PARTIDO LIBERTADOR

“Este trapo colorado/ que altaneiro se desfralda/ pelo topo de esmeralda/ das coxilhas do Rio Grande/ encarna quando esvoaça/ de sol pampeano tingido/ o caracú de uma raça/ e o programa de um partido”. (autoria atribuída a Juca Ruivo).
Declaração de Princípios, aprovada na Convenção Nacional, em julho de 1953.
O PARTIDO LIBERTADOR quer realizar em todos os setores da vida nacional a sua aspiração originária de liberdade concretizada em reais possibilidades materiais e espirituais de normal desenvolvimento da pessoa.
Daí decorre os seguintes princípios de sua concepção político-social:
1 – A primazia da Pessoa como mais alta expressão da liberdade.
2 – A primazia do bem comum da sociedade sobre o bem individual e sobre o bem particular de grupos.
3 – Perfeita harmonia entre os dois principais enunciados pela conceituação do Bem Comum como conjunto de recursos, espirituais e materiais, necessários à comunidade para que possa viver e oferecer aos seus membros o meio de realizar, o mais perfeito possível, seu destino pessoal.
4 – A Política fica assim subordinada à Ética. O Estado tem por finalidade promover o Bem Comum. E este não se realiza sem o respeito pelos direitos naturais da Pessoa.
5 – No que tange à esfera de ação estatal a liberdade de expansão da Pessoa, condicionada pela Moral e Bem Comum, deve ter as possibilidades de realização em todos os sentidos, isto é, pela Democracia Social, Econômica e Política.
A ordem social deve fundar-se na justiça.
As desigualdades sociais só se justificam quando dentro de iguais possibilidades resultarem do mérito e do trabalho.
A política social deve orientar-se em dois sentidos principais:
1 – Real aproximação das classes, tanto moral quanto econômica e social, pela efetiva participação de todos nos benefícios da cultura e da civilização.
2 – Assegurar e propiciar a natural integração do homem na comunhão social através dos grupos básicos, família, escola, associação profissional, município. Reconhecer os direitos naturais desses grupos e implantar uma política tendente a assegurar a eles as efetivas possibilidades, morais e econômicas, da realização de seus objetivos próprios e da sua missão social.
À democracia cabe dar à estrutura social um estilo jurídico-político que mantenha e estimule a vida dos grupos naturais e as demais instituições compatíveis com o Bem Comum, para que, dentro delas, possa sentir a plena segurança de sua liberdade e a liberdade de seu crescente aperfeiçoamento.
A democracia social não pretende, pois, uniformizar, mas sim, respeitando as justas diversidades, unir e fraternizar. E através da fraternal participação de todos no dever social do trabalho rumar para a instauração de uma democracia cristã de trabalhadores.
Observem, faz mais de meio século que isto foi escrito e serviu de catecismo para muitos líderes. E foi pensando no Amarílio C. Teixeira, no Jerônimo Firpo, no médico Inocêncio Gonçalves, no Ananias Machado e outros libertadores que me deixaram só muito cedo – partiram prematuramente – que resolvi republicar as idéias do nosso Partido Libertador. Saudosos amigos, não esqueçam aqui debaixo, pois embora bastante solitário peleio valentemente sustentado nos princípios políticos que legaram. Estejam onde estiverem saibam que jamais me renderei. Da lembrança do nosso libertário convívio retiro as energias necessárias para conviver com a calhordice instalada na política, com os fracos e traidores que renegam nossos postulados.
Eu os entendo, mas não os perdôo.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.