sexta-feira, 28 de outubro de 2011

GAUDÉRIO

É muito comum o uso indevido desse vocábulo por pessoas de certa escolaridade e normalmente por não procurar sua definição correta. A definição do termo segundo o dicionário da língua portuguesa é: 1. Folgança, pândega, patuscada, gáudio. 2. Vadio, malandro. No Rio Grande do Sul chamam de gaudério aquele que acompanha qualquer pessoa, abandonando-a para seguir outra ou ainda aquele que anda errante, ao léu. Nesta região é chamado de gaudério aquele que anda de estância em estância, come, dorme e não trabalha sequer para pagar cama e mesa.

Diante da definição do termo é bom ter cuidado quando empregá-lo, pois, por desconhecer seu significado se pode ofender alguém.

Nos desfiles da semana farroupilha, em importantes veículos de comunicação, usaram a palavra gaudério indevidamente o que prova o total despreparo de certos apresentadores no que diz respeito ao vernáculo.

Mas será que só nas estâncias existe o gaudério?

Acredito que não, pois pelas movimentações de determinados políticos se pode afirmar que na atualidade a figura do gaudério está mais presente nos partidos políticos do que mesmo nas estâncias. A diferença entre um e outro? Não existe. O gaudério dos pampas come e dorme na estância e no outro dia vai embora até encontrar outra que o acolha e o do partido político tira vantagem enquanto ele está no poder (come e dorme) e se muda de mala e cuia para outro que o substituiu em busca de novas acomodações. Não tem proposta própria, se infiltra e tira proveito das propostas dos outros e quando estas se esgotam se apresenta como a solução alternativa.

Despreza a inteligência dos outros quando pensa que com recursos literários poderá conduzi-los ao seu bel prazer.

A mariposa é atraída pelo brilho da luz que lhe tira a vida e o mercenário político é atraído pelo poder, mas não se dá conta que perde a credibilidade.



São Gabriel está no seu 152º ano de emancipação política e a Avenida Tito Prates a espera do calçamento e ou asfaltamento. Será que também vou morrer sem assistir tão necessária obra ser concretizada?



Não queiram iludir o povo com propostas alternativas sustentadas em nomes velhos e surrados. As forças vivas do município precisam criar, verdadeiramente, novas lideranças que tenham um projeto desenvolvimentista para a comunidade. E que sejam melhores do que as existentes na atualidade. É possível, mas para isso acontecer se faz imperioso viver mais o município e sua gente, pois a maioria das pessoas vive no mundo irreal produzido pela televisão e pela rede de computadores.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

21ª. COMENDA

A comissão organizadora desse evento, que reúne ex-alunas e amigas da Escola Perpétuo Socorro, formada pelas senhoras Maria Luiza Munhoz Bisogno – rainha da comenda 2011; Helga Alves e Silva – rainha do milênio 2011 e Gladis Berbigier da Silva – rainha da comenda 2010 comunicam a sua realização dia 05 de novembro do corrente ano nas dependências do Clube Caixeiral.

A festa promete momentos de descontração, alegria e de emoções indescritíveis pelo reencontro de pessoas que buscam no convívio humano a manutenção dos vínculos de amizade pura que a passagem dos anos não haverá de destruir jamais.

Risos, abraços e recordações são alguns dos ingredientes que não faltarão nessa noite de raro brilho.

O tema será Viva o México e em vista disso não faltará a apresentação das Mexicanas, cercada desde já da natural curiosidade de todas.

A animação, mais uma vez, estará a cargo do Tony Carlos e seus românticos boleros proporcionando aos presentes a volta de cada um ao passado distante que construiu essa identificação revivida no presente.

Esse evento devido à sua grandeza e ao seu significado já está inserido no calendário social de São Gabriel e seu sucesso, mais uma vez, garantido pela qualidade e pelo entusiasmo das organizadoras.



### EVOLUÇÃO é o que se nota no comportamento dos motoristas quanto ao respeito à preferência dos pedestres ao atravessar pela faixa de segurança. Mas não só o motorista precisa ser educado, pois o pedestre também está obrigado a respeitar as regras do trânsito. Quando todos os dois se respeitarem reciprocamente chegaremos ao ideal.



