sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

NOSSOS VOTOS


 

2 0 1 2

 

Foi um bom ano. Nada a reclamar.  Agradecemos toda a sorte de solidariedade recebida durante o ano que finda. Não destacamos nenhuma em especial porque todas foram importantes e gratificadoras.

Fomos pequenos para tanto carinho e tanta preocupação.

Todos serão lembrados durante nossa existência.

Obrigado, muito obrigado.

Aproveitamos do espaço para agradecer e retribuir os votos recebidos, ao tempo em que desejamos a todos que o Ano Novo de 2013 seja pleno de humanidade, solidariedade, paz e respeito entre os humanos, pois só assim estaremos construindo um mundo melhor. Tudo depende de nós

Saúde e prosperidade.

São Gabriel (RS), 28/dezembro/2012.

RAFAELA e BERECI MACEDO

        

 

 

 

 

 

 

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

O SECRETARIADO DO NOVO PREFEITO


 

 

         Sem surpresas. Assim como Deus criou o homem à sua imagem e semelhança o Prefeito eleito não poderia fazer diferente na escolha dos seus secretários. A proposta de “chega dos mesmos” está comprovada através de certas escolhas do senhor prefeito de que na realidade não passava de uma mentira para ganhar a eleição. Os que acreditaram devem estar se sentindo traídos.

            A inexperiência pesa pouco, pois todos enfrentam em qualquer atividade sempre uma primeira vez. E não foi diferente com os outros prefeitos e os outros secretários, pois ninguém nasce predestinado para ocupar este ou aquele cargo público. O que vale é a intenção de fazer as coisas com capricho e com obediência às normas legais.

            O novo Prefeito, e todos deveriam saber disso, assumiu compromissos contraditórios para chegar ao Palácio Plácido de Castro. Aos eleitores sua mensagem pública era de renovação total, mas nos bastidores negociava o apoio “dos mesmos” com a promessa de aproveitamento na sua administração. E não poderia ser diferente, pois quem não vende a alma não chega lá. O pior de tudo é começar desacreditado.

            Esta análise está sendo feita sustentada nos discursos de quem legitimamente, através do voto da maioria, ganhou o direito de administrar o Município nos próximos quatro (4) anos e que por essa razão deve ter o respeito de todos.

            Não alimentem esperanças de que São Gabriel se transforme na Nova Terra Prometida, pois o que deveria estar em discussão nunca foi discutido que é o modelo de administração pública que impera no Brasil. O atual modelo político onde o gestor primeiro tem de atender os interesses dos Partidos Políticos que lhe dão sustentação, dos financiadores de campanha e dos apoiadores mais próximos deveria ser substituído pelo modelo técnico científico no qual prevalece primeiro o interesse da coletividade com a nomeação de pessoas identificadas com o bem comum para a ocupação dos cargos na administração pública. Isso seria o ideal, mas nem o povo quer.

            Cabe ao futuro Prefeito provar, aos descrentes que nem eu, que sua administração será diferente das demais, não que lhe negue a possibilidade de acertar, mas simplesmente porque não acredito nesse modelo político ultrapassado de administração pública que é direcionado àqueles que administram e não aos contribuintes que a sustentam através de pesados impostos.

         

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

ANA AMÉLIA, mau exemplo partidário


 

 

         Entendo que muito mais do que um simples afiliado quem desempenha um mandato de Senador (a) está obrigado (a) a honrar o Estatuto e o Programa de um Partido, assim como dar exemplos de fidelidade partidária. A Senadora Ana Amélia (PP/RS), se pensando acima do Partido, fez exatamente o contrário quando, desrespeitando as orientações do Diretório Municipal do PP de Porto Alegre, declarou publicamente apoio à candidata do PC do B nas eleições de 2012.

            Através da imprensa tomei conhecimento da realização de uma reunião do Partido Progressista em Porto Alegre na qual a Senadora declarou que o Partido entendeu sua posição. Mas que Partido é esse? Quem devia pedir desculpas era a Senadora, mas humildemente o Partido se joga aos seus pés.

