sexta-feira, 28 de junho de 2013

SEIS (6) MESES


 

 

            É o tempo de vida da nova administração municipal que ainda não disse a que veio. Está, para qualquer observador mais atento, sem articulação e sem respaldo político uma vez que foi eleita por um arranjo que se aproveitou do desgaste político de quem pretendia a segunda reeleição.

            A diferença entre administrar um pequeno hospital que, embora particular/privado, é movido por verbas públicas e uma Prefeitura é abissal. Quando aquele vai mal a culpa é dos administradores públicos que não lhe estendem sustentação financeira e quando vai bem é mérito do provedor.

            Acredito que o senhor Prefeito ainda não percebeu que deixou de ser o Provedor de ontem e para ser, hoje, o administrador de um Município com todas as dificuldades que ele não reconhecia naquele passado não tão distante.

            Nos poucos debates dos quais participou afirmava alto e a bom som que se eleito iria melhorar a gerência municipal e qualificaria a saúde.

            Foi eleito, mas não melhorou a gerência municipal e muito menos qualificou a saúde. Mas foi eleito e mesmo sem o meu apoio o senhor é meu Prefeito também. Não torço contra, pelo contrário, minha consciência de cidadão exige que o ajude como sempre ajudei aos demais. E o farei.

            Conheço o povo, esse  povo que acredita em  promessa mesmo sabendo que é impossível de cumpri-la e por essa razão logo após a posse de quem ganhou se decepciona e passa a torcer contra.

            Essa estagnação, para mim, não é novidade e muito menos surpresa, pois já escrevi que a administração pública, em todos os níveis, que destina sessenta por cento (60%) de sua arrecadação líquida para gastos com pessoal (ativo e inativo), em torno de vinte cinco (25) na educação e quinze (15) na saúde está terminantemente impedida de fazer investimentos, exceto com endividamento.

            Por outro lado, de longe, a impressão que se tem é que o atual Prefeito está entre a cruz e a espada: a cruz é representada pelo PT que, se supõe, não confia no mesmo, pois é egresso do PSDB; a espada é representada pelo responsável pela sua eleição e sua turma que, se supõe, a colocam na sua garganta não lhe permitindo qualquer movimento brusco sem o risco da degola.

            De outro lado a insistência na construção de um templo para o índio Sepé Tiarajú na ilusão de transformar São Gabriel em um centro turístico está esvaziando sua administração em vista de tantas outras prioridades das quais a cidade necessita.

            Cada um é responsável pelos seus atos, mas fazer tal aventura, que beira irresponsabilidade, com recursos populares é deveras arriscado e comprometedor. Nossa cidade está muito longe do pólo desenvolvimentista do RS e não será somente essa obra que atrairá um contingente de turistas para visitação.

            Para essa ousadia falta à nossa comunidade total infra-estrutura. Seria o mesmo que um cidadão  ter somente um dente de ouro e mais nenhum que lhe ajudasse a mastigar um bom churrasco. É de se pensar bastante sobre o assunto.

            A administração é difícil e atritiva principalmente quando seus componentes olham primeiro  para  o interesse individual em detrimento do coletivo. Está na hora de iniciar os trabalhos, pois quatro anos passam céleres e o tempo perdido não se recupera.

 

            ### A turba quer administração responsável? Então que exija a implantação do PARLAMENTARISMO. É, sem sombra de dúvidas, o sistema ideal, mas o povo também precisa ser responsável, educado e consciente de que ele é o grande patrocinador de tudo o que  acontece  no  país,  de bom ou de ruim.

           

           

                         

terça-feira, 25 de junho de 2013

O QUE O POVO QUER?


 

 

         Partidos Políticos fortes e decentes, mas o eleitor não vota no Partido e sim no candidato; A Constituição Federal diz que o mandato é popular, mas o TSE diz que é do Partido; Nesse mar de incoerências afinal o que o povo quer? Disciplina? Mas ele não gosta de disciplina; Grandes aposentadorias, mas ele não gosta de contribuir com a Previdência; Quer carga tributária baixa, mas ele é um sonegador em potencial; Quer educação, mas ele não educa o seu próprio filho; Quer segurança, mas com sua indiferença e suas discriminações produz a violência; quer saúde, mas com seu comportamento relaxado no dia a dia contribui com as doenças; e assim por diante.

