terça-feira, 20 de agosto de 2013

ERVA RASTEIRA


 

 

            Em meio as visitas que faço ao Luiz Eduardo Assis Brasil Silveira dedicamos alguns minutos para literatura, poesia e obras de diversos autores que contribuam com nosso permanente aprendizado e aperfeiçoamento intelectual.

            Um dia quando ele falava de sua vida universitária, comentou que em uma apresentação artística, se não estou enganado, o Gonzaguinha teria dito: “Erva rasteira nasceu pra ser pisada, nasce, cresce e morre bem em baixo. Mas homem que é homem de valor, jamais se propõe a ser capacho”.

            Já escrevi alhures que não gosto de cobras porque elas andam de arrasto.

            Na nossa conversa surgiu a dúvida se a frase era de sua autoria ou, se gostando da mesma, a tivesse reproduzido. Não costumo esquecer das coisas boas e desde a visita ao Luiz Eduardo me empenhei em esclarecer nossa dúvida. Consegui e é tão significativo e exemplar seu conteúdo que resolvi retransmiti-lo para que os desanimados, os desiludidos não se rendam à dor de uma tragédia, pois todos devemos ter força espiritual para reagir e construir uma nova realidade a partir de acontecimentos que não foram provocados intencionalmente por alguém. E aos capachos, penso que o recado foi dado: eles são piores que as ervas rasteiras.

            Deixo claro que, segundo a pesquisa, ERVA RASTEIRA é de autoria do GONZAGUINHA.

Erva rasteira nasceu pra ser pisada

nasce, cresce e morre bem em baixo,

mas o homem que é homem de valor

jamais se propõe a ser capacho.

 

E o covarde é aquele que caído

não tenta jamais se levantar.

Sente em si tantos pés feridos

sem lamento se deixa acomodar.

 

Se um dia ele tenta abrir a boca,

se vê sem direito de falar.

Seu destino é viver bem rente ao chão

até que ele venha lhe tragar.

 

Erva rasteira é que pode ser pisada,

mas descuido ela paga com espinho.

O homem que é homem de valor

se levanta e conquista seu caminho.

         Profundo, espero ter contribuído com o fortalecimento psíquico, mental, espiritual e moral daqueles que vivem maus momentos em decorrência de fatos acontecidos sem a contribuição de suas vontades. A reação não pode tardar porque a rendição é privilégio dos fracos e covardes.

            E afinal, quem não tem seus infortúnios? Mas todos precisam fazer força para superá-los.      

           

           

 

 

 

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