sexta-feira, 30 de agosto de 2013

A ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL E A ARRECADAÇÃO


 


            A administração pública ou privada que se preza prioriza a arrecadação, pois o seu sucesso depende essencialmente dos recursos que ingressam nos seus cofres através daquele setor.

            Qualquer administrador, por mais míope que possa ser, terá um setor de arrecadação ágil, qualificado e zeloso no atendimento ao público, porquanto o suprimento do caixa é sempre bem vindo e benéfico, o que segundo tenho conhecimento não é o caso de São Gabriel.

O setor de cadastro, se supõe, está desaparelhado para exercer as importantes funções que lhes estão reservadas pelo chefe do executivo, principalmente no que tange as avaliações dos imóveis para a posterior emissão das guias de recolhimento do ITBI (Imposto de Transmissão Inter Vivos de Bens Imóveis) que é destinado cem por cento (100%) ao Município.

Aos olhos de uma administração exemplar, pública ou privada, não deve haver diferenciação entre o contribuinte comum e o contribuinte parente, amigo, correligionário ou afim de qualquer administrador ou subalterno.

Tenho informações, as acredito idôneas, de que certos chefes de setor na atual administração se colocam acima da repartição e do próprio poder, causando desgaste ao Senhor Prefeito e prejuízos consideráveis aos contribuintes.

Sou administrador e por essa razão prefiro acreditar que esses desmandos, principalmente no setor de cadastro/arrecadação, não são do conhecimento do Senhor Prefeito e como tal não devem ter o seu aval. Não seria o caso de rever nomeações e procedimentos?

Tenho a firme convicção de que o Senhor Prefeito ao ler esta coluna tomará as devidas providências, pois os interesses dos contribuintes, de um modo geral, estão acima de quaisquer interesses corporativos.

Sei que reuniões aconteceram para harmonizar o relacionamento entre os responsáveis pelo cadastro/arrecadação e os contribuintes ou seus representantes, mas a falta de sensibilidade e de diálogo entre as partes, principalmente pelos delegados do Senhor Prefeito, abortaram a chegada a um denominador comum.

A intransigência, seja de que parte for, será sempre um atestado de burrice, pois do bom diálogo entre pessoas civilizadas sempre nascem boas soluções para todos os conflitos.

Por outro lado fica difícil de entender os objetivos dos ocupantes do Palácio Plácido de Castro, pois acenam com a construção de um majestoso e desnecessário templo ao índio Sepé Tiarajú, mas ao mesmo tempo desleixam ou protelam a arrecadação utilizando empecilhos nem sempre legais e desaconselhados pelo bom senso.

É imperioso que todo o servidor público e o ocupante de cargo de confiança saibam que são nomeados para o bom atendimento ao público e em nenhum momento para o desfile de suas vaidades pessoais, arrogância e péssima educação nos corredores da Prefeitura.

O Senhor Prefeito, creio, saberá imediatamente tomar decisões para resolver o impasse, pois do contrário ficará com sua autoridade seriamente comprometida.

 

 

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