### AFRONTA aos corretos é a nomeação para cargos importantes de políticos decadentes e de vida pública pregressa nada recomendável. A hipocrisia é tanta que quando o faltoso é nosso todos, com raríssima exceção, aplaudem, mas juram que a administração pública precisa de moralidade. Muito pior do que o nomeado é quem indica e pior do que estes dois é o safado que nomeia. Onde estão os que gritam pela moralidade na administração pública? Por entender que a moralidade deve estar presente em todas as instâncias da administração e que o indicado, embora represente parcela da comunidade são-gabrielense, não tem os requisitos que o credenciem para o cargo registro o meu protesto. O culpado não é o nomeado, mas o mentiroso que apresenta programas partidários na TV jurando que o seu partido defende a aplicação da transparência e da ética na administração pública e recomenda tais nomeações.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

CAVALOS CRIOULOS

Há muito tempo não me fazia presente no Parque de Exposições Assis Brasil e pretendia lá retornar quando a Avenida Tito Prates estivesse devidamente calçada ou asfaltada. Não deu. Um gentil convite do Hugo/Renato – Cabanha Posto Queimado; do Luiz Alberto/Carlos Emílio – Fazenda Balança que juntamente com o Bruno Menezes – Cabanha Três Passos e o Daniel Teixeira – Cabanha La Buenacha proporcionaram um dia de campo, 15.10.2011, naquele parque, para apresentar ao público que lá compareceu os produtos de suas respectivas propriedades exigiu o meu comparecimento.

Quatro jovens que, respaldados por seus pais, entram na fascinante atividade da criação de cavalos crioulos na busca de um caminho que lhes conduza ao sucesso e à plena realização de seus objetivos. O trabalho enobrece, dá maturidade e aumenta a criatividade de todos aqueles que através dele buscam o seu próprio desenvolvimento.

Os apreciadores do cavalo crioulo têm essas quatro opções locais, com muita qualidade, para adquirirem um exemplar da raça. Maiores esclarecimentos com os proprietários.

É muito bom constatar a iniciativa desses rapazes em buscar no trabalho o preenchimento do seu tempo e consequentemente despertarem desde cedo para as responsabilidades do presente que por certo lhes garantirão um futuro tranqüilo e próspero. Estão ocupando o espaço que a sociedade lhe reserva e respondendo positivamente a expectativa de todos os que acreditam neles.

A persistência, a confiança em si e a certeza de que podem e de que querem são os elementos que lhes darão a energia para vencer todos os obstáculos que se colocarem à sua frente. As dificuldades existem, mas só os fortes as ultrapassam.

Moços, não olhem primeiro para o que está longe, mas sim para o que está perto porque não se chega ao longe quando não se vence as barreiras que estão perto. Tudo tem seu tempo e aos determinados está reservado um lugar ao sol.

Transmito o ensinamento que recebi quando tinha a idade de vocês: O dia é divido em três períodos de oito (8) horas: O primeiro para trabalhar; o segundo para se divertir e o terceiro para descansar. Um homem organizado tem tempo para tudo. Não esqueçam, pois é uma grande verdade.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

REGISTRO NECESSÁRIO

Para a atuação do delegado de polícia, Jader Ribeiro Duarte, no exercício de suas atividades profissionais que recém se iniciam no município. Não o conheço pessoalmente, mas pelo seu trabalho na manutenção da ordem pela aplicação justa da lei posso afirmar que se trata de um profissional da mais alta qualificação que dignifica o cargo que ocupa, sem qualquer sombra de dúvidas.

Todos sabem que meu forte não é fazer elogios e espero que não interpretem este como um, mas sim como um reconhecimento a quem deveras batalha pela imposição do respeito à lei.

A razão principal deste artigo é fazer um chamamento, ou melhor, um convite para que a comunidade não deixe o delegado só na empreitada difícil e antipática de colocar ordem e disciplina nas coisas. Todos nós precisamos de segurança, nossas famílias precisam de segurança, nossos empresários precisam de segurança, nossos jovens precisam de segurança, mas essa segurança só existe quando a coletividade respeita a lei e pune exemplarmente os faltosos. E quando falo em faltosos não diferencio classe social, cor, credo religioso ou político.

Penso que a segurança não depende só das autoridades, mas depende, e muito, da maioria das famílias que em nome de uma proteção exagerada e equivocada apóia incondicionalmente os seus mesmo quando reconhecidamente errados.

A impunidade é o maior incentivo à prática do ilícito e a maior e mais cruel punição àquele que se comporta com a civilidade e a decência que a vida coletiva exige.

Está mais do que na hora da gente desta terra tomar atitude e formar fileira na luta pela imposição do respeito e da moral. E ninguém está desobrigado de emprestar a sua contribuição ou seu apoio moral, pois este representa, em determinadas circunstâncias, o ingrediente que estimula a defesa do bem comum.

Toda esta segurança não pode depender somente do esforço do delegado e de seu diminuto contingente de comandados, mas de todas as famílias que devem educar os seus jovens para que tenhamos bons adultos.

