de 23 de setembro de 2009, diz que nos municípios de mais de 50.000 e de até 80.000 habitantes será observado o limite máximo de quinze (15) vereadores.
O cálculo para a fixação do número de vereadores no município de São Gabriel, se existisse grandeza nos responsáveis, seria: o máximo de habitantes (80.000) dividido pelo máximo de vereadores (15) = 5.333 habitantes representados por um (1) vereador. Deste modo São Gabriel com seus 62.000 habitantes teria no máximo onze (11) cadeiras e a cada aumento da população de 5.333 habitantes mais uma (1).
O argumento mais forte, relevante e justo para que se mantenha o atual número de cadeiras ou se aumente uma é o fato de que ninguém, mas ninguém mesmo sentiu a falta dos nove (9) vereadores que foram reduzidos, exceto os próprios que perderam a grande mamata (trabalhar pouco e ganhar muito).
Pelo exposto é fácil perceber que é possível e legal fixar o número de 10 ou 11 cadeiras na Câmara Municipal bastando para isso que a maioria dos atuais vereadores, até 30 de setembro próximo, em um rasgo de decência e de bom senso, decida pelo bem da coletividade. É possível, basta ter espírito público para tanto.
Senhores Vereadores, por favor, resgatem a câmara municipal.
O que existe nos últimos anos, me perdoem, é uma casa sacudida por graves irregularidades, enxovalhada, vazia de conteúdo, eis que suas finalidades de legislar e fiscalizar foram substituídas pela postergação de decisões em benefício de individualidades e ou de grupos.
Respeito o direito de qualquer um de optar pela mediocridade, mas protesto solitário e altaneiro, frente a frente, na qualidade de cidadão e de contribuinte. Basta, pelo menos para mim.
E é neste momento de profunda indignação com a corrupção generalizada que grassa no país, ameaçando suas instituições basilares, que lembro dos vereadores Inocêncio Cóccio, Amarílio da Cunha Teixeira, Hélio de O. Machado, Clésio Teixeira, Alfredo Vicente Ribeiro Astarita, Carlos da Silva Leite, Pedro Baía, Carlos Dácio de Assis Brasil e tantos outros homens de fé e de brio que, uns sem remuneração, compuseram, engrandeceram e dignificaram essa mesma casa que hoje é composta por quem só olha para seus próprios interesses traindo a confiança dos que lhe confiaram um mandato.
A Câmara Municipal não é mais a mesma, pois outrora foi composta por homens dotados de alta sensibilidade política, extremada vocação de servir ao povo e de reconhecida integridade moral.
Preciso admitir, por justiça, que a indiferença e o silêncio comprometedor das forças vivas e da grande maioria da população são os verdadeiros responsáveis pela situação caótica que enfrentamos e que já perdura há bastante tempo. Temos o que a maioria escolhe. O que fazer?
### E as casas construídas no terreno da Escola Municipal Homero Menna Barreto Prates da Silva também têm 50 anos?
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

CALÇADAS, PRIVADAS OU PÚBLICAS?



Com esta matéria pretendo levantar uma polêmica que há muito já deveria ser discutida, pois se trata de assunto relevante e que atinge grande parcela de contribuintes e proprietários brasileiros de terrenos e edificações.
Quem é o proprietário das áreas onde são construídas as calçadas? Uma certeza, não são os proprietários dos terrenos e das edificações construídas nos mesmos. Logo, se não são registradas nos Cartórios de Registro de Imóveis como propriedade dos contribuintes a estes não pode ser atribuída responsabilidade de construir em área que não lhes pertence.
De outro lado não há preceito constitucional determinando que a construção e a manutenção das calçadas sejam por conta do proprietário confrontante o que torna inconstitucional toda a lei municipal que porventura obrigue os proprietários dos lotes confrontantes a construí-las.
Os contribuintes não têm a propriedade, não têm a posse e muito menos o direito de determinar quem pode ou não utilizar esse espaço que até prova em contrário é público. Os passeios devem ser livres para que as pessoas exerçam em segurança o direito de ir e vir sejam elas crianças, idosos, deficientes físicos, etc.
Existe legislação determinando a construção de rampas necessárias aos deficientes físicos acessarem as calçadas; os municípios fazem uso das calçadas como bem entendem sem obrigação de indenização; as companhias telefônicas, idem; as companhias de energia elétrica, idem. Empresas instalam nas calçadas suas máquinas fabricadoras de sorvete, picolé, churros, etc. Quem autoriza esse uso? Há casos nos quais os municípios pedem indenização às companhias que usam esse espaço.
Nos contratos de locação está incluído o espaço referente às calçadas?
A construção das calçadas e a sua manutenção, acredito, é uma obrigação dos municípios visto serem de uso público sem qualquer ingerência do contribuinte confrontante.
A Prefeitura, e não estou negando o conforto aos usuários do transporte coletivo, instalou abrigos nas paradas de ônibus para proteção contra as intempéries. Onde? Nas calçadas. Tudo bem. Mas em certas calçadas expôs o transeunte ao risco de acidente, pois para desviar de quem usa o abrigo ele se obriga a usar a pista de rolamento devido a pouca largura daquelas.
Estudo esta complexa e controversa matéria há mais de três (3) anos e somente agora decidi publicá-la por estar convencido de que a responsabilidade da construção e conservação das calçadas cabe aos municípios, pois as mesmas definitivamente são áreas públicas.
O Poder Judiciário uma vez acionado, suponho, dará guarida a qualquer cidadão que seja pressionado a fazer aquilo que compete ao poder público.
A padronização da construção das calçadas embelezaria a cidade e proporcionaria conforto à coletividade, mas para isso acontecer os municípios não devem transferir ao contribuinte cidadão encargos de sua competência.
AFINAL, quem são os donos das calçadas?
É imperioso que se defina legalmente a questão, pois resta a certeza de que dos contribuintes não são.
A faxina precisa ser feita em todos os cantos deste imenso Brasil e não só na administração da senhora Dilma. A base apodrecida, como está não serve para sustentação de nada bom, mas só cria ratos e baratas cuja habitação é os corredores úmidos dos esgotos.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

