terça-feira, 16 de julho de 2013

MULHERES


 

 

            Muita gente não entendeu o conteúdo do artigo que escrevi há poucos dias, O Mundo das Mulheres – e concluíram que sou contra as mesmas. Mas como poderia ser contra, se nasci de uma mulher extraordinária que muito se sacrificou para educar o homem que sou? Fui e sou um admirador das verdadeiras mulheres.

            Penso que elas foram criadas para serem amadas, cortejadas, respeitadas, com a precípua finalidade de tornar o mundo suave  e para desempenhar um papel totalmente diferente daquele destinado ao homem.

            Durante minha existência tive e tenho o privilégio de conviver com os mais variados tipos de mulheres, pois não tenho vínculos exclusivos com nenhuma e por viver a noite intensamente, pois muito do que sei devo à vida boêmia que torna a noite muito mais original, sábia e real do que o dia que é extremamente falso pelos seus protocolos e suas etiquetas.

            Posso afirmar que conheço as mulheres como poucos, das dissimuladas, falsas, levianas, de todas as classes e cores, das burras até as inteligentes.

            Para sorte dos homens as mulheres dão maior valor à beleza física do que à inteligência, caso contrário elas os teriam na palma da mão.

            Neste exato momento lembro das centenas, para não dizer milhares, de mulheres que fizeram parte da minha existência; cada música que escuto me faz lembrar de uma delas e de súbito, de repente, não mais que de repente me assalta a pergunta: Será que elas se lembram de mim tanto quanto me lembro delas?

            Lembro das que me roubaram, das que tentaram me enganar, das que fingiram gostar de mim, das que precisaram de mim nas suas dificuldades, das que me protegeram, mas todas elas na sua maneira de encarar a vida fizeram parte do meu mundo e deixaram comigo as lembranças dos bons momentos vividos.

            Não sou um homem polido, fino, vaselina como elas tanto gostam, mas apesar da vida me ter feito um homem rústico, me ensinou a ser educado, cavalheiro, respeitador e admirador do outrora chamado de sexo frágil, mas que de frágil nunca teve nada. Costumo dizer que sou um romântico vivendo fora de hora, pois ficaram para trás os tempos dos bares e dos restaurantes onde os remanescentes do fim da noite recitavam poesias e cantarolavam melodias que quase sempre falavam de um amor perdido ou coisa parecida. Caros leitores, não me queixo de nada porque vivo a vida que escolhi.

            Noites espetaculares, principalmente quando na mesma mesa estavam o Francisco Marciano Ferrer, o Carlos Bento Pereira, a Marília Moreira e este jornalista. Noutras noitadas lá estavam o Juvenil Camargo e seu violão, o Flávio, o José Luiz, o Carlos Bento Pereira (Dr. Carlos) e naturalmente este jornalista.

            Ah, como recordo o alvorecer de um novo dia numa mesa do Bar/Restaurante Batovi ou então das madrugadas do Bar Boêmio na companhia do Claive e do Nestor.

            Essas companhias me fazem falta, mas continuo o boêmio de sempre, honrando a amizade e o gosto de ver o alvorecer do dia convivendo nos bares que já não existem mais e tentando substitutos que também não encontro mais.

            As tantas mulheres, a boemia, as noites sem dormir aliadas inseparáveis do cigarro e do trago produziram um estrago no meu coração, porém as três (3) safenas reparadoras jamais serão empecilhos para continuar no estilo indomável que escolhi para transitar temporariamente por estas paragens.

            Essa vida íntima anárquica que sempre levei é a grande responsável pela vida solitária que tenho hoje, pois das tantas mulheres que tive nenhuma conseguiu domar o boêmio inveterado que habita em mim. Gosto das mulheres como poucos, mas continuo pensando que, no momento, elas estão nos lugares errados. Obvio, com exceções.

            Creio ter esclarecido de vez a questão, pois se ao homem é reconhecido o direito de possuir dois carros, duas casas, por que não duas ou mais mulheres?

 

            ###Triste abandono: É o tratamento da Prefeitura para a Avenida Tito Prates. Não é vergonhoso?

           

           

           

 

 

           

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