Quando
a maioria que reclama não paga impostos e quer tudo de graça. Quem tem
consciência de como funciona a administração de qualquer estabelecimento, tenha
ou não fim lucrativo, sabe que é impossível gastar sem arrecadar. Os maiores
beneficiados com programas de isenção são exatamente aqueles que querem ganhar
mais e mais e pouco interessa quem vai pagar a conta.
Acompanho,
um pouco de longe, a briga da Presidência da Câmara Municipal com a maioria dos
senhores vereadores, ou vice versa, e não posso deixar meus leitores sem a
manifestação do que penso a respeito.
Penso
que é ridícula e a maior confirmação do que já tenho escrito a respeito dos
senhores vereadores, salvo raríssimas exceções: o principal objetivo da maioria é a grande remuneração percebida ao fim
cada mês do ano, sem precisar comprovar a devida prestação de serviço. Mas se
estão a serviço da comunidade não seria o caso de protegê-la e não
explorá-la? Para que tantos auxiliares, pois parece que a Colenda tem de 60 a 70 funcionários, se um
assessor seria o suficiente para cada edil?
A
informação que tenho é antiga, mas todo o IPTU arrecadado não seria suficiente
para sustentar a Câmara de Vereadores. É possível isso?
E
ainda tem vereador sugerindo a criação de mais Secretarias como se as dezessete
(17) existentes fossem insuficientes para atender as necessidades do município.
E não vejo ninguém protestar contra a absurda remuneração de R$ 7.000,00 (sete
mil reais) mensais que se desperdiça por cada componente da Colenda. Não
entendo tais protestos: querem pagar menos impostos, mas toleram salários
elevados que inviabilizam investimentos e melhoramentos para todos.
Tínhamos
dezenove (19), baixamos para dez (10) que ainda era muito, pois ninguém notou a
ausência dos nove (9) indicativo de que nunca fizeram falta.
Surgiu
então o deputado federal Pompeu de Mattos, aquele que ficou poucos dias
exercendo sua profissão no Banco do Brasil e disse que o salário era miserável,
com uma Proposta de Emenda Constitucional aumentando novamente o número de
vereadores. E ninguém protestou ou poucas vozes se levantaram contra, e foi
aprovada. O Senhor Pompeu de Mattos foi candidato a vice-governador e perdeu a
mamata da deputação federal. Virou um cidadão comum e foi exercer sua função no
BB, onde é funcionário de carreira, mas o salário era miserável e tinha que
cumprir horário. Acostumado a viver a
custa pública, berrou. O Prefeito de Porto Alegre, cantado em prosa e verso
como um grande administrador, criou uma Secretaria para beneficiar o senhor
Pompeu de Mattos, herói do seu PDT, com recursos populares. Ninguém protestou
ninguém não, uns dois ou três somente. Mas o Fortunatti é o Prefeito da Copa e
cotado para candidato a Governador. Será disso que o povo gosta?
Todos pedem um
Estado mínimo, mas a maioria quer viver na sombra de um Estado máximo. Assim é
impossível diminuir impostos.
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O Dupont me informa que o comum amigo Laurentino/Lauro adotou a modernidade, tanto é que fará uma
cirurgia na capital. Será o sinal dos tempos? Desejo que tudo lhe corra bem.
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