            Penso que todos esses protestos, quando se realiza no País um evento mundial, têm o único objetivo de desestabilizar a administração federal. É, sim, um movimento articulado. O povo não cria mais líderes verdadeiros e responsáveis, elege pessoas com visibilidade na mídia tais como, cantores, palhaços, repórteres, etc. Os exemplos são fartos. Os eleitos, com honrosas exceções, compram seus mandatos, ou então os conseguem através da exploração ou uso de uma instituição.

            Os protestos contra a realização da Copa das Confederações e contra a realização da Copa do Mundo, se válidos, deveriam ser feitos quatro anos atrás. Independente de qualquer situação sou favorável à realização desses eventos no Brasil, pois eles passam, mas os melhoramentos construídos para sua viabilização permanecerão beneficiando todos os brasileiros.

            Esses melhoramentos não seriam realizados se esses eventos não fossem realizados no Brasil.

            Costumo dizer que grande parte dos brasileiros não gosta do Brasil, pois é ridícula a preferência por produtos estrangeiros, pelo nome dos filhos, e outras coisas mais. Não se dão conta, esses coitados, de que se o Brasil não presta é porque eles são brasileiros e que se os outros países são melhores é porque lá habita outros povos.

            Quem protestou, exceto eu, pelo absurdo da remuneração dos vereadores de São Gabriel, sete mil reais mensais (R$ 7.000,00) durante doze (12) meses e trabalharem quatro (4) horas por semana durante nove (9) meses?

            É muito estranho que no Brasil a grande maioria de extraordinários e corretos cidadãos escolham para representá-los a escória da sociedade (os políticos). Penso que nossos administradores são produtos da escolha da maioria de todos os segmentos que constituem o país, desde os empresários até o mais insignificante indigente.

            O PROTESTO VÁLIDO É AQUELE QUE PARTE DE QUEM TEM COMPORTAMENTO MORAL PERMANENTE PARA FAZÊ-LO.

            Tenho convocado o povo para mudar este País, mas não é com passeatas, distúrbios, anarquias e depredações de um dia e sim com atitudes de civismo, responsabilidade e coletividade. O resto é para aparecer na mídia.

 

            Há poucos dias fui até a Secretaria Municipal de Agricultura tratar assuntos de interesse da comunidade, principalmente do Bairro Menino Jesus. A civilidade com que fui recebido pela equipe do senhor Secretário engrandece toda e qualquer administração. Todos sabem da minha posição, mas as coisas boas precisam ser divulgadas e reconhecidas. Isso também faz parte da verdade. Espero que os desavisados ou mal intencionados não confundam reconhecimento com adesão.

           

           

             

sexta-feira, 21 de junho de 2013

AS ESCOLHAS DE CADA UM


 

 

            Devem ser respeitadas nos seus mais variados aspectos, pois ninguém vive a vida dos outro, mas cada um a sua. Não há sentido querer determinar a vida dos outros quando na maioria das vezes tais pessoas não determinam as suas.

            Todas as escolhas trazem no seu bojo certas responsabilidades e naturalmente cada um deve assumi-las no momento que opta por tomá-las e jamais, em momento algum, culpar terceiros quando os resultados, porventura, serem negativos.

            Neste heterogêneo universo existe gente para tudo, mas existem, sobretudo, aquelas pessoas que se outorgam o direito de interferir nas escolhas dos outros sem que isso lhe seja solicitado, o que é, para mim, extremamente deselegante.

            Certa vez uma senhora entendeu ter o direito de escolher uma mulher para viver comigo; teceu elogios, fez apologia das suas virtudes, enfim, a sua candidata era perfeita. Perguntei: E os defeitos? A senhora, pensando no sucesso, respondeu: Ela nunca demonstrou se os tem. Respondi: Fique com essa perfeição porque os defeitos aparecerão se ela for morar comigo. Mulher para viver comigo depende de uma escolha recíproca e não somente de mim. Ela e eu precisamos querer, pois todos os dois têm o mesmo direito. Para ser a minha companheira ela precisa escolher que eu seja o seu companheiro e é nesse momento que o caldo entorna. A coisa não é tão fácil como parece. Que tenham a sinceridade de dizer os que vivem a dois.