            É por essa e outras razões que os Partidos Políticos são fracos e desrespeitados. Como respeitar a Ana Amélia se ela não respeita o Partido Político que lhe deu guarida para obter um mandato? O que tem de especial? Nada. Ou porque foi uma repórter das organizações Globo pensa que não está obrigada a respeitar seus correligionários?

            Esse é o resultado de quem aposta em pessoas com visibilidade na mídia, sem qualquer vivência partidária e que tem consciência de que os votos recebidos foram na sua grande maioria pela presença permanente em um veículo de comunicação do que votos partidários.

            Antes de apoiar o PC do B a Senadora deveria propor aos seus pares a transformação do Congresso Nacional em Assembléia unicameral e acabar com o sistema bicameral que é a maior causa da morosidade funcional das duas casas. Propor ainda a redução do número e do mandato dos senhores senadores e fixar a representação no Senado respeitando o índice populacional de cada Estado, pois não é admissível que Estados como o Acre, Amapá, Rondônia e Roraima tenham o número de Senadores igual a São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e o Rio Grande do Sul entre outros.

            Ou nenhum Senador (a) enxerga isso?

            O fato de ser Senadora não a torna melhor do que ninguém e nem a desobriga das responsabilidades partidárias, pois quem não respeita o seu Partido não merece o respeito de seus correligionários. E muito menos o voto.

        

        

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

A IMPRENSA


 

 

            “Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma.” Joseph Pulitzer: (1847 – 1911)

 

                “A imprensa brasileira sempre foi canalha. Eu acredito que se a imprensa brasileira fosse um pouco melhor poderia ter uma influência realmente maravilhosa sobre o País. Acho que uma das grandes culpadas das condições do País, mais do que as forças que o dominam politicamente, é nossa imprensa. Repito, apesar de toda a evolução, nossa imprensa é lamentavelmente ruim. E não quero falar da televisão, que já nasceu pusilânime”. Millôr Fernandes: (1925 – 2006)

 

                Pergunta: “Até quando vamos ter que agüentar a apropriação da liberdade de imprensa, de liberdade de expressão pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas – que as definem como sua liberdade de dizer o que acham  e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios  privados?” Emir Sader – 2012.

 

                O Governador do Paraná, Roberto Requião, perguntou para os jornalistas qual a diferença entre a Globo e a Mendes Jr. Pois se a Mendes Jr. pagou as contas da amante jornalista da Globo do Renan Calheiros, a Globo também pagou as contas da amante jornalista da Globo do FHC. A mídia brasileira que gosta tanto de apontar os filhos bastardos dos seus inimigos, esconde os dos amigos...” Blog do Saraiva

 

Pulitzer e Millôr têm razão?

            Quem tem liberdade de imprensa são os donos das concessões dos serviços de comunicação. Quem tem o poder de censura são os donos dos veículos de comunicação.

A expressão que criei: Até enquanto a censura não me cortar, novamente é um atestado inequívoco de tudo quanto está transcrito acima.

            O longo tempo que escrevo para periódicos, não só de São Gabriel, me permitiu viver essa experiência e sofrer esse tipo de censura. Nunca me curvei aos interesses dos donos de Jornais, Rádios e Televisão porque se não for para escrever sobre assuntos de interesse do povo, jamais vou escrever para atender os interesses mesquinhos de quem reclama da liberdade de imprensa e de expressão, mas nega esse direito a quem quer divulgar a verdade.

            Qual a diferença entre a Miriam Cordeiro e a Miriam Dutra? Nenhuma, as duas foram amantes. Mas para a grande imprensa a diferença foi abissal: a primeira: amante de um analfabeto; a segunda: amante, mas de um pretenso magistrado.

            E não fica por aí, os escândalos ganham maior ou menor cobertura, se supõe,  dependendo dos interesses da grande imprensa ou de quem lhe paga melhor.

            Até enquanto...

