sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

MUITOS RECLAMAM, POUCOS AGEM

O atual momento nacional é marcado por acontecimentos opostos, senão vejamos: a seca que assola determinadas regiões do Rio Grande do Sul e enchentes no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. Isso demonstra o quanto o homem é pequeno, porém arrogante, descuidado e irresponsável.

As secas assim como as enchentes sempre aconteceram e sempre acontecerão independente de quem está no governo, de quem planta ou de quem cria. São fenômenos naturais que fogem ao controle do homem. As soluções são pensadas e reclamadas quando elas acontecem, contudo na sua ausência ninguém adota medidas que amenizem ou neutralizem seus efeitos.

Todos esperam soluções paliativas dos governos, mas poucos tomam atitudes para individual ou em conjunto resolver seus problemas. Falta solidariedade.

Muitos donos de terras não plantam e nem criam e por essa razão não investem em infra-estrutura e tecnologia esperando que o “sem terra”, arrendatário, que lhes arrenda a área o faça. Muitos aventureiros, arrendatários, na busca de lucros exorbitantes imediatos, com mínima condição, plantam duzentas (200) quadras quadradas de arroz irrigado, mas esquecem que tem reservatório de água para cem (100) q.q. A choradeira, quando não chove, é tanta, porém insuficiente para irrigar suas lavouras já planejadas sob o risco terrível da falta de água.

Na nossa região não se vê grandes investimentos em tecnologia e infra-estrutura porque o carro luxuoso e a mansão dão mais destaque aos olhos dos vizinhos. É por isso que muitos investem na casa da cidade muito mais recurso do que na atividade produtiva. Cada um tem o direito de tomar suas decisões certas ou erradas, mas deve assumir as conseqüências delas advindas e não reclamar de quem não foi consultado e muito menos exigir que terceiros respondam pelos seus prejuízos.

Muito se comenta na expressiva participação do agronegócio no desenvolvimento nacional, mas pouco se fala que quem mais produz neste Brasil, principalmente na cultura de grãos são os “sem terra”, os chamados arrendatários.

Os discursos são controversos: De um lado os arrendatários que plantam, colhem, retiram de vinte (20) a trinta por cento (30%) destinados ao pagamento do arrendamento, sustentam a família e alguns ainda adquirem a cada ano pequenas áreas de terra; de outro os que vivem dentro de sindicatos, federações e confederações pregando que o custo do plantio é maior do que o preço de venda do produto. Não sou especialista no assunto, não sei quem tem razão, mas que o assunto é interessante não resta a menor dúvida.

Independente de quem tem razão é forçoso mudar o comportamento tradicional e investir nos reservatórios de água porque as secas têm se repetido nos últimos anos na nossa região e pouco adianta ficar olhando para o céu. É preciso agir, planejar para bem investir porque está provado que o agronegócio é bastante rentável caso contrário não seria um dos maiores responsáveis pela evolução do PIB (produto interno bruto) nacional.

E com a indústria da seca ou da enchente vêm os que sempre ganham e destes a maioria não planta e não cria, pois vive à custa do esforço de quem produz. Salvo escassas exceções.

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