            Os queridos leitores devem conhecer a letra do fado português: SÓ NÓS DOIS. Só nós dois é que sabemos/ O quanto nos queremos bem/ Só nós dois é que sabemos/ Só nós dois e mais ninguém/ Só nós dois avaliamos/ esse amor forte, profundo/ Quando o amor acontece/ Não pede licença ao mundo. . . Anda, abraça-me e beija-me/ Encosta teu peito ao meu/ Esqueça o que vai na rua/ Vem ser minha e eu serei teu/ Que falem não nos interessa/ O MUNDO NÃO NOS IMPORTA/ O nosso mundo começa/ Cá dentro da nossa porta...

            E ainda existem os que sabem tudo o que acontece dentro da porta dos outros, mas ignoram tudo o que acontece dentro da sua. Cuidado.

            Respeitem, pois as escolhas dos outros. Somente eles têm o direito de fazê-las.

 

            ### PROTESTOS são válidos desde que não se perca a civilidade. Penso que faltam os protestos contra a existência de 513 deputados federais; da existência de 81 senadores; da existência de um sem número de vereadores; contra os péssimos eleitores que são os maiores responsáveis pela eleição dos não menos péssimos políticos eleitos; faltam os protestos contra os financiadores desses péssimos políticos; faltam os protestos contra os sonegadores, etc.

 

            ### Quem financia a movimentação da Marina Silva por esse imenso Brasil na ânsia de fundar um novo Partido Político? Ela é rica? Quem está na sua retaguarda? Quanto ela gasta? Quem tiver essas respostas que as apresente. Se for a nova Presidente do Brasil já não será eleita totalmente comprometida com os grupos que lhe dão sustentação?

 

            ### Com Aécio, com Marina, com Dilma, com Luiz Inácio, com Eduardo Campos ou com outro qualquer nada mudará, pois o povo será o mesmo e os grupos dominantes também. O melhor seria que o novo Presidente do Brasil fosse o chefe desses protestos populares e então teríamos o Brasil das mil maravilhas. A propósito, será que eles (os protestantes) administram alguma coisa ou qualquer contingente de pessoas possuidoras de direitos e obrigações? Será que têm credibilidade? Será que são cidadãos exemplares no cumprimento de suas obrigações? Não andarão eles em busca de notoriedade para enfrentar uma candidatura amanhã? Apenas indagações, afinal sou um dos poucos que protesta permanentemente. É de chorar, todos têm a solução, mas tudo vai de mal a pior.


           

           

             

             

terça-feira, 18 de junho de 2013

DERROCADA TOTAL


 

 

            Não viajo, não gosto de carregar malas e muito menos de me sujeitar aos atrasos de ônibus, aviões ou outro meio de transporte qualquer, pois os meios de comunicação que tenho a disposição me permitem acompanhar o mundo e suas mudanças.

            Leio muito, não essa literatura utópica criada pela mente do escritor, mas a leitura que manifesta as opiniões de pessoas dos mais variados ramos de atividades, credo político, credo religioso, formação acadêmica, etc.

            Noventa por cento (90%) dessas manifestações, e isso me preocupa, culpam os governos pela violência, pela prostituição, pela inflação, pela falta de saúde, pela falta de educação, enfim, todos se isentam e, por conseguinte isentam o povo de toda e qualquer responsabilidade pelas nossas mazelas.

            Mas ninguém reclama do que o povo deixa de fazer pelo governo.

            É nesse exato momento que sinto como o brasileiro de um modo geral, independente de ser culto ou inculto, rico ou pobre, da periferia ou do centro é despreparado, irresponsável, sem brio, sem auto-estima, sem civismo e sem o mínimo respeito pelo coletivo.

            Poucos falam ou escrevem sobre ética, moral e obediência às leis, mas quase todos querem leis, leis e mais leis para serem desrespeitadas.

            A grande maioria culpa o governo pelos acidentes de trânsito, inclusive a televisão, mas ninguém diz que quase cem por cento dos acidentes de trânsito são de responsabilidade dos motoristas e assim vão contribuindo pela derrocada moral que assola todo o território nacional.