 

           

 

              

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

A RELAÇÃO DE CONFIANÇA


 

 

         É a que faz, em muitos casos, determinadas pessoas enfrentarem situações deveras constrangedoras e comprometedoras. Isso acontece tanto na atividade pública, na atividade privada quanto na vida particular de cada um.

            O corno é o último “a saber”. Muitos citam essa expressão popular, mas poucos se preocupam em entender o seu significado. É muito simples. Quanto maior for a confiança do marido na mulher, menores são as possibilidades dele se preocupar com uma possível traição. Daí o dito.

            Na administração pública, já bem mais complicada, existem os cargos de confiança do chefe do executivo que nada mais são do que os diversos secretários que deveriam ser por ele nomeados. Prestem atenção que grifei os termos deveriam ser, mas nem sempre o são. A ambição para chegar ao poder faz o indivíduo se comprometer com Deus, com o Diabo e com qualquer gangster que lhe acene com alguma negociata que lhe possibilite chegar lá.

            Apoio se recebe não se pede e muito menos se negocia. A governabilidade não depende tanto de uma maioria parlamentar, mas muito mais da formação de uma equipe homogênea de trabalho. Os administradores fracassam na maioria das vezes porque se envolvem mais em aparar arestas entre as forças antagônicas que os conduziram ao poder do que propriamente em administrar o patrimônio público.

            Uma vez eleito enfrenta o primeiro grande problema que criou; compor com os de confiança do Diabo, com os de confiança de Deus, com os de sua confiança e o pior de tudo ter de agüentar o gangster que o incomodará até o fim do seu mandato, criando em torno de si uma rede de intrigas, boicotes e de traições.

            No modelo de administração política que predomina no Brasil se deve substituir o significado de “CC” Cargo de Confiança por “CCE” Cargo para Cabos Eleitorais, ou ainda por “CPP” Cargos para Parasitas Partidários.

            A administração quando voltada para os interesses da coletividade é extremamente atritiva, pois ela despreza os interesses individuais, partidários ou dos apoiadores de campanha.

            Conheço administração, conheço política, conheço os homens, conheço o caminho para chegar ao poder, conheço a imprensa, conheço os empresários, conheço a sociedade da qual faço parte e afirmo sem qualquer receio e medo de errar que a corrupção começa nas administrações antes das mesmas se iniciarem. Sou especial? Não, participo de tudo sem ter lucro. Ela começa no processo eleitoral, na promessa de retribuição aos apoios recebidos e outras.

            Homens sérios poucos apóiam porque eles não aceitam aventureiros, impostores que pensam no poder como meio de acumular fortunas pessoais.

            As traições acontecem nas administrações públicas principalmente porque o eleito é obrigado a confiar em quem não é da sua confiança. Esse é o risco que corre.

            Sugiro que o leitor se imagine Prefeito para constatar as dificuldades de formar um bom secretariado. A intenção pode existir, mas os Partidos Políticos não deixam, pois os que ascendem ao poder, salvo exceções, o usam em benefícios específicos de seus afiliados ou donos. O requisito principal? Ser apoiador do eleito.

    

 

             

             

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

AÇÃO POPULAR


 

 

         Tomo conhecimento através da imprensa escrita  que o funcionário público, Fernando Silva, através da propositura de uma ação popular tenta manter em dez (10) o número de vereadores na Câmara Municipal.

            Antes do que vou relatar desejo que o Fernando tenha sucesso na sua empreitada e que receba os aplausos e a solidariedade de parte da população que tanto reclama dos detentores de mandato e de suas absurdas remunerações.

            As agressões e os deboches que recebemos de nossos administradores públicos no tocante às remunerações chegam às raias do absurdo, mas isso acontece pela passividade e indiferença da população que indiretamente os paga através do recolhimento dos impostos. Fosse a coleta dos recursos feita diretamente junto a cada cidadão e o berro seria extraordinário. Mas não é, daí a indiferença.

