terça-feira, 29 de outubro de 2013

E AS OBRIGAÇÕES


 

 

            A resolução 217 A (III) da Assembléia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948 adotou e proclamou a Declaração Universal dos Direitos Humanos. No seu preâmbulo existem diversos considerando, mas vou me fixar somente no primeiro que diz: “Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e de seus direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo”.

            Permanentemente temos fartas discussões na grande mídia sobre os direitos universais da pessoa humana e não raro assistimos pessoas de duvidosa integridade moral se intitularem defensoras daqueles que se dizem desrespeitados nos seus direitos.

            Esse é um lado da questão e é comum a reclamação por parte de significativa parcela da população de que só os bandidos, criminosos e marginais têm assegurada a defesa de seus direitos humanos.

            Realmente chama a atenção e causa espanto tal particularidade, eis que os destaques mundiais nessa área são atuantes e seus patrocinadores desconhecidos.

            Tenho me esforçado para entender certos fenômenos que me rodeiam e em determinado momento cheguei à conclusão de que muita anarquia acontece porque até hoje nenhuma Assembléia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) produziu a Declaração Universal das Obrigações Humanas.

            Em um mundo onde a grande maioria só exige seus direitos, mas desconhece ou deixa em segundo plano suas obrigações fica totalmente descartada a harmonização e a boa convivência entre seus diversos segmentos.

            A ONU me faz lembrar a in (justiça do trabalho) órgão onde quase sempre prevalecem as alegações do reclamante, nem sempre verdadeiras, desconsiderando as do reclamado, uma das causas gritantes do desemprego que os especialistas teimam em ignorar. É urgente a necessidade de uma adequação da Declaração Universal dos Direitos Humanos, da Justiça do Trabalho, da CLT e inclusive da nossa Constituição Federal, pois do contrário navegaremos em águas cada vez mais turvas.

 

            ### BOM SENSO. É um conceito usado na argumentação ligado às noções de sabedoria e de razoabilidade que define a capacidade média que uma pessoa tem de se adequar a regras e costumes em determinados momentos para fazer bons julgamentos e escolhas. Os que me conhecem dizem que o meu é muito bom.

           

            ### Qual a função do Patrono da Feira do Livro? É receber os convidados e divulgar o evento. Dependendo do critério de escolha dos organizadores pode ser qualquer pessoa e não forçosamente alguém que tenha publicado um livro. Ser escolhido Patrono, muitas vezes, depende tão somente de um convite. O melhor, embora todos saibam, é definir o que é feira: lugar público, não raro descoberto, onde se expõem e vendem mercadorias; exposição. A feira do peixe vende peixe; a feira do livro vende livro. Pelo exposto acima penso que qualquer pessoa, desde que lembrada e convidada pode ser patrona. A feira é do livro e não dos autores/escritores.

            No mundo não existe verdade absoluta, portanto...

 

 

             

           

           

 

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

JUÍZES E VEREADORES


 

            Dos primeiros precisamos de muitos e temos poucos e dos segundos precisamos de poucos e temos muitos. É uma inversão extremamente danosa aos interesses da coletividade. Todos reclamam da morosidade do judiciário, mas poucos fazem a comparação entre as obrigações de um e outro poder.

            Tomando-se por base um município do porte de São Gabriel é inconcebível a existência de quinze (15) vereadores e de somente dois (2) juízes, levando em conta a responsabilidade, a carga e o tipo de trabalho a que estão obrigados uns e outros.

            Auxilio-me, para melhor esclarecimento aos leitores, do que foi publicado a respeito da ineficiência da Justiça no Brasil, no Jornal do Comércio, edição de 18, 19 e 20 de outubro de 2013, na coluna Espaço Vital, de Marco Antonio Birnfeld.

            Somente em 2012, o acúmulo de processos sem sentença chegou a 70%. Ou seja, de cada 100 ações em tramitação no Judiciário brasileiro, apenas 30 foram julgadas.

            As verbas do Judiciário são crescentes, mas a maior parte se destina ao pagamento de pessoal, enquanto parcelas menores vão para a modernização do serviço. Em 2012, por exemplo, as verbas para pagar o já inchado quadro humano alcançaram R$ 57,1 bilhões, contra R$ 53,3 bilhões em 2011. Do total orçamentário, 88% foram gastos com o pagamento de pessoal; apenas 4,5% destinaram-se à informatização de varas e cartórios.