CONSPIRAÇÃO


É o que se desenha no Congresso Nacional contra a presidente Dilma Roussef em vista de sua inclinação de punir os responsáveis por supostas fraudes na administração federal, limitar nomeações e reduzir a liberação das mal cheirosas emendas parlamentares. É o momento de apoiar o fim da impunidade e dar respaldo à primeira mandatária da nação, caso contrário prevalecerá a política dos abutres que se alimentam com a carniça da corrupção que impera no país.
E o povo? Será que a maioria é mesmo contra a corrupção? Não sei, tenho dúvidas, muitas dúvidas. Tenho sobradas razões para desconfiar, pois quando me atrevi a defender o patrimônio público através de uma ação popular a maioria dos segmentos sociais me deixou só e foi hipotecar solidariedade ao faltoso. Sim, ao faltoso. Do meu lado? Ninguém. Do lado da moralidade? Ninguém. Isso que a maioria vive reclamando da qualidade dos nossos políticos eleitos. Balelas.
Mesmo só, sem qualquer indignado ao meu lado na fria sala de audiência do fórum local fui maior do que todos os outros porque estava defendendo os interesses de uma coletividade omissa e indiferente ao seu destino e a verdade intransigente que até hoje defendo. É bom que todos saibam que a solidão dá força.
É por essa razão que temo pela Presidente da República. A maioria das forças sempre se volta contra quem quer corrigir erros, depurar setores da administração e punir exemplarmente os culpados.
Não gosto de mulheres no poder porque a sua natureza não é adequada para ele. A mulher, no meu ponto de vista, foi criada para exercer função social e não a administrativa que é por si só extremamente atritiva. Mas a Dilma é presidente do Brasil pela vontade de uma maioria e com ou sem o meu voto é a minha presidente e devo apóiá-la nas suas atitudes corretas e criticá-la nas suas falhas. Espero que não dê refresco à camarilha de todos os partidos que corroem os pilares de sustentação do País.

ENCENAÇÃO OU FARSA: Foi ridículo o comportamento da Câmara Municipal na sessão de 15.08.2011. A falta de energia impediu a realização de um fiasco histórico. O que está em votação é o Parecer de desaprovação do TCE/RS às contas da gestão do executivo municipal referente ao ano de 2006. Não há a reabertura do processo. A ampla defesa foi concedida pelo TCE/RS, ao executivo, antes da elaboração do parecer final enviado à Câmara Municipal recomendando a desaprovação. À Câmara compete votar o Parecer. Ponto final. Não há razão para defesa oral, pois neste caso haveria a necessidade do contraditório. Ou é artimanha para mascarar a votação?
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.


terça-feira, 16 de agosto de 2011

ANIMAIS, ABANDONO, MAUS TRATOS.


