O leitor Solano Porto, filho do Portinho, meu colega dos tempos da Auto Gabrielense S. A, pede algumas considerações a respeito das críticas do Bloco da Geni que já fazem parte da tradição do carnaval de nossa cidade. Confesso que o carnaval nunca foi minha festa preferida, mas reconheço que é a maior festa popular do Brasil e respeito os carnavalescos, pois não somos todos obrigados a gostar das mesmas coisas. Uns gostam de rodeio, outros gostam de futebol, alguns da festa de Yemanjá e o poder público sempre se faz presente porque é da sua obrigação proporcionar festas populares já que nosso município é muito pobre em lazer. E quando existe é caro.
Solano Porto, dependendo da conotação que cada um dá à crítica ela pode ser interpretada como deboche, como ironia ou como um alerta construtivo para determinadas anomalias existentes e que nem sempre são notadas pelo alvo da crítica. As críticas do Bloco da Geni, no meu ponto de vista, são válidas porque elas mostram o conhecimento do povo em geral para irregularidades, suspeitas, situações dúbias e algo mais praticado por pessoas que pensam ser o povo simplesmente um otário.
A crítica, quando bem fundamentada, deve ser usada pelo criticado como um instrumento de aperfeiçoamento e de correção de rumos porque ela sempre, por vazia que possa parecer, encerra uma lição para ser assimilada.
Os tiranos, os impostores, os arrogantes, os medíocres, os imbecis e os que se pensam acima de tudo e de todos são os que não aceitam a crítica porque eles são tão pequenos e tão cegos que nada mais admitem além de bajulação e subserviência. Têm medo de perder o poder porque sabem que sem ele não conseguem o respeito e a consideração de ninguém.
Essa é a análise que faço e espero que o Bloco da Geni continue prestando essa maravilhosa contribuição à nossa cidade, pois, para mim, é mais do que um alerta é uma verdadeira demonstração de que o povo, embora não pareça, está atento aos acontecimentos que se refletem no seu dia a dia.
Muita coisa acontece, talvez, pela desonestidade, mas pobre daquele que quer fazer do povo um otário. O povo sabe muito, porém o que lhe falta é AUTO-ESTIMA, ou seja, ter respeito por si próprio.
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
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