terça-feira, 31 de janeiro de 2012

PERMANENTE DESAFIO

Pelos idos de 1954 cheguei a esta cidade proveniente do interior do município na companhia dos meus pais. Minha mãe, professora municipal; meu pai, agricultor que perdera tudo com o cultivo do trigo. No início morávamos bem pertinho do centro (na frente do hoje Posto Janter). A mãe lecionava no Colégio Joaquim Nabuco, na Vila Rocha, local totalmente oposto da residência. Tal fato fez com que procurássemos uma casa que ficasse mais perto do Colégio da Jacy.

Assim foi feito. Com o decorrer dos anos chegamos à Vila Mariana. Ali, praticamente, fiz-me homem. Quase tudo era campo. Sem luz elétrica, sem água encanada, sem calçamento, sem esgoto, sem telefone, sem linha de ônibus, enfim, sem nada. Fomos das primeiras famílias que ali se instalaram pelos anos de 1955/1956.

Lembro que o 9º. RC era cercado de arame farpado e o bueiro sobre “a sanga” que atravessa a Avenida Francisco Hermenegildo da Silva era construído de madeira. Nesse ponto houve evolução, hoje é de cimento.

E a sanga? Está ali, soberana, desafiadora, altiva como a dizer: nenhum administrador desta santa terra ousa mexer comigo. Sou eterna como o tempo. E pelo que parece é mesmo.

É outro desafio para testar a capacidade e a criatividade de mais um prefeito municipal. Evidente que a sanga é patrimônio histórico da comunidade e não pertence ao atual prefeito. Ela foi e continua sendo preservada para a felicidade dos mosquitos que a infestam. Pode, até, ser patrocinadora de uma epidemia de dengue.

Penso, os administradores se sucedem e os problemas crônicos continuam. Não temos estradas, não temos saúde, não temos segurança, não temos escolas. E o povo? Pelo que se deduz do dia a dia não discute as coisas importantes. Embora alguns me rotulem dono da verdade ou como se pretendesse sê-lo, tal fato não acontece. Esta matéria me foi sugerida por outro observador.

Quem me chamou a atenção sobre a mimada e conservada “sanga” foi o fotógrafo Nacib Elias. Ilustraria a coluna com uma foto colorida. Esperei a mesma até as 14,20 horas do dia 11.05.1998 e como o Elias não apareceu, pois talvez tenha esquecido devido a sua avançada idade, fica o registro para que sejam tomadas as devidas providências. É preciso ressalvar que a sanga não surgiu na atual administração. O curioso é que ela desafia, por anos e anos, os administradores do município. E está vencendo, é óbvio, tal desafio. (Jornal Tribuna do Povo, 15.05.1998). Sem comentários.

A pessoa humana, independente de classe social, cor, credo religioso ou político, merece respeito e deve receber dos poderes constituídos as mínimas condições para viver dignamente com sua família.

Não tenho certeza se a sanga que passa no bueiro do canjica, Vila Rocha, é a mesma do Posto Centenário, mas uma certeza eu confesso: fede muito mais. É isso mesmo, fede. Quem habita nas margens daquela sanga há muito tempo deixou de ser humano. E o senhor e a senhora que vivem no mundo da televisão e não mais conhecem São Gabriel, por favor, cheguem até aquele local e constatem se tenho razão ou não. Peço encarecidamente que cheguem lá.

Aquelas pessoas sobrevivem respirando um ar contaminado pelos odores exalados daquela sanga, mas em contrapartida temos milhares e milhares de reais de tributos direcionados para a sustentação de uma Câmara Municipal composta hoje por 10 e num futuro próximo por 15 vereadores que vivem nababescamente sem nada de útil fazer pelo seu semelhante.

E depois o grito é geral contra a violência. Mas quem a produz?

É por isso que ninguém quer debater São Gabriel e seus problemas, pois uma minoria se sustenta dos reais que deveriam ser investidos em saneamento para melhorar a vida daqueles desassistidos da sorte e eternos abandonados pelos administradores. Até quando? Ninguém se envergonha dessa situação? O centro está bonito, mas e a periferia?