            No dia 15 de maio de 2012, antes da realização das convenções partidárias que fixariam o número de candidatos, provoquei o Ministério Público para propor uma Ação Civil Pública, com Pedido de Liminar, para anular a emenda de nº. 5 da Lei Orgânica do Município de São Gabriel por não ter respeitado os trâmites legais na aprovação da alteração do número de vereadores de dez (10) para quinze (15).

            Fundamentei anexando ao requerimento documentos comprobatórios solicitados de conformidade com a Lei à própria Câmara Municipal.

            Tomei a decisão que entendi ser a melhor a fim de coibir os abusos e os deboches dos nossos homens públicos quanto à fixação do número de parlamentares e de suas respectivas remunerações.

            Lamentavelmente até o presente momento não recebi nenhuma manifestação do Ministério Público. Se o meu requerimento foi indeferido, arquivado, ou coisa que o valha não sei.

            O meu objetivo era manter o número em dez (10) para que as convenções partidárias fixassem o número correto de candidatos sem causar transtornos depois das eleições. Mas pelo silêncio acredito que não logrei êxito.

            Desejo que o Fernando Silva tenha melhor sorte do que eu na sua empreitada, pois ninguém melhor do que ele, na qualidade de funcionário da própria câmara municipal, pode atestar que não há a mínima necessidade de quinze (15) vereadores em São Gabriel.

            A imprensa do País pressionou o STF no julgamento da Ação Penal 470 e o resultado foi positivo. Espero que o Fernando receba a solidariedade e o apoio da comunidade e da imprensa, pois só a força coletiva poderá acabar com tamanho privilégio de uma minoria que fixa sua própria remuneração. E como são vereadores de fim de mês o fazem pelo valor máximo que a Lei permite. Salvo remota exceção.

            O Fernando e eu fizemos a nossa parte, façam a de vocês.

            ### As concessões governamentais aos maus pagadores é um desrespeito e um desestímulo aos que honram seus compromissos. Os governos deveriam dar descontos para incentivar os bons que pagam em dia. Mas fazem exatamente o contrário: remuneram os maus e penalizam os corretos. É por essa razão, se supõe, que cresce assustadoramente o número de caloteiros.

       

           

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

APOSENTADOS DO INSS



 

         Quem deve prestar estes esclarecimentos aos aposentados é o senador Paim, os políticos detentores de mandatos, os representantes de bancos e tantos outros que apelam à classe para atingir seus objetivos.

            Uma quantidade expressiva de aposentados insiste em transformar suas aposentadorias em número de salários mínimos, o que é um erro. Muitos pedem na Justiça a revisão do cálculo alegando que, ao longo dos anos, ela diminuiu. Acontece que os benefícios não são mais atrelados ao salário mínimo, exceto o piso salarial dos aposentados.

            Os benefícios concedidos até outubro de 1988 tiveram seu valor transformado em número de salários mínimos e, a partir daí, sofrem reajustes com base em índices divulgados pelo governo.

            A lei 8.213, de 24 de junho de 1991, desvinculou todos os benefícios do salário mínimo. Porém a maioria das pessoas no ato da aposentadoria teima em, erradamente, transformá-la em salário mínimo. As aposentadorias, desde 24 de junho de 1991, são deferidas em moeda corrente nacional vigente e seus reajustes não são feitos pelos mesmos índices do salário mínimo. Se for justo ou não, moral ou não perguntem aos senadores, aos deputados federais, aos deputados estaduais e aos vereadores em quem os senhores votam. Perguntem a eles se suas remunerações são reajustadas pelos mesmos índices de correção das aposentadorias do INSS.

            Quem escreve esta página é um aposentado que não é eleitor do Senador Paim e de nenhum candidato que usa as classes para obter seu voto com promessas mirabolantes e inexeqüíveis. Todos querem ganhar aposentadorias de R$ 20.000,00 por mês, mas todos sabem que isso é impossível, porém quando aparece qualquer vigarista acenando com essa possibilidade se transforma no porta-voz herói dos aposentados e estes, mesmo conscientes das suas mentiras, seguem-nos quais vaquinhas de presépio. E depois choram, choram e choram, mas em ouvidos errados. Choram nos meus, quando deveriam chorar nos ouvidos dos seus queridos representantes merecedores dos seus qualificados votos.