Existem na atualidade pessoas físicas que se dedicam à proteção dos animais e também organizações com personalidade jurídica com o mesmo fim.
Há poucos dias em uma mesa de convívio social, no Timm Bar, entre um uísque e uma cerveja uma dessas pessoas físicas, leitora deste espaço, pediu para que escrevesse algo a respeito do abandono e dos maus tratos sofridos pelos animais. Já fiz uma matéria sob o título “Cães e Gatos”, porém depois que passou o efeito do uísque em uma análise mais aprofundada do pedido entendi que não seria repetência daquela escrever sobre os animais e os maus tratos que sofrem independente da classe social de seus proprietários. Primeiro é preciso diferenciar maus tratos de abandono. Abandonados são aqueles que não têm ninguém responsável por si, são os ditos animais de rua, sem o que comer e sem teto, exceto a comida que alguma pessoa caridosa lhes alcança e algum abrigo temporário nas ocasiões de intempéries mais agudas.
Maus tratos são as agressões físicas que sofre o animal seja de tração ou não. Exemplo: O cavalo que puxa a carroça embora bem alimentado seja açoitado pelo condutor nas suas mínimas contrariedades; é a surra exagerada que leva o cão quando por alguma razão não atende as determinações do seu dono.
Todos os animais têm inteligência e assim como os humanos eles compreendem e assimilam as ordens que lhe são transmitidas e quanto mais suaves são as ordens maior é a assimilação. Tenho o Baco e o Baruc, cães responsáveis pela minha segurança e lhes garanto que são muito bem tratados e respeitados, pois os comando só com a entonação de voz e de quando em vez com a expressão “olha o relho”. Dificilmente chego ao extremo de surrá-los. Não há necessidade.
Não maltratem os animais, pois muitos deles lhes ajudam na árdua tarefa de buscar recursos para a manutenção da família como os animais de tração ou a segurança da casa como os cães. Eles são ótimos e além de uma boa ração merecem o respeito pelo serviço que nos prestam seja a que título for. Acredito que era isso.
Necessário se faz o alerta de que o cuidado com os animais não dispensa a consideração e o respeito ao ser humano em primeiro lugar, pois este nos tempos modernos parece, pelos cuidados exagerados dispensados àqueles, estar em segundo plano. O ideal é dispensar cuidados e não maltratar nenhum dos dois.
Espero ter correspondido à expectativa da leitora e colaborado com o bonito trabalho que essas abnegadas pessoas desenvolvem na proteção aos animais.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.



sexta-feira, 12 de agosto de 2011

O DISCURSO DE DIODORO CIRINO (Cont)


O tribuno bateu com a mão recoberta de malha sobre a estante e foi como se o ribombar de um trovão no resplandecente silêncio marmóreo.
Por avidez, aquele jovem senador gritou-vos, as turbas desta cidade têm prestigiado péssimos césares, que anelavam apenas poder, porque aqueles césares lhes prometeram o saque dos tesouros públicos. Senadores venais apoiaram esses césares para retirar disso proveito e poder. Os césares mentirosos falaram às multidões e disseram-lhe que nossa pátria não se podia defender dos bárbaros sem aliados e esses aliados deviam ser eternamente comprados, adulados e afagados. E os césares traidores conspiraram contra a sua nação enlouquecidos pela avidez de serem adorados como os deuses, por todo o mundo e serem aclamados por milhões de ladrões, mendigos, lutadores, libertinos e pusilânimes que jamais sentiram o patriotismo em seus corações de abutres!
Traição – várias vozes exclamaram, aterrorizadas e rostos voltaram-se uns para os outros, em fúria e alarma.
Diodoro manteve-se atrás da estante e pôs os polegares no cinto, olhando para eles com ódio e escárnio.
Estas são as minhas palavras, embora eu já as tenha dito diante de vós. São as palavras do senador que entregastes à morte neste mesmo local.
Abriu a túnica no peito e a armadura tombou ao solo, retumbante:
Olhai para as minhas cicatrizes, para a evidência dos meus ferimentos! Vós, senadores, vós canalhas, vós, mentirosos perfumados, olhai para os meus ferimentos! Vós, velhacos e ladinos, que vos deitais sobre sedas ao som das liras e sob o murmúrio das mulheres prostitutas e dissolutas e das concubinas compradas... olhai para os meus ferimentos! Estão eles em vossa carne lisa? Há ferimentos semelhantes em vossos corações que traem Roma a cada movimento respiratório e levam-na para o inferno em cada lei?
Virou lentamente seu peito nu e coberto de cicatrizes para que todos o pudessem ver. Era uma visão terrível e alguns dos senadores mais velhos cobriam os olhos com as mãos.
A voz de Diodoro ergueu-se e estava mais profunda em gravidade e força:
Tais feridas estavam na carne do senador que enviastes à morte naquele dia. Não com uma espada honesta, não com um estoque embotado, mas com mentiras e condenações, com ostracismo e com silêncio. Porque ele ousara amar sua pátria e ousara tentar salvá-la de traidores, assassinos, ambiciosos e mentirosos! Seu coração partiu-se e não houve conforto para ele.
“Poderíeis vós confortá-lo, vós que traístes vossa pátria e sustentastes vossos traiçoeiros césares? Ousaríeis confortá-lo, vós, cujas línguas envenenaram seu próprio sangue e o levaram à morte? A ele, o único que amava seu país e que inocentemente acreditava que também vós amasseis vosso país?”
Diodoro tornou a bater na estante e agora pareceu a alguns senadores que o próprio Marte produzira aquele som em seus ouvidos.
Deixai-me comover vossos corações! – exclamou ele. – ainda não é tarde demais! O curso do império conduz apenas à morte. Senadores, olhai para mim! Ouvi com vossos corações e não com suas mentes malévolas. Voltai à liberdade, à frugalidade, à moralidade, à paz, a Roma. Não penseis mais nos que vos elegeram, naqueles cujos ventres exigem para se satisfazerem, o próprio sangue de Roma, a própria carne de Roma, o ouro duramente ganho de Roma. Não vos inclinais mais diante de falsos césares que, desafiando nossa própria Constituição, lançam mandatos contra o bem-estar de Roma e colocam-se acima da lei que nossos pais formularam e pela qual empenharam suas vidas, suas fortunas e sua sagrada honra.
“Roma foi concebida com fé, justiça, na veneração de Deus e em nome da varonilidade do homem. Devolvei nosso país ao governo da lei e derrubai o governo dos homens. Restaurai os tesouros. Retirai nossas legiões dos países estrangeiros que nos odeiam e que nos destruirão num relance, assim que isso sirva aos seus interesses. Repeli as taxas que esmagam os que trabalham dura e industriosamente. Dizei às multidões que devem trabalhar ou morrer à fome.”
As civilizações se sucedem, mas muitos fazem crer que a corrupção iniciou nos mandatos do Luiz Inácio da Silva. O discurso transcrito acima, se verdadeiro, afirma o contrário. De minha parte acredito que a corrupção é uma distorção e um desrespeito às leis vigentes em tudo aquilo que sofre a ação do ser humano, principalmente quando no exercício do poder.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.