            Resumindo: O judiciário gastou com pagamento de salários e afins quase 20 vezes mais do que o aplicado em ações de modernização administrativa. Talvez esteja aí uma pista para explicar a razão do engarrafamento de 70% dos processos. Férias de 60 dias, recessos, feriadões e alguns casos de juízes “TQQ” (juízes que só trabalham terça, quarta e quinta) também.

            Esses dados, segundo o colunista, são de uma pesquisa do Conselho Nacional de Justiça, e como tal merecedora de crédito.

            Estamos entre a cruz e a espada, pois o Legislativo peca pelo excesso de pessoal que nada faz e excesso de legisladores que não legislam e o judiciário peca pelo número inexpressivo de juízes, em comparação com aqueles, com alguns trabalhando bastante e outros que pouco ou nada produzem.

            Penso que deveríamos ter mais juízes e menos legisladores, pois não dá para comparar a importância de uns e de outros.

           

            ### Na matéria que escrevi sobre o Restaurante Panorama, por falta de espaço, deixei de mencionar os solícitos e eficientes empregados que na realidade são os responsáveis diretos pela qualidade dos serviços prestados naquele ambiente. Não tenho o número exato deles, mas são em torno de vinte (20), todos profissionais categorizados que proporcionam aos frequentadores momentos de descontração e excelente gastronomia. Assadores, cozinheiros (as), doceiros (as), garçons e garçonetes, caixas, cada qual no seu setor se esmeram em oferecer um ótimo atendimento a todos. Não tenho estrutura financeira, mas se a tivesse abriria um restaurante para tê-los sempre comigo.

Acredito em uma solução honrosa que satisfaça todas as partes diretamente envolvidas, Prefeitura e Proprietário, e os terceiros indiretamente prejudicados: os funcionários que perderão seus empregos e os clientes/frequentadores de tão agradável estabelecimento. Por favor, acertem suas diferenças para que o Panorama continue sendo uma referência na gastronomia de São Gabriel.

           

           

terça-feira, 22 de outubro de 2013

DEZ ANOS DE PANORAMA


 

 

            Parece que chegam ao fim. O melhor restaurante (do gênero) da cidade vai parar de funcionar no prédio atual. Tenho informações extra-oficiais da Prefeitura e também do atual locatário, mas cada uma das partes tem suas razões, e diferentes. A falta de diálogo, mais uma vez, está privando a cidade, que almeja ser um pólo turístico, do melhor local para se fazer uma refeição. Essa opinião é da maioria dos viajantes que freqüentam o Panorama. Na opinião deles não só é o melhor de São Gabriel, mas também da região.

         Sou refém do Panorama pela qualidade da comida, por ser um local aprazível e principalmente porque durante o almoço não tem televisão ligada para encher o saco e poluir o ambiente, permitindo dessa maneira o diálogo entre as pessoas.

         O prédio onde funciona o restaurante é problemático desde sua construção em 1988, pois o primeiro locatário, todos sabem, recebeu-o mobiliado para a exploração do serviço de restaurante inclusive com a água e a luz pagas pela população através da Prefeitura. O preço do aluguel era simbólico e até hoje não se sabe a razão.

         O atual locatário me mostrou um projeto de remodelação que segundo ele está na Prefeitura, mas que não é recebido pelo Senhor Prefeito para propor uma solução que seja satisfatória para ambos os lados. Intransigência? Ou a Prefeitura já pensa em alguém do “time” para explorar aquele local?

         Nada existe que não se resolva com uma boa conversa, principalmente quando existe o interesse da cidade em oferecer uma boa gastronomia aos turistas, o do locatário do prédio em continuar no mesmo e o da administração atual que se intitula desenvolvimentista e incentivadora do turismo como fonte de receita.

         Faz dez (10) anos que faço a refeição no Restaurante Panorama e tenho a manifestação de diversos frequentadores que como eu torcem pelo seu não fechamento.

         A Prefeitura que não invente de colocar naquele prédio um simples vendedor de cachorro quente ou de lanches lambuzados com molhos de produtos químicos, acompanhados do som ensurdecedor e irritante de um ou dois aparelhos de televisão.