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

APOSENTADORIAS E O SALARIO MÍNIMO

Muitos fazem uma confusão sobre as aposentadorias, mas poucos se informam das leis que as regulamentam.

A partir de 31 de dezembro de 1991 passou a ser aplicado o índice da política salarial determinado na Lei nº. 8.213/91, de 24 de julho de 1991, para manutenção dos benefícios da Previdência Social. De outro lado, não se deve esquecer que a própria Constituição Federal vedou qualquer vinculação ao salário mínimo.

O índice de reajuste das aposentadorias superiores a um salário mínimo não é o mesmo do reajuste deste. O que acontecerá em um futuro não muito distante é toda e qualquer aposentadoria equivaler a um salário mínimo devido à diferença dos percentuais de reajuste.

Quem ganhava o equivalente a cinco (5) salários mínimos até 31 de dezembro de 1991 foi equiparado aos demais aposentados e enquadrado na nova lei. Quem se aposentou depois de 1991 jamais teve sua aposentadoria fixada em número de salários mínimos e sim em valores da moeda corrente nacional vigente. Os aposentados que Tganham o reajuste do salário mínimo são os que obrigatoriamente não podem receber menos do que aquele. É imperioso esclarecer que no ato da aposentadoria a pessoa já sabe quanto vai ser seu benefício expresso em REAL que á a moeda corrente nacional e na sua carta de aposentadoria não consta que o valor do benefício é de tantos salários mínimos. Essa relação equivocada quem faz é o aposentado.

As aposentadorias de mais de um salário mínimo são corrigidas pelo índice oficial (manipulado ou não) de inflação e isso tem sido feito religiosamente a cada ano. A Previdência Social é deficitária por motivos que todos conhecem, pois para aposentar o brasileiro simula invalidez permanente, mutila o próprio corpo, toma veneno para adquirir doença cardiovascular e depois de aposentado entra novamente no mercado de trabalho. Durante minha vida profissional já assisti aposentado por invalidez entrar com ação trabalhista contra seu empregador. Nem o empregado e nem o seu advogado se deram conta da mancada.

Esclareço que os benefícios não são mais fixados em número de salários mínimos e sim em valores expressos em real, a moeda corrente nacional.

Tramitam na justiça pedidos de revisão de aposentadorias que foram fixadas pelo teto de contribuição e que hoje estão longe dele, o que é outra questão.

Já escrevi antes e vou escrever novamente: Os aposentados fazem muito mais pelo Paulo Paim do que este pelos aposentados. Aqueles garantem suas eleições e este não tem poderes para melhorar sua situação. Apresentar projetos é uma coisa, mas sua aprovação depende da maioria dos outros parlamentares. Portanto...

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

PREJUÍZOS COM A SECA

A seca e a enchente punem alguns produtores ao tempo em que remuneram outros, pois nunca atingem todos indiscriminadamente. Com a redução da produção aqueles que colhem bem terão excelentes preços.

As catástrofes, e a seca não deixa de ser uma, costumam criar pânico e fantasias principalmente no cálculo de prejuízos. Acontecem os excessos normalmente para cima para buscar maior ajuda dos órgãos oficiais.

Ninguém perde o que não tem. Os prejuízos dos plantadores se restringem aos investimentos de plantio e não devem ser contabilizados na projeção do que colheriam em tempo normal.

Um empresário contrata um cantor para uma apresentação pelo custo de dez mil reais (R$ 10.000,00) com um projeto de bilheteria de vinte mil reais (R$ 20.000,00). A bilheteria fracassa rotundamente. Qual o seu prejuízo? O contrato do cantor, ou seja, dez mil reais (R$ 10.000,00). Assim são os prejuízos de quem planta e não colhe. Eles se restringem aos investimentos. Os mais precavidos nem prejuízo têm, pois contratam seguro contra o risco de estiagem ou outra calamidade qualquer. Já na pecuária a contabilização é diferente: o produtor perde cinco (5) reses que já estavam incluídas no seu rebanho. Isso é prejuízo.

