Penso que a pior decisão na
administração do narcisista Fernando Henrique Cardoso foi sem sombra de dúvidas
a implantação do instituto da reeleição. Para conseguir sua própria reeleição
ele não titubeou em usar de recursos, segundo foi divulgado pela grande mídia,
fora da ética e da moral tais como compra de votos, tráfico de influência e que
a mesma mídia tratou de minimizar e levar para o esquecimento.
Bem melhor que a reeleição seria um
mandato de cinco (5) anos, pois com o instituto daquela o administrador de
plantão abandona suas obrigações para com o povo e o ano final do primeiro
mandato dedica tão somente em programar sua campanha para conquistar um novo
mandato. É assim em todos os níveis municipal, estadual e federal.
O deslumbramento pela obtenção do
poder deve ser tão extraordinário que apesar de suas implicações e dificuldades
os que lá chegam não mais querem sair. Talvez por isso é que os americanos dão
o direito a uma reeleição, mas após isso
presidente que a obter não pode mais disputar novo mandato.
Não há como discutir a sociedade
americana e a brasileira, porém citei os dois casos só para mostrar aos
brasileiros que quando a sociedade quer ela impõe seus objetivos. Precisa para
tanto ter espírito coletivo e participar da vida nacional ou da vida
organizacional da sua entidade de classe.
A não participação da maioria e a
falta de espírito coletivo são a causa de todos os males, mas principalmente das
reeleições, pois um grupinho de 15 ou 20 pessoas se valendo da omissão da
maioria muda estatuto que proíbe mais de uma reeleição, para que a mesma pessoa
se eternize à frente de uma instituição.
Essa pessoa
deslumbrada se aproveitando das benesses do cargo usa e abusa da publicidade
paga pela instituição dando ênfase ao
próprio desempenho que é muito bom para si, mas na maioria das vezes, salvo
exceções, nocivo à instituição que dirige. São os que comumente chamam de
administradores de si e para si, porém a custa do patrimônio de terceiros.
Em função da minha profissão
elaborei muito estatuto para sociedades civis, a maioria sem fins lucrativos, e
sempre incluía uma cláusula que impedisse
mais de uma reeleição. Hoje tenho conhecimento de que muitas entidades fazem
reforma no estatuto somente para eliminar essa cláusula, para oportunizar a
permanência “ad eternum”dos abnegados que, muitas vezes sem remuneração, se
perpetuam no mesmo cargo.
Será
isso abnegação ou exploração?
Por
essa razão é que hoje quando faço algum estatuto desde logo coloco uma cláusula:
PROIBIDA A REELEIÇÃO. Morrerei tentando moralizar as coisas, mas sei que eles,
os abnegados, morrerão esculhambando tudo.
Pela falta de grandeza e do egoísmo de poucos é que a
reeleição está sendo nociva à instituição que a tolera. Salvo raríssimas
exceções, se é que existem.
AFASTE de si o veneno da lisonja. Não creia
naqueles que o elogiam sem motivo. Prefira ouvir uma crítica honesta, a um
galanteio vazio. A crítica aos nossos atos poderá trazer-nos o alerta de que
necessitamos para corrigir-nos. O elogio fácil nos amolece e ilude.
E NADA EXISTE DE MAIS
FRÁGIL QUE UMA CRIATURA ILUDIDA A SEU PRÓPRIO RESPEITO. (Anônimo)
.
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