         Senhor Prefeito, já não temos churrascaria e colaborar com o fechamento do melhor restaurante da cidade é nada mais do que trabalhar contra os interesses do município. Com boa vontade tudo se resolve, é óbvio quando há disposição e grandeza das partes envolvidas no conflito.

        

         ### São Gabriel é uma cidade que preocupa, senão vejamos: Um número sem fim de farmácias, de igrejas e de funerárias, o que evidencia um povo doente de corpo e de alma; e de outro lado nenhuma churrascaria, pois um povo doente não come e muito menos se diverte. Vamos rezar para que no prédio onde funciona o Restaurante Panorama não se instale uma igreja, uma farmácia, uma funerária ou uma capela mortuária. Mas não estamos livres.

           .

 

           

 

        

        

        

        

        

          

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

O SIGNIFICADO LUAN SANTANA


 

 

         Em minha opinião nada mais é do que a admissão de que as nossas coisas ou as nossas tradições já não despertam a atenção e o interesse do grande público havendo, pois a necessidade dos organizadores da nossa tradicional exposição-feira de contratar quem tem grande visibilidade na mídia para que o evento atraia a presença das pessoas. A grande maioria, penso, comparecerá nos dias da apresentação dessas produções da televisão. A feira, em si, fica no segundo plano.

         Sei dos pensamentos contrários ao meu, assim como sei também que este comentário produzirá uma ira injustificada em determinada parcela da população.

         Não gosto de viajar, a mala me incomoda muito, mas o avanço das comunicações me permite uma permanente atualização com o que acontece longe do meu campo de atuação, a minha cidade.

         A opinião de que a maioria acorrerá ao parque de exposições na curiosidade de conhecer o artista é fundamentada no que aconteceu anos atrás na Expointer quando cinco (5) mil pessoas deixaram de lado ou ignoraram toda sua imponência e seus organizadores para simplesmente assistir um artista da Rede Globo subir em um trator. E nossos valores e  os construtores da nossa riqueza que se danem.

         São os malefícios da televisão que transforma os estranhos em íntimos e os íntimos em estranhos.

         Na minha mocidade muito atuei na maior festa do município, pois trabalhava em uma empresa comercial de revenda de automóveis – Auto Gabrielense S. A. - que participava ativamente de todos os eventos da cidade. Lá se foram quarenta (40) anos, quase dois terços da minha existência, e a Avenida Tito Prates continua recebendo o descaso dos que se disseram e dos que se dizem autoridades do Município. É triste, mas a cruel realidade.

         Acredito que os organizadores do evento terão de fazer duas avaliações de público: 1 – o público da exposição-feira de São Gabriel e 2 – o público da apresentação dos artistas especialmente contratados.

         Nada contra esse tipo de feira-espetáculo, mas é justo perguntar: A quem interessa essa simbiose? E não é privilégio de São Gabriel, pois outros municípios adotam essa prática já há bastante tempo.

         Não será por isso que nossos clubes se transformaram em bailões, sobrevivendo da bilheteria, ou seja, do pagou entrou?

         É preciso muita reflexão para tentar salvar o que é nosso.

         SEJA o que você deseja ser. Não dê importância ao que os outros dizem. Você é filho de Deus e como tal tem o direito à sua liberdade. Não desanime diante dos impedimentos e das dores. Fique certo de que você, unicamente você, terá de dar contas dos seus atos...

         Portanto, busque dentro de si mesmo a luz divina e seja exatamente o que você deseja ser: subindo sempre (anônimo).

  

 

        

terça-feira, 15 de outubro de 2013

PROTESTOS


 

 

            Acredito que todos são válidos desde que feitos dentro da legalidade e fora do anonimato. Quem coloca um capuz, uma máscara para esconder sua identidade não é um crítico, mas sim um marginal que se aproveita de determinados eventos para extravasar os ódios e as mágoas que guarda dentro de si, que são produzidos por si e dos quais tem verdadeiro pânico. São perturbados, psicopatas que frustrados por qualquer razão descarregam nas pessoas ou no seu patrimônio toda a mágoa por não enfrentarem seu próprio eu. São dignos de pena, mas não merecem a vida, pois não sabem viver em liberdade e nem sabem respeitar o direito dos outros.