            Vocês gostam muito dos demagogos, dos irresponsáveis que para adquirir sua simpatia defendem um salário mínimo de R$ 3.500,00 ou R$ 4.000,00 sem avaliar se nossos empregadores e a produção suportam tamanho ônus.

            Temos que lutar pela unificação da Previdência no Brasil. Temos que lutar pelo respeito ao artigo da Constituição Federal que prega a igualdade de todos os cidadãos. Mas que igualdade falsa é essa que permite ao funcionário público federal e tantos outros se aposentar com 15.000,00 ou 40.000,00 por mês? Que igualdade é essa que permite ao militar se aposentar com 47/48 anos de idade, salário integral do dia da aposentadoria e um trabalhador comum não pode se aposentar com menos de 60 anos de idade, 35 de contribuição ao INSS e o salário pela média dos últimos 10 anos?

            Parem de reclamar, estudem, participem, cobrem das pessoas certas, mas não se omitam, pois a omissão ajuda os aproveitadores e a submissão transforma-o em um covarde sem voz e sem vez e isso só ajuda os impostores que fixam a própria remuneração. E ainda dizem para justificar seu deboche: “Todos estão satisfeitos, pois só quem reclama é o Bereci. No que não deixam de ter razão”. Este assunto já foi abordado nesta página em janeiro/2012.

            ESCLAREÇO: As aposentadorias do INSS desde 1991 não são fixadas em número de salários mínimos, mas sim baseadas na média das contribuições sem qualquer indexação.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

ELIANA CALMON


 

 

            A Ex-Corregedora do Conselho Nacional de Justiça fez um pronunciamento antes de deixar a Corregedoria que deve ser muito bem considerado e nunca esquecido pelos brasileiros. Corajosa, foi ela quem mostrou, de dentro para fora, que o Judiciário por ser formado de pessoas humanas tem lá suas falcatruas e seus corruptos. Algumas de suas frases retiradas do pronunciamento: “Tenho 34 anos de magistratura e sou sabida. Sou sabida por que sou velha”. “Eu sei o que é um processo contra uma pessoa que tem importância social. O Brasil é um país em que a importância social, importância econômica, as elites políticas e as elites econômicas ainda têm grande peso”. “Eu não tenho dúvidas de que mexer com patrimônio ainda é muito sério”.

            Para este jornalista a corajosa magistrada não diz nenhuma novidade, pois há muito tempo, pelas atividades que desempenhou e desempenha, tem a consciência de que as elites do Brasil sempre protegem seus faltosos. Ele já viveu isso, pois quando decidiu responsabilizar administrador público pertencente à elite por mau uso dos recursos públicos ficou solitário no Tribunal enquanto o faltoso teve o apoio da sociedade muito bem representada no ato. Isso mesmo... Mas mesmo com o apoio da elite corrupta foi condenado porque quando os Tribunais são representados por Juízes que julgam com independência a justiça sempre triunfa.

            Mas o trabalho dessa magistrada mostrou aos que insistem em dizer que só na política existe gangsterismo que esta prática não é exclusividade dos políticos. Ele se faz presente, assim como a corrupção, em toda e qualquer atividade, pois elas são exercidas pelo ser humano e este a cada dia despreza a moral em nome da riqueza material.

            O Brasil é um país novo, mas o povo precisa acordar e começar a realização das mudanças de que tanto precisamos. Mudança de conduta, mudança de hábitos e mudança na maneira de avaliar comportamentos. Atualmente queremos provocar mudanças nos outros, mas antes de querer mudar os outros é imperioso nos analisarmos para saber se não precisamos mudar primeiro.

