terça-feira, 20 de julho de 2010

QUEM EDUCA?

As coisas tendem a piorar. A proibição da palmada impede a disciplina e aumenta a sensação de poder absoluto, de fazer o que bem entender. Acredito que nem precisaria tal lei, pois na atualidade são poucos os pais que educam os filhos. Com a igualdade da mulher ao homem cada um sai para um lado e os filhos que se lixem. Nenhum dos dois lhes dá atenção e normalmente exigem que a professora eduque os monstros que trouxeram ao mundo.
Penso que a mulher que tem filhos pequenos não deve trabalhar e sim dedicar a maior parte do seu tempo à arte de ser mãe pelo menos até a criança completar, digamos dez (10) anos. Quando se debate a violência moderna poucos, muito poucos, lembram que ninguém substitui o calor materno por mais dedicado que possa ser. Sou seguidor da sabedoria e dos ensinamentos dos meus velhos que me fazem tanta falta e eles repetiam: “os filhos das minhas filhas meus netos são, os dos meus filhos serão ou não”. Por quê? A resposta é óbvia, quem tem o privilégio de parir é a fêmea.
Os teóricos podem me contestar; os com formação acadêmica e peritos no assunto também, porém eles não são donos da verdade e com toda a sapiência que dizem ter e não têm em muitas vezes criam verdadeiros marginais com suas teorias inexeqüíveis.
Domino o assunto pela experiência vivida, sou pai solteiro e a mãe teimava em trabalhar. E aí, quem cuidava da criança? Babás, vizinhos, vovó? Até encontrarmos a solução ideal quem mais sofreu foi a filha. É obrigação dos pais, sim, criar e educar seus filhos e não transferir a terceiros, por mais íntimos que sejam, tamanha responsabilidade. Ou então jogá-la nas mãos de estranhos despreparados.
Tive uma educação esmerada fruto da preocupação dos meus pais que preparavam os filhos para serem bons adultos. Carrego sempre comigo o que o nosso pai nos dizia: “meus filhos, a pessoa humana não foi criada para ser chamada à atenção a todo o momento, se lembrem disso. E, vocês podem ir a qualquer lugar, mas lembrem de que carregam um nome, o meu e eu não quero passar vergonha”. É só.
Nunca apanhamos porque tivemos pais que nos ensinaram a respeitar para sermos respeitados e a gostar para sermos queridos.
E foi assim que embora solteiros, criamos a filha, sem bordoada, com carinho e principalmente eu com certa dificuldade porque sou um disciplinador, mas hoje todos os dois somos recompensados por ter criado, segundo os que a conhecem, uma pessoa atenciosa, solidária e prestativa. Procuro mostrar à filha que nós não somos o contexto, mas sim parte desse contexto e que devemos estudar tudo o que nos rodeia para não sermos surpreendidos ou decepcionados. Nunca fiz uma ligação telefônica para pedir emprego para a filha com o propósito de que ela precisava abrir seus próprios horizontes. E assim fez. Hoje o mérito do seu trabalho é dela, conquistou-o, acredito, respeitando colegas, superiores e honrando a empresa na qual trabalha. E a sua evolução funcional também é mérito próprio pela sua dedicação e interesse em ser cada vez melhor.
Fico muito triste quando vejo agressões aos professores por parte de alunos mal educados e pais despreparados. Todo o professor quer a evolução de seus alunos e jamais criará um motivo que desqualifique o filho perante os pais. Tive pais e professores, fui aluno e devo a todos os dois muitos ensinamentos que uso para melhorar meu universo. Sempre fui rebelde, mas comportado e era muito difícil me superar em uma sala de aula. Quem foi meu professor ou meu colega que o diga.
### Todo aquele que pensa encarnar o poder do qual está investido temporariamente está muito mais para idiota do que para sábio.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário