A insistência de que a escola em turno integral é a solução para a educação é um grande equívoco dos seus defensores e pouco importa se dentre eles esteve um ex-governador do RS. Ele foi um homem contraditório e sem uma trajetória de coerência que me obrigue a pensar da mesma maneira. Ele tinha um projeto pessoal e a finalidade da escola em turno integral era atender seus propósitos políticos. Penso que quem educa é a família. A escola instrui.
Quem assiste os primeiros passos da pessoa humana? Quem lhe dá as primeiras orientações? Quem lhe assiste e ensina durante os primeiros anos da existência? A pessoa humana nasce na escola ou no ambiente familiar? Todos sabem as respostas.
Discordo frontalmente de todos aqueles que transferem ou pretendem transferir todo o ônus da educação aos professores, porque na sua miopia excluem ou omitem o núcleo familiar como o único educador do ser humano.
A criança nasce na escola e depois freqüenta a família ou nasce na família e depois freqüenta a escola? A educação, na verdadeira acepção da palavra, começa em casa É no lar que a criança aprende a falar e, dependendo dos pais, recebe as primeiras e permanentes orientações quanto à moral, ao civismo, à vida, ao caráter e à reputação.
Do alto dos meus sessenta e quatro (64) muito bem vividos nunca assisti professora amamentar crianças na escola e muito menos assisti-la em seus primeiros passos ou na primeira pronúncia que normalmente é mamãe ou papai.
O sentimento de fraternidade, de afeto, de carinho, de compreensão, de solidariedade e de respeito é adquirido na família e quando esta não existe ou está quase totalmente desmantelada como na atualidade não há que se falar em educação sem antes reorganizá-la. A escola sempre vem depois e será nela que se refletirão a educação e a formação moral recebida na família. Não existe quem seja educado no seio da família e um baderneiro na sociedade em que freqüenta.
As autoridades constituídas têm por obrigação trabalhar pela reorganização do núcleo familiar e investir no seu aperfeiçoamento.
### Uma crise renal terrível me faz encerrar esta matéria, mas lhes garanto que nem sua violência haverá de me derrubar. É uma dor tão aguda e desconfortante que prejudica até o raciocínio.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
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