As últimas notícias divulgando irregularidades
praticadas na Câmara Municipal de Vereadores não surpreenderam os leitores
deste espaço, pois antes das últimas eleições abordei a fragilidade dos
controles financeiros daquela Casa.
Ocorreram as eleições e nelas a
constatação de que a maioria dos eleitores quer a manutenção desse sistema
viciado que tanto prejudica a população de um modo geral.
Quando a maioria dos eleitores opta
pela permanência dos mesmos, ou de grande parcela dos mesmos, demonstra que
está apoiando os desmandos e que está definitivamente a favor da corrupção e
das coisas mal feitas. Reeleger oito em nove, reconduzir dois, eleger três
ex-secretários para a Câmara Municipal, na realidade representa a renovação de
somente um em quinze. Que
mudança é essa? De que maneira será feita a reforma?
Aposto que se hoje acontecesse uma
eleição para a vereança os atuais envolvidos teriam a mesma votação que
obtiveram ontem. O que isso significa? Os leitores sabem, talvez não queiram
admitir, mas sabem.
As semelhanças se atraem e deve ser por
essa razão que existem tantas reclamações sobre o desempenho dos eleitos ou
escolhidos.
Sábado, dia 24 de agosto, alterei a
rotina e tomei chimarrão com os amigos da revistaria Miscelânia e mais me
convenci da dificuldade das reformas, pois estas estão diretamente dependentes
do comportamento de cada cidadão. O estacionamento nos dias bons já é um
problema no centro da cidade, imaginem nos dias de chuva. De repente vejo que
estaciona em fila tripla, na frente da revistaria um veículo automotor,
camionete ou camioneta, e seu condutor tranquilamente desceu e comprou alguma
mercadoria. Quando falei sobre o guincho, ele simplesmente falou: Bereci, tenho
muitas voltas para dar. O cidadão para muitos é duplamente autoridade, mas para
mim é nada mais um dos que transformam o nosso Brasil em republiqueta de quinta
categoria. Ou as autoridades não estão obrigadas a respeitar as leis do
trânsito?
É por essas e outras que não acredito
em mudanças.
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