            A maioria se manifesta contra a pesada carga tributária, mas essa mesma maioria não esclarece que ela é produzida pelo grande contingente de sonegadores, pelas isenções e gratuidades e pela informalidade que produz em seu bojo quase outro Produto Interno Bruto.

            A maioria reclama do paternalismo estatal para com os desvalidos, mas esquece de dizer que ela também tira proveito desse mesmo paternalismo; reclama da quantidade de servidores públicos, mas quer ter um filho ou parente em qualquer cargo público; reclama dos maus políticos, mas elege os piores; reclama dos motoristas bêbados, mas é contra a lei seca; reclama do desemprego, mas não admite que a indústria das ações trabalhistas, a desonestidade dos reclamantes e se supõe a falta de ética de certos procuradores, aliadas ao paternalismo da in (Justiça do Trabalho) é um dos fatos determinantes do seu crescimento e assim por diante.

            É preciso ter cuidado com as notícias da mídia, pois muitas delas são produzidas pelos próprios interessados que pagam sua divulgação; analisem com profundidade a reeleição para todos e quaisquer cargos, pois se fosse ruim desempenhá-los ninguém a disputaria.

            E nós, leitores, também somos responsáveis pela calamidade que assola o País. Aliás, os maiores responsáveis, admitam ou não é a mais cristalina das verdades.

 

            ### Não vejo nada de anormal vereadores da oposição reconhecerem o bom trabalho de um Secretário Municipal. Pelo contrário é um sinal de grandeza e de amadurecimento político.

 

            ### Registro com extremada satisfação a visita do Professor Hélio Menna. É muito bom conversar com pessoas mais qualificadas do que eu, pois dessa maneira aumento a gama de conhecimentos necessários ao meu aperfeiçoamento. Trocamos idéias, concordamos em umas, discordamos em outras, porém num clima de cordialidade e de respeito que deve existir no debate das idéias. Professor, muito obrigado e será um grande prazer recebê-lo novamente. As portas do meu escritório e da minha casa estarão sempre abertas para receber a cultura que o senhor representa. Volte sempre.

           

             

sexta-feira, 14 de junho de 2013

ACOMODAÇÃO QUE ENOJA


 

 

            É o sentimento dominante na maioria das pessoas com as quais converso, principalmente naquelas de maior escolaridade e de melhor posição social. Tento, de todas as maneiras, lhes dar ânimo e coragem, mas ninguém quer mudar. A maioria diz vamos deixar como está para ver como é que fica. Isso me irrita e enoja.

            Na nossa cidade não existe qualquer debate público dos males que nos afligem, pois a maioria está direcionada para comodamente assistir televisão ou conviver com todo o besteirol, com exceções, das redes sociais. Conhecem o mundo, mas não conhecem sua terra e sua gente.

            Jamais deixarei de lutar porque não fui educado para viver cabisbaixo, desmoralizado, na espera que outros resolvam meus problemas. Sou um lutador difícil de ser nocauteado, pois acredito que só não se muda aquilo que não se quer mudar. A inércia, a letargia, a indiferença, o desânimo dos que se escondem atrás do não adianta são ingredientes que tornam o Brasil um país anêmico de norte a sul.

            Não devo permitir que vocês deixem de herança aos que virão indiferença, desânimo e omissão, pois dessa maneira  nascerá uma geração de fracos que não saberá lutar pelos valores que dignificam e justificam a existência.

            Não posso permitir que uma minoria de maus comande a grande maioria de bons porque estes não sabem do valor que tem a força coletiva. Desde o início do mundo é sabido que a omissão dos bons estimula a audácia dos maus.

            A coletividade tem que acordar para suas responsabilidades e não permitir que homens que roubaram a boa fé dos que confiaram neles se apresentem como os maiores líderes e como solução para nossos problemas. Prestem atenção: Nas oportunidades que tiveram demonstraram total incompetência e aniquilaram com as instituições que ficaram sob suas responsabilidades. Mas é bom lembrar que o fato deles destruírem as instituições não isenta de responsabilidades todos os seus apoiadores.

            Os acomodados reclamam da lei, dos tribunais, dos juízes, mas quando estes condenam políticos relapsos e aproveitadores do patrimônio público eles os reelegem.