            Quem se esconde atrás de um capuz ou de uma máscara a fim de que não conheçam sua identidade está praticando um crime e em nenhum momento um protesto ou uma crítica. Para exercer um direito, e o protesto e a crítica são um direito dos descontentes, não há a mínima necessidade de se praticar um crime. Nem contra o patrimônio e muito menos contra a ordem social.

            Sou crítico, combato as coisas mal feitas principalmente pela falta de sensibilidade e pela falta de juízo daquela maioria que elege homens sem o perfil adequado para administrar as coisas públicas ou de terceiros. Mas nunca me escondi para tanto, sempre me mostrei autêntico, enérgico e com o cuidado de não fazer injustiças. Sou leal a quem gosta e a quem não gosta de mim, sou verdadeiro, arrojado e não gosto que me chamem atenção e por essa razão me esforço para errar pouco ou não errar. Combato os maus e nesse contexto estão os maus políticos, os maus pagadores, os maus professores, os maus pais e tudo o que não é bom.

            Protesto contra a covardia coletiva da maioria que transforma em herói a minoria audaciosa e inescrupulosa; protesto contra os omissos porque se dizem melhores do que todos, mas não fazem nada por si e nem pela coletividade; protesto contra os mentirosos porque eles são a distorção histérica da realidade; protesto contra os dirigentes partidários porque se transformam em mercadores da corrupção e se prevalecem dos miseráveis para atingir seus objetivos, se intitulando filantropos com a contribuição dos outros; protesto contra falsos líderes que ajeitam seu lado e esquecem seus liderados; protesto contra aqueles que se prevalecem da fragilidade emocional dos outros para enganá-los e finalmente protesto contra aqueles que se pensam muito inteligentes, mas fazem que nem a avestruz que se engana quando pensa que se esconde.

            O caminho árduo que escolhi me mostrou, e eu aprendi, que a maior vitória é aquela que o homem consegue quando conquista a si mesmo e jamais quando conquista aos outros porque para se dominar o homem precisa se respeitar e ser sincero, mas para conquistar aos outros basta mentir, mentir, mentir e prometer, prometer, prometer.

            Por tudo isso que nunca me escondi e nunca me esconderei no anonimato para protestar ou criticar, pois me conquistei. E isso me fez um HOMEM que se realiza em todos os seus atos.

            ### “QUEM alimenta o ódio atira fogo ao próprio coração”, escreveu André Luis. Se alguém o magoou, se o ofendeu com calúnias, não o imite repetindo os mesmos erros. Coloque-se acima dele, sabendo relevar. E procure esquecer porque o pensamento negativo da raiva atrai, para nós, a onda de maldade que nosso infeliz adversário lança contra nós. Para ser feliz saiba relevar e esquecer (anônimo).

       

          

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

OS TRIBUNAIS PUNEM, MAS


 

 

            A sociedade, ou a sua maioria, absolve. É o que acontece quando a punição recai sobre homens públicos que detiveram ou detém mandatos populares. A maior punição que um administrador ou um legislador que pratica atos de corrupção ou improbidade merece é o banimento da vida pública e isso só pode ser feito pela sociedade, mas na brasileira raramente ou nunca se faz.

            Os tribunais punem com a perda do mandato, a cassação dos direitos políticos, a indenização dos cofres públicos e até mesmo com a prisão, mas uma vez decorrido certo espaço de tempo readquirem seus direitos, se candidatam e a maioria, ou uma expressiva parcela, do eleitorado lhe concede um novo mandato.

            A maior punição é a da sociedade e não a dos tribunais, mas aquela nos dias de hoje é difícil de acontecer. Pelo contrário, os piores são os preferidos, salvo exceções.

            Lembro da maior recomendação recebida quando em 1965 assumi meu primeiro emprego na qualidade de chefe do escritório de uma empresa local: Um dos diretores me mostrou a relação dos maus pagadores expedida pelo cartório de documentos, títulos e protestos – então chamado de Cartório da Dona Iracema – e me disse: Bereci, não se vende fiado para este cidadão porque ele não costuma cumprir com seus compromissos. A relação continha só aquele nome que nunca esqueci. Com o passar dos tempos o seu nome desapareceu da lista e jamais apareceu, pois foi recuperado graças a punição da sociedade.

            Hoje a relação de protestos não caberia neste espaço e tem nome de gente “mui buena” incluída nela.