Não se deixe contaminar pelo histerismo transmitido através dos meios de comunicação porque eles ganham muito vendendo o terror e a desgraça.

Além disso, há uma indiferença que se confunde com irresponsabilidade, pois embora se saiba que muitas pessoas estão com dificuldade de obter água tratada para beber, outras tantas esbanjam esse líquido necessário á vida lavando calçadas, carros e aguando gramas com a água que falta aos outros. O argumento de que paga a água que consome não justifica o esbanjamento.



### O absurdo dos absurdos: Penso que a comunicação através de e-mail entre os habitantes das pequenas cidades já é conseqüência do isolamento humano e da falta de convívio social. Mas estou por fora do modernismo. Acreditem, um cidadão morador de São Gabriel me contou que na sua residência a comunicação entre sua filha que está no quarto e sua mulher ou mãe da moça que está na sala é feita através do telefone celular. É por isso e outras coisas mais que existem os louquinhos da noite do Posto Batovi. A coisa mudou muito e para pior.



### Fico por aqui porque o calor tem a virtude de dificultar minha disposição. Estou pensando seriamente em parar de escrever enquanto durar essa temperatura que conduz a uma indisposição permanente.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

MUITOS RECLAMAM, POUCOS AGEM

O atual momento nacional é marcado por acontecimentos opostos, senão vejamos: a seca que assola determinadas regiões do Rio Grande do Sul e enchentes no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. Isso demonstra o quanto o homem é pequeno, porém arrogante, descuidado e irresponsável.

As secas assim como as enchentes sempre aconteceram e sempre acontecerão independente de quem está no governo, de quem planta ou de quem cria. São fenômenos naturais que fogem ao controle do homem. As soluções são pensadas e reclamadas quando elas acontecem, contudo na sua ausência ninguém adota medidas que amenizem ou neutralizem seus efeitos.

Todos esperam soluções paliativas dos governos, mas poucos tomam atitudes para individual ou em conjunto resolver seus problemas. Falta solidariedade.

Muitos donos de terras não plantam e nem criam e por essa razão não investem em infra-estrutura e tecnologia esperando que o “sem terra”, arrendatário, que lhes arrenda a área o faça. Muitos aventureiros, arrendatários, na busca de lucros exorbitantes imediatos, com mínima condição, plantam duzentas (200) quadras quadradas de arroz irrigado, mas esquecem que tem reservatório de água para cem (100) q.q. A choradeira, quando não chove, é tanta, porém insuficiente para irrigar suas lavouras já planejadas sob o risco terrível da falta de água.

Na nossa região não se vê grandes investimentos em tecnologia e infra-estrutura porque o carro luxuoso e a mansão dão mais destaque aos olhos dos vizinhos. É por isso que muitos investem na casa da cidade muito mais recurso do que na atividade produtiva. Cada um tem o direito de tomar suas decisões certas ou erradas, mas deve assumir as conseqüências delas advindas e não reclamar de quem não foi consultado e muito menos exigir que terceiros respondam pelos seus prejuízos.

Muito se comenta na expressiva participação do agronegócio no desenvolvimento nacional, mas pouco se fala que quem mais produz neste Brasil, principalmente na cultura de grãos são os “sem terra”, os chamados arrendatários.

Os discursos são controversos: De um lado os arrendatários que plantam, colhem, retiram de vinte (20) a trinta por cento (30%) destinados ao pagamento do arrendamento, sustentam a família e alguns ainda adquirem a cada ano pequenas áreas de terra; de outro os que vivem dentro de sindicatos, federações e confederações pregando que o custo do plantio é maior do que o preço de venda do produto. Não sou especialista no assunto, não sei quem tem razão, mas que o assunto é interessante não resta a menor dúvida.

Independente de quem tem razão é forçoso mudar o comportamento tradicional e investir nos reservatórios de água porque as secas têm se repetido nos últimos anos na nossa região e pouco adianta ficar olhando para o céu. É preciso agir, planejar para bem investir porque está provado que o agronegócio é bastante rentável caso contrário não seria um dos maiores responsáveis pela evolução do PIB (produto interno bruto) nacional.

