terça-feira, 19 de junho de 2012

SISTEMA ÚNICO DE SAUDE (SUS)


Estou tentando completar os sessenta e seis (66) anos de existência. Não faço parte dos que reclamam de tudo e de todos apesar do conforto dos dias atuais, mas reconheço que reclamo muito da falta de espírito coletivo de nossa gente, da falta de capricho e da falta de brasilidade. A grande maioria porque paga uma miséria de IPTU – uns não pagam nunca – se outorga o direito de sujar a cidade todos os dias para a Prefeitura limpar. Entendo que isso não é correto.

As reclamações contra o SUS são inúmeras e quase todas na direção de desmoralizar o maior e melhor sistema de saúde já implantado no mundo. Como é brasileiro, para muitos não vale nada. Preferem qualquer porcaria desde que seja importada.

Após algumas investigações e experiências vividas se tem a nítida impressão de que tal sistema não é tão ruim como afirmam os apologistas do caos. Não serão os maus operadores do sistema os responsáveis pela criação dessa antipática imagem?

Problemas existem, cabe a todos e a cada um a busca das soluções.

Procuro acompanhar as administrações federal, estaduais e municipais e salvo honrosas exceções há certo descaso com a saúde, um bem precioso para vivermos com qualidade. Há muito dinheiro destinado para a publicidade oficial, mas os recursos orçamentários, nas três (3) instâncias, são insuficientes diante da necessidade geral. A indiferença que a sociedade dispensa à saúde é assustadora. Mas muitos choram e rangem dentes somente quando algum familiar ou afim necessita de tratamento hospitalar urgente. Esse comportamento é errado, pois cada um não é o contexto.

O Brasil precisa diminuir o Congresso, as Assembléias Legislativas, as Câmaras Municipais e seus quadros exagerados de funcionários e o valor economizado investir maciçamente na saúde. Mas para isso a sociedade precisa se mobilizar e participar ativamente na defesa de seus interesses. A indiferença do povo provoca o caos.

Poucos dias atrás necessitei fazer reparos no coração para prolongar minha passagem pela terra e os fiz no Hospital de Clínicas de Porto Alegre através do Sistema Único de Saúde (SUS) e confesso que fiquei muito satisfeito porque constatei um excelente tratamento/atendimento dispensado pelos médicos e equipe de enfermagem a todos os que estavam necessitados de cuidados, indistintamente de cor, classe social ou plano de saúde. O setor da hemodinâmica, onde fiquei, é servido por profissionais do mais alto gabarito. Divulgar isto é, para mim, uma questão de justiça, pois determinados veículos de comunicação preferem divulgar as tragédias, levando ao grande público o sentimento de que nada é bem feito na saúde. E se não existisse o SUS, não seria pior?

Pelas minhas observações arrisco dizer que o SUS é um programa espetacular, mas que não se executa só e em sendo assim está sujeito às imperfeições do ser humano.

### Aos que pregam o voto nulo e para aqueles a quem os políticos, de um modo geral, não prestam, me atrevo a fazer a seguinte pergunta: È a classe política que escolhe o povo ou é a maioria do povo que escolhe a classe política?

### Existem bons políticos, mas justamente por esse motivo as cúpulas partidárias não gostam deles. Em tempos idos tentei ser uma alternativa válida para minha cidade, porém os interesses pessoais mesquinhos da maioria do diretório do meu partido sepultaram minha pretensão. Mas não basta ser alternativa, precisa ser confiável.











Nenhum comentário:

Postar um comentário