Todos precisam sair de suas jaulas e tomar conta das ruas, pois os marginais estão ocupando os lugares que deixamos vagos devido ao nosso egoísmo. É preciso ter consciência de que somos parte do contexto e este será bom ou ruim de acordo com nossas atitudes.

Onde estão as entidades desta terra? Onde estão as forças vivas desta terra? Onde estão os homens de representatividade desta terra? Ter representatividade para dar e receber homenagens ou receber polpudos salários definitivamente não me serve.

A tarefa de reorganizar a sociedade é obrigação de todos e não será um delegado e sua equipe por mais competentes que sejam que atingirão a meta desejada.

E quem não se engajar nessa luta que pague o preço da sua omissão e da sua covardia.

Senhor delegado, sou um cidadão comum, mas além de desejar uma boa estada entre nós lhe hipoteco total e irrestrita solidariedade enquanto com justiça e denodo trabalhar pela segurança da minha gente. Oxalá essa força invisível que comanda o universo lhe dê saúde e energia para atingir todos os seus desideratos.



### O Fernando Baldissera dos Santos apresenta uma sugestão para resolver o problema dos cachorros de rua: Exportá-los em pé para a China, para o Vietnã e para a Coréia, alguns dos países que consomem sua carne. Não exportam boi em pé para o Iraque?

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

MISTURA INDEVIDA

Há uma generalizada inconformidade do povo em geral com a qualidade da classe política atual. Sou da opinião de que ela é paradoxal ou contraditória, pois quem transforma o cidadão em político ou homem público é a maioria da sociedade, ou seja, o eleitor através do seu voto.

É espantosa a preferência de uma expressiva parcela do eleitorado por pessoas que nada têm a ver com a política, mas que usam a sua fé e a própria política para obter extraordinário enriquecimento material. O bom pastor obrigatoriamente não será um bom político e este jamais será um bom pastor. Misturar religião com política é perigoso porque os mesmos homens vão dominar sua mente e o seu bolso.

O negócio mais rentável nos dias modernos é a comercialização dos nomes Deus e Jesus, haja vista as rádios, os jornais, os mais variados tipos de negócios lucrativos mantidos não pelas igrejas, mas pelos seus pastores, chefes ou donos como os queiram apelidar. Não está longe o dia em que haverá mais pastores do que ovelhas ou mais templos do que fé. Não fiquem raivosos com o que estou escrevendo, mas esta é uma constatação de quem acompanha a vida nacional. E quem duvidar do que afirmo olhem o programa político na TV. Fica difícil distinguir se é político ou se é religioso tal a mistura de pastores, vereadores, deputados, etc.

Temos ainda a preferência dos eleitores pelos candidatos que trabalham nos meios de comunicação em vista do contato diário que têm através, principalmente, do rádio e da TV pela abrangência que possuem. Tanto é verdade essa constatação que certos programas radiofônicos estão transformados em beijos e abraços. Estão parecidos com aquele orador que interrompe o próprio discurso e pede uma salva de palmas. Assim estão certos programas de rádio que são feitos para o apresentador distribuir abraços e beijos durante dez (10) minutos ou mais e uma música para os ouvintes. Qual a importância das amizades do comunicador para os ouvintes? Pensem. Cada um terá sua resposta. Já pensaram na chatice desta página se seu conteúdo fosse beijos e abraços para minhas amigas e amigos citados nominalmente? Ela pode ser chata de qualquer maneira, mas procuro transmitir uma conscientização de que se os políticos e homens públicos são maus a maior responsabilidade é de quem elege equivocadamente.

O objetivo deste artigo nada mais do que esclarecer o eleitor de que é perigoso pensar que um bom pastor, um bom comunicador, um bom artista ou qualquer boa pessoa será um bom político ou um bom homem público e em nenhum momento atacar qualquer individualidade. Maior tragédia do que a concentração da riqueza mundial nas mãos de poucos e concentrar o poder de decisão nas mãos dos mesmos. Este é o maior perigo que ronda o universo.

Estamos na véspera de uma nova eleição e corremos o risco muito grande de termos na câmara municipal a bancada das igrejas, a bancada das rádios e a bancada de qualquer coisa menos a bancada dos partidos políticos, pois efetivamente estes são meros instrumentos dos oportunistas que querem, entre beijos e abraços, uma vida melhor para si e para os seus com enorme prejuízo à coletividade. O eleitorado ainda não elegeu um homem com a coragem suficiente para trabalhar pela redução de honorários e do número de vereadores em São Gabriel. Quando isso acontecer será a confirmação de que os eleitores escolheram um político verdadeiramente comprometido com o bem comum que é a razão maior da existência do mandato popular.