E com a indústria da seca ou da enchente vêm os que sempre ganham e destes a maioria não planta e não cria, pois vive à custa do esforço de quem produz. Salvo escassas exceções.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

MELINDRES

É gratificante ser lido, principalmente quando o que escrevemos faz eco na comunidade. É imperioso dizer que a interpretação do que se escreve depende da capacidade de quem lê.

A matéria desta edição já estava quase acabada quando recebi a correspondência do Presidente do Sindicato Rural de São Gabriel, Tarso Francisco Pires Teixeira, a qual transcrevo na íntegra para que todos os leitores tirem suas conclusões.

Prezado amigo Bereci:

Embora não tenhas citado meu nome num comentário recente da tua coluna, não foi difícil perceber de quem falavas quando se referia ao “entrevistado de sempre” do programa Batovi Rural, apresentado pelo radialista Adão Santana. Acredito que, desta vez, tua crítica é absolutamente injusta e despropositada.

Não é fácil a vida de quem se dispõe a servir a uma causa na presidência de uma entidade. Se evita dar entrevistas, é arrogante ou omisso. Se está sempre à disposição da imprensa, quer aparecer. Posso te garantir que, pelo menos no que me diz respeito, não estou na posição que ocupo por vaidade ou pretensão política. Não tenho filiação a partido político algum, mas procuro, sim, exercer minha função à frente do Sindicato Rural com dedicação e afinco. E se estou há oito anos à frente da entidade, é porque até aqui tenho contado com a confiança de seus associados, sempre renovada através do voto direto e democrático.

Estranho seria se em plena crise da estiagem, o presidente do Sindicato Rural estivesse totalmente alheio à grave situação que atravessa nosso campo. Aí talvez, tu estarias escrevendo que o Sindicato Rural é presidido por uma diretoria ausente. Como sempre seremos criticados, melhor sofrer a crítica por falar do que por calar, por agir do que por se omitir.

Um abraço fraterno do amigo de sempre.

Assinado: Tarso Francisco Pires Teixeira

Presidente do Sindicato Rural de São Gabriel

Vice Presidente da Farsul.

Prestem atenção ao que escrevi: São Gabriel quando escolhe uma pessoa para corinho é um Deus nos acuda, senão vejamos: O entrevistado do Adão Santana, na Rádio Batovi, aos sábados pela manhã é sempre o mesmo, pelo menos quando me proponho escutar, aí desligo; criou os donos das cooperativas; os donos dos sindicatos; os donos dos partidos políticos; mais recentemente criou a figura do paraninfo único; haja saco para agüentar...

Assim como o presidente do Sindicato Rural de São Gabriel escreve o que bem entende e critica quem bem entende no uso do direito da liberdade de expressão, este articulista também exerce o mesmo direito.

Deixo claro que gosto muito do Tarso Francisco Pires Teixeira, e o entendo muito mais do que o próprio imagina, mas não do Presidente do Sindicato Rural de São Gabriel.

Caro Presidente, tenha grandeza para entender que os homens púbicos são passíveis de críticas e aqueles que não as suportam que evitem praticar atos que as produzam. A crítica, segundo o senhor, é absolutamente injusta e despropositada, mas verdadeira e necessária segundo o autor e tantos outros leitores com pensamento divergente do seu.

Ou suas críticas são sempre absolutamente justas e propositadas? O Senhor também escreve, ou estou enganado? Não misture as coisas, senhor presidente, mas escreva sempre, pois dessa maneira talvez surja o debate que quebre a monotonia radiofônica de São Gabriel.

Finalmente, o Brasil não é o país do HUGO CHAVEZ. Essa fase já foi superada.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

DIVERSAS

O comportamento agressivo e irresponsável de certos jovens não deve ser encarado como um caso de polícia. É uma questão de educação, convivência social e formação moral. Os pais, juntamente com a polícia, deveriam ser chamados para constatarem “no local” as atitudes dos seus filhos (as). Acredito que com um bom diálogo familiar, quase inexistente nos dias de hoje, tudo pode ser resolvido.