            Não é diferente com os homens públicos e São Gabriel é um exemplo disso, pois condenados por mau uso do dinheiro público gozam da preferência da maioria, inclusive da simpatia de muitos veículos de comunicação que exigem políticos sérios em Brasília ou no raio que os parta, menos na terra do Arcanjo São Gabriel.

 

            ### Senhor Prefeito, o Baltazar e o Rossano ficaram no passado. O presente deveria ser representado pelo senhor, mas está deixando muito a desejar. Está mais do que na hora de iniciar e deixar sua marca na administração municipal. Todos os municípios, com honrosas exceções, estão endividados, mercê de gestões políticas equivocadas e desvirtuadas da moralidade e da impessoalidade e o senhor sabia disso quando aceitou sua candidatura.

            Atribuir seus fracassos aos que passaram nada mais é do que admitir a própria incapacidade, pois nos poucos debates aos quais compareceu proclamava sua superioridade aos demais, o que não está provando. Todos aguardam seu choque de gestão, pois parece que o choque produzido é o da sua gestão com a coletividade. As pessoas têm medo de falar a verdade, mas o grande comentário na cidade é o de que o senhor não tem o comando da sua equipe. Imponha-se Senhor Prefeito e quem não seguir suas determinações que seja demitido sumariamente porque seu compromisso é com a coletividade e não com os filiados dos partidos que o apoiaram.

            Desconsidere as intromissões indevidas de ex-prefeito que só quer lhe desprestigiar e que se outorga a imagem do administrador que nunca foi. Pelo contrário...

            O Senhor afirmou que era o melhor. Vá em frente e prove, pois a cidade precisa disso. Faça o que os outros ao longo de cento e cinqüenta anos não fizeram e terá o respeito de todos.

           

 

           

           

           

           

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

SÃO GABRIEL SANEAMENTO


 

 

            Dia a dia após a resistência, justificada ou não, de certos grupos da coletividade sãogabrielense, a empresa responsável pelo abastecimento de água e pelo serviço de saneamento básico se credencia perante a população pela qualidade dos serviços prestados e pela integração com a municipalidade.

            O processo de escolha foi traumático, mas não autorizava ninguém ao pré-julgamento de que a empresa que ganhou a licitação prestaria um serviço de péssima qualidade e não tinha cacife para honrar os investimentos necessários para diminuir ou acabar com as deficiências apresentadas na extensão do fornecimento de água e da rede de esgoto. Muitos dos apressados precisam rever seus conceitos.

            No pequeno lapso de tempo no qual detém a responsabilidade dos serviços citados acima a São Gabriel Saneamento, a meu ver, vem correspondendo satisfatoriamente aos anseios da população e isso é notório porque quase ninguém lembra da CORSAN, exceto algum que tem interesse pessoal no retorno desta ou para tumultuar o processo que aos poucos vai se ajustando.

            Posso até estar enganado, mas tenho observado que a nova responsável pela rede de água e de esgoto é muito mais ágil na recuperação da pista de rolamento quando por necessidade da recuperação da rede é obrigada a cavar buracos para execução do serviço. A diferença é gritante. A atual empresa é muito ágil e eficiente.

            Não tenho comprometimento com ninguém, mas o episódio da troca de empresa na terceirização desse serviço é uma amostra do quanto o brasileiro é avesso às mudanças, insistindo, na maioria das vezes, com o que lhe é prejudicial.

 

            Senhor Prefeito, espero que faça na sua administração o que nenhum antecessor teve a sensibilidade de fazer: Urbanize a Avenida Tito Prates, transforme-a em prioridade de sua administração, pois do contrário a nossa Exposição Feira continuará mais conhecida como Expo poeira ou, se chover, Expolama ou simplesmente ExpoLuan. Vou tentar lhe ajudar através deste espaço. Mostre aos seus Secretários, salvo as exceções, que eles estão a serviço da comunidade e como tal não podem prejudicá-la se outorgando o direito de se adonar do poder e agir pelo que pensam e não pelo respeito às leis e ao desenvolvimento geral. Vai lá, Senhor Prefeito: 1ª prioridade: Urbanizar a Avenida Tito Prates (para ontem); 2ª prioridade: Dar seguimento à construção do Ginásio Poli - esportivo (para ontem); 3ª prioridade: Iniciar a discussão para dotar São Gabriel de um novo aeroporto ou remodelar, se possível, o existente. É óbvio que dispensa falar das prioridades das prioridades que são saúde e instrução (escolaridade).