A culpa, repito, não é dos escolhidos, mas de quem escolhe as pessoas erradas.

### O Cherini está perdido quando diz que é do PDT do Getúlio Vargas e do João Goulart. Todos os dois morreram antes da existência daquele partido. O Getúlio foi morto em 1954, o João Goulart morreu em 1976 e o PDT foi fundado em 1980. Portanto...

terça-feira, 11 de outubro de 2011

DANRLEI, uma confirmação.

Estou usando o exemplo do deputado Danrlei, mas poderia ser outro qualquer. Quando comentei o resultado das eleições/2010 escrevi: “O fracasso dos partidos políticos é evidente há muito tempo e se escancarou nesta eleição quando em dificuldade para apresentarem candidatos bons de votos dentre os seus afiliados saíram em busca de individualidades que estão em permanente contato com o eleitorado através da grande mídia. Prestem atenção, não estou afirmando que tais individualidades não prestam ou que serão maus parlamentares, mas sim que elas esvaziam a finalidade dos partidos e os desmoralizam porque não têm vida partidária”. Citei ainda a repórter e o palhaço que obtiveram, nos seus respectivos estados, votações extraordinárias. O eleitor não dá a mínima para os partidos, atualmente vota na pessoa.

Pois bem, com menos de um ano de mandato o Danrlei que fez cento e setenta e três mil (173.000) votos abandona o PTB e lidera, no RS, o PSD. O mandato é do Danrlei ou do PTB? Penso que do Danrlei, pois o PTB foi buscá-lo pela sua visibilidade perante o eleitorado como jogador profissional do Grêmio Futebol Porto-alegrense, e, além disso, ninguém pode afirmar que o montante de votos que elegeu o deputado era de filiados do PTB. O mandato é popular, não há como amarrar o eleito a determinado partido se os votos que o elegeram não pertencem a filiados daquele partido. O exemplo do Danrlei é mais do que suficiente para mostrar o perigo que ronda os partidos políticos quando saem em busca de pessoas com grande penetração popular, porém sem qualquer responsabilidade com a vida partidária.

Deixo claro que não quero atingir ninguém, mas simplesmente mostrar que em São Gabriel têm pessoas que fazem análises verdadeiras, frias e sem paixão. O mesmo raciocínio vale para o PSB local: ele não cresce é o Baltazar que o incha. Corrijo, nem é o Baltazar, mas sim sua vinculação com o secretário dos transportes e deste com o poder estadual que por sua vez é identificado com a administração federal. Querem localizar a carniça? Observem a sobrevoada dos corvos. Para muitos, política é sinônimo de cargos com boa remuneração. Não importa se com o partido A ou B. Lamento dizer isto, mas é uma verdade cristalina.

E o PSDB? Posso estar equivocado, mas penso que a atitude tomada não foi a mais recomendada para quem até ontem ocupava um cargo de confiança do partido. A desfiliação em massa, conforme noticiado na imprensa, se verdadeira, mais uma vez me dá razão quando afirmo que não existem verdadeiros partidos políticos e sim cúpulas dominantes.

E sobrou também para o PP. Este já há bastante tempo olhava para todos os lados e para todos os partidos, exceto para si mesmo. Não há nenhuma surpresa na transferência de alguns filiados para o recém criado PSD, pois é do conhecimento de todos que a convivência das alas existentes dentro do mesmo era irreconciliável. Neste caso, estritamente local, acredito que a decisão foi acertada e beneficiou a todos, tanto aos que saem como aos que permanecem.

E neste manancial de contradições e atitudes suspeitas os homens não percebem que podem acumular empregos com ótima remuneração, mas se tornam vis e desprezíveis.

Isso nunca foi política. Defino como gangsterismo na política.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

MORTES NO TRÂNSITO

A maioria das pessoas está limitada a repetir assuntos noticiados pelos grandes veículos das comunicações como se um simples apresentador de TV represente um pensamento universal. Para variar, discordo. O trânsito não mata ninguém, quem provoca acidentes, que por sua vez ceifam vidas, é o homem na sua irresponsabilidade bestial que dificulta qualquer análise.

Comentam o óbvio, quanto maior o número de veículos trafegando desordenadamente no mesmo espaço físico maiores são as possibilidades de acidentes. Morre pouca gente diante da indisciplina e da indiferença com que os cidadãos dirigem seus veículos. Desrespeitam a lei e ainda mostram sua soberba e prepotência quando advertidos pela autoridade competente.