            Quando moço muito galopei nas coxilhas do meu querido Catuçaba e ao sentir o vento acariciar meu rosto e desfrutar daquele ar de liberdade, assumi o compromisso de honrar este pago, sua gente, suas tradições e defendê-los em qualquer circunstância.

            Minhas pernas já estão trôpegas, mas tenho a certeza de que ainda têm forças para me manter em pé, pois não permitirão jamais que viva de joelhos; meus olhos já estão cansados, mas meu olhar está sempre dirigido para o alto, para frente e para o infinito, pois só o infinito pode ser maior do que a minha luta para a recuperação moral da minha pátria.

            Lute ou então desista da vida porque pior do que a morte deve ser viver desmoralizado, desanimado e omisso.

            ### E os melhoramentos na Avenida Tito Prates, saem ou não? Mexa-se Senhor Prefeito, pois quatro (4) anos é pouco tempo para realizar tudo o que prometeu.

           

  

           

           

           

terça-feira, 11 de junho de 2013

UMA SOCIEDADE CORRUPTORA


 

 

         Não estava na minha programação voltar a ocupar este espaço no mês de junho, pois estava fazendo contatos pessoais com os diversos segmentos da coletividade para fazer avaliações dos porquês das dificuldades do nosso desenvolvimento.

            No exercício da minha profissão fui e sou inflexível na defesa dos interesses das instituições, das empresas e dos patrimônios que estiveram e que estão aos meus cuidados e sob minha orientação técnica. Justamente por ser correto e trabalhar dentro da ética e dos princípios técnicos e científicos que a boa gestão exige tive muitos dissabores, principalmente com meus superiores que na maioria das vezes queriam tirar proveito próprio dos cargos que desempenhavam na organização. É óbvio que as exceções existem, mas as exceções viraram regras e o cumprimento das regras se tornou exceção. Sempre me prejudico, mas honro o juramento que fiz quando recebi meu diploma, honro o colégio em que estudei e honro sobremaneira os professores que tive.

            Nos contatos que fiz durante esse curto período de afastamento constatei, e confirmei minhas convicções de que vivemos em uma sociedade extremamente corruptora, pois mais de noventa por cento (90%) das pessoas contatadas, pertencentes às diversas classes sociais, não querem saber de disciplina, de seriedade e muito menos estão dispostas a prestigiar os corretos.

            Ouvi de muitos a seguinte expressão: com o seu discurso sério o senhor não vai a lugar algum, pois o povo gosta dos mentirosos, pilantras, vigaristas, aproveitadores e de todo o tipo de irresponsáveis. Esses sempre dão razão ao povo, ao contrário do senhor que o quer esclarecer. Eis aí, caros leitores, a grande causa da péssima qualidade da gerência de nossas instituições e de nossa anarquia coletiva.

            A Constituição Federal diz que a administração pública obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, etc., mas na prática o que se vê é o contrário, basta qualquer funcionário sem expressão ir passear em Brasília e o carnaval publicitário nos jornais locais, com direito a foto, é escandaloso.

            Tenho, e não é de hoje, a firme convicção de que a causa maior é o povo ou a maioria do eleitorado e a conseqüência é o tipo de político escolhido. Na semana passada ao divergir de uma eleitora de São Gabriel quanto às causas dos péssimos políticos eleitos que predominam nos palácios e que são escolhidos legitimamente pela maioria dos eleitores, quase fui linchado. Por quê? Porque perguntei em quem ela vota. Apesar de resistir em responder, acabou reconhecendo que vota em um dos piores políticos que gravita na política do Rio Grande do Sul.

            Isso mesmo, vota no pior, no aproveitador, no mentiroso, mas ao mesmo tempo exige políticos sérios. E na condição dessa eleitora existem milhares ou milhões por esse Brasil. Isso ultrapassa o limite da estupidez para não escrever o que realmente penso desse tipo de gente.

            Os exemplos são fartos e estão bem perto de nós, mas são difíceis de serem compreendidos, senão vejamos: quem os financiadores preferem os bons ou os maus? Respondam.  

