Em minha opinião nada mais é do que a
admissão de que as nossas coisas ou as nossas tradições já não despertam a
atenção e o interesse do grande público havendo, pois a necessidade dos
organizadores da nossa tradicional exposição-feira de contratar quem tem grande
visibilidade na mídia para que o evento atraia a presença das pessoas. A grande
maioria, penso, comparecerá nos dias da apresentação dessas produções da
televisão. A feira, em si, fica no segundo plano.
Sei dos pensamentos contrários ao meu,
assim como sei também que este comentário produzirá uma ira injustificada em
determinada parcela da população.
Não gosto de viajar, a mala me incomoda
muito, mas o avanço das comunicações me permite uma permanente atualização com
o que acontece longe do meu campo de atuação, a minha cidade.
A opinião de que a maioria acorrerá ao
parque de exposições na curiosidade de conhecer o artista é fundamentada no que
aconteceu anos atrás na Expointer quando cinco (5) mil pessoas deixaram de lado
ou ignoraram toda sua imponência e seus organizadores para simplesmente
assistir um artista da Rede Globo subir em um trator. E nossos valores e os construtores da nossa riqueza que se
danem.
São os malefícios da televisão que transforma
os estranhos em íntimos e os íntimos em estranhos.
Na minha mocidade muito atuei na maior
festa do município, pois trabalhava em uma empresa comercial de revenda de
automóveis – Auto Gabrielense S. A. - que participava ativamente de todos os
eventos da cidade. Lá se foram quarenta (40) anos, quase dois terços da minha
existência, e a Avenida Tito Prates continua recebendo o descaso dos que se disseram e dos que se dizem autoridades
do Município. É triste, mas a cruel realidade.
Acredito que os organizadores do evento
terão de fazer duas avaliações de público: 1 – o público da exposição-feira de
São Gabriel e 2 – o público da apresentação dos artistas especialmente
contratados.
Nada contra esse tipo de
feira-espetáculo, mas é justo perguntar: A quem interessa essa simbiose? E não
é privilégio de São Gabriel, pois outros municípios adotam essa prática já há
bastante tempo.
Não será por isso que nossos clubes se
transformaram em bailões, sobrevivendo da bilheteria, ou seja, do pagou entrou?
É preciso muita reflexão para tentar
salvar o que é nosso.
SEJA
o que você deseja ser. Não dê importância ao que os outros dizem. Você é filho
de Deus e como tal tem o direito à sua liberdade. Não desanime diante dos
impedimentos e das dores. Fique certo de que você, unicamente você, terá de dar
contas dos seus atos...
Portanto,
busque dentro de si mesmo a luz divina e seja exatamente o que você deseja ser:
subindo sempre (anônimo).
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