Não viajo, não gosto de carregar malas e muito menos
de me sujeitar aos atrasos de ônibus, aviões ou outro meio de transporte
qualquer, pois os meios de comunicação que tenho a disposição me permitem
acompanhar o mundo e suas mudanças.
Leio muito, não essa literatura
utópica criada pela mente do escritor, mas a leitura que manifesta as opiniões
de pessoas dos mais variados ramos de atividades, credo político, credo
religioso, formação acadêmica, etc.
Noventa por cento (90%) dessas
manifestações, e isso me preocupa, culpam os governos pela violência, pela
prostituição, pela inflação, pela falta de saúde, pela falta de educação,
enfim, todos se isentam e, por conseguinte isentam o povo de toda e qualquer
responsabilidade pelas nossas mazelas.
Mas ninguém reclama do que o povo
deixa de fazer pelo governo.
É nesse exato momento que sinto como
o brasileiro de um modo geral, independente de ser culto ou inculto, rico ou
pobre, da periferia ou do centro é despreparado, irresponsável, sem brio, sem
auto-estima, sem civismo e sem o mínimo respeito pelo coletivo.
Poucos falam ou escrevem sobre
ética, moral e obediência às leis, mas quase todos querem leis, leis e mais
leis para serem desrespeitadas.
A grande maioria culpa o governo
pelos acidentes de trânsito, inclusive a televisão, mas ninguém diz que quase
cem por cento dos acidentes de trânsito são de responsabilidade dos motoristas
e assim vão contribuindo pela derrocada moral que assola todo o território
nacional.
A maioria se manifesta contra a
pesada carga tributária, mas essa mesma maioria não esclarece que ela é
produzida pelo grande contingente de sonegadores, pelas isenções e gratuidades
e pela informalidade que produz em seu bojo quase outro Produto Interno Bruto.
A maioria reclama do paternalismo
estatal para com os desvalidos, mas esquece de dizer que ela também tira
proveito desse mesmo paternalismo; reclama da quantidade de servidores
públicos, mas quer ter um filho ou parente em qualquer cargo público; reclama
dos maus políticos, mas elege os piores; reclama dos motoristas bêbados, mas é
contra a lei seca; reclama do desemprego, mas não admite que a indústria das
ações trabalhistas, a desonestidade dos reclamantes e se supõe a falta de ética
de certos procuradores, aliadas ao paternalismo da in (Justiça do Trabalho) é
um dos fatos determinantes do seu crescimento e assim por diante.
É preciso ter cuidado com as
notícias da mídia, pois muitas delas são produzidas pelos próprios interessados
que pagam sua divulgação; analisem com profundidade a reeleição para todos e
quaisquer cargos, pois se fosse ruim desempenhá-los ninguém a disputaria.
E nós, leitores, também somos
responsáveis pela calamidade que assola o País. Aliás, os maiores responsáveis,
admitam ou não é a mais cristalina das verdades.
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Não vejo nada de anormal vereadores da oposição reconhecerem o bom trabalho de
um Secretário Municipal. Pelo contrário é um sinal de grandeza e de
amadurecimento político.
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Registro com extremada satisfação a visita do Professor Hélio Menna. É muito
bom conversar com pessoas mais qualificadas do que eu, pois dessa maneira
aumento a gama de conhecimentos necessários ao meu aperfeiçoamento. Trocamos
idéias, concordamos em umas, discordamos em outras, porém num clima de
cordialidade e de respeito que deve existir no debate das idéias. Professor,
muito obrigado e será um grande prazer recebê-lo novamente. As portas do meu
escritório e da minha casa estarão sempre abertas para receber a cultura que o
senhor representa. Volte sempre.
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