Muita gente não entendeu o conteúdo
do artigo que escrevi há poucos dias, O Mundo das Mulheres – e concluíram que
sou contra as mesmas. Mas como poderia ser contra, se nasci de uma mulher
extraordinária que muito se sacrificou para educar o homem que sou? Fui e sou
um admirador das verdadeiras mulheres.
Penso que elas foram criadas para
serem amadas, cortejadas, respeitadas, com a precípua finalidade de tornar o
mundo suave e para desempenhar um papel
totalmente diferente daquele destinado ao homem.
Durante minha existência tive e
tenho o privilégio de conviver com os mais variados tipos de mulheres, pois não
tenho vínculos exclusivos com nenhuma e por viver a noite intensamente, pois
muito do que sei devo à vida boêmia que torna a noite muito mais original,
sábia e real do que o dia que é extremamente falso pelos seus protocolos e suas
etiquetas.
Posso afirmar que conheço as
mulheres como poucos, das dissimuladas, falsas, levianas, de todas as classes e
cores, das burras até as inteligentes.
Para sorte dos homens as mulheres
dão maior valor à beleza física do que à inteligência, caso contrário elas os
teriam na palma da mão.
Neste exato momento lembro das
centenas, para não dizer milhares, de mulheres que fizeram parte da minha
existência; cada música que escuto me faz lembrar de uma delas e de súbito, de
repente, não mais que de repente me assalta a pergunta: Será que elas se
lembram de mim tanto quanto me lembro delas?
Lembro das que me roubaram, das que
tentaram me enganar, das que fingiram gostar de mim, das que precisaram de mim
nas suas dificuldades, das que me protegeram, mas todas elas na sua maneira de
encarar a vida fizeram parte do meu mundo e deixaram comigo as lembranças dos
bons momentos vividos.
Não sou um homem polido, fino,
vaselina como elas tanto gostam, mas apesar da vida me ter feito um homem
rústico, me ensinou a ser educado, cavalheiro, respeitador e admirador do
outrora chamado de sexo frágil, mas que de frágil nunca teve nada. Costumo
dizer que sou um romântico vivendo fora de hora, pois ficaram para trás os
tempos dos bares e dos restaurantes onde os remanescentes do fim da noite
recitavam poesias e cantarolavam melodias que quase sempre falavam de um amor
perdido ou coisa parecida. Caros leitores, não me queixo de nada porque vivo a
vida que escolhi.
Noites espetaculares, principalmente
quando na mesma mesa estavam o Francisco Marciano Ferrer, o Carlos Bento
Pereira, a Marília Moreira e este jornalista. Noutras noitadas lá estavam o
Juvenil Camargo e seu violão, o Flávio, o José Luiz, o Carlos Bento Pereira
(Dr. Carlos) e naturalmente este jornalista.
Ah, como recordo o alvorecer de um
novo dia numa mesa do Bar/Restaurante Batovi ou então das madrugadas do Bar
Boêmio na companhia do Claive e do Nestor.
Essas companhias me fazem falta, mas
continuo o boêmio de sempre, honrando a amizade e o gosto de ver o alvorecer do
dia convivendo nos bares que já não existem mais e tentando substitutos que
também não encontro mais.
As tantas mulheres, a boemia, as
noites sem dormir aliadas inseparáveis do cigarro e do trago produziram um
estrago no meu coração, porém as três (3) safenas reparadoras jamais serão
empecilhos para continuar no estilo indomável que escolhi para transitar
temporariamente por estas paragens.
Essa vida íntima anárquica que
sempre levei é a grande responsável pela vida solitária que tenho hoje, pois
das tantas mulheres que tive nenhuma conseguiu domar o boêmio inveterado que
habita em mim. Gosto
das mulheres como poucos, mas continuo pensando que, no momento, elas estão nos
lugares errados. Obvio, com exceções.
Creio ter esclarecido de vez a
questão, pois se ao homem é reconhecido o direito de possuir dois carros, duas
casas, por que não duas ou mais mulheres?
###Triste abandono: É o tratamento
da Prefeitura para a Avenida Tito Prates. Não é vergonhoso?
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