sexta-feira, 4 de outubro de 2013

A HERANÇA MALDITA DO FHC


 

 

            Penso que a pior decisão na administração do narcisista Fernando Henrique Cardoso foi sem sombra de dúvidas a implantação do instituto da reeleição. Para conseguir sua própria reeleição ele não titubeou em usar de recursos, segundo foi divulgado pela grande mídia, fora da ética e da moral tais como compra de votos, tráfico de influência e que a mesma mídia tratou de minimizar e levar para o esquecimento.

            Bem melhor que a reeleição seria um mandato de cinco (5) anos, pois com o instituto daquela o administrador de plantão abandona suas obrigações para com o povo e o ano final do primeiro mandato dedica tão somente em programar sua campanha para conquistar um novo mandato. É assim em todos os níveis municipal, estadual e federal.

            O deslumbramento pela obtenção do poder deve ser tão extraordinário que apesar de suas implicações e dificuldades os que lá chegam não mais querem sair. Talvez por isso é que os americanos dão o direito a uma reeleição, mas após isso  presidente que a obter não pode mais disputar novo mandato.

            Não há como discutir a sociedade americana e a brasileira, porém citei os dois casos só para mostrar aos brasileiros que quando a sociedade quer ela impõe seus objetivos. Precisa para tanto ter espírito coletivo e participar da vida nacional ou da vida organizacional da sua entidade de classe.

            A não participação da maioria e a falta de espírito coletivo são a causa de todos os males, mas principalmente das reeleições, pois um grupinho de 15 ou 20 pessoas se valendo da omissão da maioria muda estatuto que proíbe mais de uma reeleição, para que a mesma pessoa se eternize à frente de uma instituição.

 Essa pessoa deslumbrada se aproveitando das benesses do cargo usa e abusa da publicidade paga pela instituição dando ênfase ao próprio desempenho que é muito bom para si, mas na maioria das vezes, salvo exceções, nocivo à instituição que dirige. São os que comumente chamam de administradores de si e para si, porém a custa do patrimônio de terceiros.

            Em função da minha profissão elaborei muito estatuto para sociedades civis, a maioria sem fins lucrativos, e sempre incluía uma cláusula que impedisse mais de uma reeleição. Hoje tenho conhecimento de que muitas entidades fazem reforma no estatuto somente para eliminar essa cláusula, para oportunizar a permanência “ad eternum”dos abnegados que, muitas vezes sem remuneração, se perpetuam no mesmo cargo.

            Será isso abnegação ou exploração?

            Por essa razão é que hoje quando faço algum estatuto desde logo coloco uma cláusula: PROIBIDA A REELEIÇÃO. Morrerei tentando moralizar as coisas, mas sei que eles, os abnegados, morrerão esculhambando tudo.

            Pela falta de grandeza e do egoísmo de poucos é que a reeleição está sendo nociva à instituição que a tolera. Salvo raríssimas exceções, se é que existem.

 

            AFASTE de si o veneno da lisonja. Não creia naqueles que o elogiam sem motivo. Prefira ouvir uma crítica honesta, a um galanteio vazio. A crítica aos nossos atos poderá trazer-nos o alerta de que necessitamos para corrigir-nos. O elogio fácil nos amolece e ilude.

            E NADA EXISTE DE MAIS FRÁGIL QUE UMA CRIATURA ILUDIDA A SEU PRÓPRIO RESPEITO. (Anônimo)

    

 

 

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