terça-feira, 9 de agosto de 2011

O DISCURSO DE DIODORO CIRINO

Que fale o nobre tribuno! – gritaram os senadores, e aqui e ali o coro era zombeteiro.
Diodoro levantou-se, escura e aquilina figura em sua túnica militar, o elmo emplumado e a armadura com a espada curta e larga pendente do cinto. Levantou sua mão revestida de malha, e os senadores, alguns desdenhosos, outros sorridentes, alguns velhos, outros jovens, alguns patrícios, outros desprezíveis libertos sem honorabilidade, ficaram em silêncio, olhando para o tribuno. A luz do sol deslizava pelos ombros vestidos de branco, e aqui e ali um rosto nobre recortava-se em claridade sombria, ou um lábio se iluminava, ou um olho faiscava, ou fazia-se de fogo, ou um perfil mesquinho se revelava no recorte do seu contorno, como o desenho tosco de uma criança. O piso de mármore e as paredes reluziam , as colunas fulguravam, e soldados de espadas desembainhadas perfilavam-se às portas de bronze das entradas.
Diodoro olhou para eles todos e um pressentimento estranho e poderoso desceu sobre ele. Aquilo apenas aumentou a crescente força da ira do seu coração, sua repulsa, sua sensação de que as soldaduras de seu corpo lutavam contra a paixão de sua alma que desejava explodir. Caminhou para o podium e, no silêncio, o eco de suas sandálias revestidas de ferro soou de parede a parede, de coluna a coluna, e a luz do sol relanceou pelo seu elmo e pela sua armadura, em súbita fulguração. Ele era Marte, abroquelado e belicoso, armado com o raio, e envolvido em alta grandiosidade.
Descansou as mãos no rebordo da estante e olhou para os senadores. Sorriu, não agradavelmente, mas tomado de raiva.
Vós, romanos, amigos e compatriotas, ouvistes-me antes deste dia. Falo hoje em nome de Roma, pela última vez. Depois, silenciarei.
Aspirou o ar, profundamente, e seu peito se dilatou tomado pela paixão e força:
Não vim honrar Roma, mas enterrá-la.
Uma voz gritou:
Traição.
Diodoro tornou a sorrir, e curvou a cabeça.
É sempre traição falar a verdade.
Ergueu a cabeça e fixou os senadores com o faiscar poderoso de seus olhos.
Neste mesmo Senado, não há muitos anos, um senador foi assassinado por ter falado a verdade. Não pela faca ou pela espada ou pela lança foi ele assassinado, nem pelas pedras honestas. Não foi mão digna a que o atingiu e derrubou, pois não havia aqui mãos dignas. Ele falou de Roma. Gritou que já não era uma República e que se tornara um império sedento de sangue, governado não por homens de sabedoria, não pela lei, mas por Cezar e suas legiões, seus generais e seus libertos rapaces e seus políticos palacianos. O senador ergueu-se neste mesmo podium e chorou pela República. Chorou porque os senadores não era eleitos pelo povo, mas legiões infames e pelas turbas ociosas e ávidas que desejavam apenas devorar os frutos dos celeiros e os tesouros e divertirem-se com charlatães e saltimbancos, atores e cantores, gladiadores e pugilistas... a expensas do público.
“Aquele senador era um jovem de olhos brilhantes e coração como o do touro sagrado, ardoroso de amor pelo seu país. Um jovem brutal que não usava frases polidas e não tinha elegância. Tinha apenas amor pelo seu país. Um jovem apaixonado que acreditava ser a verdade invulnerável e as mentiras frágeis teias de aranha.! Mas, como sabeis, ele apenas amava a sua pátria e só os loucos amam a sua pátria”.
Os senadores conservavam-se em duro, mas tenso silêncio e alguns dos mais velhos baixavam a cabeça lembrando-se de sua vergonha e encolerizavam-se contra o tribuno que trazia tal vergonha à sua lembrança. Os soldados andavam de um lado para o outro, nas portas, lentamente, e ouviam, os seus rostos voltados para Diodoro; alguns eram jovens e patriotas e seus corações batiam apressadamente. (Do livro Médico de Homens e Almas – Taylor Caldwell. Gentileza do Osório Santana Figueiredo, a quem agradeço).
Percebam que desde a Roma antiga era proibido falar e defender a verdade.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