Esses acontecimentos de tamanha gravidade é um sinal do desmoronamento moral de uma sociedade totalmente divorciada da intelectualidade e da espiritualidade.



Os parâmetros de avaliação da sociedade de consumo são a selvageria e o culto aos bens materiais. É o predomínio do pensamento de que os fins justificam os meios.



Quem não tem bons valores íntimos que o destaque no seu grupo de convívio procura afirmação de maneira equivocada através da prepotência e do recalque que se manifesta pela agressão moral ou física.



O momento é extremamente perigoso, razão pela qual todos estão convocados para em um movimento sincronizado entre as autoridades e a coletividade tentar as soluções para esse problema (anarquia social) que se agrava a cada dia.



A anarquia é generalizada, pois cada um faz o que bem entende. A publicidade móvel é uma tortura sonora tão violenta que, dizem, a estátua do Sampaio Marques Luz, localizada na Praça Fernando Abbott, colocou as mãos nos ouvidos para não sofrer seus efeitos. Imaginem os vivos.

Se o veículo da publicidade é móvel não há razão para o volume do som ser abusivo. Ou os gênios não percebem isso.



Quem fiscaliza essa estupidez? Aguardo resposta da Prefeitura Municipal sobre o responsável pela fiscalização, mas acredito que terei de acionar o Ministério Público. Alguém tem de tomar atitude. E como não temos vereadores...



Não sou usuário do transporte urbano (ônibus), mas segundo relato de alguns usuários eles estão ficando gagos devido aos constantes solavancos produzidos pelo péssimo estado das ruas por onde trafegam.



Senhor Prefeito, Senhor Secretário de Obras, e a Avenida Tito Prates?

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

CAMPANHA

Circula na internet uma campanha na propaganda de cigarros, ou seja, relacionar a causa /efeito na utilização do produto. Nesse caso concreto aparecem fotos de pessoas em estágio terminal de vida devido à utilização do cigarro. A proposta criativa (e pertinente) é colocar fotos de pessoas obesas em embalagens dos sanduíches hipercalóricos vendidos nas redes de fast-food; fotos de acidentes de trânsito nas latas de bebidas alcoólicas e, principalmente, fotos e nomes dos políticos fichas sujas nos livros distribuídos nas escolas públicas e nos carnês de pagamento dos tributos municipais, estaduais e federais. (Gabriel Fernandes, Recife/PE - JC. 05.01.2012).

Sugestão válida, senhor Gabriel. Mas como executá-la se quem mais ganha com a corrupção dos homens públicos é a iniciativa privada? Outrora, nos meus tempos de estudante, na capa dos livros e cadernos escolares vinham impressos os hinos: nacional, da independência, da bandeira, do Rio Grande do Sul o que despertava sentimentos cívicos nos jovens. Hoje o que vem impresso nas capas de livros e cadernos escolares são fotos de malucos de bandas, de viciados artistas de televisão e outras figuras que só conduzem os jovens às drogas e a um comportamento deplorável sob todos os ângulos.

As fotos dos corruptos estão estampadas em todos os jornais, nas emissoras de TV, e citados em rádio. Toda a população sabe quem são, mas os prestigia.

Se a advertência sobre os males causados pelo cigarro, pela bebida, pela inconveniente direção de veículos automotores e pelos maus políticos ou homens públicos produzisse efeito junto ao povo as coisas seriam melhores.

Mas não devemos desistir, pois as mudanças são lentas e tem muita gente interessada em que elas não aconteçam. E lamentavelmente essa gente é muito mais forte que nós e tem os veículos para influenciar a grande maioria para que continue tudo como está ou piore.

Lembre-se, o senhor não está só nessa empreitada. Independente das incompreensões e dos pensamentos divergentes continue expondo suas convicções, pois não podemos fazer tudo, porém somos obrigados a tentar.