Os usuários cometem as maiores atrocidades e culpam o presidente, os governadores e os prefeitos ou as autoridades específicas responsáveis pela disciplina no trânsito.

Todos reivindicam pistas de rolamento de primeira qualidade, auto-estradas, mas ao mesmo tempo querem redutores de velocidade ou outras medidas que ponham fim aos abusos dos motoristas.

Os acidentes que acontecem no trânsito são noventa (90%) por cento devido à imprudência humana. Quem anda pela cidade e observa a loucura das ruas há de concordar comigo de que se fala ao celular quando no volante; toma-se chimarrão, dirige-se com criança no colo; sem a devida habilitação; sem a documentação do veículo, etc.

Não faltam ainda aqueles papais e aquelas mamães que permitem filhos menores na direção de veículos automotores, como não faltam os ciclistas que pensam estarem dispensados de respeitarem as leis dos trânsitos.

E é devido a essa selvageria toda, praticada por uma expressiva parcela de condutores, que não vacilo em afirmar que morre pouca gente nas estradas e nas cidades brasileiras.

### Mais uma exposição-feira se aproxima e nada do calçamento da Avenida Tito Prates. Espero viver para ver essa obra realizada.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

30 ANOS SEM ALDO LIMA

Há trinta (30) anos escrevi esta página que ora transcrevo: Domingo, dia 04 de outubro, perdeu o esporte amador de São Gabriel, bem como toda a sociedade gabrielense, uma de suas figuras mais ilustres.

Ilustre não pela posição de destaque que ocupava à testa de qualquer entidade, mas sim pela retidão de caráter, pela simplicidade no agir, pela sinceridade no falar e pela pureza de sentimentos para com todos.

Pelas qualidades acima, hoje inexistentes até nos homens que comandam os destinos do mundo, o ALDO do Palmeiras, tornou-se um IMORTAL GABRIELENSE.

IMORTAL para o esporte através do Palmeiras do qual foi fundador, dirigente e jogador; IMORTAL para os amigos através da paz contagiante do seu sorriso, da ingenuidade das suas atitudes e da humildade do seu íntimo.

Lamentavelmente, no mundo deteriorado no qual vivemos, os puros, os justos, aqueles que lutam com denodo pela Paz, pela Justiça e pela Verdade só são reconhecidos quando nos faltam.

Triste inversão: enquanto nós não aproveitamos os bons, Deus os chama e cá ficamos a mercê de inescrupulosos, maus e falsos que a tudo destroem na ânsia de conseguir seus propósitos pessoais e nem sempre lícitos.

ALDO ROBERTO LIMA, gratificante foi tua passagem entre nós e podes ter a certeza de que teu exemplo frutificará porque ainda existem os que acreditam na Moral, na Justiça, na Paz e na Verdade princípios que sempre defendeste e que foram os sustentáculos da tua curta existência.

Nas “peladas celestiais”, nas “corridas dos anjos” e na “marcação” dos que chegam para a invernada de Deus haverás de velar por nós até o dia em que unidos pela morte, mais uma vez, possamos fundar no éden o “PALMEIRAS DA ETERNIDADE”.



Ao recordar Aldo Roberto Lima, um vibrante incentivador do esporte amador, principalmente do futebol, lembro de tantos outros que com sua abnegação, determinação, prazer e parcos recursos financeiros próprios foram por longos anos, enfrentando todo o tipo de dificuldade, os responsáveis pela educação de muitos jovens que se transformaram em bons adultos através da prática do esporte.

Eles foram muitos, mas em reconhecimento à contribuição de todos ao município e à educação cito Adalberto Mendonça (Botafogo); Adroaldo de Mello (Guarani); Plácido Goulart (Olaria) e Zeferino Alvarez (Independente).

Eram homens modestos que sempre beneficiaram o esporte sem nunca terem se beneficiado com o esporte.

Aos domingos, com o saco de fardamento às costas, em uma carroça ou em um caminhão, eram os meios de locomoção da época, eles reuniam, nos seus respectivos clubes, a meninada para a integração entre bairros e localidades feita através do esporte. Na conversa que mantive com o senhor Algenor Bastos de Mello ele disse: “naquela época não tínhamos os recursos, mas tínhamos futebol”. E hoje? Caro Algenor, nós pagávamos para jogar e jogávamos muito (os amadores), hoje se ganha muito e se joga pouco (os profissionais).

Os citados acima são de uma época, da minha época, outros os antecederam com os mesmos propósitos e merecem a mesma consideração, não os cito para não cometer injustiças, pois existiram antes de mim. Não há que se falar em futebol nesta cidade sem falar nestes imortais.