RESPOSTA DO POMPEU DE MATTOS

Prezado Sr. Bereci:
Agradeço a preocupação que teve em relação a minha trajetória política como homem público e como cidadão, no entanto tomo a liberdade de fazer alguns reparos aos comentários desairosos as vezes até agressivos feitos por ti a minha pessoa.
1 Não sou nem nunca fui chorão o que sou é verdadeiro e transparente, falo de forma direta e nunca deixei de dizer o que penso.
2 Sou funcionário do Banco do Brasil onde entrei como estagiário aos 14 anos de idade e depois passei em concurso público e fiz uma carreira com mais de 30 anos como bancário.
3 Na vida pública fui vereador, prefeito, deputado estadual por dois mandatos e deputados federal por três vezes sendo nas últimas quatro eleições que concorri, sempre o mais votado do PDT no Rio Grande do Sul. Foram sete eleições vitoriosas e vinte oito anos de mandato ininterruptos.
4 Na eleição de 2010 fui chamado pelo meu partido e concorri a Vice-Governador compondo chapa com o Professor José Fogaça sem lograr êxito, mas apesar disso, mesmo sem concorrer continuo sendo o Deputado Federal mais votado da história do PDT/RS, pois ninguém superou a votação que fiz na eleição anterior.
5 Te digo isso para deixar claro que não perdi nem sou um perdedor e que a minha relação política com o povo, com a cidadania, com o eleitor, sempre foi e continuará sendo respeitosa
6 Após a última eleição voltei para o BB onde comecei minha vida como trabalhador bancário o que muito me honra e me deixa orgulhoso, onde aguardei pacientemente o meu espaço, o cargo e a função a que tinha direito no BB por concurso e não por favor. A função só veio após reclamar o espaço que tinha direito
7 Bereci, além de bancárip, sou formado em contabilidade, atividade que exerci e conheço, depois me formei advogado criminalista onde ganhei prestigio e respeito, pois sou filho de um casal de agricultores humildes que foram “assentados” pelo então Governador Brizola onde me criei numa família de 12 irmãos.
8 Como tu podes perceber, venci na vida trabalhando, nãoi sou filho de pai rico nem recebi um quinhão de herança, tudo que ganhei na vida é fruto do suor do meu trabalho de minha luta e todos os cargos que ocupei ou foram por concurso ou por eleição que é o maior dos concurso. Nunca exerci cargo de favor
9 Por isso tudo, quero dizer que me impressionou a forma agressiva com que tu te referes a mim, possivelmente por desconhece minha trajetória de vida, pois tu há de concordar que não foi por acaso que cheguei onde cheguei.
10 O povo brasileiro e gaúcho especialmente, mais do que me aturou, me elegeu e reelegeu por “sete” vezes e a eles dei como retribuição meu trabalho, minha dedicação, o que fiz com amor, carinho, respeito e muita dignidade
11 Para provar o que te digo basta acessar meu “site” www.pompeo e pesquisar ”projetos de lei” e tu vais ver que lá estão mais de “duzentos projetos’, sendo vários deles APROVADOS, que viraram leis em favor do povo brasileiro. Só para citar um, A LEI DA MAMOGRAFIA que dá direito de todas as mulheres fazerem o exame gratuitamente, salvando assim muitas, combatendo o CANCER DE MAMA
12 Mais, na tua, na minha, na nossa São Gabriel, nenhum outro Deputado Federal auxiliou tanto a Santa Casa em toda sua história como eu fiz, destinando recursos para ambulância, pediatria, área de ampliação do prédio, equipamentos etc, etc. Se tiver dúvida pergunte ao Provedor Roque Montaner, ao Dr. Coirollo, aos funcionários da instituição ou então vá lá e olhe as placas de reconhecimento e agradecimento que estão expostas nas paredes internas do prédio
13 Te citei um exemplo, mas são dezenas, centena e chega a milhares os apoios que dei e recursos que trouxe a cidadãos, entidades e cidades do meu Rio Grande amado
14 Sei, tu estas revoltado pela Emenda Constitucional aprovada que regulamenta o número de vereadores nos municípios e ‘CORTA AS DESPESAS” das Câmara Municipais de Vereadores, da qual fui o autor. Tudo bem, só que gostaria que tu te informasse melhor sobre o assunto e verá que a lei corrigiu distorções, dando as Câmara o número de vereadores proporcional ao habitantes da cidade. Cidade maior Câmara maior, cidade menor Câmara menor, e de todos as Câmaras foi cortado cerca de 20% (vinte por cento) de suas receitas economizando os recursos dos municípios, e só foi aprovada porque tinha e tem fundamento, e o tempo irá provar isso
15 Por fim agradeço a Deus, ao povo gabrielense, gaúcho e brasileiro, pela oportunidade que me deram, e a eles respondo com minha consciência e a convicção do dever cumprido. Tenho minhas mãos limpas, os olhos no horizonte e o pensamento no futuro tendo muito claro comigo de que sei quem eu sou, de onde venho, onde estou e para onde vou , não me assustam os obstáculo, ao contrário me servem de desafio, de provação e para tanto me sobram coragem e disposição para continuar minha jornada, acompanhe e verás.
Finalmente espero que após tua leitura me conceda o direito e o espaço no teu blog para publicar esta carta que respeitosamente te dirijo pela consideração que tenho para com todos os cidadãos brasileiros que espero também merecer de tua parte
Me coloco a, disposição no Banco do Brasil S.A. no 12º andar na Sede III na DIGOV-Diretoria de Governo em Brasilia onde estou trabalhando ou em qualquer outra repartição que possa estar trabalhando para fazer jus ao salário que recebo e para dar as respostas que me cabem como homem publico que continuo sendo com ou sem mandato
Atenciosamente
Pompeo de Mattos

