terça-feira, 4 de dezembro de 2012

APOSENTADOS DO INSS



 

         Quem deve prestar estes esclarecimentos aos aposentados é o senador Paim, os políticos detentores de mandatos, os representantes de bancos e tantos outros que apelam à classe para atingir seus objetivos.

            Uma quantidade expressiva de aposentados insiste em transformar suas aposentadorias em número de salários mínimos, o que é um erro. Muitos pedem na Justiça a revisão do cálculo alegando que, ao longo dos anos, ela diminuiu. Acontece que os benefícios não são mais atrelados ao salário mínimo, exceto o piso salarial dos aposentados.

            Os benefícios concedidos até outubro de 1988 tiveram seu valor transformado em número de salários mínimos e, a partir daí, sofrem reajustes com base em índices divulgados pelo governo.

            A lei 8.213, de 24 de junho de 1991, desvinculou todos os benefícios do salário mínimo. Porém a maioria das pessoas no ato da aposentadoria teima em, erradamente, transformá-la em salário mínimo. As aposentadorias, desde 24 de junho de 1991, são deferidas em moeda corrente nacional vigente e seus reajustes não são feitos pelos mesmos índices do salário mínimo. Se for justo ou não, moral ou não perguntem aos senadores, aos deputados federais, aos deputados estaduais e aos vereadores em quem os senhores votam. Perguntem a eles se suas remunerações são reajustadas pelos mesmos índices de correção das aposentadorias do INSS.

            Quem escreve esta página é um aposentado que não é eleitor do Senador Paim e de nenhum candidato que usa as classes para obter seu voto com promessas mirabolantes e inexeqüíveis. Todos querem ganhar aposentadorias de R$ 20.000,00 por mês, mas todos sabem que isso é impossível, porém quando aparece qualquer vigarista acenando com essa possibilidade se transforma no porta-voz herói dos aposentados e estes, mesmo conscientes das suas mentiras, seguem-nos quais vaquinhas de presépio. E depois choram, choram e choram, mas em ouvidos errados. Choram nos meus, quando deveriam chorar nos ouvidos dos seus queridos representantes merecedores dos seus qualificados votos.

            Vocês gostam muito dos demagogos, dos irresponsáveis que para adquirir sua simpatia defendem um salário mínimo de R$ 3.500,00 ou R$ 4.000,00 sem avaliar se nossos empregadores e a produção suportam tamanho ônus.

            Temos que lutar pela unificação da Previdência no Brasil. Temos que lutar pelo respeito ao artigo da Constituição Federal que prega a igualdade de todos os cidadãos. Mas que igualdade falsa é essa que permite ao funcionário público federal e tantos outros se aposentar com 15.000,00 ou 40.000,00 por mês? Que igualdade é essa que permite ao militar se aposentar com 47/48 anos de idade, salário integral do dia da aposentadoria e um trabalhador comum não pode se aposentar com menos de 60 anos de idade, 35 de contribuição ao INSS e o salário pela média dos últimos 10 anos?

            Parem de reclamar, estudem, participem, cobrem das pessoas certas, mas não se omitam, pois a omissão ajuda os aproveitadores e a submissão transforma-o em um covarde sem voz e sem vez e isso só ajuda os impostores que fixam a própria remuneração. E ainda dizem para justificar seu deboche: “Todos estão satisfeitos, pois só quem reclama é o Bereci. No que não deixam de ter razão”. Este assunto já foi abordado nesta página em janeiro/2012.

            ESCLAREÇO: As aposentadorias do INSS desde 1991 não são fixadas em número de salários mínimos, mas sim baseadas na média das contribuições sem qualquer indexação.

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