terça-feira, 18 de junho de 2013

DERROCADA TOTAL


 

 

            Não viajo, não gosto de carregar malas e muito menos de me sujeitar aos atrasos de ônibus, aviões ou outro meio de transporte qualquer, pois os meios de comunicação que tenho a disposição me permitem acompanhar o mundo e suas mudanças.

            Leio muito, não essa literatura utópica criada pela mente do escritor, mas a leitura que manifesta as opiniões de pessoas dos mais variados ramos de atividades, credo político, credo religioso, formação acadêmica, etc.

            Noventa por cento (90%) dessas manifestações, e isso me preocupa, culpam os governos pela violência, pela prostituição, pela inflação, pela falta de saúde, pela falta de educação, enfim, todos se isentam e, por conseguinte isentam o povo de toda e qualquer responsabilidade pelas nossas mazelas.

            Mas ninguém reclama do que o povo deixa de fazer pelo governo.

            É nesse exato momento que sinto como o brasileiro de um modo geral, independente de ser culto ou inculto, rico ou pobre, da periferia ou do centro é despreparado, irresponsável, sem brio, sem auto-estima, sem civismo e sem o mínimo respeito pelo coletivo.

            Poucos falam ou escrevem sobre ética, moral e obediência às leis, mas quase todos querem leis, leis e mais leis para serem desrespeitadas.

            A grande maioria culpa o governo pelos acidentes de trânsito, inclusive a televisão, mas ninguém diz que quase cem por cento dos acidentes de trânsito são de responsabilidade dos motoristas e assim vão contribuindo pela derrocada moral que assola todo o território nacional.

            A maioria se manifesta contra a pesada carga tributária, mas essa mesma maioria não esclarece que ela é produzida pelo grande contingente de sonegadores, pelas isenções e gratuidades e pela informalidade que produz em seu bojo quase outro Produto Interno Bruto.

            A maioria reclama do paternalismo estatal para com os desvalidos, mas esquece de dizer que ela também tira proveito desse mesmo paternalismo; reclama da quantidade de servidores públicos, mas quer ter um filho ou parente em qualquer cargo público; reclama dos maus políticos, mas elege os piores; reclama dos motoristas bêbados, mas é contra a lei seca; reclama do desemprego, mas não admite que a indústria das ações trabalhistas, a desonestidade dos reclamantes e se supõe a falta de ética de certos procuradores, aliadas ao paternalismo da in (Justiça do Trabalho) é um dos fatos determinantes do seu crescimento e assim por diante.

            É preciso ter cuidado com as notícias da mídia, pois muitas delas são produzidas pelos próprios interessados que pagam sua divulgação; analisem com profundidade a reeleição para todos e quaisquer cargos, pois se fosse ruim desempenhá-los ninguém a disputaria.

            E nós, leitores, também somos responsáveis pela calamidade que assola o País. Aliás, os maiores responsáveis, admitam ou não é a mais cristalina das verdades.

 

            ### Não vejo nada de anormal vereadores da oposição reconhecerem o bom trabalho de um Secretário Municipal. Pelo contrário é um sinal de grandeza e de amadurecimento político.

 

            ### Registro com extremada satisfação a visita do Professor Hélio Menna. É muito bom conversar com pessoas mais qualificadas do que eu, pois dessa maneira aumento a gama de conhecimentos necessários ao meu aperfeiçoamento. Trocamos idéias, concordamos em umas, discordamos em outras, porém num clima de cordialidade e de respeito que deve existir no debate das idéias. Professor, muito obrigado e será um grande prazer recebê-lo novamente. As portas do meu escritório e da minha casa estarão sempre abertas para receber a cultura que o senhor representa. Volte sempre.

           

             

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