A
grande mídia é tão hipócrita quanto a maioria da população brasileira. O
comentário é dela, não meu, de que após os protestos teremos ética na política
e que os mesmos têm a finalidade de acabar com a corrupção pública.
Ridículo,
mal intencionado e completamente idiota é o defensor desse pensamento, pois
segundo seu patrocinador a corrupção privada e popular pode campear solta por
esse Brasil afora e os demais segmentos estão dispensados de praticar a ética
nas suas atividades.
Será
que depois dos protestos os sonegadores deixarão de sonegar? Os motoristas
deixarão de atender celular ao volante, de tomar chimarrão? Deixarão de dirigir
alcoolizados? Os consumidores deixarão de consumir drogar? Os traficantes
deixarão de traficar drogas? O jogo do bicho será legalizado? Os profissionais
liberais passarão a dar recibos dos seus honorários? Enfim, haverá uma mudança
de comportamento que nos levará a um Brasil melhor? Não sei.
A
insistência de que só os políticos precisam ter ética e de que se precisa
combater somente a corrupção pública é o maior besteirol que alguém pode
defender.
Dar
ênfase ao combate da corrupção pública é nada mais do que liberar ou defender a
corrupção da iniciativa privada. Todos precisam ser éticos, principalmente quem
escolhe.
Expliquem-me
como uma sociedade de anjos pode eleger demônios como seus representantes? Bons
eleitores, se supõe, vão sempre eleger os melhores candidatos. E o que se vê? Como atribuir todas as responsabilidades aos
eleitos se eles são os escolhidos? Por favor, mudem esse discurso manjado de
transferir responsabilidades. Assumam seus atos e admitam que se o Brasil não
está melhor é porque poucos têm o comportamento necessário para tanto. As
mudanças devem acontecer no íntimo de cada um e de todos, caso contrário não
adianta berrar nas ruas.
Os
administradores são, em parte, responsáveis pelo caos que se instala no país
porque não têm a coragem de dizer que o seu sucesso depende do comportamento da
maioria no que tange ao cumprimento de suas obrigações, exigência dos seus
direitos e uma efetiva participação coletiva na efetivação de melhoramentos
para todos.
O
município é o nascedouro de tudo. Dou um exemplo: A coletividade vai permitir
que a administração municipal leve adiante a construção do templo para o Sepé
Tiarajú quando São Gabriel tem tantas outras prioridades? Onde estão as pessoas
influentes da cidade? Porque não se manifestam? É proibido divergir civilizadamente
de um projeto secundário?
É
necessário um debate. Onde estão as cinco (5) rádios desta terra? Onde estão os
jornais? Ou vão deixar acontecer para depois criticar?
O
debate é necessário para esclarecimentos e o convencimento dos que têm
resistência à execução do projeto. Ou vão deixar acontecer o que aconteceu com a data da emancipação política de São
Gabriel alterada de (15.12.1859), sem qualquer fundamentação relevante, para
(04.04.1846)?
Entendo
que é obrigação e direito de todo e qualquer cidadão participar da
administração do seu município, e o Prefeito, os Vereadores e demais
autoridades do município têm o dever de abrir o canal para essa participação.
Esconder-se
atrás do sofrível “não adianta” é reconhecer sua covardia ou sua falta de
vontade de tentar mudar a situação. O Brasil para mudar precisa de todos e não
somente da minoria representada pelos detentores de mandato. Esta minoria é
escolhida pela maioria, portanto...
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