Senhor Pompeu de Mattos não confunda obrigação com favor. Todo aquele que detém ou deteve um mandato está obrigado a trabalhar pela coletividade e a prestar contas, pois os recursos que manipula pertencem ao contribuinte. Não caem do céu e nem são seu.
PUBLICARIA a sua cantilena no meu blog independente do seu pedido, pois jamais deixaria qualquer pessoa sem o sagrado direito de resposta ou defesa. Vou além, se suas explicações não fossem tão longas as transcreveria na minha coluna do Correio Gabrielense. SENHOR POMPEU, não lhe conheço e nem o senhor me conhece, mas tenha a certeza de que somente com o mandato da minha consciência de cidadão faço muito mais pelo meu povo do que qualquer homem público porque procuro lhe transmitir sentimento cívico, ética, auto-estima, respeito por si próprio além da consciência de que as transformações das quais necessita o Brasil só acontecerão pela vontade da sociedade e jamais pela vontade da classe governante. Esta só deseja a permanência no poder para gozar das suas benesses. Senhor Pompeu, um dia talvez nos encontremos na planície. O senhor com todas as suas qualificações e seus ex-mandatos e eu só, sem diplomas, mas como homem com sensibilidade suficiente para enxergar as sangrias por ondem escorrem os recursos mal aplicados da renda nacional. O Brasil precisa de menos Senadores, menos deputados federais e estaduais, menos vereadores e mais professores, mais saúde, mais educação, mais segurança e maior responsabilidade de seus homens públicos naturalmente que resguardadas as exceções. Continue lendo meu blog, pois tenho a certeza de que aprenderá muito, mas principalmente a me conhecer. Sou político, fui candidato, nunca recebi um mandato porque nunca corrompi e não admito ser corrompido. Minha função é esclarecer que o povo tem os políticos que a maioria escolhe e se eles são ruins é porque a maioria é a causa e os eleitos o efeito. Disponha sempre deste espaço porque gosto do debate franco, aberto e se a sua trincheira é forte e rica acredite, a minha não lhe deve em nada.



sexta-feira, 5 de agosto de 2011

NÚMERO DE VEREADORES

A Emenda Constitucional nº. 58, de 23 de setembro de 2009, em seu Artigo 1º diz: O inciso IV do caput do artigo 29 da Constituição Federal passa a vigorar com a seguinte redação:
Artigo 29..................................................................................................................
..................................................................................................................
IV – para a composição das Câmaras Municipais, será observado o limite máximo de:

a) – 9 (nove) vereadores, nos municípios de até 15.000 (quinze mil) habitantes;
b) – 11 (onze) vereadores, nos municípios de 15.000 e de até 30.000 (trinta mil) habitantes;

c) – 13 (treze) vereadores, nos municípios de mais de 30.000 (trinta mil) e de até 50.000 (cinquenta mil) habitantes; e,

d) – 15 (quinze) vereadores, nos municípios de mais de 50.000 (cinquenta mil) e de até 80.000 (oitenta mil) habitantes.