            Orçamento se aumenta diminuindo perfumarias como excesso de CCs; de Secretarias; de despesas com publicidade, etc. Exemplo: 240 CCs x 1.000,00 ao mês =  R$ 240.000,00 x 12 = R$ 2.880.000,00 x 4 = R$ ll.520.000,00. Será que com esse valor não executaríamos um projeto para a Avenida Tito Prates? Tenho consciência, senhor prefeito, de que tal obra não é uma responsabilidade da atual administração, mas de todas as que passaram pelo Palácio Municipal e não deram a mínima atenção para dotar o local de realização da nossa feira maior de uma infra-estrutura digna dos seus visitantes, participantes e organizadores. É, deveras, o maior relaxamento e o maior desleixo para com nossas tradições de cidade hospitaleira. É uma sugestão.

 

           

 

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

A HERANÇA MALDITA DO FHC


 

 

            Penso que a pior decisão na administração do narcisista Fernando Henrique Cardoso foi sem sombra de dúvidas a implantação do instituto da reeleição. Para conseguir sua própria reeleição ele não titubeou em usar de recursos, segundo foi divulgado pela grande mídia, fora da ética e da moral tais como compra de votos, tráfico de influência e que a mesma mídia tratou de minimizar e levar para o esquecimento.

            Bem melhor que a reeleição seria um mandato de cinco (5) anos, pois com o instituto daquela o administrador de plantão abandona suas obrigações para com o povo e o ano final do primeiro mandato dedica tão somente em programar sua campanha para conquistar um novo mandato. É assim em todos os níveis municipal, estadual e federal.

            O deslumbramento pela obtenção do poder deve ser tão extraordinário que apesar de suas implicações e dificuldades os que lá chegam não mais querem sair. Talvez por isso é que os americanos dão o direito a uma reeleição, mas após isso  presidente que a obter não pode mais disputar novo mandato.

            Não há como discutir a sociedade americana e a brasileira, porém citei os dois casos só para mostrar aos brasileiros que quando a sociedade quer ela impõe seus objetivos. Precisa para tanto ter espírito coletivo e participar da vida nacional ou da vida organizacional da sua entidade de classe.

            A não participação da maioria e a falta de espírito coletivo são a causa de todos os males, mas principalmente das reeleições, pois um grupinho de 15 ou 20 pessoas se valendo da omissão da maioria muda estatuto que proíbe mais de uma reeleição, para que a mesma pessoa se eternize à frente de uma instituição.

 Essa pessoa deslumbrada se aproveitando das benesses do cargo usa e abusa da publicidade paga pela instituição dando ênfase ao próprio desempenho que é muito bom para si, mas na maioria das vezes, salvo exceções, nocivo à instituição que dirige. São os que comumente chamam de administradores de si e para si, porém a custa do patrimônio de terceiros.

            Em função da minha profissão elaborei muito estatuto para sociedades civis, a maioria sem fins lucrativos, e sempre incluía uma cláusula que impedisse mais de uma reeleição. Hoje tenho conhecimento de que muitas entidades fazem reforma no estatuto somente para eliminar essa cláusula, para oportunizar a permanência “ad eternum”dos abnegados que, muitas vezes sem remuneração, se perpetuam no mesmo cargo.

            Será isso abnegação ou exploração?

            Por essa razão é que hoje quando faço algum estatuto desde logo coloco uma cláusula: PROIBIDA A REELEIÇÃO. Morrerei tentando moralizar as coisas, mas sei que eles, os abnegados, morrerão esculhambando tudo.

            Pela falta de grandeza e do egoísmo de poucos é que a reeleição está sendo nociva à instituição que a tolera. Salvo raríssimas exceções, se é que existem.

 

            AFASTE de si o veneno da lisonja. Não creia naqueles que o elogiam sem motivo. Prefira ouvir uma crítica honesta, a um galanteio vazio. A crítica aos nossos atos poderá trazer-nos o alerta de que necessitamos para corrigir-nos. O elogio fácil nos amolece e ilude.

