terça-feira, 5 de junho de 2012
A CÂMARA MUNICIPAL POR DENTRO
Está bastante feia. Através de publicações neste espaço de matéria recebida da Mesa Diretora os leitores tiveram oportunidade de avaliar alguns controles internos da Câmara Municipal, que por sinal são frágeis e confusos. Em um primeiro momento se tem a impressão de que são feitos exatamente para facilitar a vida de certos parlamentares, as exceções são raras, mas existem, que se deliciam com generosas diárias para viagens nem sempre de interesse relevante para o município.
O simples fato de não exigir documentos fiscais nominais comprobatórios das despesas já é um absurdo, pois é sabido que documentos fiscais ao portador não são idôneos para esse fim. Estes são encontrados fartamente nas sarjetas ou nos pisos de qualquer estabelecimento comercial.
Outro fato grave constatado nas prestações de contas das diárias dos senhores vereadores é a não consideração por parte da Presidência, em certos casos, dos relatórios dos assessores quando estes apontam irregularidades que conduziriam ao indeferimento das indenizações.
Nada é cem por cento ruim, mas o poder dos assessores é limitado e quando o autorizador do pagamento não os respeita pouco ou nada eles podem fazer além de pedirem as contas ou denunciar o superior. E qual assessor fará isso?
Na qualidade de profissional, em tempos idos, já fiz isso e obviamente perdi o emprego, porém conservo até hoje minha ética profissional e honro o juramento feito no ato da minha formatura. Jamais permiti que qualquer superior hierarquicamente desobedecesse as minhas orientações técnicas legais, pois sempre elas eram expedidas para o bem da instituição que me remunerava e não para acobertar safadeza dos maus dirigentes ou de colegas empregados. Entendo muito bem como funcionam essas pressões para o lado do profissional, mas não admito a fraqueza deste.
O ideal seria o eleitorado renovar todos os vereadores, mas reconheço que isso é quase impossível, pois os atuais, se supõe, trabalham diuturnamente durante quatro (4) anos na construção de um curral eleitoral que lhes garanta a reeleição.
Como pode um poder tão desgastado e que não moraliza o seu funcionamento interno exercer a fiscalização de outro? Todos têm o mesmo direito deste jornalista, basta requererem qualquer documentação de conformidade com a Lei que o Presidente do Poder Legislativo deferirá de imediato como costumeiramente tem feito. Nesse momento verão quanta razão me assiste.
Não estou com vontade de escrever, me desculpem. Registro com tristeza o falecimento do Nolan Domingos Scipioni, companheiro de diversas atividades por longos anos. Trabalhamos juntos na Auto Gabrielense S. A. (Revenda Volkswagen) e na Construtora Gabrielense Ltda; militamos na mesma corrente política e entre divergências e convergências solidificamos uma amizade que sempre engrandeceu todos os dois. À família, minha irrestrita solidariedade.
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