terça-feira, 23 de julho de 2013

IMPOSSÍVEL DIMINUIR IMPOSTOS


 

 

            Quando a maioria que reclama não paga impostos e quer tudo de graça. Quem tem consciência de como funciona a administração de qualquer estabelecimento, tenha ou não fim lucrativo, sabe que é impossível gastar sem arrecadar. Os maiores beneficiados com programas de isenção são exatamente aqueles que querem ganhar mais e mais e pouco interessa quem vai pagar a conta.

            Acompanho, um pouco de longe, a briga da Presidência da Câmara Municipal com a maioria dos senhores vereadores, ou vice versa, e não posso deixar meus leitores sem a manifestação do que penso a respeito.

            Penso que é ridícula e a maior confirmação do que já tenho escrito a respeito dos senhores vereadores, salvo raríssimas exceções: o principal objetivo da maioria é a grande remuneração percebida ao fim cada mês do ano, sem precisar comprovar a devida prestação de serviço. Mas se estão a serviço da comunidade não seria o caso de protegê-la e não explorá-la? Para que tantos auxiliares, pois parece que a Colenda tem de 60 a 70 funcionários, se um assessor seria o suficiente para cada edil?

            A informação que tenho é antiga, mas todo o IPTU arrecadado não seria suficiente para sustentar a Câmara de Vereadores. É possível isso?

            E ainda tem vereador sugerindo a criação de mais Secretarias como se as dezessete (17) existentes fossem insuficientes para atender as necessidades do município. E não vejo ninguém protestar contra a absurda remuneração de R$ 7.000,00 (sete mil reais) mensais que se desperdiça por cada componente da Colenda. Não entendo tais protestos: querem pagar menos impostos, mas toleram salários elevados que inviabilizam investimentos e melhoramentos para todos.

            Tínhamos dezenove (19), baixamos para dez (10) que ainda era muito, pois ninguém notou a ausência dos nove (9) indicativo de que nunca fizeram falta.

            Surgiu então o deputado federal Pompeu de Mattos, aquele que ficou poucos dias exercendo sua profissão no Banco do Brasil e disse que o salário era miserável, com uma Proposta de Emenda Constitucional aumentando novamente o número de vereadores. E ninguém protestou ou poucas vozes se levantaram contra, e foi aprovada. O Senhor Pompeu de Mattos foi candidato a vice-governador e perdeu a mamata da deputação federal. Virou um cidadão comum e foi exercer sua função no BB, onde é funcionário de carreira, mas o salário era miserável e tinha que cumprir horário. Acostumado a viver a custa pública, berrou. O Prefeito de Porto Alegre, cantado em prosa e verso como um grande administrador, criou uma Secretaria para beneficiar o senhor Pompeu de Mattos, herói do seu PDT, com recursos populares. Ninguém protestou ninguém não, uns dois ou três somente. Mas o Fortunatti é o Prefeito da Copa e cotado para candidato a Governador. Será disso que o povo gosta?

            Todos pedem um Estado mínimo, mas a maioria quer viver na sombra de um Estado máximo. Assim é impossível diminuir impostos.

 

            ### O Dupont me informa que o comum amigo Laurentino/Lauro adotou a modernidade, tanto é que fará uma cirurgia na capital. Será o sinal dos tempos? Desejo que tudo lhe corra bem.

     

           

             

           

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