A
sociedade, ou a sua maioria, absolve. É o que acontece quando a punição recai
sobre homens públicos que detiveram ou detém mandatos populares. A maior
punição que um administrador ou um legislador que pratica atos de corrupção ou
improbidade merece é o banimento da vida pública e isso só pode ser feito pela
sociedade, mas na brasileira raramente ou nunca se faz.
Os
tribunais punem com a perda do mandato, a cassação dos direitos políticos, a
indenização dos cofres públicos e até mesmo com a prisão, mas uma vez decorrido
certo espaço de tempo readquirem seus direitos, se candidatam e a maioria, ou
uma expressiva parcela, do eleitorado lhe concede um novo mandato.
A
maior punição é a da sociedade e não a dos tribunais, mas aquela nos dias de
hoje é difícil de acontecer. Pelo contrário, os piores são os preferidos, salvo
exceções.
Lembro
da maior recomendação recebida quando em 1965 assumi meu primeiro emprego na
qualidade de chefe do escritório de uma empresa local: Um dos diretores me mostrou a relação dos maus pagadores expedida pelo
cartório de documentos, títulos e protestos – então chamado de Cartório da Dona
Iracema – e me disse: Bereci, não se vende fiado para este cidadão porque ele
não costuma cumprir com seus compromissos. A relação continha só aquele nome
que nunca esqueci. Com o passar dos tempos o seu nome desapareceu da lista e
jamais apareceu, pois foi recuperado graças a punição da sociedade.
Hoje a relação de
protestos não caberia neste espaço e tem nome de gente “mui buena” incluída
nela.
Não
é diferente com os homens públicos e São Gabriel é um exemplo disso, pois
condenados por mau uso do dinheiro público gozam da preferência da maioria,
inclusive da simpatia de muitos veículos de comunicação que exigem políticos
sérios em Brasília ou no raio que os parta, menos na terra do Arcanjo São
Gabriel.
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Senhor Prefeito, o Baltazar e o Rossano ficaram no passado. O presente deveria
ser representado pelo senhor, mas está deixando muito a desejar. Está mais do
que na hora de iniciar e deixar sua marca na administração municipal. Todos os
municípios, com honrosas exceções, estão endividados, mercê de gestões
políticas equivocadas e desvirtuadas da moralidade e da impessoalidade e o
senhor sabia disso quando aceitou sua candidatura.
Atribuir
seus fracassos aos que passaram nada mais é do que admitir a própria
incapacidade, pois nos poucos debates aos quais compareceu proclamava sua
superioridade aos demais, o que não está provando. Todos aguardam seu choque de
gestão, pois parece que o choque produzido é o da sua gestão com a
coletividade. As pessoas têm medo de falar a verdade, mas o grande comentário
na cidade é o de que o senhor não tem o comando da sua equipe. Imponha-se
Senhor Prefeito e quem não seguir suas determinações que seja demitido
sumariamente porque seu compromisso é com a coletividade e não com os filiados
dos partidos que o apoiaram.
Desconsidere
as intromissões indevidas de ex-prefeito que só quer lhe desprestigiar e que se
outorga a imagem do administrador que nunca foi. Pelo contrário...
O
Senhor afirmou que era o melhor. Vá em frente e prove, pois a cidade precisa
disso. Faça o que os outros ao longo de cento e cinqüenta anos não fizeram e
terá o respeito de todos.
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