            Um empresário precisava contratar um contador. Apresentaram-se três candidatos. A pergunta era a mesma para todos: quanto é dois mais dois? O primeiro respondeu, quatro. O senhor é muito preparado, mas não me serve; o segundo como não poderia deixar de ser, também respondeu, quatro. Também não me serve. A resposta do terceiro foi a seguinte: o que for melhor para o nosso interesse patrão. Foi o escolhido, mas lá adiante o empresário quebrou e sabem quem comprou sua empresa? O contador escolhido pelo mesmo.

            Prestem atenção, o eleitor quebra, mas o político escolhido sempre fica bem.

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sexta-feira, 7 de junho de 2013

O MUNDO DAS MULHERES


 

 

         Sei que este artigo poderá aumentar minha antipatia e a rejeição por ter a coragem de publicar opinião decorrente de minhas observações. Mais de uma vez escrevi neste espaço que não nasci para ser papagaio: repetir frases feitas por outros.

            O sofrimento faz de certos homens sábios e com maior sensibilidade do que a maioria dos seus semelhantes. Quem vive e não sofre simplesmente passa.

            Neste meu retorno, embora não goste, muitas vezes escreverei sobre minha pessoa, sobre minhas experiências vividas, mas principalmente porque tenho a convicção de que as coisas não são melhores porque as pessoas que detém o comando das instituições as usam para atender interesses ou vaidades pessoais quando sua finalidade é proporcionar o desenvolvimento humano e a distribuição de riquezas para seus componentes e todos os que delas dependem.

            Mudarei um pouco meu estilo, pois a verdade deve prevalecer e o prevalecimento da verdade atingirá certas pessoas que muito têm contribuído com a derrocada das instituições, usam a mídia em benefício próprio e transmitem ao grande público a impressão exatamente contrária.

            O mundo de hoje, segundo vozes que se pensam incontestáveis, é das mulheres. Estas, com a igualdade ao homem que tanto perseguiram, estão presentes em todos os ramos de atividade; marinha, aeronáutica, exército, polícia, nos meios de comunicação, no mundo dos negócios, etc., menos no lugar de onde nunca deveriam ter saído: no lar.

            E por que quanto mais a mulher toma conta do mundo mais a violência cresce? Espero que todos pensem nisso. Não peço que concordem comigo, mas, por favor, pensem com profundidade sobre este assunto tão palpitante. Não era para ser o contrário? Com a predominância das mulheres o mundo não deveria estar mais meigo e menos rude? Não era para ter mais amor, mais poesia, mais compreensão e mais humanidade? Por que acontece justamente o contrário?

            Penso, fundamentado em observações próprias e experiências vividas ao longo dos meus sessenta e sete (67) anos, que a ausência da mulher no lar é uma das causas responsáveis pelo crescimento assustador da violência, da prostituição e do consumo de drogas.

 As creches, as babás, as avós são aceitas pelas crianças como substitutas das mães?

            Discordo de certos intelectuais que atribuem o crime e a violência à indigência e à pobreza. Não enxergam esses intelectuais que o indigente e o pobre não têm condições de organizar quadrilhas que estão instaladas nos palácios oficiais, à sombra do poder? Não enxergam esses intelectuais que a presença constante da mãe é que dá segurança à criança e que sua ausência provoca um sentimento de abandono e rejeição?

            Deixo claro que não sou contra as mulheres, haja vista que não tenho nenhuma justamente porque gosto de muitas. Reconheço que tenho um gênio complicado, talvez porque não encontrei a alma gêmea. Mas reconheço que estou passando e essa mulher não chega.

            Respeito por demais as mulheres, mas pergunto: Será que a mulher na ânsia de se igualar ao homem não abandonou a finalidade para a qual foi criada?

            Não será porque elas estão ocupando os lugares errados?

            Pensem homens e mulheres, pois o assunto está na mesa para ser discutido. É profundo, delicado, atual e precisa ser abordado com responsabilidade.

            Porque o mundo com a supremacia das mulheres está mais violento?

           

terça-feira, 4 de junho de 2013

UM TEMPO PARA REFLEXÕES


 
 

            Foi o que resolvi me dar. Precisei refletir sobre diversas coisas, mas principalmente sobre minha vida. Nada teve a ver com a censura, pois se esta tivesse existido teria me afastado definitivamente e os leitores saberiam disso em primeira mão. Nunca pensei em parar definitivo.