A redação da emenda constitucional, não se sabe se de propósito, quando diz que será observado o limite máximo transfere a responsabilidade da fixação do número de vereadores às próprias câmaras municipais, o que não deveria. Tendo em vista que as pessoas que o povo elege encaram a vereança como um meio de vida que lhes possibilita ganhar muito sem fazer nada dificilmente determinarão um número menor do que o máximo previsto na lei maior no respectivo enquadramento populacional do seu município.
As notícias sobre as verdadeiras quadrilhas que se formam nos legislativos brasileiros invadem as casas dos leitores a todo o momento e a Câmara Municipal de São Gabriel lamentavelmente não foge à regra.
A indignação que observo é contra as irregularidades acontecidas em Brasília, pois quando elas acontecem na aldeia a grande maioria silencia. As irregularidades praticadas na Colenda de São Gabriel são um desrespeito à sua população. Acredito que qualquer bolicho de beira de estrada, qualquer espelunca, qualquer cabaré ou carpeta tenha melhor organização e maior controle financeiro do que o da Câmara Municipal de São Gabriel.
Qualquer acidente automobilístico é manchete de jornal, envolvimento de homem com cadela idem, a prisão dos infelizes e pequenos marginais prova a eficiência do serviço de repressão, mas quando o escândalo acontece no interior da Colenda tudo é omitido, o que é deplorável.
Não tenho conhecimento de nenhuma manifestação de quem já foi vereador a respeito da anarquia que se instalou na Câmara Municipal nos últimos anos. O silêncio assusta e compromete.
Está mais do que na hora dos senhores vereadores recuperarem um pouco da dignidade perdida e a oportunidade é a fixação do número de vereadores para a próxima legislatura, pois a emenda constitucional permite um máximo de 15 (quinze), mas não impede que seja fixado um número menor ou mantido o atual que já é exagerado. Todos pagam a conta, portanto fiquem atentos caso contrário o caos continuará.
Antes, porém haverá um julgamento onde cada vereador dará seu voto em aberto a favor ou contra a moralidade na administração pública. Nesse dia todos saberão quem é quem na Câmara Municipal de São Gabriel. E que todos compareçam.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

MINHAS FRASES

Na escravidão que é a vida, procuro ser livre o máximo possível, pois a liberdade total é mera ilusão dos acorrentados. 12.07.2011.


A verdade é proibida porque a maioria das pessoas não enfrenta a sua própria verdade. 04.08.2011.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

A LUTA CONTINUA

Posso afirmar que não será um acidente de percurso que me fará desanimar. Sou, por índole, persistente. No meu dicionário não existe a palavra "desistir". Na luta que proclamo não há lugar para lacaios, bajuladores, covardes e omissos. Esses não vivem, passam. Acostumados às farsas e à sombra dos palácios não se ousam manifestar ao sol. São, por natureza, traidores. Ao menor indício de maiores vantagens, quase sempre materiais, não vacilam, trocam de "rei". Na luta que proclamo e defendo preciso de homens altruistas, dignos, e que tenham a nobreza de se doar à coletividade e não viver às suas custas. Preciso também, e como preciso, da mulher fonte de amor, da mulher amiga, enfim, da mulher origem da vida e razão da existência. Preciso do homem e da mulher, verdadeiros, na busca incessante das razões da vida.
As adversidades me estimulam, o desconhecido me fascina e a certeza da morte me faz despretencioso. Pobre do homem que não assimila a inexorável verdade: quanto mais vivemos mais nos aproximamos do fim. Na ânsia de saciar sua ambição a maioria dos homens esquece que é mortal. Minha luta é por um ideal. Defendo idéias, eternas idéias. Sei que não tenho a maioria, mas a minoria que me respalda é mais forte porque é mais humilde e, finalmente, é mais forte porque é mais sadia. Podemos não ter o poder, mas temos o respeito mútuo e a solidariedade nobre que dignifica todo o ser humano que é tomado desse sentimento.
Diz o provérbio que as semelhanças se atraem. Seguidamente assistimos a confirmação do mesmo. A luta pela recuperação moral deste país nos exige sacrifícios, renúncias e incompreensões. Coragem e grandeza precisamos ter. Os bons são maioria, mas uma maioria calada e omissa. A minoria ganha porque é atuante e sem escrúpulos. A culpa não é minha se estão elegendo aventureiros desocupados e aproveitadores para dirigir nossos destinos.
Nem tudo está perdido. Precisamos acordar e então, de mãos dadas, corações unidos e com o pensamento para o alto recuperarmos nosso Hino Nacional, resgatarmos a imagem da nossa Bandeira Nacional e o ímpar sentimento de brasilidade para, com força e trabalho, construirmos o BRASIL que todos os bem intencionados almejam. É possível. Basta querer.
(Publicado no Jornal Tribuna do Povo - 30.04.1993)Parece que tudo piorou.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

