O
acréscimo de mais dez por cento (10%) na multa de quarenta por cento (40%)
sobre os depósitos do FGTS do empregado dispensado sem justa causa foi criado
no ano de 2001 para compensar os prejuízos ocorridos com os planos Verão e
Collor 1.
O
citado acréscimo de dez por cento (10%) não beneficiou aos empregados
demitidos, mas sim foram utilizados para recompor as contas do próprio FGTS.
Não
há razão que justifique manter tal ônus aos empregadores visto que a finalidade
de sua criação já foi atendida.
Aprendi
quando freqüentava os bancos escolares, principalmente no estudo da
contabilidade, que orçamento nada mais é do que a fixação das despesas e a
previsão das receitas. Era, porque agora não é mais. A modernidade tão
endeusada e em nome de quem se faz tantas besteiras modificou muita coisa que
dava certo no passado.
Uma
verdade não se pode negar: como se gasta
mal neste Brasil. Não só a administração pública, pois isso vale para a
iniciativa privada e para as pessoas físicas. Prioridades são invertidas na
aplicação dos recursos, trazendo prejuízos consideráveis para todos.
O Poder
Legislativo (Senado, Câmara Federal, Assembléias Legislativas e Câmaras
Municipais) custa uma soma extraordinária e desnecessária de recursos
financeiros, os quais poderiam ser muito bem utilizados em benefício da
maioria. Mas acontece justamente o contrário: se sacrifica a maioria para remunerar uma casta minoritária de,
salvo escassa exceção, aproveitadores.
O
Brasil é o país onde se gasta muito onde se deveria gastar pouco e se gasta
pouco onde se deveria gastar muito. As conseqüências estão aí.
O
grito das ruas que tantos inconsequentemente aplaudem nada mais é do que um
movimento daqueles que cada vez mais querem conforto e vantagens pessoais desde
que outros paguem por eles.
Passe
livre, meia-entrada, bolsa família, financiamento a custo quase zero, preços
diferenciados para idosos, enfim, uma enormidade de benefícios que certamente
onerará alguém.
E
essas mesmas pessoas que tudo querem e nada dão são as mesmas que criticam os
administradores pela alta carga tributária que reina no país. Há poucos dias
conversando com um cidadão de sucesso em suas atividades comerciais, papagaio
da televisão, o mesmo reclamava acintosamente do custo Brasil e da quantidade
de impostos, taxas e contribuições que oneram sobremaneira a produção. Cansado
de ouvir aquela aula em uma matéria na qual tenho bons conhecimentos falei: Mas tu não podes reclamar, pois se estás
bem na vida é porque tens o privilégio de exercer uma atividade isenta de
impostos. Os leitores que imaginem qual é a atividade. Eu fico
profundamente ofendido quando esses lacaios vêm me dar aula de economia.
É
por essa razão que o custo Brasil é alto, mas não é só pelo auxílio a quem
precisa, mas principalmente é pelas benesses a quem não precisa.
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O Brasil é mesmo um país de sérias contradições, senão vejamos: Muitas entidades de classes se reuniram
para exigir uma política limpa e elaborar uma minuta para a reforma.
Esquecem-se, porém que suas políticas classistas, salvo honrosas exceções,
estão para lá de podres. Se política é suja o que dizer de quem a produz? Não
esqueçam disso. Primeiro que cada uma cuide de sua casa e depois das dos
outros.
Os
partidos políticos são fracos porque poucos afiliados enxergam que certos
dirigentes não trabalham pelo Partido, mas sim o usam na busca de brilho e vantagens pessoais. Mas alguém enxerga.
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