sexta-feira, 11 de outubro de 2013

OS TRIBUNAIS PUNEM, MAS


 

 

            A sociedade, ou a sua maioria, absolve. É o que acontece quando a punição recai sobre homens públicos que detiveram ou detém mandatos populares. A maior punição que um administrador ou um legislador que pratica atos de corrupção ou improbidade merece é o banimento da vida pública e isso só pode ser feito pela sociedade, mas na brasileira raramente ou nunca se faz.

            Os tribunais punem com a perda do mandato, a cassação dos direitos políticos, a indenização dos cofres públicos e até mesmo com a prisão, mas uma vez decorrido certo espaço de tempo readquirem seus direitos, se candidatam e a maioria, ou uma expressiva parcela, do eleitorado lhe concede um novo mandato.

            A maior punição é a da sociedade e não a dos tribunais, mas aquela nos dias de hoje é difícil de acontecer. Pelo contrário, os piores são os preferidos, salvo exceções.

            Lembro da maior recomendação recebida quando em 1965 assumi meu primeiro emprego na qualidade de chefe do escritório de uma empresa local: Um dos diretores me mostrou a relação dos maus pagadores expedida pelo cartório de documentos, títulos e protestos – então chamado de Cartório da Dona Iracema – e me disse: Bereci, não se vende fiado para este cidadão porque ele não costuma cumprir com seus compromissos. A relação continha só aquele nome que nunca esqueci. Com o passar dos tempos o seu nome desapareceu da lista e jamais apareceu, pois foi recuperado graças a punição da sociedade.

            Hoje a relação de protestos não caberia neste espaço e tem nome de gente “mui buena” incluída nela.

            Não é diferente com os homens públicos e São Gabriel é um exemplo disso, pois condenados por mau uso do dinheiro público gozam da preferência da maioria, inclusive da simpatia de muitos veículos de comunicação que exigem políticos sérios em Brasília ou no raio que os parta, menos na terra do Arcanjo São Gabriel.

 

            ### Senhor Prefeito, o Baltazar e o Rossano ficaram no passado. O presente deveria ser representado pelo senhor, mas está deixando muito a desejar. Está mais do que na hora de iniciar e deixar sua marca na administração municipal. Todos os municípios, com honrosas exceções, estão endividados, mercê de gestões políticas equivocadas e desvirtuadas da moralidade e da impessoalidade e o senhor sabia disso quando aceitou sua candidatura.

            Atribuir seus fracassos aos que passaram nada mais é do que admitir a própria incapacidade, pois nos poucos debates aos quais compareceu proclamava sua superioridade aos demais, o que não está provando. Todos aguardam seu choque de gestão, pois parece que o choque produzido é o da sua gestão com a coletividade. As pessoas têm medo de falar a verdade, mas o grande comentário na cidade é o de que o senhor não tem o comando da sua equipe. Imponha-se Senhor Prefeito e quem não seguir suas determinações que seja demitido sumariamente porque seu compromisso é com a coletividade e não com os filiados dos partidos que o apoiaram.

            Desconsidere as intromissões indevidas de ex-prefeito que só quer lhe desprestigiar e que se outorga a imagem do administrador que nunca foi. Pelo contrário...

            O Senhor afirmou que era o melhor. Vá em frente e prove, pois a cidade precisa disso. Faça o que os outros ao longo de cento e cinqüenta anos não fizeram e terá o respeito de todos.

           

 

           

           

           

           

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