Quem deve prestar estes
esclarecimentos aos aposentados é o senador Paim, os políticos detentores de
mandatos, os representantes de bancos e tantos outros que apelam à classe para
atingir seus objetivos.
Uma
quantidade expressiva de aposentados insiste em transformar suas aposentadorias
em número de salários mínimos, o que é um erro. Muitos pedem na Justiça a
revisão do cálculo alegando que, ao longo dos anos, ela diminuiu. Acontece que
os benefícios não são mais atrelados ao salário mínimo, exceto o piso
salarial dos aposentados.
Os
benefícios concedidos até outubro de 1988 tiveram seu valor transformado em
número de salários mínimos e, a
partir daí, sofrem reajustes com base em índices divulgados pelo governo.
A
lei 8.213, de 24 de junho de 1991, desvinculou todos os benefícios do salário
mínimo. Porém a maioria das pessoas no ato da aposentadoria teima em,
erradamente, transformá-la em salário mínimo. As aposentadorias, desde 24 de
junho de 1991, são deferidas em moeda corrente nacional vigente e seus
reajustes não são feitos pelos mesmos índices do salário mínimo. Se for justo
ou não, moral ou não perguntem aos senadores, aos deputados federais, aos
deputados estaduais e aos vereadores em quem os senhores votam. Perguntem a
eles se suas remunerações são reajustadas pelos mesmos índices de correção das
aposentadorias do INSS.
Quem
escreve esta página é um aposentado que não é eleitor do Senador Paim e de
nenhum candidato que usa as classes para obter seu voto com promessas
mirabolantes e inexeqüíveis. Todos querem ganhar aposentadorias de R$ 20.000,00
por mês, mas todos sabem que isso é impossível, porém quando aparece qualquer
vigarista acenando com essa possibilidade se transforma no porta-voz herói dos
aposentados e estes, mesmo conscientes das suas mentiras, seguem-nos quais
vaquinhas de presépio. E depois choram, choram e choram, mas em ouvidos
errados. Choram nos meus, quando deveriam chorar nos ouvidos dos seus queridos
representantes merecedores dos seus qualificados votos.
Vocês
gostam muito dos demagogos, dos irresponsáveis que para adquirir sua simpatia
defendem um salário mínimo de R$ 3.500,00 ou R$ 4.000,00 sem avaliar se nossos
empregadores e a produção suportam tamanho ônus.
Temos
que lutar pela unificação da Previdência no Brasil. Temos que lutar pelo
respeito ao artigo da Constituição Federal que prega a igualdade de todos os
cidadãos. Mas que igualdade falsa é essa que permite ao funcionário público
federal e tantos outros se aposentar com 15.000,00 ou 40.000,00 por mês? Que
igualdade é essa que permite ao militar se aposentar com 47/48 anos de idade,
salário integral do dia da aposentadoria e um trabalhador comum não pode se
aposentar com menos de 60 anos de idade, 35 de contribuição ao INSS e o salário
pela média dos últimos 10 anos?
Parem
de reclamar, estudem, participem, cobrem das pessoas certas, mas não se omitam,
pois a omissão ajuda os aproveitadores e a submissão transforma-o em um covarde
sem voz e sem vez e isso só ajuda os impostores que fixam a própria
remuneração. E ainda dizem para justificar seu deboche: “Todos estão satisfeitos, pois só quem reclama é o Bereci. No que não
deixam de ter razão”. Este assunto já foi abordado nesta página em
janeiro/2012.
ESCLAREÇO:
As aposentadorias do INSS desde 1991 não
são fixadas em número de salários mínimos, mas sim baseadas na média das
contribuições sem qualquer indexação.
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