sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

JOSÉ ALENCAR

Merece todo o respeito na qualidade de idoso e doente, mas é um humano como qualquer outro só que abastado e por oito (8) anos Vice-Presidente da República.
A fábrica de heróis instalada na imprensa do Brasil já o incluiu em seu rol. Herói por quê? Porque é um doente que tem atendimento médico diferenciado? Porque é rico?
Por que fez dezoito (18) cirurgias?
Não tenho heróis, nunca os tive e por essa razão sou um homem tranqüilo e realizado no projeto de vida que idealizei para mim. Cumpro-o à risca.
Heróis, se eles existem, são os milhares de brasileiros que com um salário mínimo sustentam a sua família e a si na doença, na alegria e na dor dependentes da saúde pública brasileira quase inexistente.
Heróis, se eles existem, são as pessoas que correm ao Pronto Atendimento e recebem a comunicação de que devem voltar no outro dia se ainda estiverem vivas ou se preferir morrer na fila.
Heróis, se eles existem, são as pessoas que dormem nos corredores frios e indiferentes dos hospitais em busca de socorro para atenuar sua dor ou a de um familiar.
Heróis, se eles existem, são os que rezam para a morte chegar o mais rápido possível, pois devido à insensibilidade dos gestores públicos é o único e eficaz remédio disponível para aplacar definitivamente sua dor.
A grandeza do José Alencar foi dizer aos repórteres que tem o tratamento que sua doença exige pelo fato de ter sido nos últimos anos vice-presidente da república e ter uma situação econômica e financeira estável.
A hipocrisia da imprensa, com raras exceções, está na criação de heróis sem heroísmo para desviar os rumos da atenção de um povo sem identidade, sem auto-estima, sem idéia própria e sem personalidade.
Heróis, eles são milhares, anônimos, cada um guardando sua história porque não têm dinheiro para divulgar a própria desgraça e encher os bolsos dos urubus que se alimentam dos restos de suas próprias vítimas.
Mudanças? Não tão cedo, com o povo que o Brasil tem só daqui a dois mil (2000) anos. E olha lá.
Estou pensando seriamente em parar de escrever porque terminantemente não vivo no verão. Vegeto. E as pedras, ah essas pedras, mas se elas não existissem talvez eu não fosse resistente como uma rocha e flexível como a palmeira que resiste a todas as tempestades, pois verga, mas não quebra.

### O mandato, segundo o TSE, é do Partido. Nesse caso se o vereador do PTB, eterno lembrado, aceitar ser secretário municipal assume o mandato o primeiro suplente do PTB e não o suplente do PP embora a coligação para eleger tenha força de partido.

### A velharada que se cuide. Um olhar intenso pode ser interpretado como ato de pedofilia. O aviso está dado.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.

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