            Muitas pessoas se dizem a favor da pena de morte, desde que seja aplicada nos filhos dos outros, mas jamais nos seus, embora reconhecidamente criminosos. Ao externar sua opinião sobre a pena de morte, sobre a prisão perpétua ou sobre os trabalhos forçados, por favor, admita a possibilidade de que o condenado poderá ser o seu filho ou um ente querido. Analise o assunto sobre diversos ângulos, pois cada um deles poderá alterar sua opinião.  

     

           

           

terça-feira, 27 de novembro de 2012

SENADORES


 

 

            O povo está sempre reclamando dos políticos detentores de mandatos, mas o curioso é que os eleitores sempre votam nos mesmos. A tabela abaixo dá uma mostra parcial do quanto o eleitor é conservador e isso pode ser encarado como um dos grandes males brasileiros.

 

Senador
Partido
Estado
Mandato desde
Fim do Mandato
Eduardo Suplicy
PT
SP
1991
2015/24 anos
José Sarney
PMDB
AP
1991
2015/24 anos
Pedro Simon
PMDB
RS
1991
2015/24 anos
Renan Calheiros
PMDB
AL
1995
2019/24 anos
José Agripino Maia
DEM
RN
1995
2019/24 anos
Antonio Carlos Valadares
PSB
SE
1995
2019/24 anos
Cristovam Buarque
PDT
DF
2003
2019/16 anos
Magno Malta
PR
ES
2003
2019/16 anos
Lúcia Vânia
PSDB
GO
2003
2019/16 anos
Delcídio do Amaral
PT
MS
2003
2019/16 anos
Álvaro Dias
PSDB
PR
2003
2019/16 anos
Mozarildo Cavalcanti
PTB
RR
1999
2015/16 anos
Maria do Carmo Alves
DEM
SE
1999
2015/16 anos
 
 
 
 
 

 

                Salvo honrosa exceção a maioria já exerceu mandatos de vereador, deputado estadual, governador, deputado federal, etc., o que aumenta a acomodação em 20, 30, 40 ou até 50 anos de vida pública. Esta é uma das razões porque as reformas de que tanto o Brasil precisa tardam em acontecer. Os eleitos trabalham mais pelos seus grupos de apoiadores do que pela população em geral ou então na formação de fortuna pessoal.

            Há uma necessidade urgente da redução do mandato dos senhores senadores dos atuais oito (8) anos para quatro (4). Mas de que maneira se a população não se mobiliza? Um exemplo de que o mandato de oito anos é prejudicial aos partidos políticos, ao próprio senado e à população é a repórter recém eleita senadora, Ana Amélia Lemos, do PP, ser cogitada para governadora do RS. Por quê?  Por que se perder a eleição não perde o emprego já que seu mandato de senadora vencerá em 2019. Dessa maneira os partidos se enfraquecem, pois giram em torno de uma pessoa só.

            Prova disso é o PMDB/RS que segundo rumores na imprensa da capital só terá um novo candidato ao Senado caso o Pedro Simon não concorra. E isso vale para os outros estados cuja maioria do eleitorado elege sempre os mesmos donos dos partidos políticos. Reclamar de quem?

         

           

             

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

O PALPITEIRO E O ESTADISTA


 

 

            É notório o esforço que faz a grande imprensa do país em ridicularizar o ex-presidente Luiz da Silva e em enaltecer o também ex-presidente Fernando Cardoso. Em que pese o seu grande esforço ela tem imensa dificuldade para atingir seus objetivos já que a situação dos dois é completamente diferente e quando a própria imprensa quer fazer comparação entre os dois a balança é totalmente favorável ao Luiz da Silva.

            A maioria do eleitorado não elegeu o correligionário do Fernando Cardoso como seu sucessor em uma flagrante demonstração de repúdio aos seus oito (8) de governo e assim sendo a quem o mesmo daria palpite? Relegado ao esquecimento pelo seu próprio partido e ofuscado pela surpreendente popularidade e aceitação do seu sucessor não restou à grande imprensa titulá-lo de estadista para disfarçar seu ostracismo. Mas se o Serra fosse o vitorioso naturalmente que o papel do Fernando Cardoso teria sido outro. Quem sabe conselheiro de luxo? Eminência parda? Ministro sem pasta? Sei lá.

