Em
meio as visitas que faço ao Luiz Eduardo
Assis Brasil Silveira dedicamos alguns minutos para literatura, poesia e
obras de diversos autores que contribuam com nosso permanente aprendizado e
aperfeiçoamento intelectual.
Um
dia quando ele falava de sua vida universitária, comentou que em uma
apresentação artística, se não estou enganado, o Gonzaguinha teria dito: “Erva
rasteira nasceu pra ser pisada, nasce, cresce e morre bem em baixo. Mas homem que é
homem de valor, jamais se propõe a ser capacho”.
Já
escrevi alhures que não gosto de cobras porque elas andam de arrasto.
Na
nossa conversa surgiu a dúvida se a frase era de sua autoria ou, se gostando da
mesma, a tivesse reproduzido. Não costumo esquecer das coisas boas e desde a
visita ao Luiz Eduardo me empenhei em esclarecer nossa dúvida. Consegui e é tão
significativo e exemplar seu conteúdo que resolvi retransmiti-lo para que os
desanimados, os desiludidos não se rendam à dor de uma tragédia, pois todos
devemos ter força espiritual para reagir e construir uma nova realidade a
partir de acontecimentos que não foram provocados intencionalmente por alguém.
E aos capachos, penso que o recado foi dado: eles são piores que as ervas
rasteiras.
Deixo
claro que, segundo a pesquisa, ERVA RASTEIRA é de autoria do GONZAGUINHA.
“Erva rasteira
nasceu pra ser pisada
nasce, cresce e morre bem em baixo,
mas o homem que é homem de valor
jamais se propõe a ser capacho.
E o covarde é aquele que caído
não tenta jamais se levantar.
Sente em si tantos pés feridos
sem lamento se deixa acomodar.
Se um dia ele tenta abrir a boca,
se vê sem direito de falar.
Seu destino é viver bem rente ao chão
até que ele venha lhe tragar.
Erva rasteira é que pode ser pisada,
mas descuido ela paga com espinho.
O homem que é homem de valor
se levanta e conquista seu caminho.
Profundo,
espero ter contribuído com o fortalecimento psíquico, mental, espiritual e
moral daqueles que vivem maus momentos em decorrência de fatos acontecidos sem
a contribuição de suas vontades. A reação não pode tardar porque a rendição é
privilégio dos fracos e covardes.
E
afinal, quem não tem seus infortúnios? Mas todos precisam fazer força para
superá-los.
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