A
administração pública ou privada que se preza prioriza a arrecadação, pois o
seu sucesso depende essencialmente dos recursos que ingressam nos seus cofres
através daquele setor.
Qualquer
administrador, por mais míope que possa ser, terá um setor de arrecadação ágil,
qualificado e zeloso no atendimento ao público, porquanto o suprimento do caixa
é sempre bem vindo e benéfico, o que segundo tenho conhecimento não é o caso de
São Gabriel.
O setor de
cadastro, se supõe, está desaparelhado para exercer as importantes funções que
lhes estão reservadas pelo chefe do executivo, principalmente no que tange as
avaliações dos imóveis para a posterior emissão das guias de recolhimento do
ITBI (Imposto de Transmissão Inter Vivos de Bens Imóveis) que é destinado cem
por cento (100%) ao Município.
Aos olhos de
uma administração exemplar, pública ou privada, não deve haver diferenciação
entre o contribuinte comum e o contribuinte parente, amigo, correligionário ou
afim de qualquer administrador ou subalterno.
Tenho
informações, as acredito idôneas, de que certos chefes de setor na atual
administração se colocam acima da repartição e do próprio poder, causando
desgaste ao Senhor Prefeito e prejuízos consideráveis aos contribuintes.
Sou
administrador e por essa razão prefiro acreditar que esses desmandos,
principalmente no setor de cadastro/arrecadação, não são do conhecimento do
Senhor Prefeito e como tal não devem ter o seu aval. Não seria o caso de rever
nomeações e procedimentos?
Tenho a firme
convicção de que o Senhor Prefeito ao ler esta coluna tomará as devidas
providências, pois os interesses dos contribuintes, de um modo geral, estão
acima de quaisquer interesses corporativos.
Sei que
reuniões aconteceram para harmonizar o relacionamento entre os responsáveis
pelo cadastro/arrecadação e os contribuintes ou seus representantes, mas a
falta de sensibilidade e de diálogo entre as partes, principalmente pelos
delegados do Senhor Prefeito, abortaram a chegada a um denominador comum.
A
intransigência, seja de que parte for, será sempre um atestado de burrice, pois
do bom diálogo entre pessoas civilizadas sempre nascem boas soluções para todos
os conflitos.
Por outro lado
fica difícil de entender os objetivos dos ocupantes do Palácio Plácido de
Castro, pois acenam com a construção de um majestoso e desnecessário templo ao
índio Sepé Tiarajú, mas ao mesmo tempo desleixam ou protelam a arrecadação
utilizando empecilhos nem sempre legais e desaconselhados pelo bom senso.
É imperioso
que todo o servidor público e o ocupante de cargo de confiança saibam que são
nomeados para o bom atendimento ao público e em nenhum momento para o desfile
de suas vaidades pessoais, arrogância e péssima educação nos corredores da
Prefeitura.
O Senhor
Prefeito, creio, saberá imediatamente tomar decisões para resolver o impasse,
pois do contrário ficará com sua autoridade seriamente comprometida.