            Já o Luiz da Silva, abominado pelas elites e pelos privilegiados de formação acadêmica, criou, apostou e com um grande respaldo popular elegeu sua sucessora e acredito que só por essa razão deve ter se transformado no “palpiteiro indesejável” do Brasil. Mas os mesmos que o chamam pejorativamente de palpiteiro estão esquecidos de que o também ex-presidente, sem o voto popular, Emílio Garrastazu Médici dava seus palpites no futebol e na seleção brasileira e nem por isso recebeu aquele apelido.

            O governo do Fernando Cardoso de 1995-2002 apesar de sacudido por fortes escândalos foi extremamente simpático à grande mídia. Blindado por uma expressiva e fiel maioria no Congresso, o executivo inviabilizou a instalação das Comissões Parlamentares de Inquérito e ou abortou as instaladas para impedir que a podridão fosse investigada e consequentemente divulgada.

            O mesmo não aconteceu com o seu sucessor, mas não se pode negar que o estilo de governar é o mesmo, haja vista que os próprios seguidores do PSDB dizem que o PT copiou e ou se adonou do projeto administrativo do primeiro.

            Na realidade as administrações de um e de outro são iguais até mesmo nos escândalos e na corrupção, pois até o mentor Marcos Valério que começou com o PSDB, e isso está no STF desde 2005, foi mantido pelo PT.

            A diferença está na pressão da grande imprensa e no inusitado julgamento da Ação Penal 470 (turma do PT e aliados), entrou no STF em 12.11.2007, antes do Inquérito2280 (turma do PSDB) que entrou em 15.12.2005. O Relator de todos os dois é o número um da mídia no momento, Ministro Joaquim Barbosa. A serviço de quem estarão os senhores Ministros?  Pelo bate boca público entre os mesmos durante o julgamento da Ação Penal 470 e os votos conflitantes de uns e de outros é de se supor que até os Senhores Ministros do STF têm interesses diferentes no referido julgamento. O tempo dirá.

            Do exposto se pode concluir que os Ministros do STF julgam sob forte pressão. De quem? No futuro, quem viver, saberá. Ou a grande imprensa quer criar um candidato a Presidente da República? Se os Estados Unidos da América pode ter um negro na Presidência por que o Brasil não pode? Afinal tudo se copia.

            Continuo com a idéia de que não será a condenação dos réus da Ação Penal 470 que acabará com a corrupção. O mesmo rigor precisa atingir todos os faltosos, o que não acontece. Os exemplos são fartos, é só retroceder na história. A liberação do Carlos Augusto Ramos me dá razão.

            

              

           

 

           

terça-feira, 20 de novembro de 2012

INFORTÚNIOS


 

 

            Quem não os tem? Pessoas que simplesmente passam e não vivem reclamam de seus infortúnios como se fossem os maiores do mundo. Passam enclausuradas no seu egoísmo sem olhar para tudo aquilo que as cerca no dia a dia, sem lembrar que as outras, muitas vezes, os têm em grau mais elevado do que os seus, independente de posição social, credo político ou religioso.

            Existem pessoas que, aparentemente têm tudo para ser felizes, mas por não olharem para o próprio interior reclamam de tudo e de todos, criando assim um astral negativo para suas existências.

            O bom seria que cada uma dessas pessoas visitassem, de quando em vez, um grande hospital, casas de geriatria, asilos, orfanatos e tantas outras instituições especializadas no atendimento aos necessitados para entender e assimilar que outros têm infortúnios permanentes maiores do que os seus, mas que os enfrentam com coragem e determinação. Muitos precisam disso para dimensionar sua covardia no enfrentamento de mínimas e passageiras dificuldades.

            As reclamações descabidas estragam meu senso de humor.