### São Gabriel quando escolhe uma pessoa para corinho é um Deus nos acuda, senão vejamos: O entrevistado do Adão Santana, na Rádio Batovi, aos sábados pela manhã é sempre o mesmo, pelo menos quando me proponho escutar, aí desligo; criou os donos das cooperativas; os donos dos sindicatos; os donos dos partidos políticos; mais recentemente criou a figura do paraninfo único; haja saco para agüentar. Será que não se flagra? Ou é armação? Podem pensar o que quiser, mas que é cansativo isso é. Está demais, é um repeteco ridículo que nem a Globo com o Roberto Carlos. Ele esteve em São Gabriel no ano de 1973 e ainda enche o saco a todo o momento na TV. A culpa não é dele, é dos desgraçados que comandam essa ditadura que chamam de mídia.

### É PRECISO CONTROLAR O VOLUME DOS SONS IDIOTAS desses loucos que andam pela cidade fazendo publicidade ou não. A fiscalização deve ser rigorosa, pois o desrespeito é muito grande. É fácil, basta multá-los com rigor e logo aprenderão a agir com civilidade.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

ATITUDES

Passada a euforia que a passagem de ano produz é fundamental que todos trabalhem para que 2012 seja melhor do que foi 2011 e para que tal aconteça é imperioso que novas atitudes sejam tomadas. A simples passagem de um ano para outro nada significará se cometermos os mesmos erros e não colaborarmos com a evolução de que todos necessitam.

Para que o ano de 2012 seja melhor é preciso uma maior integração entre os administradores e os administrados na busca dos objetivos comuns. O esforço só de uns ou de outros em nada contribuirá para o progresso tão almejado.

Os políticos melhorarão se os eleitores e os financiadores de campanha apoiarem os melhores; a cidade será mais limpa se seus habitantes forem menos relaxados; os impostos serão menores se o bolo de contribuintes aumentar; o trânsito será melhor se os motoristas contribuírem para tanto; a educação evoluirá com a integração entre a família e a escola; a informação ao cidadão melhorará quando a imprensa de um modo geral for mais independente, imparcial e abrangente; enfim, as coisas só melhorarão se cada cidadão cumprir com suas obrigações e aprender a exigir seus direitos através de uma maior participação na vida coletiva da cidade.

Pretendo seguir com meu trabalho de conscientização enquanto a direção do Correio Gabrielense me manter na sua equipe e eu acreditar que estou sendo útil à minha gente. A vida me reservou a realização das coisas antipáticas, pois é deveras grande o número de pessoas que me procura para reclamar dos mais variados problemas. Não escrevo sobre a individualidade de ninguém e muito menos quando o assunto é do exclusivo interesse individual do reclamante. Este veículo está à disposição para tratar de assuntos que beneficiem a coletividade.

Mas percebo, nessas reclamações, o quanto estão desacreditados nossos homens públicos que recebem polpudos salários e pouco se envolvem para resolver tais questões. Pelo menos é o que dizem as pessoas que me procuram.

Abordar tais questões desagrada a Deus e ao Diabo e é por essa razão que aqueles que andam atrás do voto se omitem no seu enfrentamento.

Para melhorar o ano de 2012 só novas atitudes. Fazer o que depende de nós e não continuar como papagaio repetindo as asneiras que infestam os programas televisivos de péssima qualidade.

Que venha o novo ano com o seu desconhecido, mas que nos encontre preparados e repletos de boa vontade para fazê-lo melhor em todos os sentidos para o bem da humanidade que povoa o nosso universo.

Um forte abraço.



