sexta-feira, 19 de julho de 2013

QUANDO VÃO APRENDER


 

 

            Que o pior defeito do brasileiro é o individualismo e que dele decorre o grande fracasso nacional? É um vício do povo, adotado pela grande imprensa e aceito como máxima por todos aqueles que não têm opinião própria e muito menos coragem de manifestar sua contrariedade com as idiotices publicadas por quem tem um microfone ou uma página em qualquer periódico.

            Falar em reformas é muito bonito, mas quem as quer? Os idiotas dizem: o PMDB do Simon quando deveriam dizer o Simon do PMDB; a seleção do Luis Felipe quando o certo é a seleção brasileira; o sindicato do Tarso, quando o certo é o Tarso do Sindicato; a cooperativa do Fogueira, quando deveriam dizer o Carlos Cleber da Cooperativa de Lã; o sindicato do Zeferino; outrora era a cooperativa do Jairo; a Santa Casa do Roque; o PFL do Antonio Carlos Magalhães; o PSB do Eduardo Campos; mais recentemente o PP da Ana Amélia; a associação do Iturbide e assim por diante.

            São exemplos, nada mais do que exemplos e por essa razão não há necessidade dos citados ficarem irritados com o jornalista. Não cito outros tantos porque faltaria espaço para desenvolver o raciocínio necessário para tentar alertá-los dos nossos males.

            O brasileiro despreza a coletividade, haja vista que aqueles que detêm qualquer mandato adoram se manifestar ao público da seguinte maneira: “no meu” governo; no meu diretório; na minha gestão; na minha associação; no meu hospital; no meu partido; na minha cooperativa. Na realidade o que querem é um destaque especial para o seu nome usando a instituição que transitoriamente dirigem. E o “nosso” não existe?

            Certa feita, quando colaborava com outro periódico, escrevi uma crônica com o seguinte título: As instituições e a criação de monstros. Foi um Deus nos acuda, recebi telefonemas agressivos, desaforos, mas nenhum argumento que desqualificasse o conteúdo exposto. Citei a eleição da Maria do Carmo, (RBS) como cito hoje a eleição da Ana Amélia Lemos (TV GLOBO) e de outros profissionais que têm visibilidade permanente perante o grande público e após um lapso de tempo se candidatam e logram êxito que nem o atual prefeito que, após dezesseis (16) anos à frente da Santa Casa, seguiu o caminho das citadas acima. A preferência da maioria do eleitorado por pessoas, muitas vezes, alheias à vida partidária vem em detrimento da classe política.

            Leio, no Jornal do Comércio, 15.07.2013, uma longa entrevista do senhor José Fogaça, outrora PMDB, ontem PPS e hoje novamente PMDB reclamando que em determinados momentos de sua última candidatura ficou só. Mas afinal o que ele é? Ele não deixou o PMDB só? É desse tipo de político que o povo gosta e é esse tipo de político que enfraquece o sistema partidário brasileiro. O brasileiro não tem ideologia, tem interesse e na defesa do seu interesse imediato não segue Partido Político, mas sim o indivíduo político. Os exemplos, em São Gabriel, são fartos.

            E a Marina Silva, o que é? Era PT, foi para o PV e agora quer fundar o Rede de Sustentabilidade. Pior do que ela são os que a seguem. Vão chupar um prego.

            O Brasil têm quinhentos e treze (513) anos, porém o Partido Político mais velho deve ter no máximo de trinta (30) a trinta e três (33) anos.

            A grande reforma de que o Brasil precisa e para a qual ninguém dá a mínima atenção é de uma grande REFORMA MORAL, a qual modificaria o modo de pensar do brasileiro e desta maneira o comportamento geral da nação.

            O resto é conversa fiada para manter a anarquia reinante desde o remoto ano de 1500.


           

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