            Há poucos dias agüentei um cidadão que reclamava sobremaneira do tamanho e do peso da cruz que carrega durante sua vida. Tenho a capacidade de entender os meus semelhantes e em certo momento falei ao meu interlocutor que não resolve seus problemas, mas quer que os outros os resolvam: reclama menos e usa tua inteligência para diminuir o tamanho e o peso da tua cruz. Faz como eu que reduzi o tamanho e o peso da minha a ponto de carregá-la no bolso da camisa e não nas costas.

            Minha vida, devido à personalidade e às virtudes que tenho é e sempre foi plena de dificuldades, incompreensões, infortúnios e rejeição, mas nenhuma suficientemente capaz de fazer desistir dos meus propósitos, objetivos e muito menos de me transformar em um chorão.

            Por quê? Porque sempre acreditei no que sou, sempre olhei e cuidei dos meus valores, da minha vida, nunca fui tomado pelo sentimento da inveja, sempre assumi minhas responsabilidades sem procurar transferi-las para terceiros, mas principalmente porque sempre tive sabedoria, tranqüilidade e coragem de enfrentar meus infortúnios muitas vezes criados pela minha irreverência, pela minha independência no ser, no agir, no pensar e pela convicção de que trilho o caminho certo sem jamais praticar injustiças com quem quer que seja.

            Conheça a si, respeite a si, seja sincero consigo, seja exigente consigo, mas principalmente seja honesto consigo e verá que seus infortúnios desaparecerão.

            Charlatães? Não precisa consultá-los, pois se o fizer estará mantendo seus problemas ou infortúnios e RESOLVENDO OS DELES.

   

 

           

terça-feira, 13 de novembro de 2012

CHARLATÃO


 

 

            Segundo o dicionário da língua portuguesa a definição do termo acima é: 1. Vendedor público de drogas, cujas virtudes apregoa com exagero. 2. Explorador da boa fé do publico. 3. Impostor, embusteiro, trapaceiro.

            Na sociedade de consumo na qual estamos vivendo, onde predomina o ter a qualquer preço é que o charlatão encontra um vasto campo para explorar, pois o ambicioso e incauto na ânsia de obter facilidades é presa fácil de quem se dedica a esse tipo de atividade. A melhor maneira de combatê-lo é se preparar psicologicamente e acreditar que a solução dos seus problemas está em si mesmo.

            E isso é muito fácil de fazer. Existem certos anúncios nos veículos de comunicação nos quais determinados indivíduos se apresentam capazes de solucionar as dificuldades das pessoas, inclusive se o problema for financeiro. Não se deixe enganar e não assine papel algum, somente diga ao milagroso que a solução definitiva dos seus males é conseguir R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) para pagamento em quatrocentos (400) meses e sem juros. Aposto que o solucionador de problemas vai dizer à pessoa de que não é Banco ou qualquer outra Instituição Financeira.

            O charlatão gosta de tirar dinheiro, mas jamais de emprestar.

            Tenho conhecimento de muitos casos de pessoas que perderam todas suas economias na esperança de solucionar problemas de saúde, de negócios, de relacionamentos amorosos e outros consultando e pagando impostores que vivem nababescamente explorando sofredores incautos.

            Não é do meu feitio analisar somente um lado da questão, pois para existir o charlatão é preciso que exista o bobo, o ingênuo, o otário que anda na busca de soluções simples e milagrosas para seus males.

            Hoje não precisa de muita inteligência para ser charlatão, basta colocar uma simples agenda em branco debaixo do sovaco e se dizer “pregador” que está com a vida arrumada. Prestem atenção: não basta punir o charlatão é necessário que se puna, e com mais rigor, os bobos que acreditam em lobisomem.

            Cuidem-se, pois eles estão presentes em todos os cantos deste imenso universo.

            Todo o cuidado é pouco, pois quando a esmola é demasiada até o cego desconfia.

            Qual o pior: o charlatão que mente ou o otário que acredita?

            Cada um tem sua resposta, mas não vou deixar os leitores sem a minha opinião: os que não se preparam para a vida devem pagar caro pelas suas crendices equivocadas.