AS AÇÕES DO CLUBE BILDERBERG

Desde 1954 os sócios do Bilderberg representam a elite das nações ocidentais – financistas, industriais, banqueiros, políticos, líderes de corporações multinacionais, presidentes, primeiros-ministros, ministros das Finanças, secretários de Estado, representantes do Banco Mundial, OMC, FMI, executivos dos meios de comunicação e lideranças militares – um governo nas sombras que se reúne em segredo para debater e conseguir um consenso sobre a estratégia global. Todos os presidentes do EUA, desde Eisenhower, pertenceram ao Clube. Também Tony Blair, assim como Lionel Jospin, Romano Prodi, ex-presidente da Comissão Européia, Mário Monti, comissário europeu para a Concorrência, Pascal Lamy, comissário do Comércio, José Manuel Durão Barroso, atual presidente da Comissão Européia, Alan Greenspan, chefe do FED (o Banco Central dos EUA), Hilary Clinton, John Kerry, a ministra de Assuntos Internacionais da Suécia, assassinada, Anna Lindh, Melinda e Bill Gates, Henry Kissinger, a dinastia Rthschild, Jean-Claude Trichet, cabeça visível do Banco Central europeu, James Wolfenson, presidente do Banco Mundial, Javier Solana, ex-Secretário Geral do Conselho da comunidade européia, o financista George Soros, um especulador capaz de derrubar moedas nacionais em proveito próprio, e todas as famílias reais da Europa. Juntamente com eles sentam-se os grandes proprietários dos meios de comunicação, pessoas que controlam tudo o que se lê e assiste.
Em 2004, no Grande Hotel dês Iles Borromées, em Stresa, Itália, em mais um encontro, celebrou-se o 50º aniversário do Grupo que foi constituído entre os dias 29 e 31 de maio de 1954 no Hotel bilderberg (daí o nome de Grupo Bilderberg), na localidade holandesa de Oosterbeckl em um evento organizado pelo príncipe Bernard, da Holanda.
Tanto donald Rumsfeld, atual Ministro da Defesa dos EUA, como o general Peter Sutherland, da Irlanda, são membros do Bilderberg. Sutherland é ex-comissário europeu e presidente da Goldman, Sachs e Britsh Petroleum. Rumsfeld e Sutherland ganharam um bom dinheiro em 2000 trabalhando juntos no conselho da companhia energética suíça ABB (Asea Brown Bovery Ltda). Sua aliança secreta tornou-se pública quando se descobriu que a ABB havia vendido dois reatores nucleares a um membro ativo do “eixo do mal”, a Coréia do Norte!
Por outro lado, é muito difícil resumir como o Clube Bilderberg esteve envolvido com a administração de Ronald Reagan, eleito presidente dos EUA em 1980. Todos os cargos importantes do governo foram ocupados por socialistas fabianos recomendados pelo Heritage Foundation do Bilderberger/Rockefeller (um parêntesis para assinalar que a Heritage Foundation, fundada em 1973, apresenta-se como como um instituto educacional de pesquisa que formula e promove políticas públicas e conservadoras baseadas nos princípios de livre-empresa, governo limitado e liberdade individual, o que torna essa afirmativa – pelo menos essa – inverossímel); com o assassinato de Aldo Moro – morto pelo grupo Masson P2, com o objetivo de alinhar a Itália com o Clube de Roma e com Bilderberg; com o assassinato de Ali Bhutto, presidente do Paquistão, em 1979, que queria desenvolver armas nucleares como elemento de dissuaasão contra “as contínuas agressões israelenses no Oriente Médio”; com a deposição do Xá do Irã pelo aiatolá Khomeini, uma criação da VI Divisão de Inteligência Militar britânica, popularmente conhecida como M16 (sobre qual o Parlamento Britânico não tem jurisdição); ou com o caso Watergate. Ao contrário do que afirmou o Washington Post, não houve nenhuma “evidência” de que Nixon tenha abusado de seu poder. Se algum crime cometeu foi o de não defender a Constituição dos EUA, como jurou na cerimônia de posse.
Prestem atenção, pois o mundo sofre com as ações do Clube Bilderberg embora a grande maioria não perceba por estar a atenção dirigida para onde seus participantes determinam.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.