sexta-feira, 16 de julho de 2010

INJEÇÃO DE ÂNIMO

Foi o que recebi dia 09 de julho corrente, na minha casa, com a visita de amigos que muito me engrandecem com sua consideração, com seu afeto e sua estima. O encontro entre são-gabrielenses e santa-marienses que lá aconteceu tão somente para me abraçar além da alegria proporcionada também serviu como um reabastecimento de energias para o enfrentamento dos embates que a cada dia se apresentam maiores e mais selvagens. Confesso que estava precisando desse estímulo.
Sempre fui um homem rico e feliz, mas depois da manifestação dos quinze (15) santa-marienses, capitaneados pelo incansável Flávio Madruga, que enfrentaram chuva, neblina e cerração trazendo consigo amplificador de som, microfone, o violão espetacular do Geovani Pinheiro e a grande voz do descontraído Jairo Bordin da Silveira afirmo sem medo de errar que hoje sou muito mais rico, mais feliz e muito mais forte do que era ontem. Mais do que isso, sou invencível e imortal.
Posso dizer, com muito orgulho, que em torno de mim aconteceu uma integração de dois municípios ou mais, através de homens que honram e cultivam as mais caras tradições do Rio Grande do Sul. Os visitantes tentaram me surpreender, mas como sou um homem preparado para todos os momentos, para recebê-los já estavam do meu lado o magnífico violão Aroldo Torres, que dispensa qualquer comentário, o fantástico acordeonista Ademo Riefel e o cantor das multidões, legítimo sucessor do Nelson Gonçalves, vocalista sargento João Carlos Diniz. Foi demais.
Sou um simples mortal sem falsos títulos de nobreza, porém com a nobreza da hospitalidade, da lealdade, da pureza de sentimentos, da ética, e da autenticidade predicados que transformam o humano em um homem de fato e de direito.
São Gabriel e Santa Maria se irmanaram por momentos inebriantes através de seus filhos nessa festa de rara beleza, tamanha profundidade e de magnitude sem igual.
O Carlos Dácio Assis Brasil, o Luiz Eduardo A. B. Silveira, o Luiz Alberto Magri Pereira, o Fernando Baldissera dos Santos e o sargento Diniz se juntaram ao Flávio Madruga, chefe do grupo visitante, ao Geovani, ao Jairo, ao Luiz Pedroso, ao Badan, ao Raul, ao Antonio, ao Marafiga, ao Carmaia, ao Élson, ao Tuta (goleiro que desbancará o Júlio Cezar em 2014), ao Marcelo, ao Paulinho, ao Roger e ao Batista. Muito obrigado amigos, espero que tenham gostado. Meu rancho é pequeno e sem luxo e está sempre de portas abertas, mas vocês sabem que em quaisquer circunstâncias ele se agiganta e agüenta o repuxo como todo o bom gaúcho.
Sou um entusiasta das nossas belezas: Na comemoração do centenário de nascimento de Assis Brasil, o poeta Valdomiro de Souza improvisou estes versos a respeito dos homens que usavam e dos que ainda usam lenços vermelhos: “Em qualquer parte do mundo/ onde estiver um gaúcho/ altivo, nobre e sem luxo/ tendo um lenço desta cor/ não alimente incerteza/ saiba que é um homem de fato/ tem sangue de maragato/ e alma de libertador”. Se vocês não sabem, o maragato é forjado nas intempéries da luta. Luta com grandeza, ideal e, acima de tudo, dignidade. O lenço colorado que o libertador traz no pescoço é uma indumentária que o classifica pelos tempos a fora como um inconformado e um lutador honesto pelos anseios do povo. Nestas tradições libertadoras e libertárias haverei de encontrar abrigo sentimental para reforçar os meus propósitos políticos de homem de bem e de definidas posições junto às comunidades que atua. E é com esse apreço demonstrado pelos amigos que eu espanto meus medos, busco o vigor que me manterá em pé o resto dos meus dias e a certeza de que não vacilarei nas minhas convicções. Não sei viver de joelhos, saberei morrer em pé porque é assim que morrem os maragatos.
O encontro de gigantes, por sua peculiaridade, haverá de se repetir ora em S. Gabriel, ora em S. Maria para manter acesa a chama que reúne homens que se identificam pelo respeito à pátria, à tradição e à família. VALEU. Quem tem amigos de fé e os honra é o mais rico dos homens, tenham certeza disso.
### Será falta de respeito à comunidade que lhes paga se, apesar do clamor por seriedade na prática política através da lei, os senhores vereadores, através de sua maioria, insistirem em desconhecer o parecer do TCE-RS e novamente livrarem de punição prefeito que a cada administração pratica os mesmos erros administrativos se colocando acima da lei. A repetência dos mesmos erros pode caracterizar fraude.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente. (Publicado no jornal C. Gabrielense, em 16.07.2010).

Nenhum comentário:

Postar um comentário