            Durante o meu afastamento pensei muito nos meus pais, nos meus irmãos, na minha família, mas principalmente na minha filha Rafaela que eu não sei se está satisfeita com o pai que tem, porém saibam de que estou plenamente satisfeito com a filha que tenho. Pensei ainda no Amarílio C. Teixeira, no médico Inocêncio Gonçalves, no Jerônimo Firpo, no Bernardo Barbosa, no Ananias Machado, no Telmo Menezes, no Carlos Bento Pereira, no Adamastor Costa, no Ervandil Machado, no Nestor Simonetto, que sempre acreditou em mim, no Juarez Lopes, no Dácio de Assis Brasil, no Peri Gonçalves, no Renato Brum Pereira, no Charlesmagne Neme e em tantos outros velhos que me fazem falta, pois eles muito contribuíram com o meu desenvolvimento intelectual através do convívio que mantivemos.

            Pensei muito também na Maria Aglaé, no João Alfredo B. Pereira, no Luiz Eduardo A. B. Silveira, no Luiz Alberto M. Pereira, no Hugo Gonçalves, no Carlos Dácio Assis Brasil, pessoas das quais sempre recebi todo o tipo de solidariedade nos meus momentos de dificuldade e nos tantos leitores que me distinguem com a leitura deste espaço.

            Nunca tive o apoio da maioria desta cidade, mas a confiança que sempre recebi da minoria dentro da minoria me obriga a ser cada vez mais combativo, mais ousado, mais autêntico e mais justo na defesa das tradições e da história desta terra que poucos amam. Acredito que é meu destino dar soco em ponta de faca, pois a cada dia que passa meu ânimo aumenta muito mais do que a descrença, do que a devassidão, do que a podridão que contamina os diferentes recantos deste País. Os que me conhecem sabem que não me curvo e não me desmoralizo para agradar amigos. Sou grato aos que me fazem o bem, repudio aos que me fazem o mal. Não sou capacho e muito menos adulador. Jamais capitularei.

            Não posso parar de escrever porque se parar certamente a verdade sucumbirá. Alguém precisa falar bem alto e escrever para que todos saibam que muitos dos que não corresponderam à confiança neles depositada na administração da coisa pública são os mesmos que hoje ainda se sustentam através de cargos públicos distribuídos por quem está no poder, ante o aplauso dos omissos e o silêncio dos hipócritas que por não terem auto-estima e nem civismo assistem impassíveis a derrocada moral que toma conta de tudo e de todos. Não preciso e nem quero enganar ninguém, por isso me acompanho da verdade.

            Em 1991 escrevi um artigo intitulado “CAOS” que só o Jornal O ECO do PAMPA, do amigo Ciro Jardim de Oliveira publicou. Nunca imaginei que assistiria, em vida, o que previ naquela ocasião, a decadência moral de todos os valores de uma sociedade. Passados vinte e dois anos e hoje assisto entristecido a ruptura total dos pilares básicos da sociedade.

            A família contaminada e sem controle já não educa ninguém; o judiciário julga de acordo com o interesse do julgador ou do réu e raras vezes em benefício da sociedade; o Legislativo e o Executivo são espelhos fiéis do pensamento anárquico da maioria da coletividade. E a própria imprensa, salvo raras exceções , já não cumpre com sua finalidade principal.

            Um recado aos bobalhões que não me conhecem e que dizem por aí que sou assim porque nunca me deram chance: eu sou assim porque recusei propostas indecorosas que vocês aceitariam; eu sou assim porque tenho vida pregressa que me dá sustentação moral; eu sou assim porque recusei cargos para manter meu discurso, minha personalidade e minha identidade; eu sou assim porque TENHO RESPEITO PELO HOMEM QUE SOU e POR TODOS OS QUE ME DISTINGUEM COM SUA AMIZADE ao passo que vocês perderam os cargos, os discursos, a personalidade e a identidade, se é que algum dia os tiveram.

            De ora em diante convido a todos para trabalharem na recuperação moral que se faz necessária neste país. E só depende de nós.

            O triunfo das nulidades está diretamente ligado à falta de moral de um povo e ao apoio incondicional dos irresponsáveis.