É
notório o esforço que faz a grande imprensa do país em ridicularizar o
ex-presidente Luiz da Silva e em enaltecer o também ex-presidente Fernando
Cardoso. Em que pese o seu grande esforço ela tem imensa dificuldade para
atingir seus objetivos já que a situação dos dois é completamente diferente e
quando a própria imprensa quer fazer comparação entre os dois a balança é
totalmente favorável ao Luiz da Silva.
A
maioria do eleitorado não elegeu o correligionário do Fernando Cardoso como seu
sucessor em uma flagrante demonstração de repúdio aos seus oito (8) de governo
e assim sendo a quem o mesmo daria palpite? Relegado ao esquecimento pelo seu
próprio partido e ofuscado pela surpreendente popularidade e aceitação do seu
sucessor não restou à grande imprensa titulá-lo de estadista para disfarçar
seu ostracismo. Mas se o Serra fosse o vitorioso naturalmente que o papel do
Fernando Cardoso teria sido outro. Quem sabe conselheiro de luxo? Eminência
parda? Ministro sem pasta? Sei lá.
Já
o Luiz da Silva, abominado pelas elites e pelos privilegiados de formação
acadêmica, criou, apostou e com um grande respaldo popular elegeu sua sucessora
e acredito que só por essa razão deve ter se transformado no “palpiteiro
indesejável” do Brasil. Mas os mesmos que o chamam pejorativamente de
palpiteiro estão esquecidos de que o também ex-presidente, sem o voto popular,
Emílio Garrastazu Médici dava seus palpites no futebol e na seleção brasileira
e nem por isso recebeu aquele apelido.
O
governo do Fernando Cardoso de 1995-2002 apesar de sacudido por fortes
escândalos foi extremamente simpático à grande mídia. Blindado por uma
expressiva e fiel maioria no Congresso, o executivo inviabilizou a instalação
das Comissões Parlamentares de Inquérito e ou abortou as instaladas para
impedir que a podridão fosse investigada e consequentemente divulgada.
O
mesmo não aconteceu com o seu sucessor, mas não se pode negar que o estilo de
governar é o mesmo, haja vista que os próprios seguidores do PSDB dizem que o
PT copiou e ou se adonou do projeto administrativo do primeiro.
Na
realidade as administrações de um e de outro são iguais até mesmo nos
escândalos e na corrupção, pois até o mentor Marcos Valério que começou com o
PSDB, e isso está no STF desde 2005, foi mantido pelo PT.
A
diferença está na pressão da grande imprensa e no inusitado julgamento da Ação
Penal 470 (turma do PT e aliados), entrou no STF em 12.11.2007, antes do
Inquérito2280 (turma do PSDB) que entrou em 15.12.2005. O Relator de todos os
dois é o número um da mídia no momento, Ministro Joaquim Barbosa. A serviço de
quem estarão os senhores Ministros? Pelo
bate boca público entre os mesmos durante o julgamento da Ação Penal 470 e os
votos conflitantes de uns e de outros é de se supor que até os Senhores
Ministros do STF têm interesses diferentes no referido julgamento. O tempo
dirá.
Do
exposto se pode concluir que os Ministros do STF julgam sob forte pressão. De
quem? No futuro, quem viver, saberá. Ou a grande imprensa quer criar um
candidato a Presidente da República? Se os Estados Unidos da América pode ter
um negro na Presidência por que o Brasil não pode? Afinal tudo se copia.
Continuo
com a idéia de que não será a condenação dos réus da Ação Penal 470 que acabará
com a corrupção. O mesmo rigor precisa atingir todos os faltosos, o que não
acontece. Os exemplos são fartos, é só retroceder na história. A liberação do
Carlos Augusto Ramos me dá razão.
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