terça-feira, 17 de janeiro de 2012

MELINDRES

É gratificante ser lido, principalmente quando o que escrevemos faz eco na comunidade. É imperioso dizer que a interpretação do que se escreve depende da capacidade de quem lê.

A matéria desta edição já estava quase acabada quando recebi a correspondência do Presidente do Sindicato Rural de São Gabriel, Tarso Francisco Pires Teixeira, a qual transcrevo na íntegra para que todos os leitores tirem suas conclusões.

Prezado amigo Bereci:

Embora não tenhas citado meu nome num comentário recente da tua coluna, não foi difícil perceber de quem falavas quando se referia ao “entrevistado de sempre” do programa Batovi Rural, apresentado pelo radialista Adão Santana. Acredito que, desta vez, tua crítica é absolutamente injusta e despropositada.

Não é fácil a vida de quem se dispõe a servir a uma causa na presidência de uma entidade. Se evita dar entrevistas, é arrogante ou omisso. Se está sempre à disposição da imprensa, quer aparecer. Posso te garantir que, pelo menos no que me diz respeito, não estou na posição que ocupo por vaidade ou pretensão política. Não tenho filiação a partido político algum, mas procuro, sim, exercer minha função à frente do Sindicato Rural com dedicação e afinco. E se estou há oito anos à frente da entidade, é porque até aqui tenho contado com a confiança de seus associados, sempre renovada através do voto direto e democrático.

Estranho seria se em plena crise da estiagem, o presidente do Sindicato Rural estivesse totalmente alheio à grave situação que atravessa nosso campo. Aí talvez, tu estarias escrevendo que o Sindicato Rural é presidido por uma diretoria ausente. Como sempre seremos criticados, melhor sofrer a crítica por falar do que por calar, por agir do que por se omitir.

Um abraço fraterno do amigo de sempre.

Assinado: Tarso Francisco Pires Teixeira

Presidente do Sindicato Rural de São Gabriel

Vice Presidente da Farsul.

Prestem atenção ao que escrevi: São Gabriel quando escolhe uma pessoa para corinho é um Deus nos acuda, senão vejamos: O entrevistado do Adão Santana, na Rádio Batovi, aos sábados pela manhã é sempre o mesmo, pelo menos quando me proponho escutar, aí desligo; criou os donos das cooperativas; os donos dos sindicatos; os donos dos partidos políticos; mais recentemente criou a figura do paraninfo único; haja saco para agüentar...

Assim como o presidente do Sindicato Rural de São Gabriel escreve o que bem entende e critica quem bem entende no uso do direito da liberdade de expressão, este articulista também exerce o mesmo direito.

Deixo claro que gosto muito do Tarso Francisco Pires Teixeira, e o entendo muito mais do que o próprio imagina, mas não do Presidente do Sindicato Rural de São Gabriel.

Caro Presidente, tenha grandeza para entender que os homens púbicos são passíveis de críticas e aqueles que não as suportam que evitem praticar atos que as produzam. A crítica, segundo o senhor, é absolutamente injusta e despropositada, mas verdadeira e necessária segundo o autor e tantos outros leitores com pensamento divergente do seu.

Ou suas críticas são sempre absolutamente justas e propositadas? O Senhor também escreve, ou estou enganado? Não misture as coisas, senhor presidente, mas escreva sempre, pois dessa maneira talvez surja o debate que quebre a monotonia radiofônica de São Gabriel.

Finalmente, o Brasil não é o país do HUGO CHAVEZ. Essa fase já foi superada.

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