### Pelo perfil dos políticos indicados pelos partidos e nomeados para exercerem funções nos Ministérios não é surpresa as sacanagens lá existentes, pois para ser nomeado a única exigência é: NÃO TER CONDUTA ILIBADA.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

UM PAÍS SEM NORMAS

Assim é visto o Brasil pela maioria dos países investidores do chamado primeiro mundo. Inicialmente poderíamos levar isso como uma ofensa, mas pensando e analisando com maior profundidade a afirmativa acima veremos que  quem assim pensa está coberto de razão.
As Constituições Federais dos outros países norteiam as administrações por séculos e séculos; no Brasil as administrações norteiam a Constituição Federal  a seu bel prazer, bastando para isso dar empregos a determinados corruptos eleitos por uma maioria não menos corrupta; nos outros países o crime, quando é descoberto, é punido; no Brasil, dependendo do criminoso, é impune e muitas vezes aplaudido. E assim sucessivamente.
No mundo dos negócios é impossível planejar. O que é bom hoje, pode ser ruim amanhã e vice-versa, exceto àqueles que estão inseridos no grupo dominante ligado ao poder. Uns anoitecem pobres e amanhecem ricos ; outros anoitecem ricos e amanhecem pobres.
O Real foi criado dia primeiro de março de 1994 com o malsinado nome de URV que valia CR$ 647,50. Em quatro meses o inflacionaram em 324,71%, pois em 30 de junho de 1994 eram precisos CR$ 2.750,00 para comprar o que em março do mesmo ano custava CR$ 647,50. O Real foi pré-inflacionado.
O mandato presidencial era de seis anos; baixaram-no para cinco; agora para quatro. Quando de seis, era longo; agora de quatro, é curto. Os defensores da reeleição querem eternizar-se no poder, pois com a Rede Globo na mão e um povo de décimo mundo isso é barbada.
O Presidente da República, o Risadinha II, goza de seus compatriotas, ofende-os, principalmente, quando está no exterior.
A Medida Provisória se tornou um instrumento ditatorial.
O trabalho honesto é desestimulado; o desemprego uma realidade.
Quem recebe dinheiro grosso da administração federal é a mídia (comunicações) e os Bancos.
A instrução está falida; a saúde, idem; a seguridade social, nem se fala. Mas os emprenhados pelos ouvidos insistem em dizer que vai tudo bem.
A inflação, alardeiam, é menos de um por cento ao mês; os juros, quinze.
A todo o momento é criado um imposto, uma taxa ou uma contribuição onerando o grupo reduzido que quer trabalhar dentro da Lei.
A economia informal, a sonegação, a fraude, representam a alternativa para os safados que fogem de uma super tributação.
Os homens de bem fazem força para respeitar as autoridades; as autoridades fazem força para ser desrespeitadas.
Culpa de quem? Do povo, ou melhor, da maioria de uma coletividade passiva.
É por isso que sinto asco, nojo, repugnância dos covardes, dos omissos, alienados e coniventes. Estes são na realidade o cancro deste Brasil que o torna sem normas, sem futuro e fadado não a deitar, mas a dormir eternamente em berço esplêndido.

Quem pensa que este artigo foi escrito agora está completamente enganado. Ele é atual, mas publicado no dia 19 de julho de 1996, no Jornal Tribuna do Povo, em São Gabriel-RS. O povo é o mesmo e não quer evoluir, pelo menos a sua maioria. Os administradores de hoje eram os críticos de ontem, mas os críticos de hoje eram os administradores de ontem. Tenho razão ou não? Os leitores que decidam.

A CAUSA DA VIOLÊNCIA

Os conflitos íntimos do ser humano são a causa da violência. Na busca incessante e a qualquer preço da evolução material ele desconsidera a evolução espiritual e a evolução moral.

Porque estamos vivendo enjaulados? Não será nossa covardia, nosso individualismo, nosso egoismo e nossa indiferença para com os demais que nos enjaula?

O agente humano é que contamina todas as atividades e essa é a razão porque todas as profissões, salvo raríssimas exceções, estarem apodrecidas.

Estamos revivendo, na modernidade, a prática de sodoma e Gomorra (ganância, devassidão, apego à propriedade, etc).

Que cada um olhe para si mesmo e neste 2012 tome novas e determinantes atitudes. Caso contrário a tendência é piorar tudo.

Parem, pensem e analisem. É o comportamento humano que direciona o mundo e este será bom ou ruim dependendo de nós.