Quem
não os tem? Pessoas que simplesmente passam e não vivem reclamam de seus
infortúnios como se fossem os maiores do mundo. Passam enclausuradas no seu
egoísmo sem olhar para tudo aquilo que as cerca no dia a dia, sem lembrar que
as outras, muitas vezes, os têm em grau mais elevado do que os seus,
independente de posição social, credo político ou religioso.
Existem
pessoas que, aparentemente têm tudo para ser felizes, mas por não olharem para
o próprio interior reclamam de tudo e de todos, criando assim um astral
negativo para suas existências.
O
bom seria que cada uma dessas pessoas visitassem, de quando em vez, um grande
hospital, casas de geriatria, asilos, orfanatos e tantas outras instituições
especializadas no atendimento aos necessitados para entender e assimilar que
outros têm infortúnios permanentes maiores do que os seus, mas que os enfrentam
com coragem e determinação. Muitos precisam disso para dimensionar sua covardia
no enfrentamento de mínimas e passageiras dificuldades.
As
reclamações descabidas estragam meu senso de humor.
Há
poucos dias agüentei um cidadão que reclamava sobremaneira do tamanho e do peso
da cruz que carrega durante sua vida. Tenho a capacidade de entender os meus
semelhantes e em certo momento falei ao meu interlocutor que não resolve seus
problemas, mas quer que os outros os resolvam: reclama menos e usa tua
inteligência para diminuir o tamanho e o peso da tua cruz. Faz como eu que
reduzi o tamanho e o peso da minha a ponto de carregá-la no bolso da camisa e
não nas costas.
Minha
vida, devido à personalidade e às virtudes que tenho é e sempre foi plena de
dificuldades, incompreensões, infortúnios e rejeição, mas nenhuma
suficientemente capaz de fazer desistir dos meus propósitos, objetivos e muito
menos de me transformar em um chorão.
Por
quê? Porque sempre acreditei no que sou, sempre olhei e cuidei dos meus
valores, da minha vida, nunca fui tomado pelo sentimento da inveja, sempre
assumi minhas responsabilidades sem procurar transferi-las para terceiros, mas
principalmente porque sempre tive sabedoria, tranqüilidade e coragem de
enfrentar meus infortúnios muitas vezes criados pela minha irreverência, pela
minha independência no ser, no agir, no pensar e pela convicção de que trilho o
caminho certo sem jamais praticar injustiças com quem quer que seja.
Conheça
a si, respeite a si, seja sincero consigo, seja exigente consigo, mas
principalmente seja honesto consigo e verá que seus infortúnios desaparecerão.
Charlatães?
Não
precisa consultá-los, pois se o fizer estará mantendo seus problemas ou
infortúnios e RESOLVENDO OS DELES.
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