            E NADA EXISTE DE MAIS FRÁGIL QUE UMA CRIATURA ILUDIDA A SEU PRÓPRIO RESPEITO. (Anônimo)

    

 

 

.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

EU OS CONVOCO PARA MUDAR ESTE PAÍS


 

 

(Publicado no Jornal Tribuna do Povo, em 13.01.1995)

            Parece-me, à distância, que assumiu a Presidência da República um homem sensato e realista. Não votei nele, o PFL me impediu. Ao pronunciar em seu discurso de posse, a frase que dá o título a esta coluna, o sr. Fernando Henrique demonstrou estar consciente de que as mudanças ocorrem quando a grande maioria do povo de uma Nação assim o quer. O diabo é que o povo brasileiro não quer mudanças. Como acreditar em mudanças quando o presidente da mesa dos trabalhos da posse era o sr. Humberto Lucena? Este fato deslustrou a solenidade. O Presidente do Congresso foi denunciado como corrupto antes das eleições de 3 de outubro, mas apesar disso foi reeleito pela maioria dos eleitores do seu estado. Reconhecidamente corrupto, mas mesmo assim foi aclamado pela maioria. É de se preocupar.

            Embora não tenha votado no sr. Fernando Henrique, ele é meu Presidente como o é de todos os brasileiros e como tal o ajudarei dentro das condições que possuo nas mudanças, para melhor, que precisam acontecer neste mal amado Brasil. “Sem que o Congresso aprove as mudanças na Constituição e sem que a opinião pública se mobilize, as boas intenções morrem no discurso”. Ao pronunciar estas palavras confessava, veladamente, o Senhor Presidente sua impotência para carregar o fardo das reformas sozinho.

            Concordo com a afirmativa do Presidente mesmo porque na minha coluna no Tribuna do Povo há tempos venho batendo nessa tecla. Não se melhora um país votando em demagogos, aproveitadores e criminosos. O País será grande ou pequeno, rico ou pobre de acordo com o pensamento do seu povo. É preciso que o brasileiro adquira o sentimento  da “energia coletiva”. É preciso que o brasileiro escolha melhor seus vereadores e seus prefeitos porque é no município que, efetivamente, se iniciam as mudanças. É ilusão pensar que o Presidente da República e o Governador do Estado, por mais bem intencionados, serão capazes de tamanha transformação. Não, a mudança tem de começar por cada cidadão e cada cidadã. Nada de criar falsas expectativas para não se decepcionar depois.

            A tarefa é nossa e não devemos transferi-la para ninguém. O Brasil é um país muito estranho. O honesto é chamado de bobo enquanto o ladrão é chamado de “vivo”; A vigarice e a contravenção são fontes de riqueza enquanto o trabalho é fonte de empobrecimento. O que tem de ser mudado é a mentalidade. Os três poderes Executivo, Legislativo e Judiciário são exercidos pelos homens e por isso muitas vezes falham. Quando se inicia o ano de 1995 reafirmo minha velha convicção: quando a maioria da sociedade é séria, os três poderes funcionam harmonicamente e são bons; quando a sociedade em sua maioria é podre tudo o que emana dela exala mau cheiro.

            Comenta-se que em São Gabriel tem vereador que se vende por dinheiro de banana. O crime de quem se vende é pior do de quem compra baseado no velho ditado: proposta não é ofensa. Impedirá o sr. Fernando Henrique futuras negociatas na gaiola de ouro de São Gabriel? Acredito que não. Os eleitores precisam votar em quem tenha mais caráter e melhor preparo moral e intelectual. Se o comentário da compra e venda de votos na Câmara Municipal for verdadeiro, deve existir também a figura do corretor (aquele que ganha comissão pelo agendamento do negócio).

            Quando o eleitor mistura alhos com bugalhos normalmente acontecem essas anomalias na vida pública. A culpa é sempre de quem escolhe. Como é que o Presidente vai engrandecer o país com esse tipo de gente?

            A convocação está feita, mas será que teremos defensores da idéia?

Mais de dezessete (17) anos se passaram e tudo está no mesmo lugar. E as mudanças?

### OBSERVE o que se passa na vida: quando você necessita de alimentos, é só você que pode comer. Ninguém pode fazê-lo por você. ASSIM TAMBÉM NINGUÉM PODE CURÁ-LO.

Você é a única pessoa capaz de curar-se, de fazer seu corpo revigorar-se e libertar-se das enfermidades.

Emita pensamentos positivos de saúde e expulse de seu organismo todas as moléstias (anônimo).